Ano LXI - agosto/setembro - 2021 - 542
CARTA EQ U I P E S D E N O S S A S E N H O R A
MENSAL
A menina Maria, que nasceu para a grandiosa missão de ser Mãe de Deus e nossa...
Canonização do Pe. Caffarel página 11
São Jerônimo
página 14
Índice EDITORIAL
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SUPER-REGIÃO
ACESSE CARTA MENSAL SONORA:
Compreendendo as vocações.......................................................................... 2 Pais, tenham S. José como modelo....................................................................4 Tema do ano: Capítulo VI................................................................................6 Transfiguração.............................................................................................. 7 Tema do ano: Capítulo VII...............................................................................8 Solenidade da Assunção de Maria ....................................................................9 Apesar de tudo, não paramos..........................................................................10 O processo de canonização do Padre Henri Caffarel .......................................... 11
IGREJA CATÓLICA
Palavra do Papa............................................................................................. 12 40 Anos da Familiaris Consortio...................................................................... 13
DATAS RELIGIOSAS
São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja ......................................................14 Natividade de Nossa Senhora ......................................................................... 15
DATAS DO MOVIMENTO
Padre Caffarel: O extraordinário escondido no ordinário ....................................16 15 Anos sem D. Nancy Moncau ....................................................................... 17
RAÍZES DO MOVIMENTO
Deus me chama............................................................................................18
CNSE
Alegria em servir a CNSE e as ENS................................................................. 20 Três gerações................................................................................................ 21 “Seja feita a vossa vontade”...........................................................................22 Uma grande oportunidade .............................................................................23 A oração opera milagres................................................................................ 24
REFLEXÃO
A importância da figura paterna...............................................................................25 Carta Mensal – revivendo esse tesouro............................................................ 26 Eu não me acostumei nas terras onde andei..................................................... 27
PARTILHA E PCE
Dever de Sentar-se na busca da santidade conjugal.......................................... 28 O retiro ...................................................................................................... 29 O Dever de Sentar-se de um jeito novo........................................................... 30
FORMAÇÃO
A pedagogia dos PCEs.................................................................................... 31 “Ide a José”..................................................................................................32
no 542 edição agosto/setembro 2021
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 144, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 98201-8282 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. R ejowski - Imagens: (Freeimagens / Depositphotos); Tiragem desta edição: 25.339 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, antes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
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TESTEMUNHO
EDITORIAL
Caros irmãos em Cristo! Que o Senhor nos dê a todos a graça da coragem de pôr-nos sempre a caminho, para buscar o rosto do Senhor, aquele rosto que um dia veremos,mas que aqui, na Terra, devemos buscar” (Casa Santa Marta, 10/2/2015 – Papa Francisco).
É na caminhada que nos santificamos e nos fortalecemos... com esse pensamento desejamos encontrá-los inundados pelo amor e graça de Deus que nos alcançam sempre. Nesta edição, trazemos artigos esclarecedores sobre datas importantes da nossa Igreja e do Movimento, que têm por objetivo contribuir para nossa formação cristã-equipista, sobre: a transfiguração do Senhor, assunção e natividade de Nossa Senhora e S. Jerônimo, responsável por traduzir com precisão a bíblia para o latim, a Vulgata , para que, ainda hoje, pudéssemos beber da fonte pura! Também neste período relembramos a passagem para a vida eterna de Pe. Caffarel, Pedro Moncau e D. Nancy, que continuam sendo os faróis das ENS no Brasil. Em relação ao Pe. Caffarel, nada de fantástico, mas uma conversão sutil e suave como é a presença de Deus no meio de nós. Lembramos e homenageamos nossos queridos Padres e Pais, que geram vida tanto pela instrução cristã como pela condição biológica, tendo a missão educativa através dos canais de graça divina advindos da oração, como nos fala Pe. Vanzella. CM 542
E o nosso secretariado, como está em meio à pandemia? Esclarecimentos importantes são feitos pelo casal Secretaria e Tesouraria, a fim de que todos os equipistas tenham segurança e entendam que os serviços de apoio da Super-Região Brasil permanecem atentos e solícitos, pois essa é a nossa missão. Breves esclarecimentos nos trazem Afra e Beto sobre as etapas do processo de canonização do Pe. Caffarel. Citamos, neste momento, parte do artigo de D. Moacir em que diz: “ A história da salvação e da santificação da humanidade não termina na última página da Bíblia, mas prossegue”... Com esse olhar, gostaríamos que lessem os testemunhos e as reflexões aqui disponibilizadas.Alguns nos levaram às lágrimas, diante da importância dada ao serviço e o amor à Deus. São irmãos que viveram e entenderam verdadeiramente a missão. Que tenham uma boa leitura, pois é Deus que fala e nos orienta a partir dos escritos de alguém. E que tentemos viver conforme as orientações de Mt 7,12: “Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles”. Abraço carinhoso.
Débora e Marquinho CR Carta Mensal
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SUPER-REGIÃO
Compreendendo as vocações Em cada carta mensal somos convidados a dirigir nosso olhar equipista tanto para a vida da Igreja quanto para a realidade social que nos envolve. A vida da Igreja, com seus momentos fortes e celebrações, nos auxilia a entender a missão de sermos sal e luz. A realidade da vida conjugal, familiar e social ajuda-nos a perceber os ambientes que devemos “temperar” com nossa presença cristã e iluminar com nossa fé. Os meses de agosto e setembro são marcados, na vida da Igreja, por duas realidades fortes: as vocações e a Bíblia. Compreendemos as vocações, tanto a batismal quanto as específicas, como chamados e oportunidades de Deus para a realização de nosso ser, de seu plano para nossa santificação e a santificação do mundo em que vivemos, interagimos e influenciamos. A Sagrada Escritura, acolhida de mente e de coração por uma atenta e fiel ESCUTA DA PALAVRA, nos conduz à compreensão do chamado de Deus a todos – crianças, jovens, adultos, idosos, solteiros (as), casais, viúvas – nas diversas realidades sociais e ambientais. São histórias de vocação e santidade que nos iluminam para entendermos nosso próprio chamado (vocação) à santidade em nossos dias e ambientes. A história da salvação e da santificação da humanidade não termina na última página da Bíblia, mas prossegue na vida da Igreja. É ela
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que expressa sua esperança futura naquela súplica final do Apocalipse “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap. 22,20). Na história da Igreja, Deus nos dá a conhecer seu projeto e o nosso lugar nele ao nos confrontar com tantos testemunhos e realidades envolvendo a busca mais profunda de homens e mulheres. Essa busca revela uma profunda procura de Deus e da participação na sua Vida Divina, pela realização da santidade. As vocações, como as sementes, precisam de terrenos favoráveis para criar raízes, crescerem e frutificarem (vejam a parábola do semeador). O primeiro terreno é justamente a família. A conjugalidade deve frutificar no gesto de acolher e ajudar os filhos CM 542
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a realizarem o projeto de Deus para suas vidas, pois somente assim eles se realizarão neste mundo enquanto caminham para a casa do Pai. O tempo da Palavra de Deus e da reflexão vocacional convoca os equipistas para uma especial reflexão e compreensão de sua realidade: tendo respondido a sua vocação batismal e matrimonial, devem tornar-se verdadeiros promotores e apoiadores das vocações da Igreja e na Igreja, principalmente aquelas de especial consagração. Devem criar um ambiente vocacional tanto em seus lares como também em outros ambientes que frequentam, pois todo casal equipista deveria ser, por definição, um verdadeiro promotor vocacional. CM 542
Nosso Movimento tem se empenhado em oferecer,institucionalmente,auxílio material e espiritual para a formação dos sacerdotes, inclusive buscando maior proximidade com os ambientes de formação sacerdotal e religiosa.Agora, reflitamos: e nós,pessoalmente,em nossas comunidades, paróquias, dioceses temos tentado trilhar o mesmo caminho? É tempo de pensar,discernir e responder aos apelos de Deus, uma vez que a messe é grande e poucos são os operários. Vamos juntos! Deus é Bom sempre! D. Moacir Arantes SCE Super-Região
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Pais, tenham S. José como modelo Neste mês de agosto em que homenageamos os pais, achamos oportuno também recordar a figura paterna de São José. José é um pai presente. O papa recorda da carência que temos de esposos e pais como José. Ele não compreendeu tudo. Ele acolheu tudo. José não se impôs na vida do filho, mas ele acompanhou a Jesus na escolha de seu próprio caminho. E assim, a figura de São José se oculta e não temos mais informações sobre ele na Bíblia. Mas o pouco que temos já nos é suficiente para reconhecer a sua importância ímpar na vida de Jesus e no plano da Salvação. O Papa Pio IX, então, ao declarar São José patrono universal da Igreja, estava dizendo que assim como o guardião da família de Nazaré foi capaz de proteger o Filho de Deus, também segue protegendo a Igreja que é extensão do Corpo Místico de Cristo. A Carta Apostólica Patris Corde e o Ano de São José são um convite a cada um de nós para conhecer e imitar aquele homem justo e santo que, mesmo sem compreender tudo, acolheu tudo (Vatican News). Os pais de hoje têm um grande desafio, principalmente quando falamos da educação e orientação dos filhos. Estamos passando por um tempo, que com certeza mudará a maneira de pensar e agir da humanidade. De modo especial destacamos as diversas maneiras de se relacionarem.Essa época marcará as nossas vidas e nossa história. Para alguns, a obrigação de “ficar em
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casa” desencadeou conflitos e desentendimento entre famílias, causando rompimentos e separações. Para outros, fortaleceu a necessidade de rever atitudes e valores e uniu muitas famílias que estavam desajustadas, havendo com isso aproximação entre muitos pais e filhos, houve perdão, houve amor e para outros fortaleceu ainda mais esse vínculo afetivo. Muitos pais estão descobrindo a importância de brincar com seus filhos. Muitos estão descobrindo CM 542
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agora essa riqueza em sua casa e em sua família. Muitos filhos maiores estão assumindo uma postura de quem sente a necessidade de trocar ideias com seus pais, de analisar projetos e sonhos. O respeito deverá ser soberano.A alegria e o bom humor devem prevalecer em todas as oportunidades.A admiração e o reconhecimento devem revelar o orgulho permanente diante das conquistas e realizações. Acima de tudo, que os pais tenham orgulho de seus filhos e que os filhos CM 542
tenham orgulho de seus pais. Tenham em Deus a fonte perene da sabedoria e do amor. Que São José seja sempre um exemplo a ser seguido, assim como já é em muitos lares, em muitas famílias. Deus abençoe a todos os papais e que São José interceda por cada um neste momento que estamos vivendo. Lu e Nelson CR Super-Região
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SUPER-REGIÃO
Tema do ano: Capítulo VI Uma missão em relação aos outros casais “Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.” (Filipenses 2, 4) O Padre Caffarel, ao longo de toda a sua vida, não cessou de repetir que um Movimento, para se manter vivo, precisa evoluir. Para ele, um Movimento vivo é o que se constrói a cada dia graças à ação dos seus membros. Assim, somos chamados a abrir nossos corações, nos conscientizar que estamos nas ENS com o objetivo de procurar juntos o caminho da santidade, lembrando que “na caminhada de fé o importante não é chegar primeiro, mas chegarmos juntos” (D. Moacir). Ao mesmo tempo devemos nos lembrar que ninguém se salva só, enquanto casal equipista somos responsáveis um pelo outro, ou, ainda, uns pelos outros, pois esta vida não se encerra no âmbito do casal,família,equipe,ela surge para a comunidade em que vivemos, para o trabalho, enfim para todo o meio em que vivemos. Somos um Movimento de espiritualidade conjugal,núcleo central do carisma fundador das Equipes de Nossa Senhora,e como tal surge-nos como missão a evangelização, pela ação santificadora que nos foi dado no e pelo sacramento do matrimônio. Naturalmente espera-se de nós,equipistas, que nosso testemunho seja sal e luz para outros casais, dentro e fora do Movimento, e que nossa vivência conjugal espelhe o desejo de Deus para o casal, ou seja,uma autêntica e constante caridade. E como há falta deste testemunho em nosso mundo atual! A necessidade
