ENS - Carta Mensal 546 - Abril/Maio 2022

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Ano LXII - abril/maio 2022 - 546

CARTA EQ U I P E S D E N O S S A S E N H O R A

MENSAL

Planeta Terra, nossa Casa comum

Viver a Missão página 3

Palavra do Papa página 11


Índice EDITORIAL

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SUPER-REGIÃO

ACESSE CARTA MENSAL SONORA:

Vençamos a tentação da dúvida diante das incertezas terrenas............................ 2 Encorajados a viver a nossa missão................................................................... 3 Tema do ano: Capítulo II................................................................................. 5 Domingo de Ramos........................................................................................6 Tema do ano: Capítulo III................................................................................. 7 “Ele ressuscitou realmente como disse: Aleluia! A vida venceu a morte!”..............8 Henri Caffarel – ordenado sacerdote.................................................................9

IGREJA CATOLICA

Sinodalidade eclesial (2): Sinodalidade e Colegialidade.......................................10 Palavra do Papa............................................................................................. 11

DATAS RELIGIOSAS

Nossa Senhora de Fátima............................................................................... 12 Visitação de Nossa Senhora............................................................................ 13 Revivendo o tríduo pascal: quinta, sexta e sábado santo.....................................14

DATAS DO MOVIMENTO

Reconhecimento das ENS pelo vaticano........................................................... 15 Fundação da Primeira Equipe no Brasil.............................................................16

DATAS COMEMORATIVAS

Mãe, Deus é o teu Criador!............................................................................. 17

EXPERIÊNCIAS INOVADORAS

Projeto PCE Retiro........................................................................................18

VOCÊ NA CARTA

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RAÍZES DO MOVIMENTO

Caminho de conversão..................................................................................23 É tempo de Festa!........................................................................................ 24

REFLEXÃO

O papel de uma Mãe......................................................................................25 O que seria de nós sem Nossa Mãe Maria?....................................................... 26 Minha Nossa Senhora................................................................................... 27 Hoje é Tempo de Ser Feliz!............................................................................. 28

PARTILHA E PCE

Entrar gradualmente na obediência de Deus.................................................... 29 Regra de vida – o PCE dos PCEs...................................................................... 30 Meditação e Oração Conjugal......................................................................... 31

FORMAÇÃO

Laudato Si: a responsabilidade humana sobre a criação......................................32 A família é um ícone de Deus..........................................................................33

no 546 edição abril/maio 2022

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 144, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 98201-8282 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. R ­ ejowski - Imagens: (Freeimagens/Pxhere/Unsplash/CanStockPhoto). Tiragem desta edição: 24.807 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, antes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Para Deus.................................................................................................... 20

TESTEMUNHO


EDITORIAL

Queridos irmãos equipistas: Estamos no mundo por um desígnio amoroso de Deus! E a finalidade última deste ato criativo de amor é: CONHECER,AMAR E SERVIR a Deus nesta vida e saboreá-lo e gozá-lo na eternidade. É assim que devemos caminhar, com os pés no chão e os olhos para o alto buscando as orientações divinas, pois, como está no artigo de D. Moacir, os prazeres do mundo contentam, mas não satisfazem completamente a pessoa humana. Através do artigo de Lu e Nelson, vemos que a nossa missão este ano é ser fermento renovador na família e sociedade ,e para implementarmos essa proposta o plano de ação é deixar-nos lapidar por Deus através do PCE Regra de Vida! A Palavra do Papa nos chama a atenção sobre o cuidado com o nosso lar e com a casa comum! Devemos vivenciar essas duas realidades na alegria e no louvor a Deus. Às vezes, o estilo de vida adotado torna-se preocupante, pois colabora com a “deterioração do mundo e da qualidade de vida de grande parte da humanidade” (LS, 18). No artigo sobre a visitação de N. Senhora, quais foram as Suas ações e que lições podemos tirar? Caminhar apressado / caridade / e o Sim – uma das reflexões é a de que a caridade, muitas vezes, exige ações rápidas, pois o irmão não pode esperar... E o SIM de Maria, mesmo sem compreender, confiou e se entregou ao projeto de Deus! Pensemos. Só amamos o que conhecemos verdadeiramente, por isso os artigos sobre a fundação da primeira equipe no Brasil e o reconhecimento das ENS pelo Vaticano, nos são muito caros! Vejam o que escreveu Dr. Pedro ao Casal Ligação francês: “Essa primeira reunião autoriza-me a ser otimista. Esperamos CM 546

que, nas reuniões que se seguem, o ideal e a mística das equipes sejam gradualmente compreendidos e assimilados e que possamos, um dia, construir uma verdadeira Equipe de Nossa Senhora”. Vejam na bandeira Experiências Inovadoras o “Projeto PCE Retiro”, alternativa que a Região MA/PI encontrou para motivar seus casais sobre o PCE do ano... Quem sabe, para este ano, possamos desenvolver outro com ênfase na Regra de Vida? Aqui, a experiência de um servirá de inspiração para outros! Ah, que alegria receber feedback sobre os artigos das edições anteriores. É VOCÊ NA CARTA, a nova bandeira é um canal direto para que possam nos contar sobre o artigo que mais o tocou. Desejamos ouvi-lo nas próximas edições, certo? Se não sabe como participar, pergunte ao seu CRS... Por fim, queremos recomendar a leitura muito atenta do editorial do Pe. Caffarel, ao que parece ter sido escrito agora para nós! É impressionante e providencial para a reflexão de antigos e novos no Movimento. Ele diz que a única razão pela qual devemos estar nas ENS É PARA DEUS! Qualquer outra razão não é suficientemente forte para nos manter e suportar nossa escolha. Portanto, o motivo da entrada e permanência nas ENS é religioso, isto é, relaciona-se com Deus! Boa leitura. Débora e Marquinho CR Carta Mensal

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SUPER-REGIÃO

Vençamos a tentação da dúvida diante das incertezas terrenas... Abençoe a todos! Temos vivido nos últimos meses diversas experiências dramáticas que pensávamos serem coisas do passado. Vemos o retorno de doenças antes erradicadas, pandemias; disputas ideológicas levando a extremismos e processos de desagregação de relacionamentos pessoais, comunitários e sociais; guerras ideológicas e disputas de poder que levam a conflitos bélicos entre povos e nações. Os últimos acontecimentos nos levam ao retorno das questões fundamentais que o ser humano deve fazer-se e, entre elas, para que estamos no mundo? Lembramos a frase que São Bernardo sempre repetia a si próprio diante das diversas situações e oportunidades que se apresentam: “Bernarde, ad quid venisti?” (Bernardo, para que vieste?). Importa não apenas estar no mundo e agir no mundo, mas fazer com que nosso estar e agir no mundo correspondam ao sentido último desta breve passagem que vivemos ao nos depararmos com a realidade do mundo,da natureza,das pessoas e sobretudo de Deus. Os cristãos aprendem já no catecismo que o ser humano existe por um desígnio amoroso de Deus. Deus nos quis e nos criou! E a finalidade última deste ato criativo de amor é: CONHECER, AMAR E SERVIR a Deus nesta vida e saboreá-lo e gozá-lo na eternidade, na vida plena e feliz. Infelizmente existem aqueles que invertem esta ordem e caem num frenesi de querer saborear e gozar a vida terrena, desprezando a vida eterna.Entregam-se à busca de poder,de prazer e de possuir como se apenas as realidades do

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mundo pudessem satisfazê-los. Os santos ensinam que os prazeres do mundo contentam,mas não satisfazem completamente a pessoa humana.Após a realização de um desejo ou prazer material ou carnal, a pessoa já deseja mais ou algo mais. Por exemplo, ao adquirir um bem, logo já deseja outro; ao conseguir uma conquista material,logo já deseja substituí-la ou acrescentar algo mais a ela.Uma alma não satisfeita condena todo o ser da pessoa a uma insatisfação permanente em relação à vida psíquica,afetiva e material.E logo seguem as frustrações, ansiedades e tristezas. Jesus disse a Marta: “Uma só coisa é necessária...”. É preciso saber o valor real de cada coisa e o valor da felicidade eterna que se inicia na vida terrena. É preciso adquirir o Reino de Deus a partir das escolhas nesta vida. A felicidade acontece quando conhecemos, amamos e servimos a Deus, e a partir dele nos voltamos para a natureza e as pessoas da forma correta. Seguindo o carisma das equipes e auxiliados pelos PCEs poderemos aplicar nossa inteligência para conhecer a Deus; colocar nosso coração para amá-lo; empenhar todo nosso ser para servi-lo. Vençamos a tentação da dúvida diante das incertezas terrenas,pelo fortalecimento da fé e da esperança nas promessas divinas. Vamos juntos! Deus é Bom sempre! Abençoe a todos. D. Moacir Arantes SCE Super-Região CM 546


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Encorajados a viver a nossa missão Este ano o Movimento nos chama e nos orienta a ser fermento renovador na família e na sociedade e para tal nos apresenta vários meios para que possamos discernir como podemos realizar a nossa missão. Muitos se acomodam e permanecem na mesma margem a vida toda, mas se queremos chegar a outra margem precisaremos nos aventurar na travessia das águas agitadas. Na carta dirigida aos esposos por ocasião do Ano Amoris Laetitia, em 26/12/21. Papa Francisco nos encoraja a viver nossa vocação, assim como o Movimento tem nos orientado durante os últimos anos e em especial neste ano. “Dirijo-me a vós para vos manifestar a minha estima e proximidade neste tempo tão especial que estamos vivendo. Sempre tive presente as famílias nas minhas orações. Mas, mais ainda durante a pandemia, que colocou todos duramente à prova, sobretudo os mais vulneráveis. O momento que estamos atravessando leva-me a aproximar, com humildade, estima e compreensão, toda a pessoa, casal e família na sua situação concreta. Este contexto particular convida-nos a viver as palavras com que o Senhor chama Abraão para partir de sua terra e da casa do seu pai rumo a uma terra desconhecida que ele próprio lhe indicará (cf Gn 12,1). Também nós vivemos enormemente a incerteza, a solidão, a perda de entes queridos e fomos impelidos a sair de nossas seguranças, dos nossos espaços de “controle” de nossas CM 546

formas de fazer as coisas, das nossas ambições, para nos interessarmos não apenas pelo bem da nossa família, mas também pelo da sociedade que depende igualmente do nosso comportamento pessoal. A relação com Deus molda-nos, acompanha-nos e coloca-nos em movimento como pessoas e, em última instância, ajuda-nos a “sair da nossa terra” em muitos casos com um certo receio e até medo do desconhecido, mas sabemos, pela nossa fé cristã, que não estamos sozinhos, porque Deus está em nós, conosco e no meio de nós... Por outro lado, como tenho já assinalado, cresceu a consciência da identidade e missão dos leigos na Igreja e na sociedade. Vós tendes a missão de transformar a sociedade com a vossa presença no mundo do trabalho e fazer com que as necessidades das famílias sejam tidas em conta. Também os cônjuges devem “primeirear” (chegar antes) no seio da comunidade paroquial e diocesana com as suas iniciativas e criatividade, buscando a complementariedade dos carismas e das vocações como expressão da comunhão eclesial, em especial dos cônjuges ao lado de pastores, para caminhar com outras famílias, para ajudar os mais fracos, para anunciar que até nas dificuldades Cristo se faz presente. E mais na frente ele nos exorta: “Por isso vos exorto, queridos esposos, a colaborar na Igreja, especialmente na pastoral familiar”. Com efeito, a corresponsabilidade pela missão chama os cônjuges e os ministros ordenados, especialmente

