SUPER-REGIÃO
Fidelidade como atitude criativa Nossa vocação à santidade é uma realidade dinâmica que acolhemos e cultivamos em nosso estado de vida matrimônio e ordem ‑, com progressiva fidelidade, na união com Deus que a frequência nos sacramentos, sobretudo a eucaristia e a confissão, nos possibilita; na vivência do carisma por uma participação ativa na vida do Movimento e pela renovação contínua na prática dos PCEs. Um elemento fundamental que precisamos ter para nos mantermos firmes frente aos desafios e dificuldades que se apresentam é justamente a fidelidade, entendida como lealdade,fé e adesão pessoal à busca da santidade assumida como equipistas, bem como os propósitos e caminhos escolhidos para realizar esta busca. O termo fidelidade procede do termo latino fides (fé), aparentado com fidere (fiar), do qual derivam as palavras confiar, confiança, confidente, confidência. É-se fiel a uma pessoa à qual se prometeu alguma coisa em virtude da fé que se tem nela, que a torna fiável. A fidelidade é a resposta adequada a uma promessa, como as promessas que foram feitas no batismo, confirmadas na Crisma, e aquelas que foram próprias do sacramento do matrimônio, que geraram a conjugalidade como expressão do consórcio de vida mútua, da geração e educação dos filhos. Prometer é uma atividade própria da pessoa humana, pois só ela é capaz de projetar o futuro, e se promete hoje para se cumprir no futuro, numa altura em que é até mesmo possível ter sentimentos diferentes dos atuais. O ato de
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prometer implica soberania de espírito, capacidade de sobrevoar o tempo e o espaço e de agir independentemente das mudanças que entretanto se possam verificar. Numa cerimônia de casamento promete-se constituir com o cônjuge uma vida familiar. Esta unidade não fica criada de uma vez por todas. Só os objetos se “produzem”, ficando “feitos” para sempre. A unidade conjugal não se “produz” materialmente; vai-se “criando” em cada momento da vida. Ser fiel é realizar esta atividade criadora prometida no matrimônio e não se reduz a aguentar algo. A pessoa humana não é chamada a aguentar ‑ o que seria uma tarefa própria das paredes e das colunas ‑, mas a prometer e cumprir com fidelidade criativa em cada momento de sua vida o que ficou prometido num dado momento. Esta fidelidade, como atitude criativa, que contribui eficazmente para conferir à personalidade humana um caráter de autenticidade e firmeza, será fundamental para que cada equipista encare os desafios presentes tanto na vida conjugal, equipista, eclesial e social destes tempos. Precisamos ter coragem para sermos melhores como pessoas e cristãos para vencermos os obstáculos e alcançarmos o resultado de uma verdadeira “procura juntos” da santidade. D. Moacir Arantes SCE Super-Região CM 545