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de testemunharmos o verdadeiro amor conjugal nunca foi tão premente, bem como irradiarmos a Boa Nova do casamento. Em audiência às Equipes de Nossa Senhora em 2015 o Papa Francisco nos disse: “Por isso, é importante que vocês consigam levar vosso testemunho e experiência para ajudar as comunidades cristãs a discernir as situações concretas dessas pessoas,a acolhê-las com suas feridas e ajudá-las a andar na fé e na verdade,sob o olhar do Cristo Bom Pastor,para tomar sua justa parte na vida da Igreja”. Alerta-nos Papa Francisco da necessidade de sermos casais acompanhantes, instrumentos de misericórdia de Cristo e da Igreja, na vida dos casais de noivos, dos recém-casados, daqueles que coabitam, mas não têm o sacramento do matrimônio, e dos que tiveram seus matrimônios fracassados, os recasados. É o próprio Evangelho que nos convida a sair de nossa comodidade, a deixar o conforto de nossa segurança e avançarmos para águas mais profundas, em busca de acolher e cuidar dos caídos pelo caminho, mas também daqueles que nem sabem da nossa existência, mas que precisam de nós, eis aí nossa missão em relação a outros casais. Meire e Gilson CRP Centro-Oeste CM 542
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Transfiguração No Calendário Litúrgico, o dia 6 de agosto é muito especial, pois comemoramos a Festa da Transfiguração do Senhor Jesus. Essa festa está sustentada na narrativa bíblica presente nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. O texto de cada evangelista tem elementos de fidelidade às três narrações quanto ao local, personagens, manifestações e a liberdade de cada autor sagrado em colocar em seu texto a informação ou descrição que convinha ao contexto de seu Evangelho, assim, numa leitura sinóptica percebemos as sutilezas que os diferenciam. Não somente para Marcos, mas para os três evangelistas, esse é um relato primordial, pois ele cumpre uma missão fundamental no tocante à pessoa de Jesus, de sua missão e ao fato mais importante, que é a confirmação do poder de Jesus em vencer a morte mediante a ressurreição. A Transfiguração é uma manifestação antecipada da Ressurreição de Jesus Cristo, ela é a certeza da glória que há em Jesus, como pessoa da Santíssima Trindade, Salvador e Redentor da Humanidade. Senhor da Vida! Em todo o Evangelho de Marcos persiste uma chave de leitura através de uma simples pergunta: “Quem é Jesus?”. A cada passagem narrada é como se fosse dada uma nova resposta a essa ergunta. Se fizermos tal pergunta ao longo da descrição da Transfiguração obteríamos muitas e pertinentes respostas. Especialmente que Jesus Cristo é o Messias Glorioso, CM 542
vencedor da morte, senhor da vida e da libertação. Para finalizar a reflexão, podemos dizer que Transfiguração e Ressureição representam a grande luz que ilumina a fé cristã. Nelas, esplendor e glória são expressões de força divina que dissipam trevas e sombras do caminho cristão. Olhar para a montanha (Tabor) ou para o Túmulo Vazio é ter a certeza de que nosso Deus é poderoso e grandioso. Com o salmista rezamos: “O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo?” (Sl 27). Iluminados pelo clarão desta luz que emana de Cristo Transfigurado na Montanha e cumprindo com obediência o mandato do Pai, “escutai o meu filho querido”, podemos seguir adiante rompendo as trevas das incertezas, dos medos, angústias que assolam em nós e afugentam a paz que o Senhor nos concede em sua ressurreição gloriosa. Estamos atravessando dias sombrios, escuros e sem esperança. Somente Jesus com sua mensagem, seus milagres e com sua vida plena de poder e futuro para a humanidade pode ser a resposta de nossos anseios. Celebremos com alegria e fé a Festa da Transfiguração na certeza da Vitória Imortal que Jesus Cristo nos promete. Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo Transfigurado. Pe. José Oslei SCEP Centro-Oeste
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Tema do ano: Capítulo VII O Lar Apóstolo Evangelizar é a missão de todo batizado! Eis a nossa grande alegria nas ENS: vivemos o Evangelho, levando o Cristo aos outros com a nossa própria vida, começando em nosso lar, depois na equipe, na paróquia e no mundo. Este capítulo do Tema de Estudo quer nos despertar o coração, mostrando como nosso lar é apóstolo. Para nós equipistas a oração é o sustento de cada dia e as outras atividades dependem de como nos entregamos à oração e até o quanto ela é essencial, fazendo com que os demais PCEs sejam realmente eficazes em nossas vidas. Nosso querido fundador, o servo de Deus Henri Caffarel, desde o início, inspirado no Evangelho coloca a oração antes de tudo. E quem melhor do que os primeiros apóstolos para nos ensinar a fazer de nossos lares um verdadeiro LAR APÓSTOLO? No início da Igreja, os apóstolos fiéis ao exemplo do Mestre reservam para si o silêncio da oração e o ministério da palavra, deixando a administração aos diáconos: “Quanto a nós, entregar-nos-emos, assiduamente, à oração e ao exercício da palavra”. (At 6, 4) Assim devemos ser, de algum modo, todos os que assumimos a nobre tarefa da santificação. A alma de todo apóstolo deve ser a primeira a inundar-se de luz e de amor, para que possa esclarecer e abrasar as outras almas.
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“O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam... isso vos anunciamos.” (1 Jo 1, 1) Quando, de comum acordo discernimos os compromissos missionários fora de casa é porque já compreendemos a estreita interdependência entre o nosso amor conjugal e o apostolado que fazemos; não por um toque de mágica, mas porque já anteriormente tomamos consciência da presença ativa de Deus permeando nossa vida. Permitimos, então, que Ele fale e se doe. “A preocupação com os outros cresce, a hospitalidade se torna mais ampla e calorosa. E pouco a pouco, todos os membros da família vão tomando consciência de que o que fazem aos mais pequenos fazem ao próprio Cristo”. (AO, nº 117-118, p. 238-239) Podemos agora entender que o lar apóstolo, aquela vida familiar que procede da oração e da contemplação, traduz para fora, para o mundo, o Reino de Justiça, de amor e de paz, pois a sua alma exala o que absorveu e dissemina aquilo de que está repleta, como nos ensina Santo Agostinho.
Flor e Celso CRP Sul III CM 542
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Solenidade da Assunção de Maria Celebremos jubilosos, louvando e bendizendo ao Deus cheio de sabedoria que exalta seus amados, especialmente a Virgem Maria! A Igreja nos ajuda a celebrar esta solenidade e diz: “Não apenas que o corpo morto da Santa Virgem Maria não sofrera corrupção, mas ainda o triunfo que ela alcançou sobre a morte e a sua celeste glorificação, a exemplo de seu Unigênito, Jesus Cristo”. E S. João Damasceno nos fala que “convinha que aquela que trouxera no seio o Criador como criancinha fosse morar nos tabernáculos divinos... convinha que, tendo demorado o olhar em seu Filho na cruz e recebido no peito a espada da dor... o contemplasse assentado junto do Pai”. Assim sendo, nosso olhar se enche de esperança por causa da Mãe de Deus e com a Igreja ainda cantamos: Fiel, conserva os fiéis, procura a ovelha perdida. Brilha na treva da morte, Luz e Vida. Ao pecador auxilia, ao triste, ao fraco e ao pobre. Com teu manto materno todos cobre. Esse nosso olhar refeito também nos faz olhar com sentido, significado, as coisas que nos rodeiam, que fazem parte da nossa vida e caminhada. Maria é constante modelo, fonte de inspiração, chama acesa a nos aquecer nestes tempos de tantos contrastes e friezas. Penso em Maria diante da cruz, silenciosamente recolhida e rezando com a alma. Penso em tantos irmãos e irmãs – equipistas – que estiveram ou estão diante da cruz, também rezando sem compreender, lutando como se estivessem sozinhos numa profunda solidão, talvez amparados pela presença CM 542
invisível de uma oração de intercessão, uma proximidade de alguém, ali, como Maria, suportando tudo, certos de que o momento passa e a vitória não tarda... ao pecador auxilia, ao fraco e ao pobre... Maria é fecunda,faz nascer em nosso coração a força necessária que precisamos e, neste sentido, quantas graças e bênçãos já recebemos, porque Ela abundantemente derramou sobre nós. É sua vitória construindo, ganhando espaço em nossa vida, erguendo nosso olhar, levantando nosso ânimo e mesmo em nossa fragilidade, nos tornamos paulatinamente vencedores, pois nosso olhar está fixo neste mistério de Maria vitoriosa. Falando em “olhar”,o Papa São João Paulo II destacou em 2002, no documento Rosarium Virginis Mariae, capítulo 2, o olhar de reverente estupor, interrogativo, penetrante, doloroso, radioso, ardoroso de Maria,sempre olhando fixamente para Jesus em seus mistérios, em toda a sua vida. Ela nos ensina, desse modo, também a olhar para seu Divino Filho com este olhar que visualiza a beleza, a profundidade e a largueza do Divino Redentor. No meio da mistura de coisas do dia a dia precisamos desse olhar que discerne a vontade do Senhor,seus caminhos seguros entre tantos, inclusive enganadores, falsos. Maria não se perdeu, fixou o olhar em Jesus e viveu sua doação profundamente, tornando-se generosa colaboradora na obra da Redenção. Frei Levi Jones Botke SCE Província Sul III
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Apesar de tudo, não paramos Um dos aspectos da nossa missão de casal responsável pela Secretaria e Tesouraria do Movimento é a gestão do Secretariado. Localizado em São Paulo, conta com quatro funcionários que são responsáveis, dentre outras funções, pela correspondência, envio de publicações e cadastro das equipes e equipistas, além de realizarem a parte operacional de pagamentos e contabilidade da SRB. Enfim, mantêm o funcionamento administrativo do Movimento. Cremos que vocês já sabem estas coisas e o que gostaríamos é de partilhar um pouco da nossa experiência com o Secretariado nesses tempos de pandemia. Desde março de 2020, temos acompanhado e respeitado as diretrizes do estado e da cidade de São Paulo sobre o funcionamento de escritórios, categoria em que se enquadra o nosso Secretariado.Até agora, tivemos um período de sete meses com o Secretariado fechado e, no restante do tempo, funcionamos apenas com dois funcionários em horário reduzido; dois dos nossos colaboradores são do grupo de risco e as regras governamentais estabelecem limites no número de pessoas e horários de trabalho. Muitas coisas puderam ser realizadas em home office, pelos funcionários e por nós próprios, que acabamos assumindo parte do operacional. Temos que agradecer o comprometimento deles. No entanto, tarefas como o envio de publicações só puderam ser
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realizadas nos períodos em que havia pessoal no Secretariado. Se lhes contamos estas coisas é para que, por um lado, possam compreender o cenário que vivemos e, por outro, possam se unir a nós na ação de graças por tudo que pode ser realizado apesar das grandes limitações existentes. Sim, é verdade, estamos com demora no envio de livros e alguns reembolsos de despesas no exercício da missão dos casais responsáveis, mas estamos com o cadastro funcionando em normalidade e não estamos em débito com nenhuma das nossas obrigações financeiras. Estamos realizando nossa contabilidade em passos mais lentos, mas temos cumprido os prazos estabelecidos pela legislação. Em plena pandemia, o Secretariado foi reformado para conserto dos danos sofridos com um problema hidráulico da sala acima dele, que o levou a ser fechado em janeiro/2020. Tivemos um funcionário com Covid e outra com suspeita disso, mas ambos estão bem, graças a Deus. E estes dois continuam a enfrentar os riscos de contaminação em transportes públicos para realizar seu trabalho no Secretariado. E então,concordam conosco que, apesar de tudo, temos muito a agradecer? Lourdes e Sobral CR Secretaria e Tesouraria CM 542
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O processo de canonização do Padre Henri Caffarel Como anda o processo objetivando a canonização do fundador do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, o Padre Henri Caffarel? O mesmo se desenvolve em três etapas: - Primeira etapa: o reconhecimento das virtudes O primeiro passo foi o Inquérito Diocesano, iniciado em Paris em 25 de abril de 2006 e encerrado em 18 de outubro de 2014, quando foi preparado um vasto dossiê sobre a vida do Padre Caffarel, seu pensamento e seus escritos. Foram colhidos igualmente vários testemunhos. Todo este material foi apresentado em 10 de novembro de 2014 à Congregação para as Causas dos Santos em Roma que, quase um ano depois, no dia 9 de outubro de 2015, através de um decreto, deu o voto de validade deste Inquérito Diocesano.Atualmente,está sendo ultimado o documento final desta fase, o chamado Positio. Este documento engloba: - a Biographia (a vida, o pensamento e a obra dele) - o Summarium Testium (os testemunhos recebidos) - o Summarium Documentorum (os documentos e escritos dele) - o Informatio (a prática das virtudes e sua reputação de santidade) O Positio será analisado por duas Comissões da Congregação das Causas dos Santos em Roma, respectivamente de Consultores e de Cardeais, e depois levado ao Papa. O reconhecimento da “heroicidade das virtudes” se dará 1
através de um Decreto Papal, tornando o Padre Caffarel VENERÁVEL. - Segunda etapa: a apresentação e o reconhecimento de um primeiro milagre Esta etapa já foi iniciada, de forma paralela, pois se refere à notificação de várias graças atribuídas à intercessão do Padre Caffarel. Para o seguimento da causa de canonização será necessária, na verdade, a apresentação de um verdadeiro milagre de cura.Por milagre é entendida uma cura física instantânea, definitiva e inexplicável para a medicina. Tudo isto deve estar devidamente instruído, documentado e comprovado,novamente por meio de um Inquérito Diocesano e da redação de um documento chamado Positio. Ao final desta etapa, o Padre Caffarel será proclamado BEATO ou BEM-AVENTURADO. - Terceira etapa: a apresentação e o reconhecimento de um segundo milagre. Aqui novamente um milagre é entendido como uma cura física instantânea, definitiva e inexplicável para a medicina. E ao final desta terceira e última etapa, o Padre Caffarel será proclamado SANTO, quando ele então será colocado no “Canon” dos Santos da Igreja. Afra e Beto CR Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil1
Contato para maiores informações e para a comunicação de graças e curas: pe.caffarel@ens.org.brLink para a efetuação de contribuições:https://www.ens.org.br, aba Causa de Canonização do Pe. Henri Caffarel.