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os bispos, a cooperar de forma fecunda no cuidado e na tutela das igrejas domésticas. “Lembrais-vos que a família é a célula fundamental da sociedade”(Exort. Ap. Evangelii Gaudium,66). Conscientes de todas as fragilidades existentes no meio em que vivemos e fazemos parte, temos mais do que nunca procurar ser esse fermento renovador como nos orienta o Movimento: • VER a partir da reflexão sobre o Estudo do Tema: “Casal Cristão, fermento renovador na Família e na Sociedade”, e os conteúdos da Encíclica Laudato Si e da Exortação Apostólica Querida Amazônia. • JULGAR à luz da Palavra em Gl 5, 9 “Um pouco de fermento fermenta a massa toda!” • AGIR pela vivência, de forma especial, do PCE Regra de Vida,

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sendo, como fermento, presença eficaz para amar, curar, ajudar, proteger, semear, construir, reconhecer, compartilhar e preparar. E encerramos com mais um trecho da carta do Papa: “Quero ser para os esposos um encorajamento, um sinal de proximidade e também uma ocasião de meditação. É importante refletir e experimentar a bondade e a ternura de Deus, que com mão paterna guia os passos dos esposos no caminho do bem. Que o Senhor conceda a todos os esposos a força e a alegria de continuar no caminho empreendido”. Deus abençoe a todos. Lu e Nelson CR Super-Região CM 546


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Tema do ano: Capítulo II A família no desígnio de Deus O Livro do Gênesis nos apresenta o homem e a mulher criados à imagem e semelhança de Deus, que se reconhecem feitos um para o outro (cf. Gn 1, 24-31; 2, 4b-25). Através desta união, o homem e a mulher são tornados colaboradores de Deus no acolhimento e transmissão da vida. Partindo deste pressuposto a sua responsabilidade estende-se mais que somente à preservação da criação e ao crescimento da família humana. Jesus escolheu revelar-se nascendo em uma família humana e, ao assumir o amor humano, também o aperfeiçoou (cf. GS 49), entregando ao homem e à mulher um modo novo de se amar, que tem o seu fundamento na fidelidade irrevogável de Deus. O amor entre o homem e a mulher torna-se no casamento “uma só carne” (Gn 2, 24), isto é, uma comunhão de amor que gera vida nova. Este vínculo sacramental indissolúvel torna possível esta paternidade e maternidade que faz participar o casal na obra criadora de Deus. E participar na obra criadora de Deus significa colocar a mão na massa, ser fermento renovador no mundo, inicialmente por sua ação direta no meio em que vive (ambiente escolar, trabalho, família, comunidade paroquial, etc.), sendo testemunhas vivas, defensores dos valores cristãos, e também exercendo sua missão profética de ser humano: presidir, cultivar, cuidar e proteger. Assim o matrimônio como comunidade de vida e de amor (cf. GS 48) transcende a família para estar presente na cultura contemporânea, como uma igreja CM 546

doméstica, a fazer a diferença na sociedade, que produz frutos do bem, não só ao próximo, mas também ao meio em que vive. Bento XVI, em certa homilia, concluiu suas reflexões afirmando que “um dos maiores serviços que nós cristãos podemos prestar a nossos semelhantes é o testemunho sereno e firme da família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, salvaguardando-a e promovendo-a, pois ela é de suma importância para o presente e o futuro da humanidade. Com efeito, a família é a melhor escola para se aprender a viver aqueles valores que dignificam a pessoa e tornam grandes os povos”.Aqui, vislumbramos o verdadeiro significado da educação cristã como sendo o resultado de uma colaboração próxima entre os educadores e Deus. A família cristã está ciente de que os filhos são um dom e um plano de Deus. Portanto, não podem considerá-los como propriedade sua, mas, servindo aos planos de Deus, é chamada para educá-los na maior liberdade, que é aquela de dizer “sim” a Deus para fazer Sua vontade. Esse “sim” à Virgem Maria é o exemplo perfeito e nós, equipistas, sabemos muito bem disso. A Ela confiamos todas as famílias, rezando especialmente pela sua valiosa missão educativa... Meire e Gilson CRP Centro-Oeste

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Domingo de Ramos

No dia 10 de abril celebraremos em plena comunhão com a Igreja Católica o Domingo de Ramos. Esta celebração é o portal da grande semana: a Semana Santa. Esse dia nos leva ao Tríduo Pascal (5ª feira a Domingo da Páscoa). Na tradição de nossa fé católica a Semana Santa é como um retiro espiritual a ser vivenciado por todos nós.A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém representa a chegada do Messias enviado por Deus para o cumprimento pleno de todas as promessas. Ele traz a paz e a salvação redentora tão desejada por Deus ao longo de toda a história da Salvação. Todos que testemunham este momento histórico estão eufóricos com a chegada do Messias em Jerusalém. A cena marcada pela alegria extrema fará contraste com o dramático desfecho que levará ao julgamento, condenação, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O jeito humilde e desapegado de Jesus apresentar-se à humanidade é característico de sua encarnação. Ainda estão muito vivas a lembrança e a imagem do presépio em nós: o berço da Divina Criança, um coxo onde se alimentavam animais que a colocaram; seu quarto,um humilde estábulo que sua santa Mãe se recolheu para aquele nascimento; Deus escolhe um pobre carpinteiro para ser seu pai, e a doce, a simples, a serva Maria como Mãe. Entrar agora em Jerusalém montado em um jumentinho apenas

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coaduna com suas humanas opções. Quando Jesus entra em Jerusalém Ele está consciente e disposto a enfrentar tudo o que está por vir. Sua presença na Cidade Santa será decisiva para a história da humanidade. Apesar de toda euforia, Ele está entrando num túnel escuro de confrontos e incompreensões humanas. O escuro é sua paixão e morte, a luz somente chegará na manhã pascal com o anúncio de sua ressurreição. A Semana Santa apresentada pela liturgia e suas lindas celebrações são convite à nossa participação no Mistério Redentor de Jesus. Todas as liturgias de nossa Igreja, especialmente durante o Tríduo Pascal, nos conduzem às etapas da Paixão, Morte e Ressurreição do Cristo. A forma despretensiosa e corajosa de Jesus entrar em Jerusalém nos interpela perante o confronto da vida. Jesus caminha sereno na direção dos desafios. Ele sabe do modo violento como irão julgá-lo e condená-lo à morte, Ele sabe de seu destino e missão.A isso Ele reage com humildade e serenidade; o furor da violência humana Ele aplaca com silêncios profundos, palavras acertadas e gestos plenos de significados; quanto ao amor misericordioso de Deus pela humanidade, sua vida oferecida no patíbulo da cruz e seu sangue derramado são a mais expressiva prova. Domingo de Ramos nos leva a esse universo de dor e amor, entrega e desejo de redimir a humanidade. Vamos viver com muito amor e gratidão a Semana Santa em nossas comunidades de fé. Pe. José Oslei SCEP Centro-Oeste CM 546


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Tema do ano: Capítulo III O diálogo entre a Fé e a Razão O capítulo 3 do nosso Tema do Ano aborda um assunto muito interessante: Fé e Razão caminham juntas? Podem dialogar? No passado elas foram apresentadas como antagonistas e limitadoras da ciência e do progresso científico. Mas nos dias de hoje vê-se que elas podem dialogar. O equilíbrio entre fé e ciência é fundamental para o homem se relacionar consigo próprio e com o mundo à sua volta. Papa Francisco alerta para a necessidade de conciliar Fé e Ciência para uma melhor evolução da humanidade. “A Fé vai para além da Razão, mas não a contradiz” (George Coyne). O catecismo da Igreja Católica ressalta que: “Muito embora a fé esteja acima da razão, nunca pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: O mesmo Deus que revela os mistérios e comunica a fé também acendeu no espírito humano a luz da razão... Aquele que se esforça, com perseverança e humildade, por penetrar no segredo das coisas, é como que conduzido pela mão de Deus”. Pe. Caffarel, em seu livro O Amor e a Graça, nos fala: “O amor é vida e – como dizem os biólogos – a vida é tensão,movimento...Tudo contrário CM 546

à quietude. Não há descanso para quem ama... Amar é querer o desenvolvimento de um ser. É dar-lhe tudo o que se tem e tudo o que se é... Quem emprega a sua inteligência e as suas forças em descobrir os segredos da natureza... não porá em prática o amor fraterno? Padre Luigi Verdi nos alerta: Não somos detentores da verdade. Cada um tem o seu ângulo de verdade, e, em vez de lutar com quem tem uma fé diferente, é preciso aprender com todos. Estamos vivendo tempos difíceis em que a cada dia somos convidados a nos abandonar nas mãos de Deus e confiar através da nossa fé que dias melhores virão e que a ciência irá caminhar a cada dia com novas descobertas. Pois a fé alarga os horizontes da razão para iluminar melhor o mundo que se abre aos estudos da ciência. Que possamos ser casais portadores do fermento que abre as portas do diálogo entre a Fé e a Razão. Vanessa e Rômulo CRP Nordeste I

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“Ele ressuscitou realmente como disse... Aleluia! A vida venceu a morte!”

