CINDACTA I
Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
45 anos trabalhando em proveito da segurança e soberania do Espaço Aéreo Brasileiro
CINDACTA I
Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
45 anos trabalhando em proveito da segurança e soberania do Espaço Aéreo Brasileiro
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CINDACTA I
Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
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CINDACTA I Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
Expediente Revista comemorativa dos 45 anos do CINDACTA I Produzida pela Assessoria de Comunicação Social do DECEA ASCOM/DECEA Diretor-Geral do DECEA Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini Assessor de Comunicação Social: Coronel Aviador Reformado Paullo Esteves Chefe da Seção de Comunicação Social do CINDACTA I e Revisão: Capitão CTA Luiz Carlos da Silva Carvalho Jornalista Responsável e Revisão: Denise Fontes (RJ 25254 JP) Projeto Gráfico: Aline da Silva Prete (MTB 38334 RJ) Fotografias: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930 RF) Fábio Maciel (RJ 33110 RF) Contatos: www.decea.mil.br - www.decea.intraer contato@decea.mil.br Endereço: Av. General Justo, 160 – Centro Rio de Janeiro – RJ Editado em outubro de 2021 Impressão: Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ)
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Editorial CINDACTA I - Uma história inovadora marcada pelo crescimento e modernização a serviço do País
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Palavras do Diretor-Geral do DECEA CINDACTA I - 45 anos marcados por uma trajetória de grandes conquistas
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CINDACTA I - Pioneirismo e integração na defesa e no controle do espaço aéreo brasileiro
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SIPACEA - Investigar e Prevenir
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Divisão de Administração - Gestão multidisciplinar focada na excelência dos resultados
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Seção de Engenharia - Atenções voltadas ao efetivo
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Divisão de Operações – A defesa dos céus e o fluxo seguro do tráfego no espaço aéreo do Centro-Oeste Brasileiro
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AGA - Segurança das Operações Aéreas
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Centro de Tratamento de Mensagens Aeronáuticas de Brasília 45 anos garantindo a fluidez de mensagens aeronáuticas no SISCEAB
31
45 anos do Primeiro Centro de Operações Militares
36
ACC-BS - Uma história de grandes evoluções a serviço do País
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Setorização Vertical - Um conceito pioneiro no espaço aéreo brasileiro
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Unmanned Aircraft System (UAS) - Uma realidade no CINDACTA I
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Novas tecnologias e modernos procedimentos marcam a evolução da navegação aérea no País
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Controle de Aproximação de Brasília - Uma trajetória de constante modernização a serviço da navegação aérea
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Busca e Salvamento - Para que outros possam viver!
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Os desafios do BRMCC como maior estrutura para captação de balizas de emergência do hemisfério sul
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Divisão Técnica - Cuidando da qualidade, precisão e perfeito funcionamento dos equipamentos
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Auxílios à Navegação Aérea
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Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo - O suporte fundamental
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Galeria dos Ex-Comandantes
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EDITORIAL
CINDACTA I
Uma história inovadora marcada pelo crescimento e modernização a serviço do País Chegamos a mais um marco em nossa história. Completamos, no dia 22 de outubro de 2021, 45 anos de existência, em uma trajetória de grandes conquistas e realizações. Criado a partir de uma ideia revolucionária e desafiadora, a concepção de união entre as tarefas de Controle do Tráfego Aéreo e Defesa Aérea, utilizando a mesma cadeia de infraestrutura, num único e complexo sistema de gerenciamento, mostrou-se extremamente eficiente e eficaz, levando nosso País a uma posição de destaque no cenário aeronáutico mundial. O pioneirismo do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) é uma das mais marcantes características de nossa organização. Possuímos um papel de destaque no âmbito na-
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cional e internacional e recebemos em nossas instalações, ao longo dos anos, um número expressivo de visitas de todas as partes do mundo, interessados em conhecer este Centro que une o Controle do Espaço Aéreo e a Defesa Aérea do nosso território. Diante do complexo cenário que o mundo enfrenta na luta contra a pandemia da COVID-19, foram muitos os desafios e, apesar de tudo, o CINDACTA I não deixou de cumprir sua missão. Tivemos grandes conquistas e avanços alcançados com o trabalho e dedicação incessante de nossos integrantes, distribuídos na Sede e por oito Estados, em 20 Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo. Dentre os vários projetos realizados nos últimos anos,
podemos
destacar
a
implementação
da
Setorização Vertical na FIR Brasília, possibilitando uma grande ampliação da capacidade de absorver
a demanda do tráfego aéreo, além do início das operações paralelas simultâneas de pouso e decolagem, no aeroporto Juscelino Kubitschek. Concluímos, ainda, a implantação da nova versão do Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios Operacionais (SAGITARIO) e substituição das consoles operacionais, a ampliação da capacidade de atendimento do Sistema de Tratamento de Mensagens ATS (AMHS), além da modernização das instalações e de diversos equipamentos, destacando-se a nova KF da Sede. O apoio ao homem foi foco de diversas ações e investimentos, principalmente, pela presença maior nos Destacamentos, por meio do Serviço Social e Médico, além de recuperação das instalações administrativas, técnicas e operacionais. A Seção de Engenharia atuou na recuperação da estrutura básica, como fornecimento de água e energia, além dos Próprios Nacionais Residenciais (PNR) que atendem ao efetivo destacado. Todos esses investimentos continuarão pelos próximos anos, como parte de um grande projeto iniciado em 2019. Esses projetos, dentre tantos outros conduzidos pelo CINDACTA I, foram possíveis graças à determinação, profissionalismo e integração de nossos militares e civis. Portanto, renovo aqui meus agradecimentos a cada um de nos-
Moeda Comemorativa aos 45 anos do CINDACTA I
sos integrantes de nossa Organização, pelo sucesso dessas conquistas e pelo empenho para fazer frente aos desafios apresentados ao longo dos anos. Agradeço ao DECEA por todo o apoio despendido, que nos proporciona o suporte necessário para o cumprimento de nossa missão. É uma honra poder comandar essa importante e estratégica Organização. Tudo isso somente é possível com o apoio, a dedicação e o comprometimento dos meus comandados, na busca pela excelência dos serviços prestados pelas áreas operacional, técnica e administrativa. Muito me orgulha estar, com os Senhores e Senhoras, à frente desta missão. Nesta edição especial em comemoração aos 45 anos do CINDACTA I, os leitores poderão conhecer mais profundamente nosso trabalho e constatar um ciclo de crescimento e modernização que nunca deixou de existir, desde a sua ativação em 22 de outubro de 1976. Tenham uma boa leitura! Coronel Aviador Luiz Felipe Thomaz Gomes Araujo Comandante Interino do CINDACTA I CINDACTA I • 45 ANOS
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PALAVRAS DO DGCEA
CINDACTA I
45 anos marcados por uma trajetória de grandes conquistas
Inovação e pioneirismo definem a criação do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, sediado em Brasília. É com grande satisfação que saúdo os 45 anos de existência desta Organização pelos excelentes serviços prestados. Nascido de uma ideia inovadora, o CINDACTA I é a concretização de uma grande conquista, ao integrar em uma mesma rede de radares duas atividades fundamentais para o Brasil: a Defesa Aérea e o Controle de Tráfego Aéreo. Nesse contexto, é importante exaltar os 45 anos de sua ativação, que exerce um papel fundamental na vigilância e no controle da circulação aérea de
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uma região altamente estratégica para nosso País. Gerenciar e executar estas duas nobres missões marcam o pioneirismo deste Regional que serviu de modelo para a criação de outros três centros integrados, sediados nas cidades de Curitiba, Recife e Manaus. É com orgulho que destaco sua missão ininterrupta, uma vez que se trata do maior volume de tráfego aéreo do Brasil. Sua estrutura abrange 1,5 milhão de quilômetros quadrados, além de ser a região de informação de voo mais movimentada do País. O CINDACTA I atingiu, ao longo desses anos, um papel de destaque no cenário da aviação mundial, graças ao empenho e a dedicação de homens e mulheres, militares e civis, que compõem o seu efetivo.
Com profissionalismo, integridade e comprometimento apresentam à Força Aérea Brasileira e ao País uma contribuição primordial. Presto meu reconhecimento a todos os integrantes desta importante Organização pelas realizações no decorrer desse período e meu incentivo para que continuem exercendo um trabalho contínuo e de qualidade. Diante de uma trajetória de grandes conquistas, parabenizo o CINDACTA I pelos seus 45 anos de criação, bem como por sua vital importância para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro e para a sociedade que utiliza o Serviço de Navegação Aérea de nosso País. A todos que fazem parte dessa história, parabéns! Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini Diretor-Geral do DECEA
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CINDACTA I
Pioneirismo e integração na defesa e no controle do espaço aéreo brasileiro Dan Marshal Freitas - Coronel Aviador Subcomandante do CINDACTA I
Em 1946, no pós-guerra, o então Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, assinou o Decreto-Lei nº 9.888, que tratava sobre a organização do Ministério da Aeronáutica. Em seu primeiro artigo, o Ministério da Aeronáutica era incumbido de todos os assuntos referentes à Aeronáutica Militar e Civil, dentre eles: organizar, aparelhar e adestrar a Força Aérea Brasileira; orientar, desenvolver e coordenar a Aeronáutica Civil e Comercial. Em seu artigo 11, ficou decretado que, dentre as Diretorias-Gerais que fariam parte da Alta Administração da Aeronáutica, estaria a Diretoria de Rotas Aéreas (DR), que teria a incumbência de organizar a operação das aerovias nacionais, além dos serviços de comunicações aeronáuticas, de meteorologia, proteção ao voo e de aeroportos. Nascia, assim, o aspecto dual, civil-militar, legado ao Comando da Aeronáutica. Na década de 1960, houve um incremento significativo do número de voos no País, todavia não se dispunha de co10 CINDACTA I • 45 ANOS
bertura radar. Os voos eram controlados de forma
desconhecidas e este fato gerou preocupações, uma
convencional, por meio de comunicação-rádio entre
vez que estava muito longe de seu país e que só fora
pilotos e controladores, não possibilitando conhecer
descoberta por ter caído com pane seca.
