ENS - Carta Mensal 534 - Junho/Julho 2020

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Ano LX • junho/julho • 2020 • n° 534

CARTA EQ U I P E S D E N O S S A S E N H O R A

MENSAL

70anos EQUIPES DE NOSSA SENHORA

1950-2020

BRASIL

Ascensão do Senhor página 10

Casais il o Bras da Prime ira Equipe n

Tempo especial para os cristãos página 2


Índice Editorial

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ACESSE CARTA MENSAL SONORA:

Super-Região Um tempo muito especial para todos os cristãos................................................ 2 Vocação e Missão...........................................................................................4 Tema do ano – capítulo IV ...............................................................................6 Tema do ano - capítulo V ................................................................................8 Ascensão do Senhor......................................................................................10 Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.............................................................. 11 Balanço, contribuição e viver a verdade!........................................................... 12 Comunicação externa em tempos de quarentena............................................. 13

Igreja Católica Palavra do Papa.............................................................................................14 Se milagres desejais, recorrei a Santo Antônio…................................................ 15

Raízes do Movimento Excesso de trabalho, cansaço, decepção...........................................................16

Datas comemorativas 70 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil................................................18 Dia dos Namorados...................................................................................... 20

EJNS A diversidade na unidade das EJNS.................................................................. 21

Testemunho

A Oração Conjugal........................................................................................23

Formação Dom da Fortaleza..........................................................................................25

Reflexão “Casados de Vida Santa”, encarte do Tema de Estudo do Ano............................. 26 Ah! Que saudades do Encontro de Fátima....................................................... 29 Esperar em Deus.......................................................................................... 30

Contos e reflexões A história da balança.....................................................................................32

no 534 junho/julho 2020

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 São Paulo SP - Fone: 11 3473-1282 - Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. ­Rejowski - Imagens: (Capa: Web) Pixabay / Can Stock Photos \ Freepik \ Freeimages; Tiragem desta edição: 31.120 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3 o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, antes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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Santidade, um desafio!..................................................................................22

Partilha e PCE


EDITORIAL

Desejamos encontrá-los na paz de Deus e gozando de boa saúde! Para se animarem leiam o artigo de D. Moacir, que diz sobre a nossa grande responsabilidade de viver e testemunhar a fé, a caridade e a esperança por palavras e ações, sendo para o mundo o que a alma é para o corpo, fonte de vida e de ânimo! Em seguida, Lu e Nelson nos dão o itinerário para cumprirmos o que nosso Movimento nos pede nesse ano. Mostra-nos como viver nossa vocação e missão nesses tempos difíceis... E em meio a tudo isso, temos a graça de celebrar os 70 anos das ENS no Brasil, sem as comemorações por nós idealizadas e programadas, mas vividas na alma de cada equipista que sente as maravilhas que o Movimento proporciona às famílias! Tudo preparado e organizado por Deus! Para nos ajudar a caminhar, seguem as reflexões sobre os capítulos 4 e 5 (Gnosticismo / Pelagianismo e a Oração) do tema do ano, que tratam sobre os obstáculos à santidade, mas também do antídoto necessário, que é a Oração. Nas palavras do CRP Lenice e José Carlos, a nossa santidade se fundamenta na fé, ergue-se na esperança e aperfeiçoa-se na caridade. Em tudo dai graças a Deus, porque Ele é bom, sempre! Preparando esta edição pudemos perceber a mão cuidadora de Deus sobre todos nós, onde as matérias direcionam para a importância da Oração! Como uma orquestra, os artigos produzidos em tempos e contextos diferentes vão se encaixando de forma magistral. Assim, queremos indicar o CM 534