Eis a autenticação da nossa fé: a ressurreição do Senhor Jesus! Chegamos em mais um ciclo litúrgico que nos insere na máxima realidade da fé cristã. A Páscoa! A Páscoa é para o cristão a soberania da crença no imperativo do templo: “Derrubai este templo e eu reconstruirei em três dias” (Jo 2,19). Como foi difícil para os sábios do seu tempo aceitarem essa verdade de Jesus, pois a compreensão puramente humana não os ajudou a perceber que o Filho de Deus falava do seu corpo após a descida à mansão dos mortos. O grande silêncio após aquele trágico momento do Monte Calvário trouxe dor e desilusão a tantos que esperavam de Jesus, superação dos desafios impostos pelos seus algozes, bem como pelo Império que dominava e massacrava os menos favorecidos, mas não seria essa a forma de revelar o projeto de Deus ao mundo. Indo em busca do primeiro homem

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para elevar a todos à dignidade dos céus, a ressurreição de Jesus é a certeza do retorno à eternidade e a permanência diante do Criador. A ressurreição de Jesus é a motivação para que os Apóstolos, em memória afetiva, efetivem a inauguração e condução da Igreja, à saber, fundamentada no amor-perdão, como armas letais à ganância e à soberba daqueles que não souberam acolher pelas ações de Jesus a essência da imagem e semelhança de Deus, o Amor! A ressurreição de Jesus é ainda Pentecostes, o Espírito e seus dons, que favorecem ao crente os inefáveis carismas a serviço da Igreja Ministerial e Doméstica. Motivados por esta esperança na ressurreição, os nossos sacramentos – ordem e matrimônio – ganham consistência no fazer a experiência desse Jesus vivo nas nossas vidas alicerçadas na oração, sendo Cristo o centro da nossa fé, esperança, vocação e missão. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora assume, na sua competência de “Casal Cristão”, continuar na prática da evangelização, o “fermento renovador na família e na sociedade”. Eis a Páscoa de Jesus! Pe. Fábio José Costa SCEP Nordeste I CM 546


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Henri Caffarel – ordenado sacerdote No ano de completar vinte anos, em 1923, Henri Caffarel teve, como sabemos, seu tão marcante e comentado encontro pessoal com Cristo. Naquela ocasião, estava decidido: ele buscaria agora mais do que nunca o sacerdócio. Começa, então, um período não muito homogêneo de estudos e buscas que culminariam em 19 de abril de 1930 na sua ordenação pelo Cardeal Arcebispo de Paris, Jean Verdier, sendo incardinado na Diocese de Paris. Havia quem pensasse que ele tivesse optado e se firmado na vida monástica, tantas foram as suas idas ao Mosteiro da Ordem Cisterciense. Perguntado mais tarde sobre isso, ele confessou: “Conservei uma nostalgia incurável da vida monástica. (...) Por fim compreendi que era um ardil do Senhor. Se eu não tivesse sentido tão profundamente esse chamado a uma vida de oração, não sentiria a necessidade de orar todos os dias e de reservar a cada ano várias semanas para uma vida silenciosa e solitária. Se o meu sacerdócio teve alguma eficácia, sei que a devo a essa prática da oração”. O agora sacerdote Henri Caffarel teve daí em diante o desafio e a incumbência de fazer com que todos tivessem este encontro pessoal com Cristo e praticassem a oração. Começou uma rica vida sacerdotal, na qual pregava inúmeros retiros, e lançou o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, o Agrupamento Espiritual das Viúvas, os Lares de Cristandade e os Centros de Preparação para Noivos, entre outros. São dele os riquíssimos editoriais nas revistas: l’Anneau d’Or, Ofertório e Carta Mensal. 1.

Uma preocupação constante na vida sacerdotal do Padre Henri Caffarel era seu forte desejo de ensinar algo. Para as equipes fechadas,acomodadas e estagnadas pregava um espírito de formação permanente, fazendo um forte apelo de não cochilar. Ele fazia menção à importância de cumprir a Regra (as obrigações contidas nos Estatutos), mas sempre inspirada pela busca da caridade. Pois será o amor que dá sentido ao cumprimento das obrigações: amor procurado,amor vivido,amor que é a última palavra de tudo.Fala então do amor exigente como “leitmotiv” para nossa vida espiritual: “O teu amor sem exigência me diminui, a tua exigência sem amor me revolta, o teu amor exigente me engradece!” E assim o sacerdote Henri Caffarel nos deixa um claro e lindo legado: sejamos exigentes,às vezes até radicais, mas sempre muito claros e num espírito de muita caridade. Numa de suas visitas ao Brasil, ele disse ainda: “Só há apóstolos na medida em que há almas de oração, de estudo e de meditação”. Afra e Beto CR Causa de Canonização

Henri Caffarel – Um Homem Arrebatado por Deus, de Jean Allemand, 1997. 2. Equipes de Nossa Senhora no Brasil, ensaio sobre seu histórico, de Nancy Cajado Moncau, 2000. 3. O Amor e a Graça, de Henri Caffarel, 2016.

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IGREJA CATÓLICA

Sinodalidade eclesial (2): sinodalidade e colegialidade

Sínodo

2021 2023 Por uma Igreja sinodal

comunhão | participação | missão

Com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, o Sínodo é um processo de três etapas. Começou em outubro de 2021 e culminará com a Assembleia do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2023. Estamos na primeira fase, nas igrejas particulares (outubro de 2021-março de 2022).As dioceses enviarão suas contribuições à CNBB, até 25 de março de 2022. Seguem as etapas continental (setembro-outubro de 2023) e universal (outubro de 2023). A sinodalidade reassumiu grande importância com o Concílio Vaticano II, principalmente no pontificado de Francisco. Ao celebrar os 50 anos da instituição do Sínodo dos Bispos (17/10/2015), o Pontífice afirmou que “o caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio”. Para compreender a sinodalidade é preciso considerar também a colegialidade, conceito determinante para a eclesiologia e bem conhecido nas ENS. Basta lembrar os colegiados de Setor, Província, Região. A colegialidade, em nível de Igreja, é exercida pelos bispos unidos ao Papa, o “colégio episcopal”, e significa “ler juntos” a mensagem de Deus para nosso tempo. A sinodalidade, porém, vai além da

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colegialidade e não se reduz ao Sínodo dos Bispos, pois há diversos níveis de sinodalidade na Igreja: 1º) Nas Dioceses, com os seus vários organismos de comunhão; 2º) Nas Conferências Episcopais; 3º) Na celebração do Sínodo dos Bispos propriamente dita. “O Sínodo dos Bispos, representando o episcopado católico, torna-se expressão da colegialidade episcopal dentro duma Igreja toda sinodal”, segundo o Papa. Entre as iniciativas de Francisco para tornar a sinodalidade mais efetiva está a ampliação da consulta na fase preparatória. Valoriza-se, assim, o sensus fidei, o sentido e o sentir da fé de todos os fiéis. Pode-se dizer que o sensus fidei é o terceiro polo, junto com a hierarquia (preside a Igreja na caridade) e a academia (a reflexão teológica na Igreja). O Papa alerta que o conceito de sínodo é “fácil de exprimir em palavras, mas não de ser colocado em prática”. Supõe a Igreja como “mistério” (sinal e instrumento de comunhão) e “Povo de Deus”, em que há diversidade de vocações e ministérios, mas “reina entre todos verdadeira igualdade quanto à dignidade e ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo” (LG 32). É a Igreja servidora, em que a autoridade se expressa como serviço e o próprio Sucessor de Pedro se apresenta como “servo dos servos de Deus”. Pe. Mariano Weizenmann SCE Região SP Leste II Prov. Sul I CM 546


IGREJA CATÓLICA

Palavra do Papa Como é bom ter uma família, e cada família o seu lar! A fonte de todas as riquezas de um lar cristão, diz Pe. Caffarel, é o amor conjugal, já que dele jorram múltiplos amores: “Amor paterno e ternura materna, amor filial e amor fraterno, que fazem de um lar cristão um lugar único no mundo” (Apostolado no lar. Em: Palestras e Conferências, SRB, versão 2017, p. 44). Daí o cuidado para se cultivar o tesouro que temos em nossos lares, o amor conjugal, fonte das riquezas humanas e da graça. Comparado ao lar cristão,o Papa Francisco se refere ao planeta Terra como nossa Casa comum (LS, 3), a ser contemplado como “um mistério gozoso... na alegria e no louvor” (LS,12).Daí a urgência de sermos mais atenciosos,amorosos e alegres para com a criação, já que não estamos sozinhos nesse planeta e não podemos fazer com os outros e com a natureza aquilo que bem entendemos. Assim, é urgente nas famílias “escutar e promover o debate honesto... respeitando a diversidade de opiniões... sobre a grande deterioração da nossa casa comum” (LS, 61). Isso porque, muitas vezes, nosso estilo de vida se torna preocupante, pois colabora com a “deterioração do mundo e da qualidade de vida de grande parte da humanidade” (LS, 18). Nesse sentido, o Papa Francisco chama atenção das famílias para o diálogo entre seus membros, de onde podem surgir ideias simples de preservação da natureza e dos seres que habitam o planeta, tais como a forma de se evitar a poluição que afeta as pessoas, ou o cuidado com os recursos naturais, como a água e todos os demais elementos da natureza. CM 546

A recomendação do Papa Francisco em relação ao cuidado com os seres e o ambiente é um bom motivo para o Dever de Sentar-se do casal equipista: “Até que ponto estamos vivendo o amor, a acolhida e a proteção para com todos e a criação? Reconhecemos que muitas vezes nos deixamos dominar pelo ritmo intenso de vida e de trabalho, nem sempre nos orientando “para o bem de todos e para um desenvolvimento humano e sustentável” (LS, 18)? O que cada um de nós pode fazer para que o mundo seja melhor e com condições de vida digna para todos? Na nossa oração conjugal, demos glória a Deus e peçamos: “Senhor, nós vos louvamos e agradecemos, pois aparecem as flores na terra e o tempo de cantar chega em nossa terra. Que nossas ações favoreçam a criação, para que seja cada vez mais formosa e aprazível”! (Cf. Ct 2, 12; 8, 6). Que nossa Casa Comum seja um lar acolhedor para nós, nossos filhos e as futuras gerações. Leila e Antônio Carlos Eq. 29 B - N. S. do Pilar Região Brasília I Prov. Centro-Oeste

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DATAS RELIGIOSAS

Nossa Senhora de Fátima

O mês de maio é muito especial para toda a Igreja, é o mês da Bem-Aventurada Virgem Maria, baluarte das ENS. É um tempo favorável para renovarmos a experiência dos filhos que pedem ajuda à mãe para compreender a voz de Deus na peregrinação terrena até chegar à Bem-aventurança eterna. Nossa Senhora, na Igreja, auxilia os fiéis a adorar, a servir e a amar perfeitamente a Jesus. Através da menina de Nazaré,o Verbo se fez carne,e continua a se encarnar, assim crê a Igreja, em nossas vidas.Para entrar nos planos de Deus é, pois, necessário ter uma devoção entranhada à Mãe do Céu.Ela nos conduzirá a Jesus e traçará em nossas almas os traços de nossa configuração a Ele, que constituem a essência mesma de nossa santidade e perfeição. Na Mensagem de Fátima escutamos o apelo à oração, ao sacrifício por amor a Deus pela conversão dos pecadores. Os Pastorinhos, quando escutam Maria falar-lhes sobre os pecados que ofendiam o Coração de Jesus, mesmo que ainda crianças inocentes e sem compreender bem esses erros da humanidade, sabiam que era preciso oferecer orações, e quase instintivamente ofereciam sacrifícios pelos pecadores. É bom recordar o que rezamos entre os mistérios a jaculatória ensinada por Nossa Senhora às crianças: “Ó meu Jesus,perdoai-nos,livrai-nos do fogo do inferno,levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente aquelas