todas as aeronaves que trafegavam por determinada porção do espaço aéreo. Em virtude desse cenário, o Ministério da Aeronáutica iniciou, em 1968, diversos estudos no intuito de modernizar o Sistema de Proteção ao Voo, além de implantar um Sistema de Defesa Aérea mais eficaz. A solução selecionada foi integrar o Sistema de Controle de Tráfego Aéreo ao de Defesa Aérea. Com isso, haveria otimização dos recursos humanos, material, técnicos, operacionais e administrativos, além de significativa redução dos custos. Assim, em 11 de maio de 1972, o então Ministro da Aeronáutica, Joelmir Campos de Araripe Macedo, aprovou a implantação do Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA). No mês seguinte, uma aeronave Camberra da Força Aérea Peruana caiu próximo da cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Esta aeronave não possuía plano de voo nem tão pouco autorização para adentrar em nosso espaço aéreo. As razões pelas quais estaria voando naquela região eram também
Pouco mais de um ano, em 14 de novembro de 1973, ocorreria a criação do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), sediado em Brasília, além dos Destacamentos de Proteção ao Voo, Detecção e Telecomunicações (DPV-DT), localizados em São Roque (SP), Petrópolis (RJ), Caeté (MG), Três Marias (MG) e Gama (DF). A ativação do CINDACTA I ocorreu em 30 de abril de 1974, e a dos Destacamentos, em 2 de maio de 1975. No dia 21 de julho de 1975, ocorreu a inauguração oficial do Primeiro Centro de Operações Militares (COpM-1), com a presença do então Presidente da República, Ernesto Geisel, já contando com a operação das aeronaves de caça Mirage III que começaram a ser incorporadas à FAB no ano de 1972. Às 21h do dia 22 de outubro de 1976, o Centro de Controle de Área de Brasília (ACC-BS) assumiu a responsabilidade de controlar o espaço aéreo compreendido entre as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Esta data marcou a entrada em operação do CINDACTA I, sendo considerada como a data de criação deste Centro. A inauguração do CINDACTA I foi um ponto de inflexão na trajetória do controle do espaço aéreo brasileiro. A partir daí, exerceu-se uma real capacidade de controle de tráfego aéreo, bem como de expressão de poder para assegurar a soberania do espaço aéreo brasileiro. Foi uma luz que se acendeu, um brilho, possibilitando o incremento substancial da segurança de voo, por meio da implementação do
CINDACTA I • 45 ANOS 11
tratamento dos planos de voo de forma integrada, a
Unido encontravam-se em guerra, disputando a
correlação desses planos com as aeronaves visua-
posse das Ilhas Falklands / Malvinas. A intenção
lizadas pelos radares, bem como a possibilidade de
da aeronave era desconhecida e o Brasil havia de-
interagir e coordenar com a Defesa Aérea tais infor-
clarado neutralidade no conflito. Todavia, havia um
mações, facilitando a identificação das aeronaves
pedido de socorro a ser averiguado.
conhecidas e, por conseguinte, classificando as desconhecidas.
Assim sendo, ao entrar na área de cobertura radar do DPV-DT do Pico do Couto, em Petrópolis,
Ideia inovadora e bem-sucedida, permanece até
as consoles do CINDACTA I puderam apresentar
hoje, tendo sido expandida, aprimorada e adotada
o código Transponder 7700 acionado pelo
como padrão para a criação de outros três Centros:
Vulcan, indicativo de emergência. Prontamente,
Curitiba, Recife e Manaus. Incidentes como o do
o COpM-1 acionou duas aeronaves F-5 da Base
Camberra de 1972, deixaram de acontecer. No dia
Aérea de Santa Cruz para decolar e interceptar
9 de abril de 1982, às 22h15, o COpM-1 recebeu uma
a aeronave britânica. Foram instruídas para
mensagem telegráfica do Ministro da Aeronáutica,
acionar seus pós-combustores, subindo o mais
informando que o Governo Brasileiro havia negado
rápido possível para o nível 400. Tais decolagens
autorização de sobrevoo para uma aeronave cubana
não passaram desapercebidas pelos cariocas,
Ilyushin 62, voando de Paramaribo para Ezeiza. À
pois estes ouviram o boom sônico, ocasionado
época, o Brasil não mantinha relações diplomáticas
pela quebra da barreira do som perto do litoral.
com Cuba. Assim, o COpM-1 acionou dois Mirage da
Não havia tempo a perder, pois se tratava de
Base Aérea de Anápolis para interceptar o Ilyushin,
uma aeronave militar estrangeira armada de
às 00h25, obrigando a aeronave a pousar em Brasí-
intenções desconhecidas.
lia para prestar esclarecimentos. Estava realizada a primeira interceptação real conduzida pelo COpM-1.
Com a aproximação do Vulcan, foi possível o contato rádio e sua visualização, oportunidade
Naquele mesmo ano, no dia 3 de junho de 1982,
em que foi alegada pane no reabastecimento em
por volta das 10h26, foi detectada, pelo COpM-1, uma
voo e necessidade de pouso imediato em virtude
aeronave próximo da costa brasileira, com proa da
da falta de combustível. Assim, os F-5 brasileiros
cidade do Rio de Janeiro, que emitia uma mensa-
acompanharam a aproximação final do Vulcan para
gem de socorro: ASCOT 2357 MAYDAY MAYDAY
pouso no aeroporto internacional do Galeão, no Rio
MAYDAY. Era uma aeronave bombardeiro Vulcan
de Janeiro.
da Real Força Aérea Inglesa (Royal Air Force – RAF). Ressalta-se que naquela época, Argentina e Reino
12 CINDACTA I • 45 ANOS
Recordo-me com clareza do ano de 1982, por dois motivos principais: a incrível Copa do Mundo
de Futebol e a Guerra das Malvinas. Aquela situação de conflito bélico gerou apreensão em muitos brasileiros em virtude da proximidade com o nosso País. Anos mais tarde, eu viria a saber que o chefe controlador que conduziu a interceptação do Vulcan havia sido o meu pai, à época Tenente CTA Ademir. Ele havia chegado ao CINDACTA I no início de 1979, tendo escolhido atuar na Defesa Aérea, recebendo, após a sua formação, o Construção da sede do CINDACTA I
código LINCE 46. Trabalhou vários anos como chefe da Seção de Instrução do COpM-1, responsável pela formação dos chefes controladores e controladores de operações militares. Apesar da pouca idade na época, lembro-me de visitar o CINDACTA I quando criança e, de certa forma, sinto saudades daquele tempo. Hoje, é a minha vez de contribuir com o contínuo aprimoramento deste valoroso projeto de extremo sucesso que possibilitou um elevado incremento na segurança de voo em nosso País. Diante dessa história de pioneirismo,
Sede do CINDACTA I - década de 70
vanguarda tecnológica e inovação, sintome extremamente honrado por exercer, atualmente, a função de Subcomandante deste Centro. Milhares de abnegados profissionais por aqui passaram nestes 45 anos. Homens e mulheres, civis e militares, contribuíram de forma indelével para que um sonho se tornasse realidade, para que o Brasil pudesse atingir o patamar de excelência no controle de tráfego aéreo, bem como na manutenção da soberania de seu espaço aéreo. Parabéns, CINDACTA I, pelos 45 anos de sua criação!
Vista Aérea do CINDACTA I - década de 70
Parabéns, DECEA! PARABÉNS, Força Aérea Brasileira! CINDACTA I • 45 ANOS 13
SIPACEA - Investigar e Prevenir Foco na melhoria contínua da segurança operacional Antonio Cicero Cachuté - Coronel R1 Aviador Chefe da SIPACEA-1
14 CINDACTA I • 45 ANOS
A Seção de Investigação e
atividades de prevenção de gran-
comunicações, um evento real é
Prevenção de Acidentes e Inci-
de relevância no dia a dia dos
reconstituído utilizando-se recur-
dentes do Controle do Espaço
órgãos operacionais, resultando
sos de informática, que permitem
Aéreo (SIPACEA) vem, ao longo
em uma mudança de atitude do
reproduzir de maneira resumida
dos anos, atuando diligentemen-
efetivo, especialmente dos con-
e objetiva o cenário operacional,
te no cumprimento de suas atri-
troladores de tráfego aéreo, que
para identificar as ações alterna-
buições regimentais, haja vista
constituem o público-alvo pri-
tivas que resultam em maior qua-
que a segurança é uma priorida-
mordial, ampliando seu compro-
lidade no serviço prestado.
de na Organização.
metimento com a qualidade do
A SIPACEA, além do assessora-
serviço prestado.
Essa exitosa experiência tem facilitado a assimilação dos en-
mento direto ao comandante, parti-
Em complemento, outras ativi-
sinamentos extraídos da situa-
cipa ativamente da rotina operacio-
dades são desenvolvidas e novas
ção e o compartilhamento das
nal da Sede e dos Destacamentos de
ferramentas são aplicadas, como
melhores práticas de prevenção
Controle do Espaço Aéreo (DTCEA)
a ANIMACEA. Trata-se de uma
entre os controladores de tráfego
subordinados, buscando o estabe-
apresentação ao efetivo operacio-
aéreo, visando evitar novas ocor-
lecimento de práticas que resultem
nal da reconstituição de eventos
rências.
em maior eficácia dos processos
nos quais foram verificadas in-
rotineiros à proteção ao voo, como
conveniências na prestação dos
a aplicação do Programa Anual de
Serviços de Tráfego Aéreo. Valen-
Promoção da Segurança.
do-se de revisualização das ima-
Trata-se de um conjunto de
gens radar e da transcrição das
No
curso
natural
do
aperfeiçoamento dos processos, foi implementado o Sistema de Gerenciamento Operacional
da
(SMS),
Segurança processo
CINDACTA I • 45 ANOS 15
que busca mitigar os riscos
do-se um elemento indispensável
identificados
para a melhoria contínua da Se-
na
complexa
atividade de proteção ao voo. O desenvolvimento desse sistema, em sintonia com a atualização dos meios de apoio, foi desafiador, pois de
revelou
a
implementar
necessidade ações
que
induzissem a participação de todo o efetivo, gerando sinergia nas atividades de prevenção, particularmente entre as Divisões Técnica e de Operações. Dessa forma, constitui a missão primordial da SIPACEA promover o entendimento de que a prevenção é uma atividade contínua, ordenada e coletiva, na qual todos são responsáveis pela busca incessante em reduzir os riscos inerentes à atividade de controle de tráfego aéreo a níveis tão baixos quanto possível. A consolidação do SMS teve como consequência direta o amadurecimento da cultura de segurança operacional no efetivo. Neste sentido, merece destaque o apoio prestado pela Subseção de Fatores Humanos, que está presente na rotina dos órgãos operacionais. Recentemente teve participação ativa na implantação do Gerenciamento da Fadiga no Controle de Tráfego Aéreo, instrumento que vem reformulando a abordagem aplicada à análise da participação individual e coletiva nas atividades de prevenção, tornan-
16 CINDACTA I • 45 ANOS
gurança Operacional. Atuando de forma integrada e comprometida com as melhores práticas afetas à Segurança Operacional, a SIPACEA tem contribuído com o sucesso obtido pelo CINDACTA I no pleno cumprimento de sua missão.