artigo “O pilar do pão”, que fala sobre o alimento tão necessário ao corpo, mas que não substitui a oração. Neste mesmo sentido a palavra do Papa diz: “Todos nós somos chamados a entrar na história concreta das pessoas que estão ao nosso lado sobretudo rezando por elas, assumindo na oração suas alegrias e seus sofrimentos. Mais à frente, no artigo sobre o dom da fortaleza, Pe. Hélio Cordeiro menciona que a força de um casal cristão reside na oração e o conto “A história da balança” conclui esse itinerário assim: “SÓ DEUS SABE O VALOR DE UMA ORAÇÃO”. Muito oportuno, temos a fala do casal responsável pela comunicação externa, que deixa clara a importância de não nos deixarmos abater e que a adaptabilidade é uma importante característica do ser humano e do cristão que traz consigo a certeza de que “Deus não dá uma cruz que não possamos carregar”. Muitos outros artigos inspiradores sobre a nossa Igreja e a história de vida dos equipistas no formato testemunho. Nossa vontade seria colocar no editorial um pedacinho de cada um para que também todos vocês desejem lê-lo... Que Deus abençoe a leitura e o entusiasmo por nossos 70 anos de existência e que cada vez mais equipistas leiam a carta física ou digital e se beneficiem. Abraço Débora e Marquinho CR Carta Mensal

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SUPER-REGIÃO

Um tempo muito especial para todos os cristãos Participamos de um tempo especial da história humana, marcado por grandes dificuldades e desafios e que, no sentido religioso, para nós, cristãos equipistas, é percebido como tempo de provação e purificação.A pandemia do novo coronavírus (covid-19) desafia toda a humanidade a olhar-se, questionar-se e a repensar estratégias para vencer o isolamento ao qual a doença nos forçou, superar as fragilidades econômicas a que fomos submetidos, construirmos uma solidariedade especial diante das graves desigualdades sociais que temos. Toda a humanidade foi atingida, e nós, cristãos, também, pois, como membros da sociedade humana,experimentamos todos os desafios e provações como as demais pessoas. Nossa vida humana cristã realiza-se nos mesmos contextos que a vida das demais, porém nós a compreendemos como um chamado diferenciado a partir da fé. Ainda no século II recordava o autor da Carta a Diogneto: “Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e à especulação de homens curiosos, 1

nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em casas gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros”.1 O modo de viver dos cristãos é considerado paradoxal e admirável porque neles, a partir do batismo, aconteceu um morrer para uma realidade (do pecado) e um nascer para outra realidade (da Graça, da vida divina). Aquele que aderiu a Cristo, pelo batismo, recebeu sobrenaturalmente uma nova vida que o conduz, na vida natural, a uma transformação do modo de ser, de pensar e de estar no mundo, como nos atesta Colossenses 3,2-4 “… Pensai nos objetivos do alto, e não nas coisas terrenas; pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, for manifestado, também vos manifestareis com Ele em glória”. O cristão possui, então, em certas situações, como a desta pandemia, uma grande responsabilidade de viver e testemunhar a fé, a caridade e a

FRANGIOTTI, Roque. Veritatis Splendor. Carta a Diogneto. 6 nov. 2001. Disponível em: https://www.veritatis.com.br/carta-a-diogneto/

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esperança por palavras e ações. Viver e testemunhar a FÉ pelo seu ser igreja doméstica, manifestando, no lar e em seus relacionamentos, a certeza da presença de Cristo e da ação de Deus na Sua Igreja, da qual cada família faz parte e a manifesta. Viver e testemunhar a CARIDADE, por meio de gestos concretos de solidariedade com os que mais sofrem, devido às desigualdades sociais e fragilidades diversas, através de: doações, contribuições, envolvimento em ações solidárias. Viver e testemunhar a ESPERANÇA, contrapondo-se aos profetas do apocalipse e do pessimismo; oferecendo sua escuta e sua atenção amorosa aos que estão desanimados, deprimidos, amedrontados; fomentando opiniões equilibradas que promovam a paz, a união, a concórdia e a defesa do bem comum e da vida (e não de interesses meramente particulares, políticos, econômicos ou de poder). Em resumo: é tempo de viver eficazmente a ENTREAJUDA! Os cristãos, equipistas ou não, possuem uma sublime missão: transmitir ao mundo a fé, o amor, a esperança em Deus e manifestar a fé, o amor e a esperança de Deus na humanidade. Assim, poderíamos concretizar aquilo que o autor da Carta supracitada enxerga em nós, quando diz: “Em poucas palavras, assim como a alma está no corpo, assim estão os cristãos no

mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo, e os cristãos estão em todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não são do mundo.A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são vistos no mundo, mas sua religião é invisível”.2 Sejamos, portanto, para o mundo, o que a alma é para o corpo, fonte de vida e de ânimo. Nossa vida, unida a Cristo e por ele redimida, pode ser um verdadeiro remédio para um mundo que adoece fisicamente, mas também para enfermidades maiores na mente, no coração e no espírito. Coragem e fé! Deus é bom! Vamos caminhar juntos!

Ibidem.

D. Moacir Arantes SCE Super-Região

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Vocação e Missão Muitas de nossas Regiões não conseguiram realizar os pós-EACREs, os retiros do primeiro semestre, encontros de formação, em função da situação atual do país. E por isso pensamos em fazer esse artigo para ajudá-los a compreender como podem assumir as propostas feitas pelo Movimento para esse ano, apesar da condição em que nos encontramos, de distanciamento social. O Movimento nos propõe através das orientações do ano que são oriundas da grande orientação, não tenham medo, saiamos, que marcará a vida do Movimento pelos 6 anos a partir de Fátima. Continuaremos com as mesmas linhas de ações do ano passado, mas com a ênfase: chamado a ser santos, vivenciando o tema de Estudo: Casal Santo Alegria da Igreja Testemunho para o mundo, experimentando os pontos concretos com ardor e assiduidade e difundindo o documento Vocação e Missão. Temos o objetivo de ajudar todos a entender que conseguiremos vivenciar tudo isso mesmo sem poder sair de nossas casas. O Padre Caffarel, ao longo de toda sua vida, não cessou de repetir que um Movimento para se manter vivo tem de evoluir. Para ele, um Movimento vivo é um Movimento que se constrói a cada dia, graças à ação dos seus membros.

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(Introdução do documento Vocação e Missão). Por essa razão, a Equipe Responsável Internacional anterior decidiu fazer uma pausa no caminho e, depois de um longo discernimento, propôs ao Movimento, como elemento de reflexão, o documento Vocação e Missão no Limiar do Terceiro Milênio. Toda mudança desperta temor, promove interrogações e questões que, no nosso discernimento cristão, é saudável considerar, não para nos tornarmos opositores, mas para esclarecer as dúvidas que ainda nos amarram à segurança dos portos conhecidos. A proposta de olhar além da nossa zona de conforto não é nova, vem sendo preparada há muitos anos e ultimamente ganhou força no encorajamento da Igreja ao convidar um pastor, como o Papa Francisco. E é impressionante como tudo isso caminha em comunhão com as propostas da CNBB através das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019-2023, que constituem uma das expressões mais significativas da colegialidade e da missionariedade da Igreja no Brasil. Essas diretrizes foram estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, apresentada com a imagem da “casa”, CM 534


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“construção de Deus” (1Cor 3,9). Voltando às origens, lembrando as primeiras comunidades cristãs do Ato dos Apóstolos, essa Igreja que começa nas casas, nas famílias, uma igreja doméstica. O que vem muito ao encontro do que estamos vivendo nos dias de hoje, de isolamento social, de retiro. Já na quarta parte do documento DGAE, ele nos apresenta o Agir: indica como essa igreja pode estar presente no mundo totalmente urbano, dos grandes centros, que são realidades bem desafiadoras, e que vai exigir de nós uma nova postura. Justamente o que o documento Vocação e Missão do Movimento também vem nos propor - Que saiamos da nossa zona de conforto. Mas as pessoas podem estar se perguntando, como vamos fazer isso se não podemos sair de casa? Muitas vezes sair não significa sair de nossas casas, mas sairmos de nós mesmos, do nosso egoísmo e egocentrismo e ir ao encontro do outro. E neste momento passamos por uma CM 534

