Sobre os prefácios, os posfácios e sobre os agradecimentos aos tradutores. Nunca li um prefácio, mas quando terminei a “Conversa na Catedral” tive que o fazer.
explicar algo complexo a alguém, através do exemplo ou da comparação.
Talvez para encontrar, de imediato e sem grandes esforços, uma opinião sobre o livro que me ajudasse a pôr as ideias na ordem. Sempre ouvi dizer que as pessoas, quando sofrem um acidente de viação, reconstroem a realidade de modo não muito fidedigno uma vez que devido ao choque ou trauma, nem sempre se recordam de tudo o que sucedeu de uma forma clara ou com nitidez.
A obra é comparável a um caleidoscópio ou a um puzzle sendo a leitura da mesma realizada através daquele ou mediante o preenchimento das peças deste num exercício de elevada dificuldade que nos deixa, não poucas vezes, frustrados. A compensação (ou frustração) surge quando, no final, nos recordamos da obra como recordamos uma pintura impressionista após a vermos exibida numa qualquer exposição. Ficam as impressões na memória causadas por uma técnica de cruzamento de narrativas levada à exaustão, não só capítulo após capítulo, mas também parágrafo a parágrafo e por vezes, até dentro do mesmo parágrafo. Há quem lhe chame realismo mágico.
No dito prefácio encontrei diversas percepções sobre Lima, cidade que já tive o prazer de visitar, opiniões sobre a política sul americana assim como um relato da nossa postura (europeia) face a esta. Só para o final é possível ler, no dito prefácio, sobre o livro de Llosa encontrando neste algumas comparações e exemplos que nos ajudam a compreender o que aconteceu, não fosse esta a forma mais fácil de
É pródiga em diálogos dando-nos a conhecer a sua história mediante uma conversa entre Santiago
18