Assessoria de Controle Interno do CINDACTA I
SIAT – Investimento em treinamento e capacitação
CINDACTA I • 45 ANOS 17
Divisão de Administração Gestão multidisciplinar focada na excelência dos resultados Humberto Dorneles Santa Maria - Tenente-Coronel Aviador Chefe da Divisão de Administração do CINDACTA I
A Divisão de Administração exerce ativida-
A Subdivisão de Recursos Humanos (ARH)
des contínuas e permanentes, focadas em sua
gerencia um efetivo próximo de dois mil inte-
missão, nos resultados operacionais e no apoio
grantes, entre militares e servidores civis. Atua
moral da tropa.
constantemente na busca da eficiência das ca-
Para se efetivar o emprego do Poder Aeroes-
pacidades pessoais, coordenando as necessida-
pacial, por meio da ação de Força Aérea de Vigi-
des de pessoal da Sede e dos Destacamentos de
lância e Controle do Espaço Aéreo, a Divisão de
Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) subordina-
Administração atua primariamente no seu pre-
dos.
paro, por meio do planejamento orçamentário,
A ARH possui um papel fundamental nos de-
manutenção dos serviços técnicos e gestão de
safios futuros, em razão das novas orientações
contratos.
sobre governança, notadamente em uma melhor
18 CINDACTA I • 45 ANOS
prestação de serviços e nas ade-
Grupamento de Apoio do Distrito
A Seção de Transporte foi res-
quações das quantidades de inte-
Federal (GAP-DF), produzem ex-
ponsável pelo gerenciamento da
grantes.
celentes resultados administrati-
frota de veículos do CINDACTA I
Em se tratando de efetivo, os
vos, comprovados pelas tempes-
e Destacamentos, realizando ges-
profissionais da Divisão de Admi-
tivas requisições de materiais e o
tões para a manutenção da alta
nistração proveem a infraestrutu-
excelente acompanhamento dos
disponibilidade desses recursos,
ra operacional por meio de obras,
pagamentos,
pautados
e, em consequência, colaborando
transporte, aquisições, controle e
pelos princípios da legalidade,
para a contínua pronta resposta
distribuição de material logístico,
impessoalidade, moralidade, pu-
às mais variadas situações.
assim como o suporte ao homem
blicidade e eficiência.
sempre
Cumpre mencionar a relevância
por meio do pagamento de pes-
Faz-se mister apontar os im-
soal, treinamento e hospedagem,
portantes trabalhos executados
Integrada (SAIN), composta pelas
garantindo o bem-estar e a prote-
pela Subdivisão de Infraestrutu-
Seções de Qualidade Integrada
ção social dos militares, servido-
ra, destacando-se as Seções de
(AAQI), de Segurança do Trabalho,
res e dependentes.
Engenharia (AEEN) e de Trans-
Saúde
porte (AETR).
Ambiente (AASM) e Serviço Social
Nessa senda, cabe registrar
da
Subdivisão
de
Ocupacional
Assistência
e
Meio
as atividades da Subdivisão de
A Seção de Engenharia teve
(AASS), cujas ações são permeadas
Intendência (INT), responsável,
um papel fundamental nas refor-
por uma gestão multidisciplinar
dentre outras tarefas, por planejar
mas prediais, tanto da Sede, Des-
focada na segurança, no trabalho,
as aquisições de produtos e servi-
tacamentos e, principalmente, nas
na saúde ocupacional e no meio
ços para o CINDACTA I.
vilas residências, proporcionando
ambiente, promovendo, assim a
As interações da INT com
excelentes condições de utiliza-
qualidade de vida no trabalho e a
todos os setores da Sede e Des-
ção por parte do efetivo e seus res-
formação de valores do efetivo do
tacamentos, bem como com o
pectivos dependentes.
CINDACTA I.
Ações de sustentabilidade do CINDACTA I
CINDACTA I • 45 ANOS 19
Seção de Licitações
Ações em prol da segurança do trabalho
20 CINDACTA I • 45 ANOS
Seção de Engenharia Atenções voltadas ao efetivo Karla Cristina Montes – Engenheira Civil Chefe da Seção de Engenharia
As atividades operacionais, técnicas e admi-
distintos, em grandes altitudes como em
nistrativas exigem infraestrutura com uma área
cumes de serras, regiões de chapadas e até de
edificada de mais de 135.000 m². São vilas habi-
mata fechada, resultando em dificuldades de
tacionais com casas e blocos de apartamentos
acessos às unidades, de ligação com os grandes
e, também, prédios administrativos, técnicos e
centros urbanos, elevadas variações climáticas
operacionais que abrigam as mais diversas ati-
e escassez de recursos hídricos e energéticos e
vidades que integram o Sistema de Controle do
consequentemente, expostos às intempéries de
Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
forma mais constante.
Nos 20 Destacamentos de Controle do Espaço
Muitas vezes distantes dos centros urbanos
Aéreo (DTCEA) localizados em oito unidades da
e em locais de grande altitude, encontram-se
Federação, por razões técnicas e operacionais,
edificações e acessos construídos na década
podem estar situadas em extremos geográficos
de 1970 e que, por restrições orçamentárias
CINDACTA I • 45 ANOS 21
Antes da reforma
ou por questões de priorização, ao longo das últimas décadas receberam apenas manutenções corretivas. Ao longo das décadas, com a evolução tecnológica dos equipamentos e sistemas, a implantação de modelos de gestão e o ingresso do Brasil do rol dos espaços aéreos mais seguros do mundo, as funções e significações dos espaços e edificações também evoluíram. As mudanças de layouts exigidas pelos novos modelos de departamentalização, as adequações às legislações de segurança do trabalho e ambientais e a necessidade de espaços para treinamentos e simulações são importantes razões para readequações e reformas dos espaços administrativos e operacionais. Trocas e instalações de pisos elevados, demolição e substituição de revestimentos e forros, modernização do sistema elétrico e de dados, manutenção e alteração de esquadrias, instalação de divisórias em drywall, adequação de iluminação e pinturas externas e internas são alguns dos serviços comuns de engenharia requeridos para este fim. Nos últimos anos, a administração do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o CINDACTA I vêm demandando uma gestão proativa e racional do seu patrimônio imobiliário, prevendo em seu planejamento a modernização dos sistemas pre-
22 CINDACTA I • 45 ANOS
diais com priorização dos modelos sustentáveis, a manutenção de
Após as obras de modernização
suas vias de acesso, a adequação do abastecimento de água potável e da geração e destinação de efluentes sanitários e, ainda, a adaptação e a otimização dos espaços existentes à atual realidade do SISCEAB. O Plano Setorial do DECEA prevê seis anos de investimentos maciços, com início em 2018, objetivando restaurar e adequar toda a funcionalidade das edificações que, conforme citado, não sofreram intervenções planejadas e sistêmicas desde que foram construídos há mais de 40 anos.
CINDACTA I • 45 ANOS 23
na saúde ocupacional e no meio ambiente, promovendo, assim a qualidade de vida no trabalho e a formação de valores do seu efetivo.
Divisão de Operações
A defesa dos céus e o fluxo seguro do tráfego no espaço aéreo do Centro-Oeste Brasileiro Anderson Belchior Zuchetto de Castro - Coronel Aviador Chefe da Divisão de Operações do CINDACTA I
Ao completar 45 anos de criação, o CINDACTA I
laridade dos voos e incrementando o já elevado
atingiu a maturidade operacional, fato observado
padrão de segurança operacional existente nos
no crescimento da quantidade de tráfegos aéreos
órgãos de controle de tráfego aéreo subordina-
controlados na sua área de responsabilidade, tendo
dos ao CINDACTA I.
evoluído nos últimos cinco anos de 512.429, em
Dentre esses projetos, destacam-se o da Se-
2016, para 514.951 aeronaves controladas, conforme
torização Vertical dos setores 14, 15 e 16 do Area
o anuário estatístico do Centro de Gerenciamento
Control Center Brasília (ACC-BS), pelo ineditismo
da Navegação Aérea (CGNA).
dessa iniciativa no âmbito do Sistema de Con-
Este crescimento é fruto da implementação
trole do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), e o
de projetos que visam operacionalizar o fluxo
da Terminal Manoeuvring Area São Paulo Neo
dos tráfegos que evoluem na Flight Information
(TMA-SP Neo), pela otimização da circulação
Region Brasília (FIR Brasília), mantendo a regu-
aérea no espaço aéreo mais complexo do País,
24 CINDACTA I • 45 ANOS
o qual abrange os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Campinas e São José dos Campos, gerando economia, aumento da capacidade de controle, redução na carga de trabalho dos controladores de tráfego aéreo e diminuição dos atrasos dos voos. Naturalmente,
estas
demandas
requisitaram um robustecimento do sistema que garante a tramitação de todas as mensagens empregadas nas diversas atividades relacionadas ao controle de tráfego aéreo e, por isso, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) priorizou a modernização do Aeronautical Handling Message
System (AMHS), permitindo que mais de 150 milhões de mensagens trafeguem, anualmente, por este sistema. Ademais, primando pelo cumprimento da Missão da Aeronáutica, a qual é definida na Diretriz do Comando da Aeronáutica (DCA) 11-45: “Manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da pátria”, o CINDACTA I esteve engajado no redimensionamento da TMA Anápolis e na formação e elevação operacional dos militares que compõem o efetivo do Primeiro Centro de Operações Militares (COpM-1), visando o recebimento, pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), do mais novo vetor de defesa aérea da Força Aérea Brasileira: o caça F-39 Gripen. Desta forma, no momento em que o CINDACTA I comemora os seus 45 anos de história, a Divisão de Operações participa ativamente no cumprimento das ações de Defender, Controlar e Integrar os mais de 1.500.000 km² sob sua responsabilidade.
CINDACTA I • 45 ANOS 25
AGA
Segurança das Operações Aéreas James Gomes Lima - Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Chefe da Subdivisão de Aeródromos
26 CINDACTA I • 45 ANOS
A Subdivisão de Aeródromos
foram atualizadas em 2020 com
(AGA) possui como missão avaliar o
o objetivo de otimizar os critérios
impacto na segurança e na regula-
de análise técnica e de fluxo
ridade das operações aéreas de um
processual, permitindo respostas
determinado aeródromo ou espaço
mais rápidas aos cidadãos, além
aéreo em decorrência da implanta-
de garantir maior segurança às
ção, modificação ou existência de
operações aéreas.
um Objeto Projetado no Espaço Aé-
A jurisdição do CINDACTA I se
reo (OPEA) ou de um outro aeródro-
estende por uma área que engloba
mo.
os Estados de Goiás, Distrito Federal,
Para o cumprimento deste im-
partes de São Paulo, Rio de Janeiro,
portante papel, a AGA necessita
Minas Gerais, Mato Grosso, Mato
disciplinar e controlar a ocupação
Grosso do Sul e Tocantins. Assim a
do solo no entorno de aeródromos,
AGA, em prol da segurança das ope-
o que engloba a implementação de
rações aéreas dos aeródromos desta
restrições em um OPEA, como an-
região, participa ativamente dos pro-
tenas, torres de telecomunicações,
cessos de inscrição ou alteração no
edifícios, residências, dentre outros
cadastro de aeródromos da Agência
empreendimentos, localizados em
Nacional de Aviação Civil (ANAC),
um raio que pode chegar a 20 km de
de análise de Plano Diretor Aeropor-
qualquer aeródromo.
tuário, de obtenção do instrumento de
Integram as normas nacionais
outorga para exploração de aeródro-
que orientam as ações da AGA,
mos civis públicos coordenado pela
dentre outras legislações: a ICA 11-
Secretaria Nacional da Aviação Civil
408/2020 (Restrições aos OPEA),
(SNAC/MInfra), bem como de autori-
a ICA 11-3/2020 (Processos da
zação e de regularização de OPEA em
Área de Aeródromos no Âmbito
conjunto com as Prefeituras.
do COMAER) e a ICA 63-19/2020
Toda esta tarefa é possível e
(Critérios de Análise Técnica da
eficientemente
Área de Aeródromos). Tais normas
com o uso de uma ferramenta
desenvolvida
CINDACTA I • 45 ANOS 27
implementada há mais de três anos, conhecida como SysAGA (Sistema de Gerenciamento de Processos da Área de Aeródromos), que possibilita cidadãos e
administradores
aeroportuários
submeterem os processos de seu respectivo
interesse
à
análise
e
ao parecer do Órgão Regional do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Assim, os usuários podem preencher requerimentos, listas de verificação de documentos e realizar consultas do andamento dos processos sob a sua responsabilidade disponíveis no ambiente da rede mundial de computadores. Um outro serviço prestado pela AGA é a pré-análise, por meio do qual é possível consultar a necessidade de abertura de processo para construção de edificações
A jurisdição do CINDACTA I se estende por uma área que engloba os Estados de Goiás, Distrito Federal, partes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA)
28 CINDACTA I • 45 ANOS
e outros empreendimentos no entorno de aeroportos e helipontos. A AGA do CINDACTA I responde, em média, a 1.100 solicitações de construções de OPEA por ano e 150 processos de aeródromos.
