sentando Druida Celta
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O comércio para os celtas tinha como base o escambo, principalmente como produtos os metais, como bronze, ferro e estanho, além de cerâmica e escravos. As moedas só surgiram só por volta do século III a.C. na Gália. As famílias nobres compravam produtos considerados de luxo, como vinho, tecidos, joias, ouro, prata e cerâmica. A antiga religião celta era de caráter politeísta, dualista (masculino e feminino), naturalista (respeitando a natureza e suas mudanças) e com forte respeito a magia. Seus rituais incluíam até sacrifícios humanos para que o sangue derramado fortificasse a terra e como tinham forte apego a natureza eram realizados ao ar livre. Como acreditavam na reencarnação, deixavam nos túmulos dos falecidos vários itens de uso pessoal, principalmente símbolos religiosos. Embora possuíssem vários deuses em comum, cada tribo possuía seus próprios deuses. Os celtas deixaram legados para as gerações futuras, como o manuseio do ferro e da metalurgia além do idioma, onde ainda hoje pessoas usam essa língua. Alguns aspectos da mitologia e da religião celta ainda se encontram retratados em algumas religiões neopagãs como a Wicca e o Neodruidismo. Considerados por muitos como magos e bruxos, a filosofia dos druidas era fundamentada nos princípios do amor e da sabedoria. Eles adoravam a natureza e estavam sempre em busca do equilíbrio com ela. O druidismo passou a ser considerado como uma filosofia de vida. O treinamento para se tornar um senhor de barba branca, vestido de túnica e sandálias de couro poderia levar até quatro anos. Eram encarregados de aconselhamento e ensino e de orientações jurídicas e filosóficas além de responsáveis pelos ritos religiosos. Segundo termos galeses e bretões, druida significa “aquele que tem a sabedoria do carvalho”. Os druidas deixaram como legado um poço considerado como água sagrada que corre até hoje subterraneamente na cripta da Catedral de Chartres. Assim, não é difícil imaginar certa identificação com os cristãos que decidiram erigir uma catedral portentosa acima desse local e a sacralidade desse poço no mesmo local
magazine 60+ #29 - Novembro/2021 - pág.20