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Fundação Marques da Silva
Um olhar atento à dinâmica de transformação do espaço urbano, bem como a obras de arquitetura da autoria de arquitetos representados nesta Fundação tem sido outra das linhas de ação apontadas pela instituição, seja através da elaboração de pareceres e proposição de processos de classificação patrimonial ou na promoção de espaços de diálogo que potenciem uma outra consciência e atuação sobre o património arquitetónico. Durante o ano de 2020 foi ainda iniciada a construção de uma galeria virtual, no site da instituição, dedicada a obras classificadas projetadas ou intervencionadas por Fernando Távora.
1. CASAS-SEDE DA FUNDAÇÃO MARQUES DA SILVA
A sede da Fundação Marques da Silva, formada pela CasaAtelier José Marques da Silva e pelo Palacete que tem vindo a ser identificado como Palacete Lopes Martins, em reconhecimento da família que o compra em 1886 a Narciso José da Silva e à qual pertencia Júlia Lopes Martins, com quem José Marques da Silva acabaria por contrair matrimónio, estão implantados no lote delimitado pela Rua de Latino Coelho, a sul, a Rua de Gil Vicente, a este, a Praça do Marquês de Pombal, a oeste, e construções existentes, nomeadamente a sucursal da Caixa Geral dos Depósitos, a norte.
Durante o ano de 2019, a Fundação Marques da Silva desenvolveu um conjunto de ações tendo em vista a reorganização interna. O plano passou, em traços largos, pela requalificação do Pavilhão do jardim e reconversão do Palacete em espaço expositivo e complemento das áreas de depósito para documentação. Pretendia-se assim aumentar capacidade de resposta ao crescente número de acervos doados e à vontade expressa de organizar projetos expositivos de longa permanência e abertos ao público em termos regulares. Em 2020, foi este último eixo de ação a ser concretizado com a implementação de medidas que visavam permitir a montagem da exposição Mais que Arquitetura,