Plano Básico de Zona de Proteção de Heliponto (PBZPH)
Centro de Tratamento de Mensagens Aeronáuticas de Brasília 45 anos garantindo a fluidez de mensagens aeronáuticas no SISCEAB Lucio Alexandre Cavalcante – Capitão R1 Especialista em Comunicações Chefe da Subdivisão de Telecomunicações Aeronáuticas
Com a entrada em operação do CINDACTA I, em
nização da Aviação Civil Internacional (OACI),
22 de outubro de 1976, nascia o Centro de Comutação
substituiu, em 2010, o CCAM pelo Centro de Tra-
Automática de Mensagens (CCAM).
tamento de Mensagens Aeronáuticas (CTMA),
Integrante da concepção operacional DACTA,
instalado no CINDACTA I.
o CCAM apresentava tecnologia da empresa
O CTMA está conectado, via Sistema de
francesa Thomson CSF, desenvolvida em uma
Tratamento de Mensagens ATS (AMHS), à
arquitetura que utilizava um computador MITRA
América do Norte, Europa, África e países vizinhos
15 para a gestão das comunicações telegráficas
da América do Sul. O AMHS é a tecnologia
do CINDACTA I e seus 150 assinantes.
recomendada pela OACI para o intercâmbio
O Brasil, seguindo as orientações da Orga-
de mensagens aeronáuticas entre os Estados
CINDACTA I • 45 ANOS 29
através dos Centros de Comunicação do Serviço
Sistema de Gerenciamento de Informação (SWIM),
Fixo Aeronáutico (SFA).
como um requisito para o futuro Sistema ATM.
No âmbito do Sistema de Controle do Espaço
Para atender essas novas demandas na veicula-
Aéreo Brasileiro (SISCEAB), o AMHS é a base para
ção de mensagens de planos de voo, meteorologia
o provimento do Serviço de Tratamento de Men-
e NOTAM, o CTMA, nos próximos dois anos, rece-
sagens Aeronáuticas (STMA), que dá suporte ao
berá novos equipamentos e software adquiridos
tráfego de mensagens de Serviço de Tráfego Aéreo
pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo
(ATS), Informações Aeronáuticas (AIS), Meteorolo-
(DECEA).
gia (MET), Busca e Salvamento (SAR) e Adminis-
O CTMA-BR, em operação 24 horas por dia, sete
tração Aeronáutica. O sistema veicula mais de 150
dias por semana, sob supervisão de profissionais
milhões de mensagens aeronáuticas por ano.
de comunicações treinados, disponibiliza o con-
O Conceito Operacional de Gerenciamento de
junto de servidores, estações de trabalho, ativos de
Tráfego Aéreo Global (ATM) contido no Doc 0854-
rede e outros recursos de informática, responsáveis
ICAO, descreve um conceito futuro no qual a infor-
pela recepção, processamento, comutação, armaze-
mação é gerenciada em todo o sistema. Com base
namento e roteamento de mensagens inerentes ao
nesse conceito, o Manual de Requisitos do Sistema
Serviço Fixo Aeronáutico nos ambientes nacional
de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (Doc 9882),
e internacional para o cumprimento da missão do
identifica explicitamente a implementação de um
CINDACTA I.
Centro de Tratamento de Mensagens do CINDACTA I
30 CINDACTA I • 45 ANOS
45 anos do Primeiro Centro de Operações Militares Texto: Chefe do COpM-1
O Primeiro Centro de Operações Militares
ciosa observação de todos os tráfegos aéreos civis e
(COpM-1) tem cumprido a sua tarefa de zelar
militares que adentram ou estejam no interior des-
pela soberania do espaço aéreo brasileiro, na
sas áreas, primando pela identificação dos tráfegos
área correspondente à primeira Região de Defe-
desconhecidos, que evoluam na RDA 1.
sa Aeroespacial (RDA 1) por 45 anos.
Com o intuito de manter a operacionalidade
Dentre as atividades desempenhadas, desta-
dos meios de defesa, são realizados treinamen-
cam-se a prestação de socorro em voo a aeronaves
tos, diuturnamente, com as unidades aéreas de
civis e militares, o controle da Circulação Operacio-
caça, para manter o adestramento e a prontidão
nal Militar e a Defesa Aérea permanente das áreas
dos pilotos e controladores.
de interesse nacional. As ações são realizadas, dia-
No exercício diário das suas tarefas, os con-
riamente, em tempo de paz, através de uma minu-
troladores de tráfego aéreo do COpM-1, para sua
CINDACTA I • 45 ANOS 31
segurança, são identificados através da palavra genérica “LINCE” seguida de um número. Quando atingem o status operacional, são recebidos como Controlador de Operações Aéreas Militares (COAM) e esses números os identificam de maneira vitalícia. Com a finalidade de reconhecer a importância dos pioneiros e dos militares que ajudaram, e que ainda ajudam, a dar continuidade ao trabalho desempenhado pelo COpM-1, foi criada a Ordem THOR para identificar, de maneira sequenciada, o ano e a posição de chegada do militar a este órgão operacional. O COpM-1 também contribuiu para a formação dos demais núcleos de Defesa Aérea, que vieram a se tornar COpM-2, COpM-3 e COpM-4, fornecendo a eles excelentes profissionais e doutrina de controle. Além disso, cedeu militares de relevante capacidade técnica aos quatro cantos de nosso Brasil, para o controle, a defesa e a manutenção da soberania nacional. O futuro ainda promete muitos desafios ao COpM-1 na defesa da região Centro-Oeste do território brasileiro. Um grande passo já foi dado em relação aos investimentos, que agora estão voltados para a mais nova arma de Defesa Aérea: a aeronave Gripen NG, um caça multifuncional que trará mais dinamismo nas ações de
32 CINDACTA I • 45 ANOS
patrulhamento do espaço aéreo, aumentando os níveis de segurança e defesa da RDA 1.
O COpM-1 comemora o seu 45º aniversário, com muito orgulho! Sua história de superação, amadure-
Outro grande avanço é a modernização do
cimento e sucesso operacional ecoa por todos os can-
COpM-1, com novas consoles e um novo software
tos do Brasil, pela seriedade e pelo alto grau de pro-
do Sistema de Defesa Aérea e Circulação Operacio-
fissionalismo dos seus militares. Sua origem e sua
nal Militar (DACOM), além do aumento de efetivo de
participação no cenário nacional ajudaram a formar
controladores. O seu compromisso, ao longo desses
todos os mecanismos de defesa que hoje mantém 24
45 anos, tem sido canalizar seus esforços para o
horas por dia a soberania do espaço aéreo na região
cumprimento diário das suas atribuições, a fim de
centro-oeste do território brasileiro.
prestar um serviço de altíssimo nível à Força Aérea e à Nação Brasileira, atuando em conjunto com os
Vigiar, Controlar, Defender!
órgãos de controle de tráfego aéreo da Circulação
Vetores aos céus, somos Thor!
Aérea Geral (CAG).
Defesa Aérea, Brasil!
CINDACTA I • 45 ANOS 33
34 CINDACTA I • 45 ANOS
CINDACTA I • 45 ANOS 35
na saúde ocupacional e no meio ambiente, promovendo, assim a qualidade de vida no trabalho e a formação de valores do seu efetivo.
ACC-BS Uma história de grandes evoluções a serviço do País
O Centro de Controle de Área de Brasília (ACC-BS), que devido as suas peculiaridades, é dividido em três regiões (Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro), é responsável pelo controle e vigilância da circulação aérea geral e regular, em uma área que abrange os principais aeroportos e capitais do País, destacando os de Guarulhos, Congonhas, Brasília, Campinas, Goiânia, Confins e Pampulha, e por onde circulam por volta de 70% dos tráfegos provenientes do exterior, além de ser o ACC mais movimentado do Brasil, segundo dados
Ivan Romão de Moraes Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Chefe do Centro de Controle de Área de Brasília
36 CINDACTA I • 45 ANOS
estatísticos
apresentados
pelo
Centro
de
Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), em seu anuário de 2020.
Segundo Eloy Santos Costa, controlador de
primeira visualização radar foi da Ponte Aérea
tráfego aéreo desde 1975, a trajetória do ACC-BS,
Rio-São Paulo e a primeira aeronave a nos cha-
que teve início ainda com a prestação do ser-
mar foi um ELECTRA da VARIG. Ele foi identifi-
viço convencional, confunde-se com a história
cado e acionou o transponder. O Suboficial Ha-
dos equipamentos (hardware e software) uti-
roldo, do então ACC-SP, que ainda operava não
lizados para prestação do serviço radar, quan-
radar, virou-se para mim e exclamou: Eloy, as-
do, em 1976, entrou em operação os consoles
sim é muito fácil!”
THOMSOM-CSF. Esses equipamentos possuíam a tela mono-
No
início
da
década
de
1980,
mais
precisamente em outubro de 1981, os consoles
cromática, onde as pistas radar eram apresen-
THOMSOM-CSF
tadas em forma de barra, sendo associada a um
THOMSOM-AMC 901, também monocromáticos,
código transponder, que identificava a aerona-
mas com opções de videomapas que poderiam
ve. Sobre esse momento, nos disse Eloy: “Quan-
ser dilatados e deslocados, recurso que não
do o radar de rota foi colocado para a operação
existia nos anteriores.
real estávamos todos ansiosos e nervosos. A
foram
substituídos
pelos
As pistas de radar primário eram represen-
CINDACTA I • 45 ANOS 37
tadas por uma cruz, as de radar
possuía uma variedade de cores,
funcionalidades do console.
secundário por um círculo e,
inúmeras opções de mapas e sub-
A evolução não parou por aí,
quando a aeronave era detectada
mapas e Fichas de Progressão de
a partir de dezembro de 2011, o
por radares primário e secundá-
Voo Eletrônicas (FPVE).
Sistema Avançado de Gerencia-
rio, simultaneamente, era repre-
As FPVE impressas passaram a
mento de Informações de Tráfego
sentada por um círculo com uma
ser utilizadas com um recurso al-
Aéreo e Relatórios Operacionais
cruz no centro da pista.
ternativo. Já a posição assistente
(SAGITARIO) entrou em operação.
Os consoles AMC 901 acom-
de controle passou a ter um moni-
Com ele vieram as telas de LCD,
panharam o ACC-BS por mais de
tor idêntico ao da posição controle.
os sistemas de comunicações
20 anos, sendo substituídos, em
Nos sistemas anteriores o monitor
(frequências e telefones) digitais,
janeiro de 2002, pelo X-4000, que
era compartilhado pelo controla-
as informações meteorológicas
trouxe uma série de aprimora-
dor e pelo assistente. A disponibi-
apresentadas diretamente na tela
mentos e foi um dos marcos no
lização do referido monitor para o
do radar, a divisão vertical dos se-
tratamento das informações re-
assistente possibilitou maior e mais
tores da FIR, a comunicação via
lativas ao tráfego aéreo. Sua tela
rápida interação com o sistema e as
Data Link entre pilotos e contro-
O SAGITARIO representa uma evolução significativa para a interface utilizada pelos controladores de tráfego aéreo
38 CINDACTA I • 45 ANOS
Atuação dos controladores de tráfego aéreo no ACC-BS
ladores, a geração de inúmeros tipos relatórios, além
ção na FIR-BS, tiveram início no presente ano.
da capacidade de processamento de mensagens de
Mencionamos, também, o Projeto LANDELL, com
serviço de tráfego aéreo (ATS) de forma rápida e se-
a utilização da CPDLC (Controlller Pilot Data Link
gura diretamente no console operacional.
