Actualidade Economia Ibérica - nº 291

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Casas antigas cada vez mais procuradas por investidores imobiliários

O

segmento premium de reabilitação de casas tem sido um dos nichos mais explorados durante os últimos anos e, de acordo com dados da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, constantes no mais recente barómetro de reabilitação urbana, este nicho registou em junho uma taxa de crescimento homólogo de 7,2%. A Engel & Völkers, multinacional

alemã especializada na mediação de imóveis de luxo, também tem verificado no último ano uma crescente procura por propriedades reabilitadas. “A preservação da história, valorizada por muitos investidores premium, parece ser um dos fatores que levam a adquirir esta tipologia de casas”, refere a mediadora. Atualmente, em Portugal, a Engel & Volkers apresenta algumas propriedades repletas de história e disponíveis para processos de restauração, como seja um apartamento do século XVIII no coração do Chiado, um dos bairros mais emblemáticos e tradicionais da cidade de Lisboa. Aqui figura um apartamento do século XVIII, avaliado em 3,95 milhões de euros. O imóvel destaca-se pela sua grandiosidade

e características arquitetónicas, no qual se mantêm todos os elementos originais, com evidência para os murais de azulejos que revestem as paredes dos corredores, quartos e salas. A habitação conta com 12 assoalhadas, salões nobres, uma capela privada e um terraço com 105 metros quadrados, sendo decorada com grandes frescos nos tetos. Este apartamento tem aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa um projeto de remodelação e modernização, mantendo a beleza e charme original. De destacar neste portefólio, ainda, um palacete com 17 quartos, na zona de Campo de Ourique (na foto). Datado do século XVII, o imóvel conta com 500 metros quadrados, divididos por três pisos, e um terreno de mil metros quadrados. Todas as divisões estão decoradas com artigos da época. Está avaliada em 2,999 milhões de euros. 

Mercado de escritórios de Lisboa mostra sinais de alguma recuperação em julho E ntre janeiro e julho de 2021, o mercado de escritórios de Lisboa contabilizou um volume de absorção total de 68.700 metros quadrados, menos 19% face ao mesmo período de 2020 e 45% abaixo do volume alcançado nos primeiros sete meses 2019, na fase pré-pandemia, de acordo com a mais recente análise da consultora imobiliária Savills. No entanto, a consultora mostra-se otimista. “A recuperação no segundo semestre parece cada vez mais evidente. Ainda que o mercado esteja a sofrer as ‘mazelas’ do confinamento vivido nos últimos meses, o apetite das empresas por Lisboa mantém-se visível, principalmente no setor das tecnologias e informática. É também curioso observar as novas tendências que a pandemia trouxe aos espaços de trabalho. Com as

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SETEMBRO DE 2021

zonas centrais a apresentarem taxas de disponibilidade cada vez mais residuais, a procura de localizações secundárias e espaços de trabalho mais alternativos vieram diversificar o perfil de procura”, constata Ana Redondo, associate director do Departamento de Office Agency da Savills Portugal. No decurso do primeiro semestre de 2021, a Zona 5 (Parque das Nações) observou o maior volume de absorção, com aproximadamente 21 mil metros quadrados. No entanto, contabilizando apenas o mês de julho, a zona com maior volume de absorção foi a zona 7 (Outras zonas), onde se destaca a operação da Bi4ALL, que foi responsável por sete mil metros quadrados. Nos primeiros sete meses do ano, foram fechadas 67 operações, mais 10 do que

no período compreendido entre janeiro e julho de 2020. A zona que apresentou o maior número de transações foi a zona 2 (CBD), com 19 transações e uma área média contratada de 512 metros quadrados. Relativamente aos setores de atividade mais dinâmicos, o setor das TMT & utilities continua a exercer um peso significativo (47%) no volume total de absorção do mercado de escritórios de Lisboa, confirmando a atratividade da capital portuguesa para a instalação de empresas do setor das tecnologias de informação e comunicação. Nos sete primeiros meses do ano, das 67 operações fechadas, o maior volume de absorção observou-se no intervalo de áreas dos 1.501 aos três mil metros quadrados, totalizando cerca de 17.500 metros quadrados. 


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