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que mais precisarem”. Naquele lugarejo, a Virgem desejava anunciar a misericórdia e a amorosa paciência de Deus e pedia que os seus filhos se convertessem a Jesus.Não seria esta a maior alegria de uma mãe, ver os seus filhinhos no caminho da fé obediente? São Luis María Grignion de Monfort, ao falar dos motivos por ter uma grande devoção a Maria, dizia em seu famoso livro Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, é porque conduz à união com Nosso Senhor. E afirma que este é o caminho mais fácil, mais breve, mais perfeito e mais seguro. Nossa Senhora, em Fátima, faz a chamada aos seus filhos com olhar fixo e mãos estendidas para que não pequem mais, que não ofendam mais o seu Filho Santíssimo, mas vivam unidos a Jesus, não numa relação apenas afetiva, mas efetiva de vida e coração.A humanidade depende dos filhos e filhas de Nossa Senhora, daqueles que comungam o Corpo e Sangue de Cristo e que anunciam a esperança que nunca decepciona. As ENS deverão renovar a experiência de Fátima e erguer o olhar para uní-lo ao de Maria, segurar-lhe as mãos bem firme e dizer-lhe: Mãe do Céu, não sabemos rezar, não sabemos amar, não sabemos o que fazer, mas queremos guardar o teu pedido e oferecer as nossas vidas e as nossas famílias pela salvação das almas. A doce Mãe de Jesus sorrirá a todos que assim rezarem e repetirá o que diz a seus verdadeiros devotos, as palavras que pronunciou nas bodas de Caná ensinando a todos o caminho que leva a Jesus: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Pe. Francisco Alexandre A. de Andrade Eq. 7 Setor F - Região CE I Prov. Nordeste I CM 546


DATAS RELIGIOSAS

Visitação de Nossa Senhora A festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel é celebrada no último dia de maio. O ícone da Visitação, descrito em Lucas (1,39-56), recorda-nos, ao menos, três aspectos que, certamente,podemos incorporá-los em nossas ações cotidianas,se é que ainda não os incorporamos.Afinal,de Nossa Senhora vem a nomenclatura do nosso Movimento – “Equipes de Nossa Senhora”. O primeiro aspecto é o “caminhar apressado” (Lc 1,39). Faz lembrar que a caridade nem sempre pode esperar, o serviço ao mais necessitado é urgente. Ter essa sensibilidade e disposição nem sempre é fácil, pensando nos nossos ritmos de vida, marcados pelos tantos compromissos já assumidos, profissionais, do lar, na Igreja. Aprendemos com a parábola do bom samaritano como podemos nos fazer próximos ao outro, como podemos amar o próximo na prática (cf. Lc 10,25-37). Somos capazes de deixar tudo e, apressadamente, ajudar alguém? O segundo aspecto, ligado ao primeiro, é o próprio gesto de caridade. Após chegar ou se colocar à disposição, vem o serviço. Maria ficou com Isabel “mais ou menos três meses” (Lc 1,56). Um tempo suficiente para ajudar a prima anciã. Quanto tempo devo permanecer ajudando alguém? O tempo que for necessário, responderia nossa Mãe. São tantas as pessoas que tiveram de mudar completamente suas rotinas para cuidar de alguém... Rezemos por elas! O terceiro aspecto é o anúncio do projeto de Deus. Sim, Maria é considerada também a “arca da nova aliança”, a portadora de Deus – “teófora”. Em seu anúncio, designado no ícone da Visitação como “Magnificat” (Lc 1,46-55),ela deixa bem claro CM 546

quem é Deus e qual seu projeto: “Senhor, Salvador,Poderoso,Santo,Misericordioso, Forte,Justo”.Somos chamados a anunciar também esse Deus comunhão e amor em nosso dia a dia. A pressa da jovem mãe Maria em visitar a anciã Isabel tem, também, um significado messiânico. A prima Isabel é símbolo de todo o povo de Israel que estava esperando pelo Salvador. O encontro coloca um fim na espera. E João Batista, no ventre de Isabel, já inicia ali sua missão de precursor. A aparente simples visita proporciona uma alegria messiânica da salvação. E isso é maravilhoso, exultante! Cada vez que recitamos o Magnificat renovamos a certeza de que Deus é nosso Salvador e nos ensina a valorizar a relação humana, os encontros, onde doamos parte de nossa vida ao próximo.A Festa da Visitação de Nossa Senhora é também considerada a “Festa do Magnificat”. Que Deus nos ajude a nos tornarmos dóceis ao Espírito Santo para cantarmos, com Maria, os louvores ao Senhor, Salvador, Poderoso, Santo, Misericordioso, Forte, Justo. Assim seja! Pe. Juarez Albino Destro SCE Região Brasília III Prov. Centro-Oeste

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DATAS RELIGIOSAS

Revivendo o tríduo pascal: Quinta, Sexta e Sábado Santo

QUINTA-FEIRA SANTA: Normalmente pela manhã, na catedral, se realiza a Missa do Crisma, com a bênção do óleo do batismo,dos enfermos,a consagração do óleo do crisma e a renovação das promessas sacerdotais. Esta se dá por causa da instituição da Santa Ceia, sendo o dia oficial do sacerdote. É comum à noite celebrar a missa da Instituição da Santa Ceia e o Lava-pés. Jesus mostra aos discípulos o dom da Autoridade e do Serviço. Cabe aos sacerdotes o direito e o dever de ministrar a apresentação das oferendas a Deus e pedir a transformação do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo e distribuí-los entre nós. Sendo assim, a Vigília Pascal ou Tríduo Pascal (Quinta Santa) se inicia com a missa da Ceia do Senhor e do Lava-pés,na qual é a preparação para a paixão,morte e ressurreição do Senhor Jesus.Nesta liturgia, após a oração da comunhão, as hóstias são retiradas do sacrário e colocadas no altar da vigília,as imagens são cobertas e a toalha do altar é retirada,relembrando a prisão de Jesus no Horto das Oliveiras e todo o sofrimento enfrentado por ele até a sua morte na cruz. SEXTA DA PAIXÃO: Celebração e adoração de Cristo na cruz. Esse dia é muito forte porque refletimos e

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rezamos a vida sofrida de uma pessoa inocente.De fato,a dor é muito forte em nós. Porém,devemos sempre lembrar que é um sofrimento que liberta de nossos pecados e nos leva à LUZ pela CRUZ de Cristo, dando-nos a oportunidade de podermos recomeçar em nosso discipulado. SÁBADO SANTO: Último dia da vigília, onde se realiza uma grande e lindíssima celebração, resgatando toda a história da teologia da salvação passando pela criação, Noé, Abraão, os profetas, Moisés, homens e mulheres de boa vontade e a aliança do Senhor Javé com seu povo que culmina na pessoa de Jesus Cristo, o nosso Salvador. Tanto que nesta noite se entoa o Glória, o qual desde a quarta-feira de cinzas não foi mais entoado. DOMINGO DA PÁSCOA: É o dia da ressurreição do Senhor Jesus. Toda liturgia quaresmal, oração, jejum, penitência e esmola, deve nos levar para esse momento importantíssimo em nossas vidas e na vida da Igreja.É pela paixão,morte e ressurreição de Jesus que recebemos o direito de sermos chamados de filhos amados de Deus. Portanto, a SEMANA SANTA é esse momento muitíssimo especial que nos ajuda a mergulharmos mais profundamente na compreensão do amor apaixonado de Jesus pela humanidade. Assim, cada detalhe litúrgico é muito rico e profundo. Esse gesto de Jesus deve nos deixar apaixonados por Ele e por sua Missão. Feliz Páscoa a cada um! Dom Henrique Aparecido de Lima SCE Região MS II Dourados-MS Prov. Centro-Oeste CM 546


DATAS DO MOVIMENTO

Reconhecimento das ENS pelo Vaticano O reconhecimento das Equipes de Nossa Senhora como uma associação internacional de fiéis de direito privado teve início em 19 de setembro de 1990, quando o Casal Responsável pela ERI – Mercedes e Álvaro Gomes-Ferrer – encaminhou esta solicitação ou pedido formal ao Pontifício Conselho para os Leigos, acompanhada do projeto de seus estatutos e de outros documentos considerados necessários para facilitar o conhecimento da associação,de sua história,dos objetivos que se propõe e das atividades que desenvolve, do número aproximado de seus membros, de sua presença nas Igrejas particulares e da relação com os Ordinários diocesanos.Neste momento, a solicitação teve o apoio de numerosos bispos de dioceses e países onde o Movimento estava presente, para mostrar que se tratava de um dom de Deus para a Igreja e para o mundo. Do ponto de vista canônico, este pedido é muito significativo porque constitui um exercício de liberdade de criação de uma associação por parte de fiéis, reconhecida pelo direito da Igreja. Mas o reconhecimento de uma associação de fiéis por parte da Santa Sé pressupõe que a associação tenha sido previamente reconhecida em uma Igreja particular; ou seja, pelo bispo do lugar onde a associação foi fundada. Com relação às ENS, isto aconteceu em 25 de março de 1960, quando o Arcebispo de Paris, Cardeal Maurice Feltin, depois de estudar os estatutos, declarou ao então Centro Diretor do Movimento que os aprovava. Para o reconhecimento das ENS, o Pontifício Conselho para os Leigos teve CM 546

que verificar tanto o caráter internacional da associação, como os frutos espirituais e apostólicos dos seus membros, comprovados pelos pastores da Igreja onde o Movimento estava presente e atuante. Este requisito se reveste de enorme significado eclesiológico, porque representa uma manifestação concreta da mútua colaboração entre a Igreja universal e as Igrejas particulares, como também é o caso do Movimento. Em audiência concedida pelo Papa João Paulo II ao Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos,Cardeal Eduardo Pironio, em 26 de março de 1992, as ENS foram reconhecidas como associação internacional de fiéis de direito privado, e seus estatutos foram aprovados ad experimentum por um período de cinco anos. O ato administrativo de reconhecimento foi publicado em 19 de abril de 1992,na festa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com este reconhecimento oficial, reforça-se o vínculo de fidelidade do Movimento à Igreja e ao seu Magistério, para que as ENS possam cumprir sua missão junto aos casais que receberam o sacramento do matrimônio. Sendo uma delas: ajudar os casais a se santificarem pelo sacramento do Matrimônio, sendo um testemunho para outros casais. Mariola e Elizeu Calsing Eq. 19 C – Região Brasília I CR Equipes Satélites ERI