situação até então nunca experimentada por todos nós. Existem pessoas que estão solitárias, agoniadas, com carência afetiva, econômica, etc. Às vezes, necessitam apenas de um telefonema, de uma palavra, de carinho e atenção, ouvir mensagens positivas. Isso é sair da nossa zona de conforto e oferecer ao outro aquilo que o deixa carente neste momento e que antes não víamos. Que Deus ajude a todos nós a discernir e a compreender as necessidades dos que estão em nossa volta. Que Deus nos ajude a identificar problemas e sugerir mudanças. Um grande abraço a todos, estamos unidos pelo coração e pelas orações. Para unir não precisa reunir! Tudo isso logo vai passar.

Lu e Nelson CR Super-Região

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Tema do ano – capítulo IV Inimigos da Santidade: Gnosticismo e Pelagianismo Este capítulo nos desperta à reflexão de duas sutis correntes, obstáculos na nossa caminhada cristã na busca da santidade,o gnosticismo e o pelagianismo, como discorre o Papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate. O caminho à santidade é construído no cotidiano da nossa vida. É Deus que nos atrai para sua vida Divina, ser santo é viver na presença Dele, não ter medo dos desafios, transformar realidades, viver o Evangelho, testemunhando com atitudes cristãs onde quer que estejamos. Os santos nos ensinam esta verdade:

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santo é quem faz da sua vida um altar do amor. Eles atingiram a santidade porque viveram a vida com todas as consequências da caminhada: erros e acertos; alegrias e tristezas; luzes e trevas. Mas somente conseguiram viver isso porque primeiro se abriram à ação da graça de Deus em suas vidas e se deixaram conduzir por ela. O gnosticismo que tudo explica pelo conhecimento, pela racionalidade, sem se deixar guiar pelo Espírito, nega o mistério da encarnação. Sabemos que a perfeição não está no grau de conhecimento e sim no grau de caridade. A encarnação mostra que não é o CM 534


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O caminho à santidade é construído no cotidiano da nossa vida. É Deus que nos atrai para sua vida Divina, ser santo é viver na presença Dele, não ter medo dos desafios

homem que sobe a Deus pela força do seu conhecimento, mas Deus que desce ao homem pela força do seu amor. São Francisco,preocupado com o gnosticismo, escreveu para Santo Antônio de Lisboa: “Apraz-me que interpreteis aos demais frades a sagrada teologia, contanto que este estudo não apague neles o espírito da santa oração e devoção”. O pelagianismo atribui a realização somente ao esforço humano, à autossuficiência, sobrepondo o mistério da graça de Deus, negando a ação salvífica de Jesus Cristo. A Igreja nos ensina que não somos justificados por nossas obras e por nossos esforços, mas pela graça do Senhor. As obras não alcançam a salvação, mas testemunham o acolhimento da salvação dada em Cristo. Sabemos que não existe santidade sem CM 534

a ação de Deus e sem nosso combate espiritual, a exemplo do apóstolo Paulo que transformou sua vida pela graça de Deus: “já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim“ (Gl2,20). Precisamos construir nossa identidade cristã, viver a graça batismal, temos uma verdade, Jesus Cristo, “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6) e devolver ao mundo a esperança, frente a tantas dificuldades que se apresentam. Sejamos perseverantes na busca da santidade, sabendo que a misericórdia de Deus nos salva e santifica. Que assim seja! Rose e Rubens CRP Sul I

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Tema do ano capítulo V Oração: Exigência de Santidade