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IGREJA CATÓLICA
PALAVRA DO PAPA “Pôr-se a caminho” As Equipes de Nossa Senhora, em vista de seu carisma, se orientam para uma verdadeira iniciação ao amor fraterno. Essa vocação impulsiona sua missão a se pôr em caminho na direção não só de sua família, mas também na de outras famílias e casais (cf. TE 2021, cap.6). “Quem não se põe a caminho nunca conhecerá a imagem de Deus, nunca encontrará o rosto de Deus”... “pôr-se a caminho é deixar que Deus ou a vida nos ponha à prova, pôr-se a caminho é correr risco”. Que o Senhor nos dê a todos a graça da coragem de pôr-nos sempre a caminho, para buscar o rosto do Senhor, aquele rosto que um dia veremos, mas que aqui, na Terra, devemos buscar” (Casa Santa Marta,10/2/2015 – Papa Francisco). O ser humano não chega a reconhecer completamente a própria verdade, senão no encontro com os outros: “Só me comunico realmente comigo mesmo à medida que me comunico com o outro”. Isso explica por que ninguém pode experimentar o valor de viver sem rostos concretos a quem amar... A partir da intimidade de cada coração, o amor cria vínculos e amplia a existência, quando arranca a pessoa de si mesma para o outro. Feitos para o amor, existe em cada um de nós “uma espécie de lei de êxtase: sair de si mesmo para encontrar nos outros um acréscimo de ser”. Em audiência aos casais das ENS, o Papa Francisco encoraja-os a ser instrumentos da misericórdia de Cristo para com aqueles cujo casamento fracassou. Seria essa missão uma forma de amor autêntico, que ajuda a crescer, tornando nobres os corações, a ponto de cada
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um sair de si mesmo e acolher a todos (cf. TE 2021, cap. 6). Enfim, o amor coloca-nos em tensão para a comunhão universal. Ninguém amadurece nem alcança a plenitude isolando-se. Por sua própria dinâmica, o amor exige uma progressiva abertura, uma maior capacidade de acolher os outros, em uma aventura sem fim, que faz convergir todas as periferias rumo a um sentido pleno de mútua pertença. Disse-nos Jesus: “Todos vós sois irmãos” (Mt 23,8). (Fratelli Tutti 87,88,89 e 95). É verdade que não há amor sem obras de amor, mas esta bem-aventurança lembra-nos que o Senhor espera uma dedicação ao irmão que brote do coração (GeE-85). “A Virgem Maria, modelo de toda a vocação, não teve medo de pronunciar o seu ‘fiat’ à chamada do Senhor. Ela acompanha-nos e guia-nos. Com a generosa coragem da fé, Maria cantou a alegria de sair de Si mesma e confiar a Deus os seus planos de vida. A Ela nos dirigimos pedindo para estarmos plenamente disponíveis ao desígnio que Deus tem para cada um de nós; para crescer em nós o desejo de sair e caminhar, com solicitude, ao encontro dos outros (cf. Lc 1, 39). A Virgem Mãe nos proteja e interceda por todos nós.” (Vaticano, 29 /3/2015) Bete e Carlos A. Dantas Eq. N.S. Rainha da Paz Setor B - Minas II - Província Leste II CM 542
IGREJA CATÓLICA
40 Anos da Familiaris Consortio O ser humano é chamado a cooperar com o amor de Deus Criador em vista da plena realização do seu plano divino. Para que ele possa realizar isso de acordo com a vontade de Deus, é necessário que ele tenha consciência integral de si mesmo e da sua vocação a fim de que possa envolver-se integralmente no projeto de Deus e realizar a obra para a qual foi chamado, principalmente porque ele foi criado à imagem e semelhança de Deus e isso significa que esta participação no projeto divino não pode ser limitada à condição natural da vida. Para que o ser humano tenha melhores condições para o exercício desta missão, a Igreja, mãe e mestra, educa os cônjuges e os auxilia em suas dificuldades, propiciando aos casais percorrer um itinerário moral que lhes possibilite o pleno crescimento e os coloque no caminho da virtude. Este itinerário implica em assumir os valores do Reino de Deus, o que exige uma sólida formação no que diz respeito à Palavra de Deus, à doutrina, à moral e à espiritualidade. As Equipes de Nossa Senhora contribuem para isso através da vivência dos Pontos Concretos de Esforço, das formações e dos temas de estudo. A Igreja também auxilia a caminhada dos casais a exercerem sua missão através dos canais da graça divina, principalmente a oração, com destaque para os sacramentos, a orientação espiritual e a prática da caridade. Uma das principais responsabilidades dos pais é a educação dos filhos e filhas. Nesta tarefa, os pais contam com a ajuda subsidiária do Estado e da CM 542
O futuro da humanidade passa pela família
Igreja, mas isso não tira a responsabilidade que lhes é própria e que é assumida por eles diante da Igreja por ocasião do batismo de seus filhos e filhas. Esta educação deve abranger e integrar todos os aspectos para a realização dos seus filhos e filhas, inicialmente em âmbito pessoal através da formação intelectual, afetiva, do cuidado de si, dando a devida importância à formação espiritual. Também deve abranger os âmbitos de relacionamento humano como a formação profissional, social, política, econômica, cultural e religiosa. Tudo isso deve ter como fonte os valores essenciais da vida humana a partir do critério da fé. A missão educativa é uma das decorrências do sacramento do matrimônio e faz com que o casal participe ativamente da missão criadora de Deus. Para isso, é importante que, desde cedo, os filhos realizem com os pais a experiência de Igreja doméstica e, na medida que crescem, sejam inseridos na comunidade eclesial, principalmente para que sigam o itinerário da iniciação cristã. Pe. José Adalberto Vanzella SCE Região Leste IV – Província SUL I
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DATAS RELIGIOSAS
São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja
Ele nasceu na Dalmácia, em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. Uma das grandes frases no meio católico é de São Jerônimo: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. Jerônimo estudou em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, aproveitou para conhecer e estudar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires.Nessa cidade,ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: nesse sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois se baseava em escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado. Após receber o sacramento da iniciação cristã, já adulto, iniciou os estudos teológicos. Ao se lançar em peregrinação para Terra Santa, foi assolado por uma doença que o obrigou a ficar ainda em Antioquia. Aborrecido do mundo e desejoso de serenidade e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Foi ordenado sacerdote em 379. Retirou-se para estudar a fim de responder, com a ajuda da literatura, às
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necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Essa tradução recebeu o nome de Vulgata. São Jerônimo ficou conhecido como um dos santos mais irritadiços de toda a história do cristianismo. Por muitas vezes se encontrou em sérios apuros devido ao seu modo de se expressar. Mas era bem consciente das suas limitações e levou uma vida de penitência. São Jerônimo era um homem à frente do seu tempo em vários aspectos. Pessoa de grande honestidade, dava instrução de alto nível para mulheres e sempre foi muito solidário com quem precisava de ajuda, os refugiados. Com a necessidade de ir mais longe na caridade, no ano de 386 saiu de Roma e foi viver em Belém, onde abriu uma escola e uma casa para os peregrinos. Segundo um depoimento de Santa Paula, uma das mulheres a quem ele orientava, aquela casa devia ser sempre regida com tamanho esmero que “se Maria e José visitassem Belém de novo, teriam lá um lugar digno para ficar”. Permaneceu na Terra Santa, como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas até falecer em 420 aos 30 de setembro,com praticamente 80 anos de idade. São Jerônimo, rogai por nós! Pe. Gilmar Petry SCE Região PR-Oeste Província SUL III CM 542
DATAS RELIGIOSAS
Natividade de Nossa Senhora Amados irmãos, no dia 8 de setembro, a Igreja recorda o nascimento da Virgem Maria. Essa festa acontece exatamente nove meses depois que celebramos a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, no dia 8 de dezembro, ou seja, sua concepção. Durante todo esse tempo Maria estava sendo “gestada” no seio de Santa Ana. São João Bosco nos ensina que a “nossa vida é um presente de Deus, e o que fazemos dela é um presente a Ele”, como podemos presentear Nossa Senhora, neste dia de júbilo? Quando uma criança nasce, existe um mistério ao redor dela. É toda uma vida que a espera. O que será dessa criança? Quais os planos que Deus tem para ela? Os pais não possuem todas as respostas, mas não falta o amor incondicional e a disposição para fazer tudo aquilo que for necessário para ser feliz e realizada. Não foi diferente com Maria, São Joaquim e Santa Ana, que a cuidaram e educaram. Nossa Senhora foi preparada para a missão desde o dia em que foi concebida sem mácula do pecado original, guardaria essa pureza por toda a vida e, atenta à voz de Deus, pôde responder seu “Sim” para que o anjo anunciasse sua missão: “Serás a Mãe do Salvador”. Portanto, a festa da Natividade é um convite para recordar o dom gratuito que Deus concede a cada um de nós, como fez com Maria. A profunda consciência que Maria tem da gratuidade do dom de Deus torna-se para nós um estímulo para rever a nossa vida, muito confiante nos meios humanos e pouco propensa CM 542
à oração, à contemplação, à confiança na ação da graça. O nascimento de Maria é também convite ao renascimento espiritual, à conversão. É um convite a crescermos na fé. Ao olharmos Maria,vemos que toda sua vida foi um constante crescimento na fé.Somos chamados a renascermos constantemente na fé, abrindo-nos a todo o momento ao Plano de Deus. Por ser o nascimento de Maria, podemos pensar na seguinte pergunta. O que darei de presente para Maria hoje? O que será que Maria gostaria de receber de mim? Certamente alegrará muito o coração de Nossa Senhora ver em nós a imagem do seu Filho. Que nós façamos como Ela, para que o dom da vida que recebemos de Deus dê muitos frutos. “Faça-se em mim segundo a vossa Palavra, porque o Poderoso fez em mim maravilhas, santo é seu nome”. Pe. Edecarlos Gonçalves Arroyo SCE Setor Caarapó - Região MS II
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DATAS DO MOVIMENTO
Padre Caffarel: O extraordinário escondido no ordinário
Todos nós das Equipes de Nossa Senhora, além de muitos outros, pedem pela sua canonização. Mas que fatos extraordinários desse padre francês o credenciam a ser um santo oficialmente reconhecido pela Igreja? Padre Caffarel nasceu em meio a uma família católica francesa, em 30 de julho de 1903, em Lyon. Foi batizado em 2 de agosto do mesmo ano. Apenas três dias depois de seu nascimento! Fato extraordinário? Não! Tratava-se apenas de um costume da época. Assim, Pe. Caffarel, como muitos de nós, nasceu em berço católico e foi batizado no costume de sua época. No ordinário do seu tempo. É todo o fantástico do sacramento do batismo na simplicidade do cotidiano! Como nos relata Jean Allemand (Henri Caffarel: um Homem Arrebatado por Deus), mesmo na sua tomada de consciência religiosa, nada de arrebatamentos fantásticos, mas a conversão suave e sutil: “Aos vinte anos, Jesus Cristo, em um instante, tornou-se Alguém para mim. Não foi nada de espetacular”. Na mesma singeleza, Padre Caffarel faleceu em 18 de setembro de 1996.
