SUPER-REGIÃO
Tema do ano: Capítulo VI Uma missão em relação aos outros casais “Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.” (Filipenses 2, 4) O Padre Caffarel, ao longo de toda a sua vida, não cessou de repetir que um Movimento, para se manter vivo, precisa evoluir. Para ele, um Movimento vivo é o que se constrói a cada dia graças à ação dos seus membros. Assim, somos chamados a abrir nossos corações, nos conscientizar que estamos nas ENS com o objetivo de procurar juntos o caminho da santidade, lembrando que “na caminhada de fé o importante não é chegar primeiro, mas chegarmos juntos” (D. Moacir). Ao mesmo tempo devemos nos lembrar que ninguém se salva só, enquanto casal equipista somos responsáveis um pelo outro, ou, ainda, uns pelos outros, pois esta vida não se encerra no âmbito do casal,família,equipe,ela surge para a comunidade em que vivemos, para o trabalho, enfim para todo o meio em que vivemos. Somos um Movimento de espiritualidade conjugal,núcleo central do carisma fundador das Equipes de Nossa Senhora,e como tal surge-nos como missão a evangelização, pela ação santificadora que nos foi dado no e pelo sacramento do matrimônio. Naturalmente espera-se de nós,equipistas, que nosso testemunho seja sal e luz para outros casais, dentro e fora do Movimento, e que nossa vivência conjugal espelhe o desejo de Deus para o casal, ou seja,uma autêntica e constante caridade. E como há falta deste testemunho em nosso mundo atual! A necessidade
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de testemunharmos o verdadeiro amor conjugal nunca foi tão premente, bem como irradiarmos a Boa Nova do casamento. Em audiência às Equipes de Nossa Senhora em 2015 o Papa Francisco nos disse: “Por isso, é importante que vocês consigam levar vosso testemunho e experiência para ajudar as comunidades cristãs a discernir as situações concretas dessas pessoas,a acolhê-las com suas feridas e ajudá-las a andar na fé e na verdade,sob o olhar do Cristo Bom Pastor,para tomar sua justa parte na vida da Igreja”. Alerta-nos Papa Francisco da necessidade de sermos casais acompanhantes, instrumentos de misericórdia de Cristo e da Igreja, na vida dos casais de noivos, dos recém-casados, daqueles que coabitam, mas não têm o sacramento do matrimônio, e dos que tiveram seus matrimônios fracassados, os recasados. É o próprio Evangelho que nos convida a sair de nossa comodidade, a deixar o conforto de nossa segurança e avançarmos para águas mais profundas, em busca de acolher e cuidar dos caídos pelo caminho, mas também daqueles que nem sabem da nossa existência, mas que precisam de nós, eis aí nossa missão em relação a outros casais. Meire e Gilson CRP Centro-Oeste CM 542