Communications), uma tecnologia de comunica-
A visão de futuro da aviação traz, também, a ne-
ção aeronáutica que permite o envio de mensagens
cessidade de aprimoramentos e otimização do uso
de texto pré-formatadas nas operações de controle
do espaço aéreo e, na busca desse objetivo, há, nos
do espaço aéreo, com a previsão de implementação
próximos anos, vários projetos a serem implemen-
no final de 2023.
tados na FIR-BS, dentre eles podemos citar, para o
Por fim, destacamos que a Região de Informa-
ano de 2022, Conceitos de Rotas Diretas (ou Rotas
ção de Voo de Brasília (FIR-BS) possui 26 sítios
DCT), que permitirá aos usuários do espaço aéreo
radares e 36 estações de telecomunicações, que
brasileiro planejar seus voos de forma eficiente,
garantem a total cobertura de radar e de frequên-
utilizando as trajetórias mais curtas possíveis en-
cias e com os quais os mais de 200 controladores
tre os aeroportos de origem e destino; e como evo-
de tráfego aéreo do ACC-BS garantem a vigilân-
lução, o uso do conceito do Espaço Aéreo de Rotas
cia e o controle da circulação aérea, bem como a
Livres (FRA) e cujos estudos, para a implementa-
condução das aeronaves dentro da FIR-BS. CINDACTA I • 45 ANOS 39
Setorização Vertical Um conceito pioneiro no espaço aéreo brasileiro Leandro Muniz de Souza - Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Assessor ATM do CINDACTA I
40 CINDACTA I • 45 ANOS
Controladores capacitados para implementação da Operação
Até abril de 2021, o CINDACTA I
sendo necessária a adoção de
Navegação Aérea (CGNA), por
era responsável por gerenciar
medidas de gerenciamento de
meio do Grupo de Estudos sobre
a atividade de tráfego aéreo em
fluxo por meio da Célula de
o Planejamento do Espaço Aéreo
sua área de jurisdição, por meio
Gerenciamento de Fluxo (FMC)
(GEPEA),
de 16 setores de tráfego aéreo
deste Centro.
para viabilizar a implantação da
divididos entre três Subcentros Operacionais.
Foi percebido pelos gestores ATM (Gerenciamento de Tráfego
já
realizava
estudos
setorização vertical em todo o País.
Desde a implantação do Redi-
Aéreo) locais, a necessidade de se
A Setorização Vertical é um
mensionamento das Regiões de
buscar uma medida para mitigar
conceito de espaço aéreo baseado
Informação de Voo (FIR) no ano
essa situação e estabelecer um
na divisão desta porção em deter-
de 2013, - projeto do DECEA em
novo espaço aéreo que apresen-
minado nível de voo, no qual se
que ocorreu a harmonização da
tasse o equilíbrio entre a demanda
estabelece uma relação entre o
demanda dos movimentos aére-
dos
a
binômio – demanda e capacidade
os em nível nacional - , não hou-
capacidade
de
– dentre os movimentos aéreos
ve grandes modificações na FIR
Tráfego Aéreo).
Brasília.
movimentos ATC
aéreos (Controle
e
que passariam obrigatoriamente
Inicialmente, surgiu a ideia de
naquele volume do espaço aéreo,
específico
gerando maior fluidez e aumento
crescente fluxo de tráfego aéreo,
do setor 15 do Centro de Controle
significativo na capacidade dos
notou-se que o setor 15 da FIR-BS
de Área de Brasília (ACC-BS).
setores.
passou a apresentar momentos
Em razão da busca de soluções
de alta demanda e, por vezes,
junto aos players e stakeholders,
coordenação
saturação do respectivo setor,
o Centro de Gerenciamento da
e o CINDACTA I, o setor 15 foi
Contudo,
em
função
do
redimensionamento
Após diversas reuniões de entre
o
CGNA
CINDACTA I • 45 ANOS 41
Setorização Vertical: comprometimento e coesão de esforços
Atuação da Área Técnica
vos estudos a serem realizados
para a implementação em nível
Outro aspecto importante foi
em nível regional.
nacional. Adicionalmente, esta
a participação da área técnica no
Assim, no dia 28 de julho de
solução
a
projeto. A Seção da Tecnologia
2021, o CINDACTA I foi o primeiro
demanda dos tráfegos da Europa
da Informação em âmbito Opera-
a utilizar o conceito de setorização
e do Nordeste do País, em função
cional (TIOP) do CINDACTA I par-
vertical aplicada ao centro de con-
da implantação do Projeto TMA-
ticipou de todas as fases da im-
trole no espaço aéreo brasileiro,
SP Neo, sendo uma solução muito
plantação da setorização vertical.
sendo implantado dentro da estru-
oportuna para aquele momento
Durante todo o processo, houve a
tura existente, com grande econo-
de mudanças para o tráfego aéreo
utilização pioneira do Simulador
mia de custos e aumento de capa-
nacional.
Regional do CINDACTA I, represen-
cidade.
definido
como
também
projeto
piloto
ajustaria
Pode-se
concluir
que
a
Após estudos estatísticos sobre
tando celeridade no processo de
a demanda da capacidade daquele
treinamento, economicidade e pos-
implantação da setorização vertical
setor, decidiu-se implantar o con-
sibilidade de reajustes nos procedi-
seguirá por todo o Brasil, contudo
ceito para os três setores opera-
mentos que foram adotados pelos
a participação do CINDACTA I
cionais da Região Rio do ACC-BS.
controladores para a melhor perfor-
deixará um legado para os demais
Foram criados setores sobrepostos,
mance de implantação.
Centros Regionais, que é um marco
com limites verticais diferentes: os
Todos os treinamentos, vali-
de sucesso a ser seguido no que
setores inferiores (lower sectors) e
dações e estudos foram realiza-
se refere ao aumento significativo
os superiores (upper sectors), sendo
dos nesse novo simulador, que
da capacidade e à redução do
dividido em 19 setores.
ficará à disposição para novas
consumo de combustível e da
atividades e possibilidade de no-
emissão de CO².
42 CINDACTA I • 45 ANOS
CINDACTA I • 45 ANOS 43
Unmanned Aircraft System (UAS) Uma realidade no CINDACTA I Leandro Muniz de Souza - Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Assessor ATM do CINDACTA I
44 CINDACTA I • 45 ANOS
Popularmente conhecidos como
tecnologias modernas. Essas ae-
cia de sistemas de lançamento e
drones, o primeiro uso de aerona-
ronaves percorreram um longo e
recolhimento, comunicação para
ves não tripuladas ocorreu em um
próspero caminho, trazendo aces-
os serviços de tráfego aéreo e de
ataque das forças austríacas contra
sibilidade e muitos benefícios,
vigilância, dentre outros aplicá-
a cidade de Veneza no ano de 1849.
tanto para o mercado de drones
veis para o perfeito funcionamen-
O termo drone vem da tradução do
quanto para seus consumidores.
to deste sistema.
inglês “zangão”. O apelido surgiu
Em função das diversas aplicabi-
No Brasil, três órgãos são
do zumbido que o aparelho emite
lidades, esses equipamentos po-
responsáveis para a manutenção
quando está sobrevoando. A inspi-
dem ser usados para recreação,
e
ração para construção dos primei-
uso profissional e emprego de for-
nacional:
ros modelos se deu por meio das
ça militar dissuasória.
bombas voadoras alemãs, conhecidas como buzz bomb. Entretanto,
o
modelo
que
o A
Estima-se que até o ano de 2025
funcionamento Agência
Telecomunicações
do
Nacional
UAS de
(ANATEL)
sejam vendidos cinco milhões
é responsável por homologar
de
a radiofrequência emitida pelo
aeronaves
não
tripuladas,
mais se assemelha com o qual
alavancando o mercado e poderá
conhecemos hoje em dia, foi
gerar um faturamento estimado
Já a Agência Nacional de
desenvolvido
de US$ 82 bilhões, somente nos
Aviação Civil (ANAC) está encar-
Estados Unidos.
regada de certificar e homologar
somente
em
1977, pelo engenheiro israelita
rádio controle da aeronave.
Abraham Karem, que à época
Entende-se por sistema de ae-
a aeronave para garantir a segu-
eram necessárias 30 pessoas para
ronaves não tripuladas (UAS) pela
rança do voo, além de ser respon-
controlar o equipamento.
junção do trinômio – aeronave
sável pela certificação dos pilotos
Atualmente, as aeronaves não
(UA), enlace de pilotagem (link de
nos casos requeridos, através do
tripuladas possuem uma versati-
comando e controle – C2) e RPS
Regulamento Brasileiro de Avia-
lidade enorme em diversos propó-
(estação de pilotagem remota).
ção Civil Especial (RBAC 94-E).
sitos de uso, assim como diversas
Vale, ainda, ressaltar a importân-
O Departamento de Controle
CINDACTA I CINDACTA • 45 ANOSI 45
do Espaço Aéreo (DECEA) é o
específicos para voos em apoio a
trados de aeronaves não tripu-
órgão responsável por legislar,
situações emergenciais (MCA 56-
ladas aumentou de 186 em 2016
regular,
acesso
1), voos recreativos (MCA 56-2),
para 15.682 em 2020, já os voos
brasileiro
voos em proveito a órgãos ligados
autorizados passaram de 35 em
por essas aeronaves, além de
aos governos das três esferas
2016 para um crescimento ex-
apurar os descumprimentos dos
(MCA56-3), bem como aos voos
ponencial de 160 mil no ano de
regulamentos através da Junta
em proveito da segurança pública
2020.
de Julgamento da Aeronáutica
(MCA 56-4).
ao
autorizar
espaço
o
aéreo
(JJAER) para as devidas sanções
Dentro da área de responsabi-
Em 2016, o DECEA implemen-
lidade do CINDACTA I, no ano de
tou o Sistema de Solicitação de
2019, foram analisados 2.811 voos
A regulamentação que trata do
Acesso ao Espaço Aéreo por RPAS
aprovados num total de 4.314 e,
assunto no Sistema de Controle do
(SARPAS), que gerencia o acesso
em 2020, foram aprovados 1.938
Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)
ao espaço aéreo brasileiro pelas
num total de 3.411 – apesar de um
é a Instrução do Comando da
aeronaves não tripuladas, provi-
ano atípico devido a pandemia da
Aeronáutica
Sistema
dencia autorizações automáticas
COVID-19.