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“Não há nada a discutir, nós obedecemos, nós trabalhamos, não ficamos presunçosos com os serviços realizados, e, quando terminar, nós partimos…” Foi sepultado no cemitério de Troussures, entre poucas pessoas, como havia desejado, relata-nos mais uma vez Jean Allemand (Orar 15 dias com Henri Caffarel, fundador das Equipes de Nossa Senhora). E o que há de extraordinário? Como no batismo, o excepcional está escondido no cotidiano. Na lápide, apenas três datas ordinariamente extraordinárias: seu batismo, sua ordenação e seu nascimento. Junto às datas, o chamado simples e definitivo: “vem e segue-me”. E foi nessa trajetória que aquele sacerdote comum, santo como o comum deve ser, mostrou que também o cotidiano da vida a dois se eleva ao sobrenatural no sacramento do matrimônio. E isso a centenas de milhares de casais, pelos quatro cantos do mundo, rompendo distâncias e culturas. Que poder tem o ordinário do cotidiano de se projetar em efeitos extraordinários! Possam os nossos agostos e setembros ser como aquele agosto de 1903, em que um pequeno bebê foi batizado no interior da França, de modo singelo, como qualquer outro. E como aquele setembro de 1996, em que o Padre Caffarel recebeu o prêmio da vida eterna, como haveremos nós também de receber pela misericórdia. Nada aparentemente fantástico. Apenas aparentemente... Yanna e Miguel Eq. N. S. das Graças Setor D – Região Brasília IV CM 542
DATAS DO MOVIMENTO
15 Anos sem D. Nancy Moncau Recordando a data de 15/8/2006, quando D. Nancy partiu para o Pai, buscamos em seu livro O sentido de uma Vida, um belo testemunho do casal: “ Mas com o correr do tempo a vida vai-se tornando monótona. As dificuldades, as lutas endurecem o coração, se não nos precavermos. Tem-se a impressão de que também o amor se desgasta. A própria vida espiritual tende a deslizar na rotina, tanto mais que nada favorecia a realização do ‘nós’ espiritual, na vida conjugal.A impressão de estar marcando passo soma-se à do isolamento. Quatorze anos se tinham passado. 1950 marca uma nova fase em nossa vida. Fazemos a descoberta das ENS. Com ela, a impressão que deve sentir o navegante, perdido o rumo, quando vislumbra no horizonte o navio que poderá conduzi-lo ao porto. Fazemos a descoberta do pensamento de Deus sobre o amor humano;(...) Descobrimos o sentido comunitário da família e compreendemos que, ao aplicar-nos em fazer do nosso lar uma célula viva da Igreja, é na construção da própria Igreja que estamos trabalhando. O sentido mesmo do sacramento da nossa união vai lentamente se revelando e adquirindo uma riqueza nova: Cristo toma o nosso pobre amor humano e o consagra por um sacramento! (...) Fazemos também a descoberta das novas riquezas de uma vida espiritual que, finalmente, podia ser vivida a dois e animada pela possibilidade de uma colaboração estreita nas atividades apostólicas. Fazemos a experiência de quanto esta participação conjunta na oração, no estudo, na ação, é capaz de unir o casal, ao mesmo tempo no plano humano e espiritual”.(O Sentido de uma Vida, p. 115-116 – 4ª ed. 2015) Em 1992, com apenas um ano de caminhada nas ENS, participamos de uma Sessão de Formação Nível I, onde estava CM 542
presente D. Nancy, que na ocasião já era viúva. Na época não entendemos direito quem era aquela pessoa tão querida, tão amável e solicitada por todos. Com o passar do tempo, lendo livros e conhecendo melhor o Movimento, percebemos quem era a mulher por quem já tínhamos nos apaixonado, mesmo sem conhecer a importância de tudo o que ela e seu esposo falecido em 17/8/1982, tinham feito por todos nós e pelo nosso casamento. Assim, eles iniciaram o Movimento no Brasil com todas as dificuldades possíveis,sempre valorizando e testemunhando o Sacramento do Matrimônio aos quatro cantos e nos presenteando com a estrutura toda organizada! Onze anos se passaram, e em 2003, no 1º Encontro Nacional acontecido em Brasília, novamente a encontramos com a mesma energia e carinho,falando da grandeza do sacramento do matrimônio. Hoje, estamos a 29 anos daquele encontro com D. Nancy, ainda sentimos a beleza e a riqueza trazida por eles. Podendo afirmar que muito nos auxiliou na construção e no amadurecimento da nossa espiritualidade conjugal, onde somos constantemente atraídos para fazer o caminho rumo à santidade. Renata e Wolnei Equipe 10C – N.S. de Salette Curitiba-PR
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RAÍZES DO MOVIMENTO
Deus me chama1 É preciso cuidar das disposições interiores quando nos preparamos para a meditação. Desejo de fervor ou de pensamentos exaltantes, intenção subconsciente de fuga, desempenho resignado de uma obrigação... eis algumas disposições não muito apropriadas a um clima de meditação. Igualmente negativo é este sentimento de estar dando cumprimento a uma feliz iniciativa e este contentamento de si que o acompanha. A única atitude religiosa autêntica que nos pode dispor às graças do Senhor consiste em procurar a meditação porque a ela Deus nos chama. Mas, podereis dizer, estou longe de ter, toda vez que me entrego à meditação, o sentimento de estar sendo chamado por Deus. Ao que respondo que não é ter o sentimento que mais importa, mas sim ter a convicção de dar cumprimento à vontade de Deus. Poderia vos parecer que passo de uma ideia para outra; da ideia de apelo de Deus para a de vontade de Deus. Na realidade, trata-se de uma coisa só: a vontade de Deus é apelo. Prefiro, entretanto, a ideia de apelo, porquanto a vontade de Deus, para quem não a compreende bem,parece uma abstração; ao passo que se eu disser: Deus me chama, isto leva irresistivelmente ao pensamento que Ele está junto de mim, que Ele espera o seu filho e que tem certamente algo importante para lhe dizer, para lhe dar. Esta convicção de que nos entregamos 1
à meditação porque Deus nos chama e que estamos respondendo a este apelo elimina a tensão, a inquietude, a presunção, o contentamento de si e nos introduz numa atitude de humildade, de segurança, de confiança muito tranquilas. Em psicologia como em biologia, detemo-nos longamente no estudo da reação. Define-se a reação como sendo a resposta de um ser vivo a uma excitação. Pergunto a mim mesmo por que, em espiritualidade, esta noção merece tão pouca atenção. E, no entanto, em certo sentido, é preciso dizer que a vida espiritual e particularmente a oração - é a reação do homem em face de Deus. Adoração, oferenda, louvor, temor, ação de graças, consagração, todas as atitudes religiosas fundamentais do homem em oração, só se compreendem sob este ponto de vista. Quando o pensamento da grandiosidade de Deus se vos apresenta, seja de pronto, sob a ação de uma graça, seja no termo de uma meditação laboriosa, não vos sentis irresistivelmente levados a vos prosternar, tal como o beduíno na hora da prece? A prosternar não somente o corpo, mas a vossa inteligência, vosso coração, vossa vida inteira? Quando fazeis a descoberta de que tudo vem de Deus, não vos sentis levados a uma entrega a Deus de todo o vosso ser, num impulso de oferenda e de submissão?
Editorial do Padre Henri Caffarel. Carta Mensal nº 3 de maio de 1973.
