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ceria com pesquisadores da Universidade de Brasília, investigaram a presença de ageismo (idadismo), no contexto empresarial de diferentes setores. Os resultados demonstraram que pessoas mais jovens apresentam mais atitudes negativas relacionadas ao envelhecimento, quando comparadas com os mais velhos. Em contrapartida, as pessoas idosas demonstraram mais atitudes positivas em comparação com as mais jovens. Nesse estudo, as atitudes negativas dizem respeito a julgamentos sobre questões de saúde física e cognitiva, como “O envelhecimento afeta a produtividade dos trabalhadores”. As atitudes positivas, por sua vez, referem-se a aspectos afetivos, como “Trabalhadores mais velhos são mais capazes de lidar com pressões do trabalho”. Esses resultados ilustram o quão presente é o idadismo no contexto empresarial. Uma pessoa que trilhou um longo percurso, possivelmente conhece os melhores atalhos, os caminhos mais perigosos, o tempo e o lugar mais adequados para descansar ou para acelerar a caminhada e o que deve ou não ser transportado na bagagem. Para obter esses conhecimentos, essa pessoa precisou se arriscar, errar para aprender e recomeçar algumas vezes, fortalecendo a capacidade de resiliência, a flexibilidade e a criatividade para enfrentar os desafios. Desta forma, por que não dar a oportunidade para que pessoas com 40, 50, 60, 70 anos ou mais sigam atuando profissionalmente e colaborando com pessoas de outras faixas etárias, que possuem outras habilidades e competências, que somadas com as experiências dos mais velhos, podem suprir as necessidades empresariais? Convidamos você a refletir sobre sobre quais ações seriam necessárias para o combate ao idadismo na sociedade e deixamos aqui algumas sugestões que podem favorecer o combate ao idadismo nas empresas: - Realizar campanhas de conscientização da discriminação etária; - Contratar profissionais maduros para compor o quadro de colaboradores; - Incentivar a realização de atividades por grupos compostos por pessoas de diferentes faixas etárias, estimulando a relação entre diferentes gerações. E você, o que mais gostaria de incluir nessa lista? Bibliografias consultadas França, L. H. F. P. Ageismo no contexto organizacional: a percepção de trabalhadores brasileiros. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2017, v. 20, n. 6, p. 765-777. Disponível em:<https://doi.org/10.1590/198122562017020.170052>. Acesso em 19 out. 2021. Fundação Instituto de Administração. Idadismo: o que é, principais estereótipos e como combater, 10 de maio de 2021. Disponível em:<https://fia.com.br/blog/ idadismo/>. Acesso em 18 out. 2021. World Health Organization. Global report on ageism, 2021. Disponível em:https:// www.who.int/publications/m/item/summary-slides-global-report-on-ageism>. Acesso em 18 out. 2021.
Texto escrito por: Gabriela dos Santos Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva
magazine 60+ #29 - Novembro/2021 - pág.14