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DATAS DO MOVIMENTO

Fundação da Primeira equipe no Brasil

O mundo em que estamos inseridos, hoje, nos oferece fáceis meios para a comunicação, para a exposição de ideias, para fazer chegar a qualquer lugar do planeta nossos desejos e nossas necessidades. Mas sabemos que não era assim em 1950. Ou antes, quando um homem bom, um esposo desejoso de participar com sua esposa, de algo que os fortalecesse e motivasse sua vida de cristãos casados, deu o primeiro passo para o que seria, hoje, a maior Super-Região do mundo: o Brasil. Foi em uma época difícil, onde uma carta atravessou o oceano em um navio para realizar tal desejo, que a primeira semente de uma Equipe do Movimento das Equipes de Nossa Senhora assentou às terras brasileiras. Nancy e Pedro Moncau, a estes devemos as maravilhas que este Movimento tem trazido às nossas vidas. Foi em 13 de maio de 1950, seguindo todas as orientações do Casal Ligação Madeleine e Gerard d’Heilly, que o casal Nancy e Pedro Moncau realizou, na cidade de São Paulo, com outros 4 casais, a primeira reunião no Brasil. Após esta reunião, os dois tornaram-se os responsáveis pela equipe. Encantados com o Movimento e as expectativas que este trazia ao nosso país, Pedro escreve ao Casal Ligação francês e relata:

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“Essa primeira reunião autoriza-me a ser otimista. Esperamos que, nas reuniões que se seguem, o ideal e a mística das equipes sejam gradualmente compreendidos e assimilados e que possamos, um dia, construir uma verdadeira Equipe de Nossa Senhora”. É fermento na massa!!! É pão que se torna vida. Cristo como centro da vida equipista e o conhecimento do Estatuto, o zelo e a vigilância para que o Movimento não fosse desfigurado com o passar do tempo. Imaginamos quantas dificuldades foram apresentadas a este caminho. Mas, baseando-se nas palavras do ­Padre ­Caffarel “apesar das distâncias e dos oceanos é no mesmo sentido que o Espírito Santo orienta os casais a aproximarem-se de Deus”, recebemos a graça que hoje a reproduzimos. As equipes continuam sendo formadas no Brasil. Nos lugares mais distantes ou centrais, onde quer que se sonhe lá estarão as ENS. Trazer “vida nova”, buscar a santidade, enriquecer a vida conjugal devem ser propósitos de todos os que desejam ser “fermento renovador”. Maria e João CRR Rio Grande Norte II Prov. Nordeste I CM 546


DATAS COMEMORATIVAS

Mãe, Deus é o teu Criador! Das lembranças preciosas da minha alma guardo um cantarolar doce de mulher, o cheiro do café, o barulho dos passos inquietos, o movimento perene da vida de minha mãe. Quase sempre grávida, não descuidada das crias sempre a esperar o pão, o banho, a história no terreiro sob as estrelas, a oração antes da rede, o “Deus te abençoe” antes de dormir. Na simplicidade ensinava, na alegria brincava, na dificuldade lutava... caia e se levantava! Para cada filho um nome, um colo,um afago,uma prece.Distância não conhecia,obstáculo não existia,longe ou perto era presença e companhia. Mãe, Deus é o teu Criador! Mãe! Que ser é este que se abre para gerar a criatura? Quem a pode explicar? Quem sabe, quando Deus te criou quis que o mundo pudesse vislumbrar seus próprios traços? E crescemos, criamos asas, formamos nossas próprias famílias, geramos filhos também. E tu, mãe, continuou a nos cercar, agora através da entrega diária ao Deus de tua fé, para que fôssemos felizes, protegidos, boas esposas e bons maridos, bons pais e bons avós. Agora experimentamos das tuas alegrias e das tuas dores, tuas vigílias e preocupações. E não é que valeu a pena? Porque assim pudemos aprender tua missão. Mãe, teus cabelos branquearam, teus passos já não são tão firmes. Agora somos nós que te compramos o vestido novo, que tratamos das tuas feridas e nas tuas visitas te colocamos pra dormir. Pois continuas a gostar do teu cantinho, a cuidar das tuas coisas, a ser autônoma na tua casa. É lá que te sentes feliz, porque é lá que moram as CM 546

tuas memórias e é de lá que permaneces vigilante como um farol, sempre pronta a iluminar o caminho de cada um de teus filhos. Mãe, Deus é o teu Criador! Mãe! Que ser é este que se abre para gerar a criatura? Quem a pode explicar? Quem sabe, quando Deus te criou quis que o mundo pudesse vislumbrar seus próprios traços? E Deus te chamou de volta. Agora tua morada é para além dos olhos, perto daquele que te fez Mãe. Na saudade sentimos falta daquilo que não fizemos por ti, das palavras que ficaram sem ser ditas. Queríamos mais tempo! Mas, quem sabe, assim possamos aprender a amar mais, a amar hoje, a cuidar agora, a testemunhar para os nossos filhos o valor dos verdadeiros tesouros? Mãe, Deus é o teu Criador! Mãe! Que ser é este que se abre para gerar a criatura? Quem a pode explicar? Quem sabe, quando Deus te criou quis que o mundo pudesse vislumbrar seus próprios traços? Socorrinha do Marcélio Eq.1- N.S. do Perpétuo Socorro Setor Ceará Centro A Região Ceará III – Prov. Nordeste I

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EXPERIÊNCIAS INOVADORAS

Projeto PCE Retiro

O mundo tem certa urgência de testemunhos de famílias cristãs,nossa missão é árdua; precisamos sempre estar em oração, formação, a tempo e a contratempo, como nos diz São Paulo, mesmo em meio à tempestade (pandemia). No ano de 2021, assim como acontece todos os anos o PCE de ênfase foi o Retiro. Diante do cenário de isolamento, medo, desânimo e fé abalada, surge uma inquietação, acompanhada de uma pergunta: o que fazer para que nossa Região não desanimasse e continuasse tendo o desejo da vivência do retiro, mesmo com possibilidade de que não aconteceria? Então, lançamos o desafio, de mesmo no formato virtual, animar a todos, preparar e despertar o desejo nos equipistas. Na ocasião, relembramos o EACRE 2021, em que Pe. Paulo Renato esclareceu sobre a importância e os vários elementos a serem considerados pra se viver um Retiro frutuoso. Com base nisto, definimos em colegialidade a nossa necessidade e propusemos que cada Setor ficaria responsável por transmitir com alegria, de forma dinâmica e formativa, cada ponto de relevância, para se vivenciar o Retiro. Assim, definimos o Projeto PCE RETIRO, que deveria acontecer

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no primeiro semestre, pois tínhamos esperança de vivenciar de fato o Retiro no segundo semestre, e, se acaso não fosse possível, já tínhamos saboreado um pouco de cada elemento do Retiro. A abertura ocorreu de forma virtual, dia 8 de abril de 2021, com a fala do nosso SCE da Região Fr. Joelmi explicando sobre a importância desse PCE. Depois, a cada 15 dias um dos Setores, de forma muito bem preparada e organizada, apresentava os temas que envolvem o Retiro, em forma de paródia, canções, peças teatrais etc. Os assuntos de cada encontro virtual tiveram por objetivo deixar claro aos equipistas que a preparação para um Retiro envolve planejamento tanto do Setor quanto pessoal, por isso os temas foram: planejamento espiritual (oração), disposição para escutar (silenciar), planejamento financeiro, planejamento de tempo,logística com os filhos pequenos, escolha de um local que permita a introspecção e escolha do sacerdote que tenha perfil de pregador. Muitos foram os frutos colhidos com esse projeto, por isso Gratidão a Deus! Aninha e Paulo CRR Maranhão/Piauí Prov. Nordeste I CM 546


SP

VOCÊ NA CARTA

ESTATUTOS DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

“CARTA” Encantados com tamanha riqueza NOVA EDIÇÃO COMEMORATIVA de conteúdo e testemunhos da edição 544 (dez/jan) Carta Mensal, um artigo em particular nos chamou bastante atenção: “sustentados firmemente pelas obrigações” (página 6). Por ocasião do aniversário de 74 anos de lançamento dos Estatutos das ENS no último 08/12, o CRP Sul II Eliana e Odelmo nos Super-Região trouxe Brasil uma importante reflexão sobre este documento que norteia a vida do Movimento. O texto nos confirma quão preciosas são para nós, equipistas, as regras propostas por Padre Caffarel sob a inspiração divina. São as obrigações dos Estatutos que têm nos sustentado firmemente, disse Padre Caffarel. Vale a pena voltar lá e ler o artigo completo!

Na CM 544 de dez/jan 2021/22 Afra e Beto nos brindam com artigo sobre Pe. Caffarel enfocando o AMOR exigente que ele sempre realçava em suas falas e textos. Um destes escritos se intitulava O ÚLTIMO PADRE, sobre romance de Graham Greene que apresenta um sacerdote: “Alcoólatra, covarde e triste ministro de Deus”, tão imperfeito, mas o Senhor, ainda assim, agia por meio de suas mãos pecadoras. Pe. Caffarel nos mostra que o padre, mesmo o mais pecador, pela graça do sacerdócio traz o céu a nós.

Márcia e Adriano CRR Paraíba II Prov. Nordeste I

Socorro e Henrique CRR Ceará IV Prov. Nordeste I

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RAÍZES DO MOVIMENTO

Para Deus1 Após alguns anos de vida de equipe, surge muitas vezes uma crise. De chofre ou gradualmente. Por quê? Variam os casos. E nem sempre as razões aparentes são as mais verdadeiras. Atribuir-se-á a crise a conflitos de temperamentos, a diversidade de cultura ou de educação, aos métodos ou à disciplina do Movimento. Se escavássemos em maior profundidade, verificaríamos tratar-se de um conflito de intenções. Por intenções, entendo o termo, o fim que se propõe o sujeito ao realizar um ato. Olhando de perto, veremos que, muitas vezes, os equipistas não comparecem à reunião mensal animados pela mesma intenção. Assim sendo, como esperar que essa disparidade de intenções não redunde em tensão e conflito? Por vezes, os casais entram para as equipes sem que lhes tenham dado a conhecer as reais finalidades do Movimento, tais como as define a primeira parte dos Estatutos3. Os que os convidaram, ou arrastaram, não lhes apresentaram a razão de ser exata das Equipes de Nossa Senhora, sob pretexto de não os desencorajar. 1

Mas, deixemos de lado o assunto da entrada para o Movimento e voltemos às equipes em crise, para constatar que, seja em consequência de orientação precária logo de início, seja devido a uma mudança posterior de orientação, os equipistas não têm, todos, a mesma intenção. A intenção, na realidade, é o que menos aparece e, por isso, se lhe presta, em geral, pouca atenção. No entanto, é ela, nada mais, nada menos, que o essencial. Exemplifiquemos: dois homens visitam, com a mesma regularidade e o mesmo empenho e, dir-se-ia, com a mesma dedicação, suas velhas avós enfermas. No entanto, não fora pela polpuda herança em perspectiva, o primeiro de há muito teria esquecido a avó, ao passo que o outro é levado por autêntica afeição. Que diversidade de intenções, no fundo de cada coração, em certas equipes! Há quem compareça mais ou menos arrastado pelo cônjuge, para lhe ser agradável. Aquele casal, recém-chegado à cidade, está satisfeito por poder, assim, conhecer gente, fazer amigos. Outro decidiu-se “porque, afinal, uma ou outra coisa é preciso que se faça”. E frequente, também, o caso do

Editorial Padre Henri Caffarel. Carta Mensal, n XI/2 de Abril de 1963. 2 Guia das Equipes de Nossa Senhora, p. 120, Anexo I.