Remotamente
e imediatas ou por aquelas ana-
Essa escalada demonstra a im-
Pilotada e Acesso ao Espaço
lisadas pelos Regionais. Somente
portância que as aeronaves não
Aéreo Brasileiro (ICA 100-40), que
com esta autorização uma aero-
tripuladas possuem, tanto no meio
identifica as condicionantes para
nave que possui a obrigação de
profissional quanto no recreativo,
a apresentação de solicitação para
solicitar voos poderá acessar o
o que poderá superar o número de
o acesso ao espaço aéreo. Houve
espaço aéreo.
aeronaves tripuladas, em breve, no
administrativas.
de
sobre
Aeronave
o
também a edição de manuais
Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo por RPAS (SARPAS)
CINDACTAI I • 45 ANOS 46 CINDACTA
O número de pilotos cadas-
espaço aéreo brasileiro.
Novas tecnologias e modernos procedimentos marcam a evolução da navegação aérea no País Ivan Romão de Moraes - Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Chefe do Centro de Controle de Área de Brasília
Com os novos conceitos, surgem também novos
uma vez que o recurso viabiliza procedimentos de
procedimentos. Um deles, mais do que tecnologia, re-
navegação orientados também por satélites e siste-
presenta uma mudança de paradigma para o trans-
mas avançados de gestão de voo.
porte aéreo, que passa a basear-se não mais em fer-
Em 2010, o Departamento de Controle do Espaço
ramentas de auxílios, mas na própria performance
Aéreo (DECEA) implementou as operações PBN entre
dos sistemas de navegação embarcados.
a Área Terminal (TMA) de Brasília e de Recife e, em
A chamada Navegação Baseada em Performance (ou PBN, do inglês Performance-Based Navigation)
12 de dezembro de 2013, o PBN chegou as duas maiores da América do Sul: TMA-SP e TMA-RJ.
redesenha e otimiza a estrutura das trajetórias de
Com a implementação da Navegação Baseada
navegação aérea. Se antes as rotas se restringiam
em Performance entre São Paulo e Rio de Janeiro, o
às trajetórias delimitadas por auxílios instalados no
espaço aéreo compreendido entre estas Áreas Ter-
solo, com o PBN amplia-se o número de alternativas,
minais sofreu uma grande alteração, levando a um CINDACTA I • 45 ANOS 47
redesenho dos setores do Centro de Controle de Área de Brasília (ACC-BS), contido nesse espaço, e dos limites laterais da TMA-SP. Desta forma, todos os tráfegos que sobrevoavam a Região de Informação de Voo de Brasília (FIR-BS) com destino aos aeroportos situados dentro da TMA-SP, tais como Guarulhos, Congonhas, Campinas e Campo de Marte, entre outros, convergiam para um único setor da FIR-BS, aumentando sobremaneira a complexidade deste setor, que, também, ficava à mercê da capacidade de absorção dos tráfegos pelo Controle de Aproximação de São Paulo (APP-SP), principalmente, para o Aeroporto de Guarulhos. Esta situação sinalizou a necessidade de criação de novos pontos de entrada para a TMA-SP dentro da FIR-BS. O Projeto TMA-SP NEO - Reestruturação da Área de Controle da Terminal São Paulo - trouxe para dentro da TMA-SP, um redesenho das trajetórias de saída e de chegada dos voos, principalmente, para o Aeroporto de Guarulhos. Vale ressaltar que, desde o início dos estudos do Projeto, o ACC-BS esteve presente, uma vez que as modificações vindouras afetariam a circulação na FIR-BS. Diante desta circunstância, um novo setor foi criado com capacidade de absorver parte do tráfego que se destina aos aeroportos contidos nesta Área Terminal. Assim, a partir do dia 20 de maio de 2021, com a implementação do Projeto, criou-se, com o novo setor, mais dois pontos de alimentação para a TMA-SP dentro da FIR-BS, sendo que um desses pontos é dedicado para as aeronaves que têm como destino os aeroportos de Congonhas e Campinas e outro para aquelas com destino a Guarulhos. Tal mudança levou à diminuição da complexidade, anteriormente citada, à absorção de um maior volume de tráfego dentro da FIR-BS e à possibilidade de mudança nos pontos de entrada na TMA-SP diante de fatores como meteorologia e demanda, aumentando a eficiência dos voos com destino aos aeródromos da Terminal São Paulo.
48 CINDACTA I • 45 ANOS
Centro de Controle de Área de Brasília, um dos maiores do País
CINDACTA I • 45 ANOS 49
Controle de Aproximação de Brasília Uma trajetória de constante modernização a serviço da navegação aérea Wilson Floripes Júnior - Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Chefe do APP-BR
50 CINDACTA I • 45 ANOS
Centro das decisões políticas da Nação, Brasília abriga o terceiro aeroporto de maior movimento no País. As aeronaves, que chegam dos quatro cantos do Brasil, são organizadas de forma segura, ordenada e rápida para pousos paralelos, caso único na América do Sul. Tal responsabilidade é delegada ao Controle de Aproximação de Brasília (APP-BR), uma parte importante do CINDACTA I. A história do APP-BR é marcada por uma palavra: inovação. Com a ativação do CINDACTA I, em 1976, o APP-BR iniciou suas atividades. Um conjunto de três consoles fornecia para os controladores as imagens das posições de aeronaves. Com o crescimento do tráfego aéreo em 1991, houve a primeira revitalização do APP-BR, quando foram instaladas quatro consoles AMC 901, de tela monocromática âmbar, que traziam uma nova interface homem-máquina. Entretanto, só um radar fornecia o sinal para os consoles. Após passar pela segunda modernização em 1998, isso mudou. Foi instalada a primeira versão do sistema X-4000. Um novo software que gerenciava todos os dados de visualização e agregava novas e modernas funcionalidades. Em dezembro de 2005, foi inaugurada a segunda pista do Aeroporto de Brasília, possibilitando o aumento do fluxo de aeronaves e iniciando a fase de operações paralelas. Nesse começo, as operações aconteciam em modo segregado, isto é, uma pista era usada para decolagens e a outra para pousos. Em resposta ao crescente movimento, em 2009, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) implementou a terceira revitalização do APP-BR. Passou de quatro consoles para nove. Era a segunda geração do software X-4000, com uma arquitetura estável e confiável. No ano de 2010, o CINDACTA I inovou ao conceber o embrião das aproximações simultâneas paralelas, aumentando a capacidade de pistas. O aeroporto internacional Presidente Juscelino Kubitschek tornou-se o primeiro da CINDACTA I • 45 ANOS 51
América do Sul a receber este tipo de operação. Além disso, nesse mesmo ano, o DECEA escolheu Brasília para iniciar a implementação da Navegação Baseada em Performance (PBN), trazendo vantagens econômicas e ambientais. Dois anos mais tarde, o APP-BR iniciou a operação com separações longitudinais (reduzidas) de 3NM entre as aeronaves. Em 2013, em mais uma modernização do sistema, o DECEA escolheu novamente Brasília para receber o SAGITARIO (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional) para APP. Este software incorporou novas funcionalidades para os controladores, proporcionando mais celeridade em suas ações e otimiza seu esforço de trabalho. Assim, em 2015, o APP-BR passou por uma reestruturação na circulação aérea, proporcionando melhor aproveitamento da área terminal. Com isso, o palco estava pronto para a estreia, em 2016, das aproximações paralelas simultâneas independentes, elevando a capacidade de pistas para 80 movimentos por hora. No ano de 2018, foi instalado o Sistema de Gestão de
Controle de Aproximação de Brasília (APP-BR)
52 CINDACTA I • 45 ANOS
Chegadas (AMAN), a qual auxilia os controladores no sequenciamento das chegadas. Esse procedimento representou uma mudança na doutrina operacional dos órgãos envolvidos, possibilitando melhoria dos serviços prestados aos usuários do espaço aéreo e redução no tempo de voo. Em contínuo rumo à modernização, neste ano de 2021, o APP-BR passou por sua quarta revitalização, recebendo consoles, hardware e software mais modernos e funcionais e a efetivação das Decolagens Simultâneas. Para o futuro, vislumbra-se a modernização das cartas de subidas por instrumentos, tornando as decolagens mais céleres, a implementação de novos conceitos de segurança operacional no SAGITARIO e o uso da Plataforma Avançada de Treinamento e Atualização Operacional (PLATAO) a qual permitirá que o controlador treine novos procedimentos em Sede. Assim, o Controle de Aproximação de Brasília permanece marchando para o futuro, sem esquecer o passado, com o objetivo de cumprir sua missão de prestar um serviço de controle de tráfego aéreo de excelência nos céus da Capital de todos os brasileiros.
Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek Brasília possui o terceiro aeroporto de maior movimento no País. As aeronaves, que chegam dos quatro cantos do Brasil, são organizadas de forma segura, ordenada e rápida pelo APP-BR.
CINDACTA I • 45 ANOS 53
Pouso do KC-390 no Aeroporto de Brasília
54 CINDACTA I • 45 ANOS
Torre de Controle de Brasília (TWR-BR)
CINDACTA I • 45 ANOS 55
56 CINDACTA I • 45 ANOS
CINDACTA I • 45 ANOS 57
Busca e Salvamento Para que outros possam viver! Paulo Ricardo Tavares Rodrigues - Capitão Aviador Chefe da Subdivisão SAR e do ARCC-BS
58 CINDACTA I • 45 ANOS
A Subdivisão de Busca e Salvamento (SAR) reúne dois centros diretamente envolvidos com a atividade de Busca e Salvamento: o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Brasília (ARCC-BS) e o Centro Brasileiro de Controle de Missão COSPASSARSAT (BRMCC). Também conhecido como SALVAERO, o ARCC-BS foi criado em 1962, sob responsabilidade do então Serviço Regional de Proteção ao Voo de Brasília (SRPV-BR), com o propósito de coordenar ações de Busca e Salvamento no território nacional, em consonância com o anexo 12 da Convenção da Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO), dentre outros tratados internacionais, que foram assinados pelo Brasil e delegados à Força Aérea Brasileira (FAB). Após 1996, o ARCC-BS foi incorporado ao CINDACTA I. A área de 22 milhões de Km² sob responsabilidade brasileira é dividida em cinco regiões: Brasília (BS), Curitiba (CW), Manaus (AZ), Recife (RE) e
Balizas de emergência SAR CINDACTA I • 45 ANOS 59
Missão simulada de resgate em Florianópolis (SC)
60 CINDACTA I • 45 ANOS
Atlântico (AO), sendo os dois últimos sediados em Recife. A função de cada uma dessas unidades é realizar a coordenação e execução de ações SAR, apoiando qualquer aeronave, embarcação ou seus ocupantes classificados na fase de perigo. Seu efetivo é composto por graduados e oficiais, extremamente capacitados, os quais se revezam de forma a manter uma equipe de prontidão para acionamentos 24 horas por dia, durante todo o ano. Dessa forma, é possível engajar aeronaves da FAB de asa fixa e de asa rotativa, Forças Auxiliares, como Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, ou até mesmo ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o resgate de uma vítima. A FAB mantém tripulações preparadas, em permanente estado de alerta, sete dias por semana, 365 dias por ano, dispostas em todo o Brasil. Após um indício de acidente, que ocorre por meio de comunicação de um controlador de tráfego aéreo, acionamento de equipamentos de emergência existentes nas aeronaves (ELT, EPIRB ou PLB) ou até mesmo uma ligação de um familiar preocupado com um piloto desaparecido, a equipe do ARCC, da região correspondente, inicia os trabalhos de investigação da Busca Ampliada por Comunicações (EXCOM). É realizado contato com o aeródromo de decolagem, proprietário da aeronave, familiares do piloto e qualquer órgão, instalação ou indivíduo capaz de prestar informação adicional ou de verificar a informação já obtida, colaborando com o paradeiro da aeronave desaparecida. Se as informações coletadas indicarem que a aeronave está fora de perigo, a operação será encerrada. Caso seja presumido que a aeronave decolou e está desaparecida, ocorrerá uma missão de busca, normalmente através de aeronaves CINDACTA I • 45 ANOS 61
da FAB. O 2°/10° GAV, Esquadrão Pelicano, por exemplo, é uma unidade especializada em Busca e Salvamento, e detém modernos aviões (SC-105) e helicópteros (H-60L) para cumprir esse tipo de missão. A equipe do ARCC planejará um Padrão de Voo, definindo também a área de maior probabilidade de detecção da aeronave desaparecida. Para isso, utiliza-se a rota da aeronave desaparecida e todas as informações colhidas na EXCOM, através do software SARMaster, que é uma ferramenta de planejamento de missão de busca. Normalmente são realizadas em torno de 400 EXCOM anuais. Em 2021, ocorreram 291, até o terceiro trimestre. Quando localizado o objeto da busca, o ARCC coordenará uma missão de resgate, caso necessário utilizando helicópteros, de forma a trazer de volta ao seu lar, todos os ocupantes outrora em perigo, envidando o máximo de esforço, conforme diz o hino SAR, “para que outros possam viver”.
