TENDÊNCIAS FUNDSSERVICES
por José Miguel Moscardó
CONTRATAR EM TEMPO DE CRISE PARA ONDE OLHA A INDÚSTRIA Da Nfoque Executive Search medem a temperatura às oportunidades profissionais que oferece hoje a indústria da gestão de ativos. Vivemos uma época de incerteza onde abrandaram os projetos de crescimento de equipas que estavam planificados e que agora ficam em stand by. E algumas oportunidades profissionais que tinham possibilidade de seguir em frente estão agora paralisadas.
E
xiste muito mais prudência na hora de procurar talento e oferecer oportunidades profissionais no setor. Poderá ter a ver com a situação atual da pandemia? Serão os movimentos de fusões e aquisições que o setor está a sofrer? Estamos perante uma mudança de ciclo? A resposta é dada pelos próprios agentes do negócio. Fizemos uma aproximação a alguns destes interlocutores e entidades de gestão na Península Ibérica com o objetivo de conhecer as suas opiniões acerca da situação atual na indústria de fundos quanto às questões comentadas. “Enfrentámos anos duros para muitos setores da economia, incluindo o setor financeiro”, vaticina Sebastián Velasco, responsável pela Península Ibérica na Fidelity. “A indústria de fundos estará submetida a forças opostas”. Por um lado, problemas de liquidez nas famílias e empresas provocarão reembolsos e menor apetite pelo risco. Por outro lado, a taxa de poupança aumenta em períodos de recessão, como aconteceu entre 2008 e 2010, e os fundos absorveram parte deste crescimento. “Mas não nos esqueçamos de que já antes do aparecimento da pandemia nos estávamos a preparar para uma mudança de ciclo que nos obrigou a rever os nossos planos de negócio”, recorda. E essa mudança pode ver-se como um desafio ou como uma oportunidade. Sophie del Campo, diretora geral da Natixis IM para a Península Ibérica, América Latina e US Offshore, opta pela segunda opção. “O crescimento das gestoras internacionais JANEIRO E FEVEREIRO I FUNDSPEOPLE 71