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11. A literatura mística
A Comunhão dos Santos, Elise Ritter, Arl ington.
Apesar de serem pouco conhecidos, a verdade é que não poucos cristãos viveram, e vivem, a sua vida espiri tua l na sua maior profundidade. Isto é, vivem a sua vida espir it ual orientada, de um modo cresce ntemente intui tivo, ao amor maior e melhor. A estes cristãos designa-se de "míst icos". Na medida em que a vida futura de qualquer pessoa em Deus será estar plenamente orientado para Est e, os "místicos" são, no fundo, os crent es que já vivem, no presente e em parte, o que é a meta espiritua l de todos os batizados. Escrit os por estes, e para estes, surgiu o género místico.
Muitos foram os grandes místicos da história do Crist ianismo que nos deixaram textos de literatura mística. Faça-se refer ência apenas a alguns: os Tratados místico s do monge e bispo, natural de onde é atua lmente o Qatar, Isaac de Nínive (ca. 613- ca. 700), onde este autor discorre, sob a forma de breves senten ças, sobre alguns dos mais relevantes aspectos da vida mística cristã; os Sete modos de amor da leiga dos Países Baixos Beatriz de Nazaré (ca. 1200 -1268), que se repo rta à importância nuclear do amor na relação espir it ual com Deus; e, por fim , a Nossa Senhora da Sabedoria do sacerdote suíço Maurice Zundel (1897-1970), em que, sob um conj unto de reflexões acerca de Maria, o auto r apresenta a sua experiênc ia mística como um ent rar na pobreza divina decor rente do facto de Deus ser Amor.
Educação r/!oral e Religiosa Católica
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