62 CINDACTA I • 45 ANOS
Para que resgates possam ocorrer, há um intenso trabalho de bastidores que envolve uma rede integrada que monitora possíveis incidentes 24 horas por dia.
CINDACTA I • 45 ANOS 63
As missões de busca são coordenadas pelo SALVAERO
64 CINDACTA I • 45 ANOS
Sistema de cadastro INFOSAR
Busca Ampliada por Comunicações (EXCOM)
CINDACTA I • 45 ANOS 65
O desafio do BRMCC como maior estrutura para captação de balizas de emergência do hemisfério sul Ronan Souza Freitas - Primeiro Tenente Engenheiro de Telecomunicações Chefe do BRMCC
66 CINDACTA I • 45 ANOS
O Centro de Controle de Missão Brasileiro do
órbita média (MEOSAR). Com 12 antenas e ope-
Sistema COSPAS-SARSAT (BRMCC) tem a res-
racional desde 2018, esse tipo de segmento ter-
ponsabilidade de distribuir dados de alertas de
restre figura como o maior do hemisfério sul, al-
balizas de emergência nacionais e internacio-
cançando um raio de cobertura superior a 4000
nais entre os componentes do programa e, prin-
km para captação de alta precisão, superando
cipalmente, para os Centros de Coordenação de
em muito os 22 milhões de km² definidos como
Salvamento Nacionais Aeronáuticos (ARCC) e
a área de responsabilidade brasileira para pres-
Marítimos (MRCC), cujas áreas coincidem com
tação do Serviço de Busca e Salvamento.
as Regiões de Informação de Voo (FIR) brasileiras.
Sistema INFOSAR
O Centro é dotado de um sistema composto
O BRMCC é o órgão responsável também por
por softwares, antenas e outros equipamentos
gerenciar o Banco Nacional de Balizas de Emer-
dedicados ao processamento de sinais advin-
gência por meio do INFOSAR (Sistema de Infor-
dos de satélites de órbitas baixa, média e geo-
mação SAR), onde cada baliza brasileira recebe
estacionária.
informações sobre seu usuário.
O BRMCC possui uma completa infraestrutu-
O INFOSAR possibilita o cadastro de todos os
ra para captação de sinais utilizando satélites de
usuários de balizas brasileiras, que consiste na
No BRMCC, militares se revezam para monitorar e analisar cada ocorrência
CINDACTA I • 45 ANOS 67
Antenas do MEOLUT
inserção dos dados técnicos da baliza, do pro-
busca e do salvamento são responsabilidades
prietário, dos contatos de emergência da aerona-
dos ARCC e MRCC. Com operadores Graduados
ve ou embarcação. O registro é simples, rápido e
em Comunicações (BCO), o Centro funciona
livre de quaisquer taxas.
24 horas por dia e sete dias por semana e,
Futuramente o INFOSAR poderá ser acessado
somente no ano de 2021, distribuiu mais de
por meio de um aplicativo de celular (INFOSAR
600 alertas de emergência captados na área
Neo). Dentre as principais funcionalidades dispo-
brasileira.
níveis, os usuários poderão realizar o cadastro das
O Brasil se destaca na América do Sul e figu-
balizas de emergência, solicitar e acompanhar os
ra entre os países que melhor se preparam para
testes de ativação, bem como atualizar os dados de
atender às vítimas de acidentes aeronáuticos
registro.
e marítimos. Todos esses esforços combina-
É importante salientar que a função do BRMCC
dos resultam em uma estrutura capaz de fazer
é somente a distribuição dos dados de alertas de
frente aos desafios que se apresentam diaria-
balizas. Contudo, a pesquisa e a coordenação da
mente ao Serviço SAR Aeronáutico.
68 CINDACTA I • 45 ANOS
Meteorologia Aeronáutica
Serviço essencial para segurança da navegação aérea
CINDACTA I • 45 ANOS 69
Lançamento de Balão Meteorológico
70 CINDACTA I • 45 ANOS
Célula Regional de Meteorologia (CELMET)
Sala de Operação de Estação Meteorológica de Altitude (EMA)
CINDACTA I • 45 ANOS 71
Divisão Técnica Cuidando da qualidade, precisão e perfeito funcionamento dos equipamentos Carlos de Oliveira Zica - Tenente-Coronel TEL Chefe da Divisão Técnica do CINDACTA I
72 CINDACTA I • 45 ANOS
A Divisão Técnica, a fim de cumprir a missão
ticas Brasileira (ATN-Br), novo meio de tráfego de
de coordenar e controlar as atividades de planeja-
dados já implantado em outros Regionais e que,
mento, manutenção e suprimento necessárias para
também, será utilizado no Centro. Tais ações con-
assegurar a operacionalidade dos equipamentos e
duzem a uma maior integração entre os meios de
instalações técnicas, na área de responsabilidade
telecomunicações como um todo. No âmbito da
do CINDACTA I, participou do processo de moderni-
Defesa Aérea, novas estações DLRS de 3ª geração
zação de sistemas em diversos campos de sua atu-
já se encontram em processo de instalação, tor-
ação ao longo dos últimos cinco anos em proveito
nando as comunicações entre aeronaves militares
do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
e controladores mais seguras.
(SISCEAB).
Na área de radares, no Destacamento de Controle
Para isso, meios de telecomunicações foram
do Espaço Aéreo do Gama (DTCEA-GA) foi substituído
revitalizados, tendo sido adequados à tecnologia
o último TRS2230 pelo novo radar LP23NG. Já nos
baseada na Internet Protocol (IP), tais como as
DTCEA Barra do Garças (DTCEA-BW) e Pico do Couto
Centrais de Áudio SITTI, os Gravadores AudioSoft e
(DTCEA-PCO) foram instalados os radares LP23SST
os rádios ParkAir, das estações de VHF e UHF.
e, na Estação de Apoio ao Controle do Espaço Aéreo
O CINDACTA I passou a receber meios do VCX-IP,
(EACEA) em Vitória (ES), entrou em operação
integrante da Rede de Telecomunicações Aeronáu-
o radar secundário RSM970S CIRIUS, tendo
Sala de Grupo Geradores
CINDACTA I • 45 ANOS 73
sido
revitalizados
os
radares
Controle
de
(ACC-BS),
dos setores do espaço aéreo; e
meteorológicos RMT0100D dos
visando à melhoria na interface
a instalação do Agente-AMHS,
DTCEA Gama (DF), Pico do Couto
com o controlador de tráfego
responsável pela comunicação
(RJ) e São Roque (SP), ampliando
aéreo, bem como maior integração
entre
a sua vida útil.
aos dados de Meteorologia, com a
Serviço AMHS, sendo ainda
Na área de navegação aérea e
centralização de Plano de Voo e
contingência
com o objetivo de implantar a Na-
com comunicações por enlace de
implantados
vegação Baseada em Performance
dados controlador-piloto (CPDLC)
Gerenciamento da Navegação
(PBN), novos equipamentos Medi-
no
Aérea (CGNA) e no Instituto
dores de Distância (DME, do inglês
brasileiro.
Distance Measuring Equipment) fo-
Outras
espaço
Área
aéreo
continental
o
CPV-SIGMA aos no
e
o
SIGMA
Centro
de
de Controle do Espaço Aéreo ações
de
mesmo
(ICEA).
ram instalados em sítios sob juris-
porte seguem em curso e estão
Para aumentar a confiabilidade
dição do CINDACTA I. Estes encon-
previstas para serem entregues
do sistema, está sendo instalada
tram-se ativos em Alto Paraíso de
à Operação, ainda, em 2021, são
uma nova linha crítica e uma
Goiás (GO), Barbacena (MG), Caldas
elas: SAGITARIO do Controle
nova entrada de energia, de
Novas (GO), Campos dos Goytaca-
de Aproximação de Brasília
modo que o sistema elétrico
zes (RJ), Curvelo (MG), Diamantina
(APP-BR) e STVD DACOM, bem
apresente dualidade no circuito
(MG), Gurupi (TO), Ipatinga (MG),
como a futura modernização do
entre a Cabide de Entrada e
Sete Lagoas (MG), Teófilo Otoni (MG)
roteador de borda CISCO 9600
Medição e dos Transformadores
e Pará de Minas (MG).
e a implantação do Firewall
responsáveis pela alimentação
Palo
elétrica do CINDACTA I. Aquisição
Em fase de pré-site nas loca-
Alto,
em
atendimento
lidades de Gama (MG) e Piedade
ao conceito do perímetro de
e
(MG) e em previsão de instalação,
segurança.
geradores
substituição para
dos
grupos
atendimento
ainda, em Canarana (MT), Porto
Ainda na área de Tecnologia
das cargas críticas dos DTCEA
Alegre do Norte (MT), Sete Lago-
da Informação, vários projetos
e EACEA, também, se encontra
as (MG), Sorriso (MT) e Tangará
foram
em estado avançado e está sendo
da Serra (MT). Em auxílios mete-
2020
orológicos, foi modernizada a Es-
interconexão do Sistema AMHS
sistemas de climatização da Sede,
tação Meteorológica de Superfície
com
Destacamentos e EACEA.
(EMS-1 SH-95 HOBECO) de Piras-
sendo esta a primeira conexão
Durante 24 horas por dia, o
sununga (SP), bem como foram
AFTN entre América do Sul
CINDACTA I realiza a defesa e
instalados os Sistemas de Pou-
e
implementação
o controle do espaço aéreo em
so por Instrumentos ILS Thales
do Novo Banco OPMET, que
sua área de jurisdição. Para
420 e DME 415 em Confins (MG) e
proporciona o tratamento de
isso, a área técnica executa
Anápolis (GO).
mensagens
meteorológicas
um trabalho diuturno a fim de
de
no formato IWXXM; a entrada
garantir o suporte necessário
Gerenciamento de Informações
em operação do Projeto de
à eficácia dessas atividades,
de Tráfego Aéreo e Relatórios
Setorização Vertical na Região
focado na qualidade, precisão
de
Operacional
de Informação de Voo (FIR) de
e bom funcionamento dos
(SAGITARIO) teve seu hardware
Brasília, gerando maior fluidez
equipamentos utilizados em
modernizado
e diminuindo a complexidade
serviço.
