1 Introdução O que queremos apresentar para vocês teve início muito anos atrás e podemos dizer que é fruto de uma longa vivência dentro de uma sala de musculação e de um constante aprimoramento, que vem ocorrendo através de uma permanente atualização teórica, do envolvimento direto com pesquisa experimental, da cooperação com instituições estrangeiras e do contato mantido com estudantes e profissionais em diferentes cursos que temos ministrado. Sendo assim, este material que você está recebendo já apresenta modificações em relação às outras versões (Lima & Chagas, 1996; Chagas & Lima, 2004; Chagas & Lima, 2008; Chagas & Lima, 2011) em função deste processo dinâmico que é o desenvolvimento do conhecimento.
O profissional de Educação Física e o treinamento na musculação Através de uma analogia mostraremos nossa perspectiva em relação à atuação profissional na prescrição do treinamento na musculação. Uma conduta médica de substituição do medicamento Neosaldina® pelo Tylenol® não será devidamente justificada com a seguinte explicação: “a mudança foi feita porque o primeiro contém Dipirona e o outro, Paracetamol.” Isto não é uma justificativa, mas somente uma descrição. O paciente também não gostaria de saber (e nenhum de nós gostaria), que o médico estaria agindo por repetição de procedimentos independentemente da situação, ou seja, sempre prescrevendo primeiro o medicamento “x” e segundo o medicamento “y”. Da mesma forma, para a prescrição do treinamento na musculação, a substituição do exercício crucifixo pelo supino com barra não será satisfatoriamente justificada pela seguinte resposta: “a mudança foi feita porque o primeiro é monoarticular e o outro é biarticular.” Novamente trata-se de uma descrição, mas não de uma justificativa, ou seja, tentase explicar o procedimento apenas descrevendo uma característica isolada dos exercícios. Desta forma, pensamos que não devemos prescrever treinamentos baseados somente em repetição de Introdução
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