MUSCULAÇÃO - Variáveis Estruturais

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um fator de influência importante para a análise da atividade eletromiográfica (Welsch, Bird & Mayhew; 2005; Lehman, 2005) e da força muscular produzida (Barnett, Kippers & Turner, 1995). Além disto, a amplitude do movimento na ação excêntrica está relacionada com a magnitude do alongamento da musculatura e pode influenciar na produção de força no ciclo de alongamento-encurtamento (Cronin, McNair & Marshall, 2002). Da mesma forma, a resistência externa aplicada pelo peso resultará em diferentes torques de resistência de acordo com a amplitude de movimento. A realização de um exercício em uma ADM que não se aproxime daquela onde ocorre o maior braço de resistência pode permitir a utilização de um peso maior. Tal procedimento deve ser analisado considerando se esta ADM foi prescrita ou somente foi reduzida como consequência de um peso excessivo no exercício. Um exemplo comum para esta situação é o agachamento. Indivíduos, que realizam treinamentos de alta intensidade, costumam reduzir a ADM, procedimento este que possibilita por sua vez a utilização de pesos maiores, uma vez que a amplitude de movimento reduzida não permitirá que o peso seja deslocado à posição de maior torque de resistência. Como pode ser visto, caso a amplitude de movimento seja aumentada, o peso será reduzido, configurando-se então uma carga de treinamento diferenciada. Movimentos acessórios

Os movimentos de outros segmentos não relacionados obrigatoriamente com o objetivo da execução serão denominados de acessórios. Podem apresentar interferência para facilitar ou dificultar o deslocamento do peso com consequências para o objetivo previsto. Estes movimentos se manifestarão em diversos eixos e planos através de ações cinesiologicamente descritas: flexão, extensão, adução, abdução, etc. Podem acontecer, por exemplo, no auxílio do membro contralateral na execução de um exercício para o músculo bíceps (rosca concentrada) ou através de movimentos balísticos no exercício rosca direta com barra, por exemplo. A utilização destes movimentos poderá tornar possível a realização de determinadas cargas de treinamento, sendo que muitas vezes são responsáveis pelo aumento da intensidade. Deve-se estar atento para que o aumento da intensidade não esteja dependente da utilização de movimentos acessórios e que os movimentos acessórios

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MUSCULAÇÃO: Variáveis Estruturais - Programas de Treinamento


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8. Referências bibliográficas

16min
pages 109-120

Anexos

6min
pages 121-133

Prescrição do treinamento de força na musculação

13min
pages 98-108

Progressões do treinamento: considerações gerais

9min
pages 75-85

Resistência de força

4min
pages 95-97

A divisão do treinamento em dois ou mais programas

3min
pages 72-74

Força rápida

3min
pages 90-92

5. O processo de elaboração de programas de treinamento

6min
pages 60-65

Seleção e ordem dos exercícios

6min
pages 67-71

6. Programas de treinamento

1min
page 66

Auxílio externo ao executante

4min
pages 55-59

Ação muscular

3min
pages 48-49

Posição dos segmentos corporais

2min
pages 50-51

Duração da repetição

7min
pages 43-47

Número de sessões

1min
page 41

Regulagem do equipamento

1min
page 54

Pausa

1min
page 42

Movimentos acessórios

1min
page 53

Número de repetições, séries, exercícios

5min
pages 37-40

4. Variáveis estruturais

7min
pages 30-34

Frequência

1min
page 29

Densidade

1min
page 28

2. A musculação e as Ciências do Esporte

3min
pages 18-21

Duração

2min
pages 26-27

Peso

2min
pages 35-36

1. Introdução

9min
pages 10-17

Intensidade

4min
pages 23-25
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