O Projeto Star Homes Mtwara, Tanzânia
Desafio A África Subsaariana será responsável pela maior parte do crescimento da população mundial nas próximas décadas, com previsão de acrés cimo de 1,05 bilhões de pessoas até 2050.¹ Isso exigirá a construção de milhões de novas casas. Novas moradias em regiões quentes e úmidas da África Subsaariana geralmente consistem em estruturas de blocos de concreto de nível único que são mal ventiladas e predispõem as famílias a uma série de doenças que seriam evitáveis. O pouco fluxo de ar leva a um clima interno quente que reduz o uso de mosquiteiros e aumenta a transmissão da malária. Cozinhar sem ventilação adequada resulta em muitas mulheres desenvolvendo infecções no trato respira tório, e o abastecimento inadequado de água e saneamento predispõe os membros da família, especialmente crianças e idosos, a infecções entéricas. Contribuição Um número crescente de trabalhos científicos publicados nos últimos tempos tem demonstrado que moradias bem projetadas podem resultar em amplos benefícios contra várias categorias de doenças.² O Projeto Star Homes é um ensaio clínico que investiga o impacto da melhoria da habitação na saúde da família na Tanzânia. 110 casas melhoradas com latrinas separadas estão sendo construídas em 60 aldeias em toda a região de Mtwara, e a saúde dos residentes será comparada à de 440 casas de controle em um período de 3 anos. O projeto das casas é inspirado no projeto Magoda³ e nas casas tradicionais do Sudeste Asiático, que costumam ser bem adaptadas ao clima quente e úmido. O banco na frente e a configuração da planta se inspiram em casas locais da região de Mtwara. Além disso, a equipe de design utilizou modelagem paramétrica interativa e técnicas de simulação ambiental, como a Computational Fluid Dynamics (CFD), para melhorar o conforto ambiental e o detalhamento de equipamentos e mobiliário, como o fogão sem fumaça. O projeto das casas visa reduzir os índices de malária, infecções do trato respiratório e doenças entéricas. Por exemplo, os quartos são elevados com aberturas maiores e teladas para ajudar a diminuir a temperatura interna e reduzir a entrada de mosquitos Anopheles gambiae. O projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de arquitetos, médicos, cientistas sociais e entomologistas juntamente com líderes comunitários locais e partes interessadas.
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