ENS - Carta Mensal 543 - Outubro/Novembro 2021

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DATAS RELIGIOSAS

O chamado à santidade Celebrar a Festa de Todos os Santos é recordar a vida de tantos que viveram e deram testemunho com ações concretas, na vida de encontro íntimo com Deus, e no serviço e doação em prol do necessitado. Sobre isso nos ensina o Papa Francisco: “A santidade é pertencer a Deus, comunhão com Ele, transparência de sua infinita bondade. Santidade é preservar o dom que Deus nos deu. Só isto: perseverar na gratuidade. Isto é ser santo. Portanto, quem acolhe a santidade em si mesmo como um dom de graça, não pode deixar de traduzi-la em ações concretas, na vida cotidiana, no encontro com os outros” (Ângelus, 5/012020). A santidade não é algo que eu me proponho sozinho e que consigo alcançar pelas minhas qualidades e capacidades. Ao contrário, a santidade é um dom de Deus, que Ele oferece quando nos toma pela mão e nos reveste de Si mesmo, tornando-nos semelhantes a Ele. É uma graça oferecida a todos, sem excluir ninguém, e é construída a partir da particularidade de cada cristão. Assim como no livro do Gênesis, Deus ordenou que o mar produzisse os peixes, e a terra, as plantas e seus frutos, e estes se forem retirados de onde nasceram, morrem, assim também somos nós. Porque Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gênesis 1, 26). Então, como os peixes

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tiveram origem no mar e as plantas tiveram origem na terra, nós tivemos origem em Deus. E assim como os peixes que saem do mar e as plantas que são arrancadas da terra morrem, nós também morremos quando saímos de Deus. A santidade é estar em Deus, é a nossa felicidade, precisamos dela. Frente à realidade do mundo em que estamos vivendo, somos chamados a tornar-nos santos precisamente vivendo e oferecendo o testemunho cristão nas ocupações diárias, especialmente em nosso ambiente familiar, sendo bons esposos e esposas; assumindo a responsabilidade de construir uma família no amor e no serviço, com diálogo e perdão. É vivendo esta verdadeira Igreja doméstica, edificada em Cristo, que passamos a ser luz para outros casais viverem o mesmo, testemunhando a antiga máxima: “Vejam como se amam”. A vivência da santidade na vida matrimonial se dá no cotidiano, com gestos concretos de amor, humildade, carinho, doação, levando a um verdadeiro e profundo sentido do matrimônio, sendo exemplo e mostrando a outros casais que é possível viver santamente com fidelidade, disponibilidade, indissolubilidade e fecundidade. Que Deus os abençoe. Pe. Odacir Lazaretti SCE da Região SP Capital III Prov. Sul I CM 543


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