PERFIL DA GESTÃO DAS PROPRIEDADES RURAIS DE PEQUENO PORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO

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As ações propostas nestes eixos favorecem um planejamento da gestão da propriedade paratratar de muitos dos processos, que possuem confluência entre um e outro. Existe uma relação intrínseca entre o processo de gestão de um negócio e a renda, podendo inferir que, quanto melhor a gestão, maior a renda. Cumpre ressaltar que nenhuma instituição, pública ou privada, por maior que seja o escopo das ações, consegue alcançar todos os públicos. Por isso é importante as parcerias em diversos âmbitos: Secretarias de Estado; escolas técnicas, como o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza; fundações, como o Itesp; entidades paraestatais como o Sistema “S”; organizações não governamentais; prefeituras; agentes de desenvolvimento local de outras entidades de Ater; entidades socioassistenciais; universidades; e outras organizações locais. A atuação conjunta de várias entidades, compondo ações planejadas e desenvolvidas de forma simultânea e sinérgica remetem a uma gestão convergente, que oferece bons resultados, tanto para o público estratégico, como para o público-alvo. Para tanto, projetos com a concepção de desenvolvimento regional devem ser elaborados, abordando os principais pontos vulneráveis da gestão das propriedades rurais de pequeno porte, com o objetivo de mitigar as causas e os efeitos negativos, bem como potencializar os pontos verificados como forças e oportunidades. Esses projetos devem conter indicadores, metas, estratégias e prazos que, uma vez implantados, incorram no aumento da renda dos produtores. A concretização das ações e o trabalho com o público-alvo é atribuição da extensão rural, sendo ela executada por órgãos oficiais ou demais entidades que as possuem em seus escopos e ações correlatas. Então, pode-se perguntar: qual extensão rural é necessária para tantos desafios apresentados? Conforme colocado, a proximidade das equipes com o público-alvo é fundamental. No próprio levantamento a que se refere este Documento Técnico, os melhores resultados em relação à aplicação dos questionários foram obtidos com técnicos locais, tendo em vista a relação de proximidade e confiança existente entre os produtores e os técnicos. Para isso é preciso “estar e atuar regionalmente”, bem como possuir estruturas locais de extensão rural e estar próximo aos produtores desenvolvendo ações de Ater de forma contínua e gratuita em prol dos pequenos produtores.

6. ANÁLISE DO INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA (IEA)/APTA Pesquisadores Científicos VI Instituto de Economia Agrícola Carlos Eduardo Fredo Marli Dias Mascarenhas Oliveira Priscila Rocha Silva Fagundes Silene Maria de Freitas

A pesquisa realizada pela CATI/CDRS constitui um trabalho inéditoe inovador quepermite compreender diferentes aspectos sobre a realidade local dos pequenos produtores do Estado de São Paulo, bem como direcionar (novas) ações para a pesquisa e a extensão rural e orienta a formulação de políticas públicas.

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