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12. A literatura cris ológica o Cristianismo é o que
é, devido , não à vontade deste ou daq uele grande génio religioso humano , mas ao próprio Deus-A mor fe ito ser humano; a sabe r: Jesus Cristo. Dest e modo, Ele - com a Sua afetividade, valore s, cri térios, deci sões, at it udes e comportamentos - é o único modelo essencial do que - seja na sua vida inter ior, seja na sua vida exter ior - deve ser qualquer cristão. É daqui que surge a lite ratu ra cristológica.
Numa resumida lista dos mais import ant es livros deste género lit erário cristão , pode-se referir: o Acerca da Incarnação do Verbo, de Atanásio de Alexandria (ca. 297-373), no qual este autor deseja defender a realidade do fact o de Deus-Filho t er assumido plenamente a natureza humana; o Por que Deus [se fez] Homem, de Anselmo de Cabeça de Cristo Coroada com Espinhos, Guida Aosta (ca. 1034-1109), que não é senão uma ten tativa de explicar o motivo pelo qual Deus- Filho incarnou; O desafio The Nation al Gallery, Londres. de Jesus, do bispo anglicano Nicholas 1. Wright (nascido em 1948), que apresenta quem fo i Jesus no Seu contexto histó rico e qual a Sua import ânc ia para o mundo contemporâneo; e, enf im, Jesus de Nazaré, de Joseph Ratzinger/Bento XVI (nascido em 1927 e eleito Papa no ano de 2005), no qual o autor busca apre sentar uma cristo logia que, respeitando os dados da investigação bíblica, não põe de lado uma profunda leit ura crente dos fac tos por aquela estudados e dados a conhece r.
Reni (1575-1 642),
Como ilustração de um text o cristo lógico, pode-se transcrever umas palavras da últ ima obra indicada (Joseph RATZINGER/B ENTO XVI - J esus de Nazaré, vaI. 2: Semana Santa, da entrada em Jerusalém até à Ressurreição. Parede: Principia, 2011, 159s).
"O que é a verdade? Não foi apenas Pilatos quem pôs de parte esta questão como insolúvel e, para a sua função, impraticável. Ainda hoje, tanto na ágora política como na discussão acerca da formação do direito, a maioria sente aversão por ela. Mas, sem a verdade, o homem não se encontra a si mesmo; no fim de contas , abandona o campo aos mais fortes. A «Redenção», no sentido pleno da palavra, só pode consistir no facto de a verdade se tornar reconhecível. E ela torna-se reconhecível se Deus Se torna reconhecível. Ele torna-Se reconhecível em Jesus Cristo. N'Ele, Deus entrou no Mundo, e assim plantou a medida da verdade no meio da história. Externamente, a verdade é impotente no mundo; tal como Cristo, que, segundo os critérios do mundo, não tem poder: Ele não possui nenhuma legião; acaba crucificado. Mas é precisamente assim , na carência total de poder, que Ele é poderoso, e só assim a verdade se torna incessantemente força".
Capa de O desafio de Jesus, do bisp o anglicano Nicholas T. Wright.
Educacào i'lloral e Religiosa Católica
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