seção quem faz o CNPq
Desafios para o próximo milênio Sobrevivência e resiliência
Investimento e orçamento
Olhando para o momento atual do país, o grande desafio do CNPq é conseguir sobreviver com o constante encolhimento dos recursos financeiros destinados à área de CT&I, nestes tempos de pouca importância dada para as questões de ciência, tecnologia e inovação. A falta de recursos inviabiliza a formação de novos pesquisadores, bem como a compra, manutenção e atualização dos equipamentos dos laboratórios. Temos que lutar por dias melhores, com o apoio da comunidade científica e de forças políticas progressistas, para garantir que a instituição permaneça viva e ativa, e que continue a contribuir para o desenvolvimento da CT&I. Com a velocidade das mudanças geradas pela tecnologia e com a chegada da covid-19, é fundamental uma gestão que se adapte com resiliência e promova a pesquisa e a inovação de qualidade, com transparência, para a aplicação de conhecimentos na solução dos principais problemas socioeconômicos do país. Ao chegar aos seus 70 anos, o CNPq tem muitas glórias para lembrar e festejar. Momentos como o atual, em que recursos são escassos e a ciência precisa se defender daqueles que deveriam promovê-la, logo se tornarão passado. Afinal, os governos passam e o Brasil continua.
O CNPq, bem como vários outros órgãos, viveu e vive fases de imprevisibilidade orçamentária e financeira, tendo uma história recheada de altos e baixos. Isto impede qualquer planejamento de longo prazo e dificulta a proatividade em questões estratégicas que, por vezes, exigem ações imediatas e com aporte substancial de recursos. O CNPq precisa recuperar condições orçamentárias compatíveis com sua condição deuma agência NACIONAL de pesquisa, que permitam a manutenção de suas atividades. É preciso restabelecer os níveis históricos de investimentos no desenvolvimento da CT&I, com o apoio a projetos de pesquisas científicas e tecnológicas que promovam a interação entre o sistema empresarial produtivo e a sociedade. Urge conseguir manter o nível de recursos financeiros para a execução de projetos e bolsas de pesquisas, prioritárias ao desenvolvimento do país. O Conselho precisa ter um orçamento capaz de manter as inúmeras pesquisas já existentes e financiar aquelas a serem desenvolvidas, colocando o país em situação de igualdade com as grandes potências.
Celina Roitman, Ilíada Muniz Lima, Marcel Burztyn, Maria Cláudia Miranda Diogo, Sérgio Missiaggia
Ana Lúcia Assad, Ananias Nunes, Carlos Alberto Pittaluga, Cristina Reis, Ilíada Muniz Lima e Maria Auxiliadora da Silveira