O
Sistema
Avançado
Interesse
74 CINDACTA I • 45 ANOS
no
Centro
de
implantados, e
2021,
DAKAR
África;
a
tais via
entre como
a
CAFSAT,
iniciada
a
revitalização
dos
CINDACTA I • 45 ANOS 75
Sala dos Bancos de Bateria
76 CINDACTA I • 45 ANOS
Sala Técnica
CINDACTA I • 45 ANOS 77
TIOP – Seção de Informática Operacional
Manutenção da Antena de Telecomunicações 78 CINDACTA I • 45 ANOS
Sala Técnica CINDACTA I • 45 ANOS 79
Suprimento
80 CINDACTA I • 45 ANOS
Manutenção da Antena de Comunicações
CINDACTA I • 45 ANOS 81
Auxílios à Navegação Aérea
82 CINDACTA I • 45 ANOS
O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) conta com uma infinidade de equipamentos que, normalmente, não são reconhecidos visualmente pelos nossos usuários. Porém, muitos são os equipamentos que garantem a segurança dos voos pelos céus do Brasil e nas áreas de responsabilidade nacional. Os Auxílios à Navegação Aérea são transmissores e receptores de sinais de radiofrequência que orientam pilotos em navegação em rota, em procedimento de pouso e decolagem sob condições de visibilidade restrita ou, ainda, para organizar o fluxo de tráfego aéreo. Vale ressaltar que a instalação destes equipamentos, bem como a sua operação, as ações de verificação e procedimentos são recomendadas pelas diretrizes da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).
CINDACTA I • 45 ANOS 83
Marcador e Localizer
84 CINDACTA I • 45 ANOS
CINDACTA I • 45 ANOS 85
Sistema Indicador de Rampa de Aproximação de Precisão (PAPI)
86 CINDACTA I • 45 ANOS
Localizer
CINDACTA I • 45 ANOS 87
Sistema de luzes de Aproximação (ALS) 88 CINDACTA I • 45 ANOS
CINDACTA I • 45 ANOS 89
Marcador 90 CINDACTA I • 45 ANOS
Sistema de luzes de Aproximação (ALS)
Glide Slope CINDACTA I • 45 ANOS 91
Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo O suporte fundamental ao CINDACTA I Eliseu Zednik Ferreira - Tenente-Coronel NTE Chefe da Assessoria de Coordenação de Destacamentos do CINDACTA I
A nobre incumbência de con-
fego Aéreo (CINDACTA IV) pelo
trolar o espaço aéreo e prover os
CINDACTA I, este passando a con-
serviços de navegação e proteção
tar com 20 Destacamentos, dispos-
ao voo, confiada ao CINDACTA I, é
tos em oito diferentes Unidades
executada com segurança e efi-
da Federação: em Anápolis (GO),
ciência. Tão importante missão,
Barbacena (MG), Barra do Garças
relacionada à vigilância e ao con-
(MT), Brasília (DF), Cachimbo,
trole da circulação aérea da re-
em Novo Progresso (PA), Chapa-
gião sob sua responsabilidade, é
da dos Guimarães (MT), Confins
desempenhada por mais de dois
(MG), Cuiabá, em Várzea Grande
mil profissionais alocados à Sede
(MT), Gama (DF), Lagoa Santa
deste Centro e cerca de mil milita-
(MG), Pico do Couto, em Petrópo-
res e servidores civis distribuídos
lis (RJ), Pirassununga (SP), San-
nos Destacamentos de Controle
ta Teresa (ES), São Roque (SP),
do Espaço Aéreo (DTCEA) subor-
Tanabi (SP), Três Marias (MG) e
dinados.
DTS, em Brasília (DF), os quais
A partir de 2021, os Desta-
prestam serviços de navegação
camentos de Sinop (MT), Porto
aérea e de suporte às atividades
Esperidião (MT) e São Félix do
de controle do espaço aéreo, a
Araguaia (MT) foram recebidos
partir dos equipamentos e dos
do Quarto Centro Integrado de
sistemas neles instalados, que
Defesa Aérea e Controle de Trá-
garantem a transmissão de da-
92 CINDACTA I • 45 ANOS
CINDACTA I
Sede
CINDACTA I • 45 ANOS 93
dos e informações de maneira
responsabilidade
DTCEA,
foram realizadas várias obras
precisa e confiável, por meio de
promovendo os adequados e
para a recuperação desses imó-
operação e manutenção dos di-
oportunos encadeamentos de re-
veis, ampliando o alcance desse
versos tipos de radares, sistemas
lações. Na prática, as gestões da
benefício a uma maior quantida-
de telecomunicações e auxílios
CCD propiciaram recente troca
de do efetivo.
ao voo.
de parte das viaturas dos Desta-
A CCD proporciona, ainda,
são
camentos e as manutenções pre-
apoio ao atendimento médico
executadas em estreita interação
diais necessárias à conservação
hospitalar, propiciando ao efe-
junto aos setores deste Centro
das instalações; gerenciou, por
tivo acesso aos procedimentos
que, por meio da Assessoria de
meio da sua Seção de Próprios
necessários, por meio da gestão
Coordenação dos Destacamen-
Nacionais (CCPN), moradia ao
das Ordens de Serviço de Saúde e
tos (CCD), realiza a coordenação
efetivo e respectivos familiares,
pela promoção de medidas, jun-
dos procedimentos necessários
pela gestão dos PNR alocados
to às Organizações de Saúde da
à execução das atribuições de
aos Destacamentos, nos quais
Aeronáutica, responsáveis pelo
Relevantes
atividades
dos
credenciamento de hospitais e clínicas nas localidades onde se encontram os Destacamentos. Nesse sentido, apoia as ações do Serviço de Assistência Social do Centro, buscando amparar os militares dos Destacamentos e respectivas famílias, a fim de preservá-los da exposição à vulnerabilidade social. Com a finalidade de cumprir essa gama de atribuições, relacionadas à missão do CINDACTA I e executada por Destacamentos situados em localidades distantes deste Regional, a CCD conta com sua Seção de Apoio de Transporte Aéreo (CCAT), responsável pelo planejamento e coordenação de diversas missões aéreas, destinadas ao provimento desse suporte fundamental, em consonância às demandas das Divisões desse Centro.
94 CINDACTA I • 45 ANOS
Mapa dos Destacamentos
CINDACTA I • 45 ANOS 95
DTCEA - AN
Anápolis (GO)
40 ANOS CINDACTA I • 45 ANOS 96 GEIV
DTCEA - BQ
Barbacena (MG)
CINDACTA I • 45 ANOS 97
DTCEA - BR
Brasília (DF)
98 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - BW
Barra do Garças (MT)
CINDACTA I • 45 ANOS 99
DTCEA - CC
Cachimbo (PA)
100 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - CF
Confins (MG)
CINDACTA I • 45 ANOS 101
DTCEA - CY
Cuiabá (MT)
102 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - EP
Porto Espiridião (MT)
CINDACTA I • 45 ANOS 103
DTCEA - FA
São Félix do Araguaia (MT)
104 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - GA
Gama (DF)
CINDACTA I • 45 ANOS 105
DTCEA - GI
Chapada dos Guimarães (MT)
106 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - LS
Lagoa Santa (MG)
CINDACTA I • 45 ANOS 107
DTCEA - PCO
Pico do Couto (RJ)
108 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - SI
Sinop (MT)
CINDACTA I • 45 ANOS 109
DTCEA - SRO
São Roque (SP)
110 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - STA
Santa Teresa (ES)
CINDACTA I • 45 ANOS 111
DTCEA - TNB
Tanabi (SP)
112 CINDACTA I • 45 ANOS
DTCEA - TRM
Três Marias (MG)
CINDACTA I • 45 ANOS 113
DTCEA - YS
Pirassununga (SP)
114 CINDACTA I • 45 ANOS
DTS - Destacamento de Telecomunicações por Satélite
Brasília (DF)
CINDACTA I • 45 ANOS 115
Galeria dos Ex-Comandantes
Ten Cel Eng José Ernesto Pereira Monteiro 30/05/1972 a 15/04/1975 (CISDACTA)
Cel Av Daniel Teixeira Brantes 12/08/1975 a 06/05/1976 (CISDACTA)
Cel Av Márcio Nóbrega Ayrosa Moreira 04/02/1974 a 31/01/1978
Cel Av Sócrates da Costa Monteiro 31/01/1978 a 20/05/1980
Cel Av Guido de Resende Sousa 20/05/1980 a 07/08/1981
Cel Av Ronald Eduardo Jaeckel 1/08/1981 a 24/01/1984
Cel Av Carlos Aureliano Motta de Sousa 24/01/1984 a 28/01/1986
Cel Av Manoel Carlos Pereira 24/01/1986 a 04/12/1987
Cel Av Judimar das Chagas 04/12/1987 a 23/01/1990
Cel Av Sérgio Candiota da Silva 23/01/1990 a 31/01/1992
Cel Av José Montgomeri Melo Rebouças 31/01/1992 a 20/12/1993
Cel Av Luiz Paulo Moraes da Silveira 20/12/1993 a 16/01/1996
116 CINDACTA I • 45 ANOS
Cel Av Eduardo D'ávila Duprat 16/01/1996 a 22/01/1998
Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araújo 28/11/2003 a 11/01/2006
Cel Av Valdir Augusto Fogaça 22/01/1998 a 18/01/2000
Cel Av Franklin Nogueira Hoyer 18/01/2000 a 22/01/2002
Cel Av Marcos Augusto dos Santos Negrão 22/01/2002 a 28/11/2003
Cel Av Lúcio Nei Rivera da Silva 11/01/2006 a 14/11/2006
Cel Av Carlos Vuyk de Aquino 14/11/2006 a 11/04/2007
Cel Av Eduardo dos Santos Raulino 11/04/2007 a 18/01/2008
Brig Ar Rafael Rodrigues Filho 18/01/2008 a 24/06/2009
Brig Ar Mauricio Ribeiro Gonçalves 24/06/2009 a 08/04/2011
Maj Brig Ar José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho 08/04/2011 a 04/04/2012
Brig Ar Leonidas de Araújo Medeiros 28/04/2014 a 18/02/2016
Brig Ar Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira 18/02/2016 a 19/03/2018
Cel Av Rubem Müller Schneider 19/03/2018 a 27/01/2020
Brig Ar Carlos Minelli de Sá 04/04/2012 a 28/04/2014
CINDACTA I • 45 ANOS 117
118 CINDACTA I • 45 ANOS
CINDACTA I • 45 ANOS 119
O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) está sediado na cidade de Brasília. É uma organização subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e um elo permanente do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), prestando serviços de: gerenciamento de tráfego aéreo; defesa aérea; informações aeronáuticas; meteorologia aeronáutica; telecomunicações aeronáuticas e busca e salvamento. Dispõe de 20 Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) onde estão localizados os meios, sistemas e equipamentos que dão suporte às suas operações. Eles estão instalados em áreas estratégicas, nos estados do Mato Grosso, Pará, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, além do Distrito Federal. www.decea.mil.br