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RAÍZES DO MOVIMENTO
Quando contemplais nas criaturas um reflexo do Esplendor divino, não sentis elevar-se em vós, do coração aos lábios, um cântico de louvor? Quantos salmos surgiram desta contemplação! Se Deus vos deixa entrever algum reflexo de sua Santidade, não tendes o sentimento de um temor reverente, um frêmito de todo vosso ser, uma tomada de consciência aguda, não somente de vossa pequenez aos pés de sua Majestade, mas também de vosso pecado? “Ai de mim, estou perdido - exclama Isaías, de repente, ao defrontar-se com a Santidade de Deus -, pois sou um homem de lábios impuros”! Se vos acontece lembrar-vos das graças múltiplas de que tendes sido objeto no decurso de vossa vida, a ação de graças, este impulso para o Criador da criatura reconhecida, este atirar-se alegre da criança nos braços do Pai não soergue todo o vosso ser? E se, um dia, algo do amor infinito de que sois objeto se desvenda, não se impõe a vós, irreprimível, a exigência de vos consagrar a Deus por uma oferenda de todo o vosso ser? CM 542
Compreendeis agora o que dizia a princípio: a oração é, em nós, a reação de nossa alma em face de Deus. Sem dúvida, não é necessariamente em cada meditação que estas atitudes estão todas explícitas: uma ou outra domina, mas o fundo religioso de onde brota nossa oração é feito desses grandes sentimentos que uma meditação perseverante acumula pouco a pouco. Pretender tirar de si mesmo estes impulsos de oração, sem começar pela meditação das perfeições divinas, seria tão absurdo quanto, para um espelho, pretender fazer surgir a luz de si mesmo. Um dia, é possível, Deus tomará a iniciativa de vos fazer entrever uma ou outra de suas perfeições. Mas, enquanto isto, é preciso, às apalpadelas, caminhar para a sua descoberta, meditando sem desanimar, sustentados por uma alegre esperança. Pe. Henri Caffarel Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N.S. Mãe de Deus e Nossa Piracicaba-SP
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CNSE
Alegria em servir a CNSE e as ENS A experiência de um padre nas Equipes de Nossa Senhora (ENS) e na Comunidade Nossa Senhora da Esperança (CNSE) Me chamo Cônego Roberto Emilio Cavalli Jr., pertenço à Arquidiocese de Belém e irei partilhar convosco minha experiência com as ENS e a CNSE, sendo o ponto comum, minha família. Quando adolescente conheci as ENS através dos meus pais Roberto e Maria José, que começaram a fazer parte. Mesmo sem conhecer bem o Movimento, tinha a experiência de encontrar algumas vezes vários casais em minha casa, e esses encontros fizeram crescer respeito e carinho por todos. Aos meus 20 anos ingressei no seminário, fruto de um acompanhamento vocacional, pelo Sacerdote Conselheiro Espiritual Mons. Marcelino Ferreira. Recebi todo o apoio das ENS e depois de três anos resolvi deixar o seminário, neste momento a acolhida e o carinho foram importantíssimos para mim! Após seis anos, resolvi retornar ao seminário e novamente Mons. Marcelino me acompanhou e continuei a receber carinho e afeto de todos os membros das ENS, permanecendo até hoje. Logo que me ordenei diácono, um casal da ENS me convidou a tornar Conselheiro Espiritual de duas equipes, convite que aceitei de pronto, iniciando assim o acompanhamento. A experiência nas ENS tem sido uma grande graça de Deus em minha vida,
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fui muito bem recebido pelos casais, e desde então começamos uma amizade cheia de muito carinho. Vale destacar que durante toda caminhada de seminário e como sacerdote, a presença das ENS foi um fator ímpar. Logo em seguida, surgiu o convite para acompanhar a CNSE, convite feito através de um casal da equipe que eu acompanhava. Começou em minha vida uma nova descoberta, uma experiência surreal. Em 2019 meu pai veio a falecer e alguns meses depois, minha mãe resolveu ingressar na CNSE. Neste mesmo ano, houve o retiro, e estava lá eu como pregador e minha mãe participando... Ela continua também a caminhar nas ENS. Acompanhando de perto as ENS e CNSE, posso ver o quanto fazem bem para nossa Igreja e para a vida das pessoas. Rogo a Deus e a Nossa Senhora para que os dois Movimentos possam continuar essa bela missão que tem ajudado casais, viúvos, pessoas sós e suas famílias a encontrarem a Deus, buscando a santidade. Agradeço a Deus por toda vivência nestes Movimentos. Côn. Roberto Emílio Cavalli Jr. SCE Eq.05B e 11A e SCE CNSE Regional Belém-PA CM 542
TESTEMUNHO
Três gerações Amávamos as ENS antes de casar, pois os pais de Eduardo, Therezinha e Pedro, eram equipistas, da Equipe N. Sra. Auxiliadora, do Setor B. O convívio e carinho com que nos acolhiam, testemunho de amizade e comunhão espiritual que passavam, suscitaram nosso sonho de pertencermos às ENS. Foi uma alegria o surgimento de nossa Equipe N. Sra. do Bom Conselho. Na primeira reunião tivemos o Mon. Antônio Lorenzatto, Conselheiro da “primeira hora” das ENS no RS. Como era Conselheiro de várias equipes, pediu que ficássemos com o Pároco do Santuário N. Sra.Aparecida. Seguimos com Pe. Alcido Warken e seus sucessores, além do Pe. Leandro Chiarello. Hoje, nossa equipe é composta por seis casais: Helena/Tomaz, Elizete/ Gilberto, Cristina/João, Rita/Marco e Rejane/Jorge, além de nós, com o Pe. Leandro Padilha. É uma comunidade fraterna, que nos enche de emoção e ternura. Em agosto, completamos 35 anos. Nos serviços que prestamos para o Movimento, procurávamos envolver as três filhas, desde pequenas. Quando, na responsabilidade da Região, dávamos para elas cuidarem da lojinha de livros e documentos, nos EACREs, ou a mesa do cafezinho para arrumarem e assim por diante. Participavam das confraternizações da equipe. Nos encontros inter-regionais, estimulados pela antiga ECIR – que antecedeu a atual Super-Região Brasil –, em viagens de ônibus entre Rio Grande, CM 542
Santa Catarina e Paraná, elas iam conosco e se animavam com o casal Terezinha e Daniel Godri, de Curitiba, porque ele fazia uma folia, que terminava em guerra de travesseiros. Nunca esqueceram isso. Também, quando precisávamos de oração para o bom êxito de algum evento, pedíamos para rezarem e assim elas faziam. Participavam de celebrações e confraternizações das equipes de serviço, tanto na Região como na Província Sul III. O Senhor escutou nossas súplicas e as de Therezinha e Pedro e fez frutificarem as sementes lançadas. Hoje, as três filhas e genros, Marcela e Leonardo, Gabriela e Rodrigo, Isabela e Ivo, pertencem às ENS, pela graça de Deus. Suas equipes são uns amores, com casais jovens muito animados. São as Equipes N. Sra. de Fátima, N. Sra. Rainha da Paz de Medjugorje e N. Sra. de Guadalupe, duas do Setor B, Região RS-1, e uma do Setor Serra C, Região RS-3. Além das filhas, a sobrinha Sabrina e seu marido Renato pertencem ao Movimento. Pensamos que é um testemunho de esperança,que pode estimular os filhos de equipistas. Se estamos caminhando com as ENS na terceira geração em nossa família, é sinal de que encontramos a pérola de grande valor.Gratidão a Deus! Deus seja louvado! Nossa Senhora e São José, rogai pelas equipes! Graça e Eduardo Eq. N. S. do Bom Conselho - Setor B Porto Alegre-RS
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TESTEMUNHO
“Seja feita a vossa vontade” Experiência maravilhosa e desafiadora, participar do EACRE 2021 (06 e 07 de março), pois participamos do hospital onde meu esposo encontrava-se internado, com sequelas da COVID. Sendo esse o nosso terceiro chamado a sermos CRE, e sempre por motivos de doença não podíamos, entrei em oração e pedi discernimento ao Senhor. O desejo no nosso coração só aumentava, foi aí que o Senhor iluminou a ideia de participarmos do hospital, o que vi como luz do Espírito Santo, pois esse era o desafio – através da enfermidade é que seria testada a nossa fé, e logo a nossa resposta foi ‘’EIS-ME AQUI, SENHOR, seja feita a Vossa vontade’’... E que maravilha! Emociono-me de relatar... Mesmo no leito, vi os olhos do meu esposo brilharem e uma concentração que nem mesmo as medicações e avaliações médicas do horário interrompiam. Os demais pacientes e acompanhantes ficavam em silêncio, para que pudéssemos participar bem. Após as partilhas nos grupos, eles nos aplaudiam. Tenho certeza de que era isso que o Senhor queria para nós, que a nossa missão fosse Evangelizar, não importa em qual circunstância... Na calmaria ou na tempestade Ele está conosco. Aproveitamos cada momento... ...Passaram-se alguns dias... e os desafios continuavam... Exatamente hoje (28/4) faz 36 dias que meu José fez sua Páscoa (22/3), e com certeza de lá intercede por nós, pois a caminhada continua... Eu, mais
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uma vez, me coloco diante do Senhor e respondo novamente “eis-me aqui Senhor”, quero ser Seu instrumento, encoraje-me, fortaleça-me, dê discernimento e sabedoria para continuar equipista de Nossa Senhora. Agora, sem ele, será muito mais difícil, mas Tu conheces a nossa vida, as coisas tiveram que ser assim. Tenho certeza de que o EACRE 2021 foi uma preparação para sua partida – ele transbordava felicidade e mesmo naquele leito, trazia esperanças a todos, pois era um homem de muita fé... Sempre falando a todos da beleza de servir nas ENS e quão maravilhado estava com o encontro, pedia-me que por momento algum abandonasse o Movimento, e aqui estou diante de tantos desafios pedindo sempre direcionamento de Deus, para continuar com esse lindo legado de fé que ele nos deixou. Todos os dias continuo vivenciando os PCEs de modo diferente, mas representado por sua camisa verdinha, colocada na cadeira que ele se sentava... Coloco-me à disposição para continuar junto da minha Equipe N.S. do Desterro e sei que meu esposo está feliz pelo meu sim. Agradeço às ENS por terem sido canal de Graça em nossas vidas. Rogo a Deus que brilhe para você, meu amor, a luz eterna e você seja nosso anjo intercessor, pois por aqui a busca da santidade CONTINUA. Jôse, do José Luiz Eq. 11 - N. S. do Desterro Parintins-AM CM 542
TESTEMUNHO
Uma grande oportunidade Cerca de quatro anos atrás, fomos surpreendidos por um chamado. Deus mais uma vez bateu à nossa porta e nos chamou a servir. Servir ao Senhor, por meio das Equipes de Nossa Senhora, é para nós uma grande alegria. Mas naquele dia olhamos um para o outro e,cheios de medo, pensamos... dizer o quê? É claro: não estamos preparados, não somos um casal assim tão espiritualizado, não conhecemos o Movimento como devíamos, há casais mais indicados para a Missão....Mas Deus nos chama! O que Ele quer? Qual o propósito? De certo, após refletirmos, entendemos que não nos cabia questionar o propósito do Pai. Se Ele nos chama, precisamos ouvi-Lo. Se Ele aqui nos quer, temos que florescer, ainda que seja em cima de uma pedra. Certos de que um chamado de Deus é um chamado de amor, onde nosso pobre empenho é transformado em dom de serviço dissemos “sim”! É Jesus que batia à nossa porta... e assim, assumimos em 25 de agosto de 2017 a responsabilidade de Casal Responsável da Região Brasília IV. Fomos chamados a servir com humildade e dedicação. Não por nossa capacidade, mas porque Ele nos quer a Seu serviço. Servir com discernimento, alegria, mansidão... e procuramos deixar que o Espírito Santo nos inundasse com seus dons, não obstante o medo e, por vezes, até a resistência. O Espírito Santo nos capacitava e, também o nosso Colegiado! A cada momento, fomos todos impulsionados a perseguir com alegria o Carisma, zelar pela Mística e nos conectar com a pedagogia do Movimento das Equipes de CM 542
