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“100 Experiências Inesquecíveis em Portugal”
Joke Langens nasceu na Bélgica e vive em Portugal desde 2013, dedicando agora ao país um livro de histórias que convidam à viagem e à descoberta. “100 Experiências Inesquecíveis em Portugal” é o primeiro livro da coleção The Road Less Travel e está organizado em sete capítulos regionais: “Baseia-se em estórias e histórias, pessoas e animais, cheiros e sons. Não há ordem cronológica nas cem experiências aqui sugeridas porque a geografia assume o protagonismo, desde o Norte montanhoso até ao Sul inundado de sol. Interior e litoral. Cidade e campo. E também não há conteúdos patrocinados, apenas sugestões genuínas.” A autora alerta que “este não é um guia de viagens, nem pretende sê-lo”, no entanto é possível que o leitor seja tentado a percorrer os caminhos descritos no livro, a descobrir as tradições de cada região e a experimentar os restaurantes sugeridos pela autora: “as estradas menos conhecidas, as quedas d’agua pouco frequentadas”, as praias fluviais, as serras, as feiras e mercados... A ideia para a coleção de guias The Road Less Travelled surgiu a Dirk Timmerman e Joke Langens quando viajar para o estrangeiro deixou, de repente, em 2020, com a pandemia, de ser tão frequente: “Nada como transformar uma limitação numa oportunidade de (re)descobrir o que temos dentro do próprio país. Estes guias destinam-se não apenas a quem vem de fora e quer ter experiências diferentes das proporcionadas pelo turismo de massas, mas também aos portugueses, mesmo aqueles que já palmilharam milhares de quilómetros em terras lusas.” Joke Langens vive em Lisboa e trabalha como guia--intérprete. Dirk Timmerman trabalha na indústria da música, em merchandising, licenciamento e promoção de artistas nacionais e internacionais. Em 2018 publicou o seu primeiro livro sobre turismo alternativo em Malta.
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setembro de 2021
Exposições
A arte milenar do esmalte no Museu Nacional Soares dos Reis O mais antigo museu público de arte do país, fundado em 1833, com a designação de Museu Portuense, exibe a exposição “Azul e Ouro - Esmaltes em Portugal da Época Medieval à Época Moderna”. Uma oportunidade para conhecer esta arte do fogo milenar de aplicação de esmalte sobre metais e a sua evolução entre os séculos XII e XIX. As peças expostas foram produzidas sobretudo nas prestigiadas oficinas da região de Limoges. Trata-se da primeira exposição em Portugal dedicada exclusivamente ao esmalte artístico, de onde se destaca “uma série de 26 placas de esmalte pintado no século XVI, peça fundadora do MNSR e proveniente do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, e o tríptico da Paixão de Cristo do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora, tesouro nacional e uma das peças com maior reconhecimento internacional, e dois cofres da Sé de Viseu, peças do século XII, que foram roubadas em 1980 e encontradas mais tarde em Milão. Esta técnica de ornamentação era muito usada em peças religiosas e em ourivesaria. São conhecidas duas fases: a primeira, de esmalte ‘champlevé’, produzido em Limoges, entre os séculos XII e XIV, protagonizou um extraordinário fenómeno de difusão à escala europeia; a segunda fase corresponde ao esmalte pintado. Há também uma secção dedicada aos revivalismos, às réplicas e à contrafação, muito em voga por toda a Europa, ao longo dos seculos XIX e XX, encantando e ludibriando o olhar dos conservadores de museus e colecionadores privados na Europa e nos Estados Unidos da América. Até 31 de outubro, no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto
“Inquietações” de Graça Morais Há uma sala do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, forrada a jornais que contam como têm sido os dias da pandemia. Esta sala integra a exposição “Inquietações” da pintora que deu nome a este espaço cultural, e contará com várias intervenções da artista até ao enceramento da mostra, no dia 23 de janeiro de 2022. Esta será uma obra em permanente construção, mas a mostra exibe quadros e desenhos da pintora feitos durante o período de confinamento a que a pandemia nos obrigou. Graça Morais projetou na arte o que foi sentindo, como explica o comunicado sobre a mostra: “Como um estado emocional resultante da consciência de ameaça física ou psicológica, seja ela real, hipotética ou imaginária, o medo tem sido um tópico abordado por Graça Morais em diversos momentos da sua produção artística. Os trabalhos mais recentes prosseguem a exploração deste tema, assumindo como ponto de partida vários acontecimentos internacionais, como a trágica morte de George Floyd, episódio que reacendeu o historial da violência policial contra os negros americanos; o crescente drama dos refugiados e dos migrantes que tentam chegar às fronteiras da Europa ou dos EUA, na expectativa de uma vida melhor, ou ainda as incertezas das causas e consequências de uma pandemia vivida à escala mundial. A estes dramas externos associam-se outras inquietações, mais pessoais e até íntimas.” Nestas obras há protagonistas da atualidade, mas também personagens