Protótipo Habitacional Acuña Acuña, México
Desafio O México, com sua população de mais de 128 milhões de pessoas, sofre com a falta de moradias populares. Esse também foi um problema em 2001, quando o país iniciou uma missão ambiciosa de construir novas moradias para milhões de pessoas nos subúrbios e em novas cidades. Estima-se que 20 milhões de pessoas se mudaram para casas novas e acessíveis – mas hoje é evidente que a qualidade delas era ruim, as ca sas eram muito pequenas e as novas cidades careciam de força social e identidade.¹ Contribuição Para criar moradias populares, os custos de construção também devem ser acessíveis aos investidores, sejam eles públicos ou privados. Mas isso não significa que a qualidade dos materiais ou do projeto precise ser ruim. Na cidade de Ciudad Acuña, a arquiteta mexicana Tatiana Bilbao projetou casas para 23 famílias que ficaram desabrigadas por um tornado em 2015 e ela abordou o desafio de uma forma diferente. Bilbao está comprometida com a agenda da redução do déficit habitacional, e a concepção do conjunto habitacional em Acuña é baseada em projetos anteriores, protótipos e experiências de pesquisa de seu escritório de arquitetura. As casas são projetadas em módulos para que possam ser expandidas e paredes internas podem ser adicionadas para criar quartos separados, etc. Os materiais usados são principalmente concreto e madeira, e a estrutura interna é feita de materiais reciclados, como paletes de madeira. Enquanto a abordagem mexicana tradicional para a crise imobiliária se concentrava na quantidade, ou seja, em construir o maior número possível de unidades com o menor custo e no ritmo mais rápido possível, a equipe de Bilbao abordou a tarefa de forma diferente. Os arquitetos entrevistaram as famílias e potenciais futuros inquilinos para compreender melhor as suas necessidades e desejos para uma casa. Isso os ensinou que era importante para as famílias não apenas que as casas parecessem acabadas e permanentes, mas que os espaços públicos e áreas externas fossem valorizados para a criação de um senso de comunidade. Posteriormente, os arquitetos revisitaram as famílias para entrevistá-las e coletar mais dados para futuros projetos de habitação social.
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