Entrevista
À CONVERSA COM O JOSÉ MARTOS, CEO DA S A I N T-G O B A I N P O R T U G A L
por Alb e r t i na S e qu e i r a , Diretora-Geral da Apicer
José Martos
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CEO Saint-Gobain Portugal
Kéramica – Conte-nos o seu percurso pessoal dentro do mundo dos materiais de construção e como começou o relacionamento com o sector cerâmico. José Martos – Estudei Engenharia Civil em Espanha e desde o início da minha carreira profissional estive ligado ao setor da construção e obra civil. Em 2001, tornei-me Diretor de Obra para construir uma fábrica de argamassas no sul de Madrid. Antes de finalizar o projeto, o Diretor Geral convidou-me a dar continuidade à minha carreira profissional na empresa como Diretor de Fábrica. Foi assim que há 20 anos iniciei a minha carreira na área de materiais de construção e em particular nas argamassas. Desde então, foram 20 anos repletos de desafios em países como Espanha, China, Indonésia e agora Portugal. Kéramica – A presença da Saint-Gobain em Portugal está quase a comemorar os 60 anos e curiosamente iniciou-se no sector do vidro. Poderia contar-nos um pouco a história da empresa em Portugal? A aposta em Portugal da multinacional francesa é uma aposta ganha?
Janeiro . Fevereiro . 2021
José Martos – A Saint-Gobain está presente em Portugal desde 1962, quando adquiriu parte das ações da Companhia Vidreira Nacional (Covina). Desde então, o grupo Saint-Gobain tem investido ativamente no mercado português, tanto em materiais de construção como no setor automóvel, chegando a 12 empresas distribuídas por todo o país e representadas por marcas líderes nos seus respetivos mercados, tais como a Weber, a Placo, a Isover, a Climalit, a Glassdrive, a Sekurit, a Norton, etc. Sem dúvida que foi uma excelente aposta para a Saint-Gobain investir no mercado português. O reconhecimento das nossas marcas representa a liderança da Saint-Gobain nas diferentes áreas de negócio em que está presente. Kéramica – Como está a ser vivido, na Saint-Gobain Portugal, este período de pandemia que atravessamos? Quais as principais dificuldades sentidas e medidas tomadas? As medidas de apoio do governo, têm sido adequadas? José Martos – Este período tem sido muito desafiante. Por um lado, priorizamos a saúde de todos os nossos colaboradores e temos trabalhado muito para garantir um ambiente seguro e livre do vírus. Como consequência, os nossos colaboradores têm demonstrado um grande sentido de compromisso e uma imensa capacidade de adaptação e resiliência para manter o nosso negócio ativo e atender às necessidades dos nossos clientes.
Entrevista . Kéramica . p.33