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RAÍZES DO MOVIMENTO

casal que procura a equipe atraído pela esperança de ali encontrar certo arrimo para sua vida conjugal. E, talvez até, em certas cidades, seja de bom tom fazer parte das equipes. Há ainda os que nem sequer intenção têm: comparecem para não quebrar a rotina, para não desgostar os companheiros com sua retirada. Ora, a meu ver, nenhum desses motivos justifica a presença do casal numa equipe. Alguns não são maus, mas nenhum deles é o verdadeiro, aquele que satisfaz a razão de ser do Movimento. Não é de estranhar que um CM 546

ou outro desses motivos acompanhe o verdadeiro, mas nenhum deles deveria ser o motivo determinante. A única intenção real, correspondente à finalidade das equipes, é a vontade de melhor conhecer a Deus, melhor amá-Lo, melhor servi-Lo. Vai-se às equipes para Deus e nelas se permanece para Deus. O motivo da entrada, o motivo da permanência, é religioso, isto é, relaciona-se com Deus. Isto posto, de que maneira podem os equipistas pretender aceitar os Estatutos – refiro-me à primeira parte – se tal não é o motivo que os anima? Bem sei que, com o correr 21


RAÍZES DO MOVIMENTO

do tempo, os motivos vão perdendo o vigor primitivo, chegando mesmo a ser recobertos e afogados pelo joio dos motivos secundários ou falsos. Tanto assim que o casal, ou o indivíduo, tendo entrado para a equipe movido por intenção verdadeira, pode vir a encontrar-se nela sustentado unicamente por razão secundária ou não válida. Por isso, é preciso verificar com frequência, nas reuniões mensais, o fim para o qual está orientada a marcha de cada qual dos equipistas. Isto é missão do responsável, ou do Conselheiro Espiritual, a quem compete relembrar a razão de ser das equipes, principalmente na “reunião de balanço”, e antes da renovação anual do engajamento 3 , uma vez que é este, precisamente, um dos principais significados do engajamento. Depois, no decorrer do ano, voltem mais vezes à leitura, senão da primeira parte dos Estatutos na íntegra, ao menos de algumas das frases que definem os grandes eixos espirituais do Movimento. Como esperar que uma equipe onde haja dissemelhança de intenções – reflitam nas várias razões acima enumeradas – não venha a passar por crise grave? Tal equipe abriga forças – ou 3

fraquezas – divergentes, opostas, incompatíveis. O menor acontecimento bastará para desencadear tensões, para fazer afrontarem-se seus membros, para precipitar, enfim, a crise latente, inevitável. De ordinário, atribuir-se-á a razões falsas esse estado de crise: temperamentos difíceis, faltas de caridade, divergência de gostos, quando, de fato, a causa real, a raiz do mal está na disparidade das intenções. E então, todo remédio será simplesmente paliativo, até mesmo os esforços de caridade fraterna, se não se cogitar em converter as próprias intenções, ou então em deixar a equipe. A lealdade exige que os membros de um Movimento nele ingressem e nele permaneçam unicamente no caso de suas intenções corresponderem de fato ao ideal proposto pelo Movimento. Fortes, santificantes, irradiantes haviam de ser as nossas equipes, se todos os seus membros nela entrassem e nelas se mantivessem exclusivamente PARA DEUS. Henri Caffarel Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. Mãe de Deus e Nossa Piracicaba-SP Prov. Sul I

Veja o significado do engajamento ou compromisso no Guia das Equipes de Nossa Senhora, página 55.

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TESTEMUNHO

Caminho de conversão Em junho de 2019 escrevemos um artigo para a Carta Mensal cujo título era “Conversão, coragem e ter ajuda”. Partilhávamos, naquele ano, uma mudança de vida, discernida a partir de um Dever de Sentar-se realizado em 2017, e como fruto desse momento escolhemos como Regra de Vida dedicar alguns anos à formação permanente dos nossos filhos, e dessa forma Ingrhid deixaria o seu trabalho para fazer este acompanhamento. Essa Regra de Vida foi, para nós, um caminho de conversão que nos levou a redescobrir a essência do ser família e encontrar nosso equilíbrio como casal. Fomos abastecidos por um Amor envolvente, intenso, que nos impulsiona a seguir, mesmo quando sentimos o peso das tempestades. E esse é o Amor de Deus. Quando estávamos nos acostumando com a nova rotina, sentimos um novo chamado, como esposos cristãos. Em 2019 tínhamos dois filhos, Miguel com 8 e Bárbara com 6 anos, e não pensávamos em crescer em família, porém nos deixamos envolver pela vontade de Deus, que abria nossos corações para essa realidade. Nos anos de 2020 e 2021 fomos agraciados com duas lindas crianças: Gabriela e Pedro. Um tempo atípico para “abertura à vida”. Ouvíamos muito, quando Ingrhid estava grávida, que em plena pandemia não era prudente arriscar a vida dela e dos bebês. Colocávamos tudo em oração, e decidimos mais uma vez nos entregar à vontade do Pai, que conhece todas as coisas. Hoje, passados alguns anos dessa mudança de vida, sempre lembramos daquele Dever de Sentar-se, dos CM 546

questionamentos de Ingrhid em “abandonar” uma carreira para ficar em casa, “dependendo” de um marido e cuidando dos afazeres domésticos. E podemos testemunhar que Deus faz sim Maravilhas na vida de cada pessoa, que de fato deixa-se conduzir por Ele. De uma casa onde estávamos apenas de passagem no final da noite, depois que pegávamos as crianças na escola (muitas vezes já chegavam dormindo), hoje vivemos em um lar. O pai e a mãe sabem exatamente quais são seus papéis, e assim se equilibra toda a vida que ali é gerada. A quantidade de filhos, se vamos conseguir dar conta, se o dinheiro vai dar no final do mês, já não é o foco da nossa jornada. Ver as crianças se espalhando pelos cômodos da casa e criando identidade, inseridas na realidade da família, vibrando juntos com cada pequena conquista, é algo que verdadeiramente dá sentido a nossa existência e nos faz seguir nesse caminho. Para os casais que nos perguntam como percebemos os sinais para nos abrirmos à mudança, confiando ser vontade de Deus, nossa resposta é sempre a mesma: Sendo humilde, paciente, reconhecendo nossas fragilidades e confiando que tem alguém muito maior acima de nós, que nos ama e sabe o que é melhor para nossa vida. Coragem! Não tenham medo de acolher Nosso Senhor nas suas vidas!!! Ele fará Maravilhas!!! Ingrhid e Adriano Eq. 13 D - N. S. da Paciência Natal-RN Prov. Nordeste I

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TESTEMUNHO

É tempo de festa!

...Assim como o fermento penetra e se espalha dentro da massa fazendo-a crescer, o Reino se alastra pelos quatro cantos da Terra! As ENS nasceram em Brasília, no dia 15/10/1972, há 50 anos. A primeira equipe de Brasília foi constituída pelos casais Alceste e João Guilherme, Elza e Ítalo, Divina e Godoi, Miriam e Cláudio, Oneida e Conceição, Germana e Joaquim. Foi Frei Jamaria La Pila quem trouxe o casal Maria Alice e Adelson para Brasília para uma reunião de informação, a partir da qual foram formadas as duas primeiras equipes, pilotadas pelo Rio de Janeiro. A partir do testemunho dos casais das equipes 01 e 02, foram criadas as equipes 03 e 04. Os casais da eq. 03 foram inicialmente vinculados às equipes do Rio de Janeiro, tendo como o Casal Ligação Lilian e Quadra das ENS de Petrópolis, os quais tinham ligação com a Equipe de Coordenação Inter-regional em SP. Em seguida, foi criada uma coordenação de 1°grau, na responsabilidade do casal Germana e Joaquim, de São Paulo. Em 1974, Alceste e João Guilherme, da Eq. 01, formaram um novo grupo de casais, dando origem a Eq.05 e em seguida lançada a Eq.06.Após a formação das equipes 07 e 08, foi formada uma coordenação de

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2° grau, surgindo também as funções de casal secretário, tesoureiro, comunicação e coordenador. A nossa equipe 08 teve início no dia 14 de junho de 1975 (N. Sra. do Bom Parto), tendo como SCE o Frei Jamaria. A equipe foi então pilotada por um casal de Brasília, Bessye e Plínio (Eq. 03). Os casais Vera e Paulo, Cristina e Sérgio, Celeste e Caio, Zezé e Afonso, Núbia e Pavoni, Sônia e Ângelo, Lenir e Jarbas concluíram a pilotagem em 24/6/1976. O Movimento foi criando força e se tornando fermento renovador nas famílias da nova capital “Brasília”. Com a formação da Eq. 15, Brasília já havia se tornado um Setor. A partir da formação da equipe 20 foram criados os setores A e B e, em seguida, os setores C e D. Nesta época, o Movimento em Manaus e Belém também havia expandido. Como os EACRES, sessões de formação, retiros ainda eram realizados em São Paulo ou Rio de Janeiro, foi proposta a realização de retiros e EACRE em Brasília, pelo fato de estar localizada no centro do país. Os casais de Belém passaram, então, a frequentar os encontros em Brasília. Assim como o pão fermenta e cresce, as ENS também foram crescendo neste espírito de amor, entreajuda e de fidelidade ao carisma do movimento. Novas equipes, Setores, Regiões foram surgindo, de forma que este ano temos a alegria de comemorar os 50 anos das ENS em Brasília, hoje pertencente à Província Centro-Oeste. Eq. 06 A e Eq. 08A – N. S. do Bom Parto Região Brasília I Prov. Centro-Oeste CM 546