Nossa Senhora certos de que somos instrumentos em um só Movimento. A nossa Região acabava de nascer a partir da multiplicação da Região Brasília I. Nascíamos extremamente empolgados, mas, ao mesmo tempo, meio sem identidade. Algumas mudanças – de ordem prática – tiveram que acontecer. Veio o medo, algumas vezes, até a resistência... Com o passar dos dias, meses, reuniões, terços, adorações, missas, formações, retiros, interequipes, lançamentos de novas equipes, moderação de situações, todos nós – casais e conselheiros da Região Brasília IV fomos tomando posse e muito amor pela nossa jovem Região. Uma Região que nascia em um Movimento muito bem sedimentado.Afinal, “uma árvore só cresce em altura e se torna frondosa se suas raízes forem profundas” (Charles Péguy). Ao final de quatro anos, nos interpelamos: combatemos o “bom combate”? Com certeza tivemos muitas falhas e por elas pedimos perdão ao mesmo tempo em que agradecemos imensamente a Deus por tão linda oportunidade de servi-Lo e entender melhor que, tanto na ação quanto na oração, somos chamados a amar mais e servir mais sempre com alegria! Parafraseando Madre Teresa de Calcutá, encerramos dizendo que, por mais bela que seja a missão, não nos apegamos a ela. Estamos prontos a seguir em frente. Nosso trabalho não é nosso. Nossos dons nos foram dados por Deus e para Ele é toda honra e toda glória. Sempre. Simone e Carlúcio CR Região Brasília IV Província Centro-Oeste
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TESTEMUNHO
A oração opera milagres Rita Amada de Jesus (fundadora da congregação das Irmãs Jesus Maria José) sempre foi presença marcante em minha vida e na vida de meus familiares, desde a chegada das irmãs em Água Boa-MT, em 1987. As atividades pastorais das irmãs em nossa Comunidade, o início do colégio JMJ, o Coral Infantil conduzido pelas irmãs, os encontros de jovens, o primeiro emprego... E onde eu continuo trabalhando ainda hoje, juntamente com meus filhos, que estudam no lugar que eu considero a minha segunda casa/família. São muitas graças que minha família recebeu e continua recebendo com a intercessão de Madre Rita. Lembro das diversas correntes de oração que foram direcionadas a nós através de tantas pessoas. Em 2014 nosso segundo filho, Lucas, nasceu prematuro de 32 semanas e ficou internado na UTI Neonatal durante 27 dias, em Goiânia. Nesse período, era professora do Fundamental – anos iniciais - e tinha um coral das crianças no colégio. Durante esses 27 dias sentimos a presença de toda a família JMJ (hoje Fraternidade Jesus Maria José), Equipes de Nossa Senhora, Pastoral da Criança, e toda a comunidade rezando conosco. Em novembro de 2019, meu cunhado Rodrigo,da Maiara,sofreu um acidente de carro e teve traumatismo craniano. No hospital,liguei para amigos das ENS e pedi para irem na capela do colégio pedir a intercessão de Madre Rita por sua vida. Imediatamente as irmãs já se uniram a tantas pessoas em adoração; foram dias de muita oração, tríduo a
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Madre Rita, novenas... O caso do Rodrigo foi gravíssimo,chegou em Brasília praticamente desenganado pelos médicos; fez cirurgia na cabeça e, como um milagre, iniciou a sua recuperação. Hoje, após muitos meses do acidente, temos a certeza de que Rodrigo é um milagre. Ele continua em Goiânia, se recuperando a cada dia, e as preces a Deus,com a intercessão de Madre Rita, continuam sendo proclamadas para que sua cura seja completa. No mês de novembro de 2019, descobri a minha terceira gravidez, que foi bastante conturbada, devido ao acidente do Rodrigo; logo mais, a perda do meu sobrinho, pandemia da Covid e, por final, outro nascimento prematuro. Leonardo nasceu de 32 semanas e precisou ficar internado na UTI Neonatal por 41 dias em Goiânia. Em alguns momentos,nossos pensamentos fraquejavam,batia a tristeza,o desânimo. Mas sempre, muito confiantes, de que Madre Rita seria a intercessora da nossa família mais uma vez, com tanta energia positiva dos amigos e comunidade, iniciamos a novena de Madre Rita, e, no decorrer, as notícias positivas vinham acontecendo.Hoje ele está forte, saudável, esperto e nossa família completa e feliz. Gratidão a Deus por tantas bênçãos. Gratidão à Bem-Aventurada Rita Amada de Jesus por fundar o Instituto JMJ, e por termos a oportunidade de fazer parte dele. Gratidão pelas graças recebidas através da intercessão de Madre Rita. Rita Amada de Jesus, rogai por nós! Lucimara do Juliano Marchioretto Eq. N.S. Auxiliadora Setor Água Boa CM 542
REFLEXÃO
A importância da figura paterna
Papa Francisco
1. “O pai deve estar presente na família, que seja próximo da mulher, para compartilhar tudo, alegrias e tristezas, fadigas e esperanças. E deve estar próximo dos filhos em seu crescimento: quando brincam e quando se empenham, quando ousam ou hesitam, quando erram e voltam atrás. Pai presente, sempre! Presente não significa controlador, pois pode anular o filho”. 2. “A Igreja, portanto, está empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença generosa dos pais nas famílias,porque eles são para as novas gerações custódios e mediadores insubstituíveis da fé na bondade, na justiça e na proteção de Deus, como São José”. 3. O pai “sabe bem quanto custa transmitir esta herança: quanta proximidade, quanta doçura e quanta firmeza”, mas também “quanto consolo e recompensa se recebem quando os filhos honram esta herança! É uma alegria que redime todo cansaço, que supera toda incompreensão e cura toda ferida”. 4. “Os pais devem ser pacientes. Tantas vezes não há outra coisa a fazer se não esperar; rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia”. 5. “(…) um bom pai sabe esperar e sabe perdoar, do fundo do coração. Certo, sabe também corrigir com firmeza: não é um pai frágil, complacente, sentimental. O pai que sabe corrigir sem degradar é o mesmo que sabe proteger sem se economizar”. CM 542
6. “Sem a graça que vem do Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar”. 7. “Não se poderia exprimir melhor o orgulho e a comoção de um pai que reconhece ter transmitido ao filho aquilo que realmente conta na vida, ou seja, um coração sábio”. 8. “Toda família necessita de um pai. Um pai que não se vanglorie de que seu filho seja parecido com ele, mas sem que se alegre de que aprenda a retidão e a sensatez que é o que conta na vida”. Colaboração
Lázara e Edison Eq. 2A – Goiânia Província Centro-Oeste
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REFLEXÃO
Carta Mensal – revivendo esse tesouro Aproveitando um intervalo e outro que, por mais escassos que se tornaram no tão vivido home office, me propus a organizar algumas coisas que entendia estarem fora do lugar em nossa sala de estudo. Organizando livros, pastas, arquivos, coleções, documentos e pondo-os em ordem nas prateleiras, com intuito de desgarrar e mandar para o lixo algumas coisas, deparei-me com uma caixa, digo, um tesouro que há alguns anos fomos guardando. Ao abri-la, notei que tal tesouro estava organizado e dividido em datas e anos de publicação. Mentalmente questionei: “Meu Deus! O que vou fazer com as nossas Cartas Mensais? Doar? Que destino posso dar para esse tão valioso material, que tanto nos ajudou como pessoa, como casal, como família e como comunidade, em nossa tão modesta caminhada nas Equipes de Nossa Senhora?” Fiquei emocionado... Primeiramente, é como dispor de uma relíquia de família, uma joia ou algum pertence de altíssimo valor. É como mudar da casa onde nascemos, crescemos e fomos felizes junto com a família. Confesso que não lemos todas as revistas mensais, mas uma boa parte delas. E as reportagens e testemunhos que lemos, meditamos e refletimos, foi como enviá-los para uma caixa, um baú, onde a cada momento oportuno podíamos abri-la e deliciar das maravilhas que aquele instrumento nos orientava e conduzia. Procedemos assim, durante nossa caminhada equipista. Foram e continuam sendo leituras que nos sustentaram/ sustentam, nos animaram/animam e reforçaram/reforçam a confiança em
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Deus e por dias melhores. Aprendemos a conduzir com leveza e seriedade os nossos compromissos com a pedagogia das Equipes de Nossa Senhora, quanto à nossa espiritualidade conjugal e familiar. Compreendemos melhor sobre a partilha em casal e em família, e ir ao encontro dos mais necessitados. Entendemos melhor que casal de joelhos impulsiona e ajuda os seus filhos a estarem de pé e que, para o amor, não existem medidas nem regras, existe doação. E o dilema do que fazer com as nossas Cartas Mensais continua em aberto, porém não tenho palavras para agradecer às Equipes de Nossa Senhora pelo quanto elas foram e são valiosas em nossa caminhada. Obrigado, minha Nossa Senhora, pela família que nos permitiu, sob vossa proteção, conduzir, cuidar e ver os nossos filhos crescendo espiritualmente, que hoje, também equipistas, temos a oportunidade de discutirmos juntos alguns temas das Cartas Mensais que, com certeza, também estão sendo “depositadas nesse valioso baú”. Somos gratos em dizer que o José Eduardo (filho) e Flávia Maria (nora), Anita e Maria Fernanda (netas) pertencem à Equipe 11 - N.S. da Guia - Setor Anápolis; e Ana Paula (filha), João Paulo (genro) e Heitor (neto: 8 meses de gestação) pertencem à Equipe 03 - N.S. das Dores – Setor Goiatuba – Morrinhos – Panamá. “O Senhor fez em nós Maravilhas”. Júlio César da Maria Elena Eq. 02 N. S. do Perpétuo Socorro Setor Anápolis CM 542
REFLEXÃO
Eu não me acostumei nas terras onde andei... Alô, Meu Deus, fazia tanto tempo que eu não mais Te procurava Alô, Meu Deus, senti saudades Tuas e acabei voltando aqui Andei por mil caminhos e como as andorinhas Eu vim fazer meu ninho em tua casa e repousar Embora eu me afastasse e andasse desligado Meu coração cansado resolveu voltar Eu não me acostumei nas terras onde andei. Pe. Zezinho Em 2019 tivemos a oportunidade de percorrer, em casal, os caminhos do filho pródigo com a parábola do pai misericordioso. Percebemos que a espiritualidade conjugal, ponto central das ENS, precisa ser, antes de tudo, esse caminho que nos leva a Deus e, porque nos leva a Ele, nos levou a nós, individualmente e em casal. Vivemos uma verdadeira conversão, um retorno. Como o filho pródigo, muitas vezes, vamos nos distanciando de Deus e de nós mesmos, perdemos nossa essência e já não conseguimos encontrar a tão desejada felicidade na vida que construímos. Fruto de ilusões. Pela realização dos PCEs experimentamos a oração como resultado de Deus em nós, quase que como uma forma de recrutá-lo de dentro de nós pela palavra. Vivíamos tão para fora que esquecemos o caminho de dentro, como diz a música: “[…] fazia tanto tempo que eu não mais Te(me) procurava”. Com o estudo do tema fomos levados a perceber que falávamos tanto aos outros, mas passávamos longos períodos sem trocar uma única palavra cada um consigo e, logo, com Deus. Voltar para casa significou voltar para si e, portanto, para Deus, para compreendermos que se formos CM 542
desconhecidos de nós mesmos não conseguiremos conhecer Deus que nos habita. A espiritualidade conjugal depende da espiritualidade de cada cônjuge e precisa representar o Movimento para dentro de si para encontrar Deus em nossa morada: “Eu vim fazer meu ninho em tua casa e repousar”. E temos o privilégio, pelo sacramento do matrimônio, de percorrer esse caminho com o auxílio do cônjuge. Sobre a busca da santidade e a presença de Deus em nós, pensemos sempre que a semente já tem todas as possibilidades da árvore, mas precisa ser plantada e cultivada para tornar-se árvore. Assim somos nós. Precisamos olhar para nossa vida e questionar se nossas escolhas estão nos fazendo bem, interpretar nossos desassossegos. Sejamos honestos, Deus espera de nós essa honestidade. O lugar da santidade, o lugar da nossa salvação, é em nós mesmos, em Deus que está em nós. Onde há um ser humano que se encontrou, ali Deus o salvou. Esteja em sim! Regresse! Comprometa-se! Esteja em Deus! Paula e Tiago Eq. N. S. da Luz Setor A Maracaju-MS
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PARTILHA E PCE
Dever de Sentar-se na busca da santidade conjugal
A partir do momento em que nos tornamos equipistas, e após entendermos que os Pontos Concretos de Esforço são atitudes que nos conduzem à santidade, buscamos vivenciá-los de maneira plena. Mas cabe-nos destacar, dentre todos, o DEVER DE SENTAR-SE, pois conseguimos entender que sua vivência nos traz muita paz e harmonia na vida conjugal. Falamos do Dever de Sentar-se, por tratar-se de um PCE completo, pois na sua vivência praticamos a Escuta da Palavra, Meditação e Oração Conjugal. E sua execução nos conduz a uma análise de nossas atitudes relativas à vida matrimonial, nos faz rever nossos projetos, nossas fraquezas, nossas fortalezas, ratificar nossas certezas sobre o nosso relacionamento conjugal, com os filhos, com a comunidade em que vivemos e também retificar nossas atitudes que estão incoerentes com o Evangelho. É uma “parada” que nos faz dar passos mais longos na busca da santidade, pois conduz à reflexão sobre as nossas falhas, nos faz discernir que mudanças devemos fazer para que a harmonia prevaleça e nos direcione na busca do rumo certo a ser seguido,
