Revista Setor Agro&Negócios

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ENTREVISTA

CARREIRA GLOBAL:

EXECUTIVO ASSUME LIDERANÇA NA AMÉRICA LATINA

M

aurício Rodrigues assumiu em 2021 o comando em posição estratégica da alemã Bayer: passou da vice-presidência de Finanças na área de Crop Science da Bayer do Brasil para assumir a liderança da operação na América Latina. Engenheiro civil com MBA em Finanças e especializações no IMD Business School e The Wharton School, o profissional soma mais de 20 anos de experiência no setor e passagens pela Monsanto e pelo banco BBA. É o patrocinador do BayAfro, grupo que trata de temas de afinidade étnico-raciais e é responsável por desenvolver e discutir políticas de inclusão e diversidade dentro da companhia em todos os níveis hierárquicos. Além disso, possui experiência de trabalho nos EUA e México. Nesta entrevista, Mauricio fala sobre o novo desafio para sua carreira, suas responsabilidades como líder e o futuro do agronegócio nacional e internacional.

Por Bruna Deitos

14 SETOR AGRO&NEGÓCIOS | NOVEMBRO 2021

extraí muito aprendizado e suporte também. Outro ponto importante é o empoderamento das pessoas. E isso vem sempre por meio de uma boa estruturação, resultando também em desenvolvimento para as nossas pessoas. Poderia nos falar sobre sua formação educacional e experiência de carreira até chegar aqui? Sou formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica de Engenharia da USP, possuo MBA em Finanças pelo IBMEC, pós-graduação em Controladoria pela Fundação Getúlio Vargas e extensões no exterior pela Wharton School e Washington University. No exterior, tenho passagens pelos Estados Unidos e México. São mais de 20 anos de experiência, especialmente no agronegócio, gerenciamento de riscos e liderança de grandes grupos em diversas regiões. Anteriormente à Bayer, trabalhei para o Banco BBA e tive uma extensa carreira na Monsanto. Sempre que sou questionado sobre a minha carreira faço questão de ressaltar o papel dos meus pais na minha educação e do privilégio de ter a oportunidade de estudar em boas escolas, o que garantiu uma boa base para construir

FOTO: DIVULGAÇÃO BAYER

Você trabalha na empresa desde 1999 e passou da vice-presidência de Finanças na área de Crop Science da Bayer na América Latina para assumir a liderança da operação na região. Como enxerga o plano de sucessão da empresa? Os processos de desenvolvimento e formação de líderes e de sucessão na Bayer são bastante estruturados e estão em curso há muitos anos. Neles nos apoiamos muito para propor e implementar movimentações como as que tivemos recentemente, de mudanças na liderança de operações global e aqui na América Latina. Nesse processo levamos em conta, além do potencial identificado nos profissionais, as ambições e possibilidades que eles também verbalizam. E isso nos traz muitas possibilidades interessantes e, até um tempo atrás, não consideradas. Para mim, pessoalmente, as mentorias também contribuíram muito para o desenvolvimento na carreira, e ter tido pessoas na empresa com esse papel foi essencial para que eu considerasse um movimento não tão óbvio na minha carreira. Eu tive o privilégio de ter alguns mentores globais nos últimos anos e dessas conversas


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