REFLEXÃO

O papel de uma Mãe Sou Fernanda, esposa do Robson, mamãe da Mariana, de 6 anos, e da Giovana, de 3. Estou aqui para dizer que, recentemente, compreendi o real significado da maternidade: elevar a alma das minhas filhas ao céu. A partir de um curso despretensioso de antropologia, ensinado com base nas raízes de São Tomas de Aquino e Santa Teresa D’Avila, percebi as reais exigências da maternidade à luz das necessidades da alma. Isso significa que, até então, eu estava errando o foco. Enquanto, em todos esses anos, preocupei em demasia com o bem-estar físico e emocional das minhas filhas, não entendia que o mais importante de tudo seria proteger o imaginário delas, as faculdades sensitivas delas, para, posteriormente, fazê-las tomarem o gosto pela oração, pelos estudos, pela santidade, enfim, pelo reto caminho. Explico-me, mesmo sendo católica praticante, pertencente às Equipes de Nossa Senhora, sempre fui uma típica mãe preocupada em propor a melhor escola, vesti-las muito bem, alimentá-las adequadamente, brincar, amar e estar junto intensamente, porém esquecia-me de dotá-las das faculdades da alma. E isso não significa que não íamos à missa aos domingos, que não falávamos de Jesus e Maria para elas, que não rezávamos o terço em casa ou que não fazíamos a oração antes de dormir. Porém, a nossa alma precisa de mais. O nosso intelecto e as nossas vontades (faculdades inerentes à alma) precisam, especialmente na primeira infância, se pautar em evitar tudo aquilo CM 546

que expõe as sensações a um imaginário distorcido, onde haverá dificuldade no futuro para encontrar sua reta razão. Neste momento, é necessário indagar: o que está sendo exposto até aqui pôde ser compreendido ou os termos utilizados são desconhecidos? Me motiva fazer essa reflexão, para que cada família, assim como eu, que se sinta tocada e anseia por mudança e busca por conhecimento, não deixe de formar o seu intelecto, para posterior amparo de seus filhos naquilo que, verdadeiramente, importa para uma vida adulta de santidade. Aos pais, não basta encaminhar para a santidade, devemos formar nossos filhos com plenas condições de seguirem sozinhos nesse caminho sem depender do nosso impulso. Assim, às mães cabe o papel fundamental de doação e abnegação. O melhor caminho para amar é o caminho do servir, isso sim dá sentido à vida. Iniciemos um movimento de servir, a começar pelo aprofundamento dos nossos conhecimentos focados na alma, derramando virtuosos frutos em nossos filhos.Assim, humildemente, indico que se comece pelo estudo da Antropologia baseado na doutrina Católica, que será um maravilhoso ponto de partida para o cumprimento da maternidade em sua principal missão. Lembremos: Deus nos dá a maternidade com um único propósito: elevar as almas de nossos filhos ao céu, e Ele irá nos cobrar por isso. Fernanda (do Robson) Eq. N. S. Aparecida Expansão Cuiabá-MT Prov. Centro-Oeste

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REFLEXÃO

O que seria de nós sem Nossa Mãe Maria? Haja luz ou haja sombras; Haja noite; haja dia; No calor ou no frio; na tristeza ou na alegria; em todo momento atroz; O que seria de nós, sem nossa Mãe Maria? Na saúde ou na doença; Na imunidade ou pandemia; Carregando nossa cruz; E sentindo a agonia; Calado ou levantando a voz; O que seria de nós, sem nossa Mãe Maria? No Natal, na Assunção, Em Pentecostes, na Epifania; Na Páscoa ou no Advento; Na instituição da Eucaristia; No Querigma ou no Kairós; O que seria de nós, sem nossa Mãe Maria? Na espiritualidade conjugal; No celibato ou na diaconia; No sacerdócio; no episcopado; Na filosofia ou teologia; Com Cristo conversando a sós; O que seria de nós, sem nossa Mãe Maria? Jussara e Daniel Eq. 1D-N. S. Auxiliadora João Pessoa-PB Prov. Nordeste II

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REFLEXÃO

Minha Nossa Senhora É aqui que me abrigo Minha Nossa Senhora... É aqui que clamo, choro. É aqui que falo de minhas confidências E dos meus problemas... É aqui que nada temo. É aqui que também falo Das minhas alegrias E das minhas vitórias... Quando me sinto só, desiludido E inerte diante dos problemas A que estamos expostos, É aqui que me abrigo, Senhora, Pois aqui deixo de ser só E daqui posso perceber melhor A vida... e a vivência dos meus Pontos Concretos de Esforço. Em que ponto devo evoluir mais Para continuar sendo agraciado Com esta Paz e Confiança? Aqui não faz frio... O vento que vem é um sopro de vida. A brisa é um toque de carinho e ternura. É aqui, minha Nossa Senhora, Que posso ver e sentir melhor O quanto tens estado presente Em todos os momentos de minha vida... Hoje posso ver melhor... CM 546

Quero permanecer aqui, Sentindo a proteção e o carinho Que tens me dispensado. Te agradeço, minha Nossa Senhora, Por me acolher sempre E pelas graças que tens me concedido, Pois é estando aqui Sob o VOSSO SAGRADO MANTO Que certifico, na minha condição humana, A vocação de viver sempre em Comunhão com DEUS. Júlio César (in memoriam) da Maria Elena Eq. 02 - N. S. do Perpétuo Socorro Setor Anápolis Prov. Centro-Oeste

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REFLEXÃO

Hoje é tempo de ser feliz!

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso que a ideia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes. Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe… Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que “debaixo do céu há um tempo para cada coisa!”. Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado.As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura. Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez, seja o contrário. O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes… Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. sementes de ontem, frutos de hoje, sementes de hoje, frutos de amanhã! Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não o amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas. Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores… Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal você

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merece muito mais que qualquer coisa. Cuidado com os amores passageiros… eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam… Cuidado com os invasores do seu corpo… eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem… Cuidado com os olhares de quem não sabe amar você… eles costumam fazê-lo esquecer que você vale a pena… Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí… elas costumam estragar o nosso referencial da verdade… Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos… elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo. Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem que Deus resolveu expressar, mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo. Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. Não coloque um ponto final nas suas esperanças.Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar e o que amar nessa vida. Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente e veja o que ainda pode ser feito… A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta “que os sonhos não envelhecem…” Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões. Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma. Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu para duvidar…

Pe. Fabio de Melo

Colaboração Lázara e Edison Eq. 2A - N.S. Aparecida Goiânia-GO Prov. Centro-Oeste CM 546


PARTILHA E PCE

Entrar gradualmente na obediência à Deus Nem menor, nem maior, a Regra de Vida deve estar na prática diária da vida do equipista. Este Ponto Concreto de Esforço deve nos levar não só em direção a nós próprios como forma de nos libertar dos nossos defeitos, nem apenas em direção ao próximo na busca do seu bem, mas, principalmente, em direção a Deus como forma de respondermos ao seu chamado. Chamado esse que tem na sua base o amor. Então, melhor corresponder à vontade de Deus para nós mesmo é o ponto fundamental deste PCE. Os monges Beneditinos nos falaram que a Regra de Vida “ensina-nos a entrar gradualmente na obediência de Deus”. São João XXIII refere-se como forma de vencer “as tentações e as provações de nossa existência”. Padre Caffarel nos diz “que deve ser suficientemente leve para não entravar a personalidade e a missão dos esposos e suficientemente dura para os defender da monotonia e da indiferença”. Lembrar da gradualidade de cada um e de sua evolução na escolha da regra, procurar ser preciso na escolha e que realmente represente um esforço concreto. Devemos evitar regras abstratas e buscar através de nossa Regra de Vida eliminar as coisas que nos impedem de amar a Deus e ao próximo. Lembrar sempre que somos maus juízes de nós próprios,sempre nos achamos mais certinhos do que realmente somos. Uma vez, em um Retiro para casais das ENS que participávamos, o pregador Padre Pedro Vicente, um santo padre Jesuíta, disse: “Quanto mais CM 546

próximo está o eu que mostro aos outros, da forma que realmente sou, mais verdadeiro sou e mais próximo de Deus estou”. E essa verdade sobre nós mesmos que buscamos nas três atitudes pode ser buscada fortemente em uma Regra de Vida. Em nosso lar, temos utilizado a Regra de Vida para buscar um no outro os porquês. Temos personalidades diferentes, fomos criados em situações diferentes de vida e assim carregamos cada um “as crianças feridas de nossa infância” que resultaram em pessoas que têm formas diferentes de reagir em diferentes situações. Enquanto um consegue ser mais paciente e amoroso, o outro consegue ser mais firme e resolutivo. Mas a ira de um em alguns momentos, o medo do outro em algumas situações e a desconfiança para com o mundo atrapalham no objetivo de atingirmos o nosso melhor. Buscar entender um ao outro nessas diferentes reações através da Regra de Vida trouxe mais harmonia, paz e entendimento. Através do PCE Dever de Sentar-se podemos sugerir um ao outro o que melhorar na forma de agir que cada personalidade traz, melhorando assim nosso relacionamento como esposos, com nossos filhos e com nossos pais. Coloquemos sempre nas mãos do Senhor nossa caminhada espiritual. Deus nos abençoe a todos. Eveline e Rogers CRR Região CE II Prov. Nordeste I

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PARTILHA E PCE

Regra de Vida – o PCE dos PCEs Ter o PCE Regra de Vida com um olhar especial nesse ano de 2022 muito nos alegra, pois, a nosso ver, ele é o PCE dos PCEs. O PCE da verdadeira conversão! Regra é ordem e a ordem conduz a Deus! Desde a criação, toda a ação de Deus é realizada na ordem! Deus criou o mundo e tudo que nele existe de forma organizada. Jesus realizava seus milagres com ordem, vejam na multiplicação dos pães, organizou os homens em grupos de 50 para assim partilhar os pães multiplicados. Imaginem esses 5 mil homens pedindo pão de forma bagunçada, sem estarem em grupos? Talvez o milagre nem aconteceria! Vendo a manifestação de Deus e os milagres de Jesus ao longo da história, percebemos que a ordem está diretamente ligada à ação transformadora de Deus em nossas vidas. Olhando as raízes do nosso Movimento, em 1947 ele nos apresenta a Regra de Vida como forma de auxiliar nos outros PCEs e como ajuda nas práticas religiosas e espirituais (participar das missas, confissões frequentes, vivência dos sacramentos).Já em 1970,a Regra de Vida é reeditada como um PCE que não só auxilia na vida espiritual,mas sim em todos os âmbitos da nossa vida,pois Jesus veio pra que tenhamos vida e vida em abundância! Através de um profundo e sincero exame de consciência, aqui em casa cada um adota sua Regra de Vida de forma individual nos campos espiritual, da saúde, alimentação, do financeiro ou algum outro campo quando há

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necessidade. E nada impede também que adotemos em casal uma Regra de Vida. Sempre visando o melhor relacionamento com Deus, com o próximo e conosco mesmo. Antes de termos essa oportunidade de mergulhar,estudar e compreender a Regra de Vida, vivíamos este PCE de forma superficial e equivocada, pois não anotávamos a Regra, nem tão pouco avaliávamos o progresso ou não da mesma. O Movimento é claro quando diz que devemos anotar e avaliar ao menos uma vez por mês a Regra proposta,pois quem anota se compromete, planeja e realiza! E quem não anota navega na subjetividade, tende a não realizar e fica apenas nas boas intenções. E como adotar uma Regra para minha vida? Ela deve contemplar o que chamamos de regra dos 3Ps: pequena, precisa e prática. Não devemos escolher regras grandiosas, inatingíveis. Elas devem ser claras e também possíveis de serem realizadas. Que tenhamos coragem de rechear as nossas vidas de regras que nos levem à verdadeira conversão, para sermos fermento transformador em tantas massas sedentas do amor de Deus. E assim podermos dizer com propriedade e convicção o que São Francisco de Assis já nos dizia: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” Paula e Adriano CRS Campo Grande Região MS I Prov. Centro-Oeste CM 546