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através de uma mudança de atitude (Regra de Vida). No início de nossa caminhada, podemos afirmar que não foi uma tarefa fácil organizar-se para a vivência desse PCE, mas com o nosso amadurecimento e após percebermos a diferença que faz em nossas vidas, não conseguimos mais viver sem essa “parada” mensal que graças à inovação pastoral do Padre Caffarel nos é proporcionada através do Movimento. É dedicarmos um tempo para estarmos juntos, na presença de Cristo, Ele que é o centro de nossas vidas, porém, para que esse momento aconteça dignamente, buscamos sempre nos colocar diante do Senhor, com muita oração e despojamento. Nos dias atuais, buscamos dar nosso testemunho aos casais sob nossa responsabilidade, da forma utilizada para praticarmos com eficácia este PCE, e como o DEVER DE SENTAR-SE nos torna mais ainda “uma só carne” (Gn 2,24) e das inúmeras graças que recebemos com a prática desse valioso meio que nos aproxima como casal, e nos conduz rumo ao Reino Celeste. Janete e Jair CR Setor B Campo Grande–MS CM 542
PARTILHA E PCE
O retiro Falar de retiro espiritual é falar de uma pausa, um refrigério para a alma, um tempo para si e para Deus. Desde o tempo antigo os povos já viviam muito ocupados. Jesus percebeu isso e, em uma passagem bíblica muito especial, ele observou que muitas pessoas viviam tão apressadas que nem tinham tempo para comer, então convidou os discípulos para subirem a montanha para orar e descansar um pouco. Dois mil anos se passaram e nos encontramos na mesma correria, sem tempo para refeição, para meditação, para oração. Eu me lembro de ficarmos incomodados com tantos compromissos, que mal tínhamos tempo para ficar em casa. Mas, com a chegada dessa assustadora pandemia, tudo mudou, passamos a ficar muito tempo em casa, e aí nos envolvemos com os afazeres da casa, o trabalho remoto, as aulas on-line da nossa filha. Estamos o tempo todo conectados, contudo, se nós não nos policiarmos também não teremos tempo para o que é importante na vida: nos conectarmos sim, só que nos conectarmos com Deus. E o retiro é um facilitador para isso. Particularmente, nós sentimos muita falta dos retiros. Porque sempre foi um PCE do qual gostamos muito e nos dedicamos para cumpri-lo todos os anos. Nós somos paulistas, e moramos em Goiânia há 15 anos, mas não temos parentes aqui. Então, nos deparamos com um problema para participar dos retiros, pois quando CM 542
tivemos nossa filha, não tínhamos com quem deixá-la. No entanto, isso não foi um empecilho para realização desse PCE, pois todos os anos convidávamos alguém de nossa família (avós, tias) para vir de São Paulo ficar com nossa filha para que pudéssemos participar deste tempo tão especial para nós, equipistas. Nos lembramos com muito carinho de todos os retiros que participamos. Percebemos que cada um é único, pois é moldado de acordo com quem o está conduzindo. Já participamos de retiro com muito tempo de oração, outro em que fizemos uma viagem ao encontro de nós mesmos; outro nos trouxe uma inquietação interior, uma necessidade de mudança; outro que nos trouxe uma leveza, uma tranquilidade; outro nos emocionou e nos levou às lágrimas. Todos nos ajudaram fortemente a crescer na espiritualidade conjugal. Não podemos esquecer também do aconchego do Convento das Irmãs Dolorosas, lugar calmo, arborizado, onde pudemos nos conectar um pouco com a natureza, e sempre contar com a dedicação de todos os casais envolvidos na organização do evento. Só nos resta pedir a Deus que essa pandemia passe e que nossos retiros voltem o mais breve possível. E quando isso acontecer, vamos prestigiar os nossos retiros e realizar com zelo este PCE tão importante. Márcia e Carlos Eq. N. S. da Rosa Mística Setor B Goiânia
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PARTILHA E PCE
O Dever de Sentar-se de um jeito novo
No começo de nossa caminhada equipista, o dever de sentar-se era tímido, inseguro, algo estranho, pois, como morávamos longe de nossas famílias, estávamos acostumados a conversar muito, a tratar de coisas práticas, a decidir tudo juntos, pensávamos que não precisávamos nos esforçar na prática do Dever de Sentar-se, que víamos como algo criado para ajudar os casais que tinham dificuldade em conversar. Caminhamos assim por um período, até que na partilha de uma reunião de interequipes, outro casal expôs as dificuldades em vivenciar verdadeiramente esse PCE e o casal anfitrião disse que o problema na prática do Dever de Sentar-se geralmente estava na forma de encará-lo, por vê-lo como algo muito grande, num plano ideal, distante, ou, numa visão simplista, acreditando que a forma proposta não é assim tão importante, e que o primeiro passo era tratar o Dever de Sentar-se como um compromisso formal, com data e horário agendados para acontecer, pois desta forma o tornaríamos concreto e, até, natural. Falou, ainda, que não era necessário falar-se apenas de coisas grandes ou de conflitos e diferenças, pois há meses em
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que podemos falar apenas do amor, do quanto o outro é importante e significativo em nossas vidas. Essa troca de experiências abriu nossos olhos e passamos a enxergar o Dever de Sentar-se de um jeito novo. Foi o empurrãozinho que precisávamos para nos aventurar nesse novo caminho. E, desde então, temos feito muitas descobertas neste nosso encontro mensal. Descobrimos que, para o Dever de Sentar-se produzir frutos, precisamos nos abrir verdadeiramente; ir para o dever de sentar-se com o coração aberto, disposto a tratar de todas as questões - aquelas que nos alegram, que nos dão prazer em partilhar e aquelas mais delicadas, que muitas vezes nos custam falar. Falar de nossos sentimentos mais íntimos, sem se preocupar com o julgamento do outro, porque o que nos une é o amor recíproco, o bem querer, e o outro vai acolher nossos sentimentos e, por vezes, nos ajudar a dar um passinho a mais, aquele passinho que sozinho não somos capazes de dar. O Dever de Sentar-se é um aprendizado, uma tarefa que, na medida em que se pratica, vai se aperfeiçoando, vai crescendo. Pode-se dizer que ele caminha conosco, vai evoluindo, amadurecendo na medida em que o praticamos. Assim, cada vez que praticamos o Dever de Sentar-se estamos regando a “plantinha” da cumplicidade, da união, do amor, tal qual um vasinho de violetas, que, com este cuidado periódico, vai florescer em nossas vidas. Josáurea e Osvaldo CR Setor Ponta Grossa-PR CM 542
FORMAÇÃO
A pedagogia dos PCEs Toda a pedagogia do Movimento deve ser centrada em três linhas mestras: a gradualidade, a personalização e o esforço. O Guia das ENS nos diz que “os Pontos Concretos de Esforços não são obrigações que devemos respeitar de maneira cega, mas meios para desenvolver as atitudes de vida que devemos assimilar e que, progressivamente, nos leva a um modo de vida mais cristão”. O verdadeiro encontro com o Senhor é o ponto de partida de qualquer conversão e os PCEs existem para providenciar este encontro. É interessante fazer a comparação entre os PCEs e uma atividade física, pois o exercício físico exige esforço e dedicação, mas os benefícios são vários, como, por exemplo, promove o bem-estar físico e mental. Ao olharmos para os PCEs e perceber os frutos que já foram e que podem ser colhidos, com certeza nos incentivará a realizarmos todos com mais afinco e qualidade. Na Escuta da Palavra devemos não apenas ler a Palavra, mas acolhê-la no concreto da nossa vida. Alguns frutos: Auxílio no discernimento e conhecimento da vontade de Deus. A Meditação é momento de rezar. Como somos todos chamados à Santidade e o caminho da Santidade começa pela oração, devemos rezar. Frutos: Escutar o Senhor e enfrentar melhor as dificuldades da vida. A Regra de Vida deve ser concreta, precisa e reavaliada regularmente. Possibilita a revisão pessoal dos aspectos da nossa vida que devem ser mudados ou melhorados. Frutos: Escutar melhor o apelo de Deus e ultrapassar nossos maus hábitos e os nossos egoísmos. A Oração Conjugal é imprescindível CM 542
na vida do casal. Pe. Caffarel disse: “Se todos os casais cristãos estivessem convencidos da importância da Oração Conjugal, se, em todos esses lares, a Oração Conjugal fosse viva, haveria no mundo um prodigioso aumento de alegria, de amor e de graça”. Alguns frutos: Ver o rosto do Senhor no nosso cônjuge e estar em paz, com alegria e bem-querer em família. O Dever de Sentar-se possibilita um frente a frente para sugerir, para se questionar, para se observar e para se escutar. Frutos: Faz crescer o amor dos cônjuges e permite exercitar o perdão mútuo. O Retiro permite-nos responder ao apelo do Senhor ao pararmos para tomar consciência do que é essencial. Frutos: Revitalizar a nossa vida espiritual e descobrir juntos a vontade de Deus para o casal. Que possamos viver com intensidade todos os PCEs, percebendo que são nossos aliados na busca da santidade. Que Deus nos dê a graça e a compreensão de todos eles. Gilda e Rodrigo CR Setor Uruaçu Goiás
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FORMAÇÃO
“Ide a José” No mês de agosto, na segunda semana do mês vocacional refletimos e rezamos por aqueles que são chamados a vocação matrimonial iniciando a semana com a celebração do dia dos Pais. “Não se é pai somente quando se toma a iniciativa de chamar à vida um ser imortal. Dia após dia deverá continuar a dar a vida ao seu filho. A educação é uma criação prolongada. Depois de ter engendrado um corpo, o pai deve despertar para a vida uma inteligência, um coração, uma consciência. É uma obra de longo alcance”. (O Amor e a Graça, Henri Caffarel) A todos nós, mas sobretudo aos nossos pais, o Papa Francisco nesse ano dedicado a São José, com sua Carta Apostólica Patris Corde (com coração de pai) traz um grande modelo de pai. “Em todas as circunstâncias da sua vida, José soube pronunciar o seu fiat, como Maria na Anunciação e Jesus no Getsemani. Ao longo da vida oculta em Nazaré, na escola de José, Ele aprendeu a fazer a vontade do Pai. Tal vontade torna-se o seu alimento diário (Jo 4, 34). Mesmo no momento mais difícil da sua vida, vivido no Getsemani, preferiu que se cumprisse a vontade do Pai, e não a sua, fazendo-Se obediente até à morte de cruz (Flp 2, 8). Vê-se, a partir de todas estas vicissitudes, que José foi chamado por Deus para servir diretamente a Pessoa e a missão de Jesus, mediante o exercício da sua paternidade: desse modo, precisamente, ele coopera no grande mistério da Redenção, quando chega a plenitude dos tempos, e é
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verdadeiramente ministro da salvação”. (Patris Corde, Papa Francisco) Nossos pais a exemplo de São José são chamados a servirem a Deus no exercício de sua paternidade, num exercício diário de amor a seus filhos e filhas. Em se tratando do amor de São José por seu Filho e seu Senhor, Santo Afonso Maria de Ligório escreve nas “Sete meditações sobre São José”,traduzidas por nosso querido Padre Flávio Cavalca, a seguinte meditação: “Pense no amor que José tinha por Jesus. Tendo o Senhor escolhido José como pai de Jesus, certamente lhe infundiu no coração um amor de pai, e pai de um filho tão amável, que era ao mesmo tempo seu Deus.O amor de José não era puramente humano como o amor dos outros pais. Era um amor sobre-humano, vendo na mesma pessoa seu filho e seu Deus.Considere que incêndio de santo amor devia arder no coração de José ao pensar em tudo isso, e ao ver seu Senhor que, como rapaz, lhe presta serviços, abrindo ou fechando a carpintaria, ajudando-o a serrar a madeira, manejando a plaina e o enxó, recolhendo as aparas e varrendo o chão”. “Indo a José”, peçamos que interceda por nossos pais para que vivendo sua sublime vocação santifiquem nossas famílias.