PARTILHA E PCE

Meditação e Oração Conjugal

Rezar juntos, marido e mulher, todos os dias. E lhes digo ainda mais: se dois de vocês na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu pai que está no céu (Mt. 18,19). Todos os dias pela manhã, após vivenciarmos a Escuta da Palavra, PCE que nos leva à Meditação e Oração Conjugal, pois como nos ensina Pe. ­Caffarel no livro Orar 15 Dias com ­Henri ­Caffarel que é a partir da Escuta da Palavra que poderemos meditar e rezar. Meditar aquilo que nosso Senhor nos falou pela sua palavra, aprofundar, dialogar com Ele, nos colocar em sua presença com todas as nossas fragilidades, pecados, mas com a certeza de que Ele nos ama, nos acolhe, nos escuta. A partir então da meditação da palavra, desse momento de intimidade com o Senhor, apresentamos a Ele nosso louvor, nossos agradecimentos e nossas súplicas, pedindo a Deus por nós, nosso matrimônio, nossos filhos, netos, familiares, nossa CM 546

comunidade, pelas intenções dos intercessores, nossa missão e todo Movimento. Confiando em Jesus, na sua palavra (Mt, 18,19), temos a certeza de que as bênçãos e os frutos de conversão virão. E temos colhido muitos frutos e muitas bênçãos. Temos muito caminho pela frente, muitos passos para dar, pedimos todos os dias a graça e a força santificadora do Espírito Santo, para que Ele caminhe conosco, nos auxilie, nos ajude em nossa conversão, a caminhar com fé e perseverança. A Meditação e a Oração Conjugal (Pontos Concretos de Esforço) são momentos privilegiados para tomarmos consciência de nossas fragilidades, e nos voltarmos para Deus. Ó Tu que habitas no fundo do meu coração, Faze que te encontre No fundo do meu coração. Marli e Procópio CRS São Luís A Prov. Norte

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FORMAÇÃO

Laudato Si: a responsabilidade

humana sobre a criação Papa Francisco convoca os cristãos a um olhar amoroso e responsável sobre a criação de Deus. O terceiro capítulo da Laudato Si (A raiz humana da crise ecológica - nn. 101 a 136) aponta uma reflexão sobre a situação atual do planeta e a ação humana nesse processo. Assim, o Papa se utiliza de um diálogo profundo, com a filosofia e as ciências humanas, pontuando três aspectos: a tecnologia, o antropocentrismo e o progresso científico. No primeiro aspecto, a tecnologia (nn. 106-114) é entendida de forma positiva e com um olhar de gratidão.Através dela, é possível melhorar as condições de vida e oferecer um conhecimento da realidade para promoção do desenvolvimento humano, econômico e político de forma fraterna e respeitosa. Contudo, essa situação não condiz com a realidade atual. A tecnologia e o mercado não suscitam, por si só, o desenvolvimento humano integral e nem a inclusão social. Por isso, um olhar sensível sobre essa realidade é fundamental para a articulação entre a tecnologia e as relações com a criação de Deus. Para o Pontífice, para repensar sobre a tecnologia, faz-se necessário reconsiderar a postura do ser humano como o centro da criação (nn. 115 -123). Esse é o segundo ponto desta reflexão, demonstra uma crise no excesso de antropocentrismo em que se pautam as relações da humanidade com o planeta. A postura autorreferencial dos seres humanos, centrado em si mesmo e no poder, promove a lógica do descartável (n.158) que parece justificar todo tipo de descarte, tanto ambiental

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como humano. O Papa Francisco inclui nessa reflexão a temática do trabalho (nn. 124-129). Nela, o valor do trabalho é retomado levando em consideração o investimento que devemos fazer no próprio ser humano como parte da abordagem da ecologia integral. E, por último, é premente pensar nos limites do progresso científico (nn. 130136). O documento ressalta que é fundamental assegurar um debate - científico e social - mais amplo e responsável e que seja capaz de atingir a todas as pessoas. Uma das alternativas apontadas é o surgimento de novas linhas de pesquisa autônomas e interdisciplinares para que atendam a complexidade da realidade e as redes de ecossistemas ambientais em que se desenvolvem as relações humanas. Enfim, ao trazer toda essa reflexão, o documento Laudato Si busca responsabilizar o ser humano em relação ao ecossistema,de forma pontual e concreta.Como cristãos católicos, somos chamados a utilizar a força criativa da inteligência humana, expresso nesses três aspectos supracitados, para o cuidado comum do meio ambiente e das relações humanas a que somos chamados a viver, dentro e fora da Igreja, e, de maneira mais particular, das ENS no nosso país.

Frei Arthur Vianna Ferreira SCE Província Leste I CM 546


NOTÍCIAS

BODAS de PRATA

15

fevereiro 2022

Soledade e Edmilson Eq. N.S. da Paz Rio de Janeiro – RJ

BODAS de OURO

18

Penha e Félix

15

Aparecida e Sebastião

dezembro 2021

janeiro 2022

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dezembro 2021

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Eq. N.S. da Anunciação Brasília – DF

Eq. N.S. Aparecida Itumbiara - GO

Vera e Messias Eq. N.S. do Amor Varginha - MG

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NOTÍCIAS

JUBILEU DE PRATA DAS EQUIPES

01

Eq. N.S. da Guadalupe

01

Eq. N.S. do Sim

março 2022

Castanhal – PA

março 2022

Belém – PA

VOLTA AO PAI Província Norte Airton da Fátima

17.02.2022 N.S. Rainha do Céu Belém - PA Província Leste II Edson Duarte da Aparecida

19.02.2022 N.S. Mãe da Rainha Pouso Alegre - MG

Província Centro-Oeste João Paulo Azambuja da Marisa

18.02.2022 N.S. das Graças Campo Grande - MS

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MEDITANDO EM EQUIPE

A família é um ícone de Deus

A Palavra de Deus

- “Honra teu pai e tua mãe, para que vi- - “Quanto a mim e à minha família, nós vas longos anos na terra que o Senhor teu serviremos ao Senhor.” Js 24,15 Deus te dará.” Ex 20,12

Reflexão - Ao meditarmos sobre a família, percebemos que sua origem está no querer de Deus – a família faz parte dos desígnios de Deus. Desígnio quer dizer projeto, meta, sonho, desejo... do Senhor. A gênese da família é o coração Sagrado de Deus. Foi lá que ela nasceu, desde o início da criação (Gn 1-2) a família foi sonhada por Deus. É por isso que nós homens, de todos os tempos, se queremos compreender o que é a família e qual é a sua missão, devemos obrigatoriamente olhar para sua origem divina. A família é dom divino para nós! - Nós fomos criados por Deus para sermos família. Deus nos criou à sua imagem e semelhança e nos constituiu para vivermos em comunhão. Nos diz São João Paulo II: “O homem se converteu em ‘imagem e semelhança’ de Deus não só através da própria humanidade, mas também através da comunhão das pessoas que o homem e a mulher formam desde o princípio. Convertem-se em imagem de Deus, não tanto no

momento da solidão quanto no momento da comunhão” (Catequese, 14 de novembro de 1979). Assim, nós equipistas devemos lutar com força e empenho para vencermos toda forma de individualismo e egoísmo. Somos FAMÍLIAS e não “Fam-ilhas” – existem ilhas dentro das famílias, uma grande lástima. - Olhando para a família em sua origem de amor, nos ensina o Papa Francisco que “vocês são um ícone de Deus: a família é um ícone de Deus. O homem e a mulher: precisamente a imagem de Deus. Ele disse, não sou eu que digo. E isso é grande, é sagrado” (discurso durante audiência com delegação do Fórum das Associações Familiares,em 16 de junho de 2018).Caros equipistas,reproduzam em suas famílias,igrejas domésticas, esta bela imagem de Deus: o amor e a comunhão. Onde vocês concretamente precisam mudar ou potencializar esse amor? O que pode ser melhorado para refletir Deus em seus atos diários?

Oração espontânea - Quero nesta oportunidade lhes sugerir: escolham um dia, façam juntos uma refeição e oração em família; logo após, relembrem juntos todas as graças que têm alcançado de Deus, toda a providência

de Deus em suas vidas; por fim, façam o propósito de se empenharem por viver o desígnio de Deus em sua família – algo de melhor ainda pode ser vivenciado.

Oração Litúrgica Ó Deus, que na Sagrada Família nos deixastes um modelo perfeito de vida familiar vivida na fé e na obediência à vossa vontade, ajudai-nos a ser exemplo de fé e de amor aos vossos mandamentos. Socorrei-nos em nossa missão de transmitir a fé aos nossos filhos. Abre o seu coração para que cresça neles a semente da fé que receberam no batismo. Fortalecei a fé dos nossos jovens, para que cresçam no conhecimento de Jesus. Aumentai o amor e

a fidelidade em todos os matrimônios, especialmente naqueles que passam por momentos de sofrimento ou dificuldade. Unidos a José e Maria, vô-lo pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho, nosso Senhor. Amém. Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal


Oração pela nossa terra Deus Onipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas, Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe, derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém. Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos. Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição. Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra. Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais conosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz. Papa Francisco

Av. Paulista, 352 • cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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Laudato Si: a responsabilidade humana sobre a criação

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Meditação e Oração Conjugal

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Hoje é Tempo de Ser Feliz

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Regra de vida – o PCE dos PCEs

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Minha Nossa Senhora

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Entrar gradualmente na obediência de Deus

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O que seria de nós sem Nossa Mãe Maria?

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É tempo de Festa

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O papel de uma Mãe

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Caminho de conversão

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Fundação da Primeira Equipe no Brasil

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Para Deus

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Projeto PCE Retiro

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Mãe, Deus é o teu Criador

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Revivendo o tríduo pascal: quinta, sexta e sábado santo

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Visitação de Nossa Senhora

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Reconhecimento das ENS pelo vaticano

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Nossa Senhora de Fátima

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Palavra do Papa

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Domingo de Ramos

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“Ele ressuscitou realmente como disse: Aleluia! A vida venceu a morte!”

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Tema do ano: Capítulo II

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Henri Caffarel – ordenado sacerdote

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Encorajados a viver a nossa missão

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Sinodalidade eclesial (2): Sinodalidade e Colegialidade

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Vençamos a tentação da dúvida diante das incertezas terrenas

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Tema do ano: Capítulo III

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