Pe. Antonio da Silva Miguel Jr. Eq. N.S. Aparecida e N.S. Boa Mãe Setor A - Criciúma-SC CM 542
NOTÍCIAS
Aniversário de Casamento - Bodas de Prata
22 junho 2021
16 agosto 2021
12 julho 2021
Fátima e Adinaldo Eq. N.S. de Guadalupe Abaetetuba-PA
Érica e Wilson
Eq. N.S. do Bom Conselho Jundiaí– SP
Tatiana e Rubens Coimbra Eq. 55, Setor A Brasíliaí– DF
Aniversário de Casamento - Bodas de Ouro
08 Maio 2021
Eq. N.S. da Imaculada Conceição Brasília-DF
17 abril
Aparecida e Hilton
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Maria Socorro e Edivanil
2021
julho 2021 CM 542
Maria Helena e Herculano
Eq. N.S. do Rosário Juiz de Fora – MG
Eq. N.S. do Rosário Londrina-PR
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NOTÍCIAS
ANIVERSÁRIO DE EQUIPE - JUBILEU DE PRATA
22 abril 2021
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junho 2021
14 abril 2021
Eq. N.S. Aparecida São Gonçalo – RJ
Eq. N.S. Aparecida Brasília – DF
Eq. N.S. da Esperança Juiz de Fora-MG
ANIVERSÁRIO DE EQUIPE - JUBILEU DE OURO
08 junho 2021
Eq. N.S. Rainha de Todos os Povos São Paulo – SP
ORDENAÇÃO SACERDOTAL - JUBILEU DE OURO
03 abril 2021
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Padre Luiz Laudato Eq. N.S. Rosa Mística Manaus-AM
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NOTÍCIAS
VOLTA AO PAI PROVÍNCIA SUL I Marcos Antônio da Lilian
Valdirene da Mario Luiz
29.05.2021 N.S. de Fátima São Paulo - SP
28.05.2021 N.S. Desatadora dos Nós Lorena - SP
Décio Agostinho da Izabel
Tokuo da Rosenil (Rose)
27.06.2021 N.S. Aparecida Valinhos - SP
31.05.2021 N.S. Aparecida São Bernardo/Diadema - SP
Josefina Aparecida do Valdir
Tinho da Ana
27.06.2021 N.S. de Lourdes Valinhos - SP
09.06.2021 N.S. do Espírito Santo Sorocaba - SP
Mário Guilherme da Maria de Fátima
Helenice do Antônio
11.05.2021 N.S. do Perpétuo Socorro Jundiaí - SP Ma. Carolina do Jefferson
06.06.2021 N.S. de Fátima Bragança Paulista - SP Paulo Silvério da Lucia Mara
09.06.2021 N.S. da Divina Graça Sorocaba – SP Flávio Jorge Miguel da Vicentina
01.06.2021 N.S. da Ponte Sorocaba – SP
Padre Roberto Duarte
13.05.2021 N.S. da Santíssima Trindade São Jose Dos Campos - SP
25.05.2021 N.S. Guadalupe e N.S. de Fátima São Paulo - SP
Sérgio Henrique da Eliane
Padre João Zago
17.05.2021 N.S. da Alegria Guará-SP
23.06.2021 N.S. da Penha São Paulo – SP
Padre Marco Aurélio
Dom Aloísio Hilário
23.06.2021 N.S. Imaculada Conceição Mogi Das Cruzes - SP CM 542
04.05.2021 N.S. Caravaggio Rio Claro - SP
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NOTÍCIAS
VOLTA AO PAI PROVÍNCIA SUL II Luiz Carlos da Maria Francisca
03.05.2021 N.S. Fátima José Bonifácio -
Fernando Antônio - Diácono
15.06.2021 N.S. Rosa Mística Casa Branca -
Padre Joaquim Tadeu Ferraz
Padre Renan Marcos Larocca
07.06.2021 N.S. do Advento Catanduva - SP
18.06.2021 Região e Equipes N.S. Rosa Mística e Mãe do Amor Votuporanga - SP PROVÍNCIA SUL III
Edilton Scharam da Lilian Cristina
Paulo da Rosani
03.06.2021 N.S. das Gracas Curitiba - PR
15.06.2021 N.S. Rainha da Paz Cascavel - PR PROVÍNCIA NORTE
Ma. Helena do Ubirajara
Lourdes do Ivens
14.06.2021 N.S. da Imaculada Conceição Belém - PA
11.05.2021 N.S. Desatadora dos Nós Belém - PA
Wilson da Ma. Helena
12.04.2021 N. S. do Rosário Capanema - PA
24.05.2021 N.S. da Imaculada Conceição Belém - PA Lúcia (era viúva do Gil)
18.04.2021 N.S. do Perpétuo Socorro São Miguel do Guamá - PA Fábio da Keyla
22.03.2021 N.S. do Rosário Belém - PA 36
Maurício da Rosa
Eni do Adolfo
03.01.2021 N.S. do Perpétuo Socorro Itacoatiara - AM Danielle do Alessandro
04.06.2021 N.S. Auxiliadora Itacoatiara - AM
Terezinha do Severino
27.05.2021 N.S. da Divina Providencia Manaus - AM CM 542
NOTÍCIAS
VOLTA AO PAI PROVÍNCIA NORDESTE I Gilbrant da Isley
Murilo da Lucimar
18.05.2021 N.S. do Perpétuo Socorro João Pessoa - PB
10.05.2021 N.S. do Perpétuo Socorro Fortaleza-CE
Vicente da Geruza
Adão da Josevânia
28.06.2021 N.S. Perpétuo Socorro Natal - RN
07.06.2021 N.S. Aparecida Pocinhos/Esperança - PB
João Paulo da Sabrina
Padre Hachid B. de Sousa
21.06.2021 N.S. de Lourdes Fortaleza - CE
PROVÍNCIA NORDESTE II
22.05.2021 N.S. da Guia Campina Grande - PB
Rizomar da Nelma
Carlos Eduardo da Elisângela
Hebert da Neumi
Alex Cabral (Seminarista)
José da Elaine Cristina
Padre Bianchi Xavier (Manuel Francisco)
Sebastiana do Junior
Felipe da Sofia
02.05.2021 N.S. Aparecida Aracaju - SE
12.06.2021 N.S. do Desterro Aracaju - SE 27.05.2021 N.S. Auxiliadora Jaboatão - PE
26.05.2021 N.S. do Sim Aracaju - SE
27.05.2021 N.S. das Vitórias Aracaju - SE PROVÍNCIA CENTRO OESTE
12.05.2021 N.S. das Graças Caruaru - PE
10.08.2020 N.S. Auxiliadora Goiânia - GO
26.05.2021 N.S. das Vitórias Brasilia - DF
Marco Túlio da Kaline
Ângelo Ricardo da Edna
18.06.2021 N.S. Desatadora dos Nós Maracaju - MS
15.05.2021 N.S. Desatadora dos Nós Brasilia - DF
Eli Guilherme da Eliane
Frei José Heman Londono
10.05.2021 N.S. Rainha do Amor Brasília - DF CM 542
07.05.2021 N.S. de Medjugorje Brasilia - DF
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NOTÍCIAS
VOLTA AO PAI Laerte da Maria Teresa
10.05.2021 N. S. Aparecida Rio das Ostras - RJ Marcelo da Miriam
18.05.2021 N.S. da Ajuda Petrópolis - RJ Dinéa do Carlos Augusto
18.05.2021 N.S. Aparecida Friburgo - RJ
PROVÍNCIA LESTE I Ronaldo da Ana Maria
06.06.2021 N. S. Aparecida Petrópolis - RJ
George da Rita de Cassia
29.06.2021 N.S. das Graças Vila Velha - ES
Diogo da Maria Gabriela
06.06.2021 N.S. da Glória Rio de Janeiro - RJ
Padre Rodrigo Marques Gomes
20.05.2021 N.S. das Graças Cabo Frio - RJ
PROVÍNCIA LESTE II Julito da Marly
Tadeu da Ângela Cristina
Juvenal Manoel da Lindinalva
Ma. Angélica do Emanuel Lucas
19.05.2021 N.S. da Santíssima Trindade Belo Horizonte - MG 23.05.2021 N.S. Mãe da Divina Providência Ipatinga - MG
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23.05.2021 N.S. da Luz Três Corações - MG
17.05.2021 N.S. Rosa Mística Três Corações - MG
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MEDITANDO EM EQUIPE
Acolher e amar, sentir com o outro
A Palavra de Deus
- “Tudo quanto quereis que os outros vos fa- - “Quem vos recebe, recebe a mim.” çam, fazei também a eles.” Mt 7,12 Mt 10,40
Reflexão - Quando passamos pelas santas páginas do Evangelho percebemos o quanto somos convocados por Deus ao amor pelo próximo, pelo que é amigo e também por aquele que é inimigo. Você tem algum inimigo? Alguém com quem você não conversa, evita estar no mesmo lugar ou o trata com indiferença? Tenha a consciência de algo muito importante: olhe e ame o outro com os olhos e com o coração de Deus, só assim o amor se torna ilimitado e incondicional. O que nos torna próximos do outro é o amor, a empatia nasce de uma firme decisão por amar. - É belo notar o quanto Jesus amou, acolheu, se fez próximo, foi ao encontro e deu lugar em Seu Sacratíssimo Coração a todas as pessoas. Não devemos esperar o que o outro pode fazer por nós, não cobrar ou exigir do outro o que eu imagino que ele deva fazer por mim. Tenhamos esta regra de ouro: todos
os dias eu farei pelo outro o que desejo que ele faça por mim. Fazer pelo outro, eis a nossa missão! E quem é este outro? O cônjuge, os filhos, os pais, os amigos... todos aqueles que entrarem no meu caminho. - O outro é um caminho que me leva ao céu. Deus não nos fez como uma ilha, não estamos isolados. Nosso caminho de santificação passa pelo outro, ele é esta porta que me conduz a Deus. Os desafios são numerosos, mas tenhamos um coração semelhante ao coração de Jesus: manso, humilde, terno, bondoso e misericordioso. Um coração que ama, acolhe e conduz a Deus, pois “amar é acolher, é compreender, é fazer o outro crescer” (Zilda Arns). Quem é este outro a quem você deve amar mais? Como está seu coração para acolher e amar as pessoas? Mesquinho e egoísta ou generoso e caridoso?
Oração espontânea - Desejo lembrar a vocês quais são as quatorze obras de misericórdia. Sete delas são chamadas de obras de misericórdia corporais: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar abrigo aos peregrinos; assistir os enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos.E sete são chamadas obras
de misericórdia espirituais: instruir; aconselhar, consolar,confortar,perdoar,suportar com paciência e rogar pelos vivos e pelos mortos. - 1º) Faça uma meditação sobre as obras de misericórdia; 2º) Escolha três delas e elabore uma boa regra de vida que lhe proporcione crescer na proximidade com as pessoas.
Oração Litúrgica Oração diante do Crucifixo Ó glorioso Deus altíssimo, iluminai as trevas do meu coração, concedei-me uma fé verdadeira, uma esperança firme e um amor perfeito. Dai-me!, Senhor, o reto sentir e conhecer, a fim de que possa cumprir
o sagrado encargo que na verdade acabais de dar-me. Amém Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal
Santo Afonso Maria de Ligório
1o de Agosto
Celebramos a memória de um santo bispo e doutor da Igreja que se tornou, pelo seu testemunho, patrono dos confessores e teólogos de doutrina moral. Afonso Maria de Ligório nasceu em Nápoles,na Itália,em 1696,numa nobre família que, ao saber das qualidades de prodígio do menino, proporcionou-lhe o caminho dos estudos. Com 16 anos, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico, e já se destacava em sua posição social. Santo Afonso acolheu sua vida vocacional muito cedo colocando todos os seus dons a serviço do Reino dos Céus, por isso, como sacerdote, desenvolveu várias missões entre os mendigos da periferia de Nápoles e camponeses; isso até contagiar vários e fundar a Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Depois de percorrer várias cidades e vilas do sul da Itália convertendo pecadores, reformando costumes e santificando as famílias. Foi eleito bispo, já com 60 anos de idade, e assim pôde pastorear mais intensamente, com prudência e santidade, o povo de Deus. Entrou no Céu com 91 anos, depois de deixar vários escritos sobre a Doutrina Moral, sobre a devoção ao Santíssimo Sacramento e a respeito da Mãe de Deus, sendo o mais conhecido: “As Glórias de Maria”. Santo Afonso Maria de Ligório, Rogai por nós!
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