“Senhor,ensina-nos a orar” (Lc.11,1) Foi oportuno e motivo de alegria desenvolver algumas reflexões apoiadas no capítulo V do nosso Tema de Estudo 2020 “ORAÇÃO: Exigência de Santidade”; antes, porém, fomos ler, pesquisar, estudar e refletir sobre o assunto. Quantas maravilhas encontramos! À medida que buscávamos compreender, o Espírito Santo suscitava em nós o desejo de aprofundarmos na fé, nos ensinamentos do Senhor e nas orientações do Movimento. “As Equipes de Nossa Senhora têm por objetivo essencial ajudar os casais a tender à santidade. Nem mais, nem menos. (Pe.Caffarel, Guia ENS, página 16) A SANTIDADE, portanto, é dom de Deus e fruto da correspondência do homem, acima de tudo, fruto da graça de Deus. O Concílio Vaticano II já tinha mostrado que a santidade não era um objetivo a alcançar, mas sim uma atitude de vida apoiada nos valores evangélicos. A nossa santidade se fundamenta na fé, ergue-se na esperança e aperfeiçoa-se na caridade.

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A “Segunda Inspiração ENS diz: Os cristãos casados são chamados à santidade. Para eles, não se trata apenas de um chamado individual, mas um caminho a ser percorrido em casal. Esta é a grande descoberta da espiritualidade conjugal: o amor conjugal e o amor a Deus não se excluem, podem ser vividas em casal.(item 2.3-O casamento ao serviço da santidadeGuia ENS, página 166) Para percorrer esse caminho de santidade, como êxodo permanente, precisamos vivenciá-lo na ORAÇÃO. Jesus nos convida à oração, Maria é a orante perfeita e modelo para todos nós. “Com a alma disposta, peça a graça da oração..., a oração é um dom de CM 534


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Deus antes de ser uma atividade do homem. Rogue com humildade ao Espírito Santo”. (100 Cartas sobre a Oração Pe. Caffarel, página 25) Quando rezamos o Pai Nosso, Jesus ensina os filhos de Deus a rezar em comum por todos nossos irmãos, a glorificar o Pai, santificar o seu Nome, a cumprir sua Vontade, estar unido a Ele em um só coração e uma só alma e com toda Igreja, desejar um coração confiante na misericórdia do Pai, pedir perdão e perdoar sob a ajuda de Jesus, com humildade, pedir a graça do discernimento para não cair nas tentações e livrar de todo mal. É contemplando e ouvindo o Filho que os filhos aprendem a orar ao Pai. CM 534

A família equipista deve ser uma comunidade de fé, de esperança, de amor, onde o casal procura vivenciar os PCEs; ora pelos seus filhos e ora com os filhos, testemunhando que o amor de Deus é a fonte de toda oração e caminho para a santidade. Que Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa Mãe, interceda por nós e nos guie na caminhada rumo à santidade. Que o Deus da esperança vos encha de toda alegria e paz, em vossa vida de fé... (Rm 15,13) Lenice e José Carlos CRP Sul II

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Ascensão do Senhor

Com a Solene Celebração da Ascensão do Senhor aos Céus, celebramos o coroamento da sua Ressurreição. É o Ressuscitado que volta definitivamente à casa paterna. Podemos afirmar que é sua entrada oficial naquela glória que lhe era devida após a humilhação do calvário. É a volta ao coração do Pai, por Ele mesmo anunciado no dia da Páscoa, “subo para o meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20, 17). Este anúncio da volta à casa Paterna, do modo como foi formulada pelo Senhor, já aponta para a suprema realidade que nos é reservada: também nós retornaremos e encontraremos um lugar na casa, no coração de nosso Deus, há um lugar para cada um de nós. O Pai também irá nos acolher de braços abertos! A ascensão de Jesus é proclamar sua vitória sobre a morte, anunciar nossa futura ressurreição, renovar nosso compromisso com a missão de ir para o mundo inteiro e anunciar o Evangelho a toda criatura.A vitória de Jesus sobre a morte é o fundamento de nossa fé e a fonte de nossa missão. Então a ascensão do Senhor tem dois movimentos, um para o alto, no qual Jesus volta para a casa paterna e prepara um lugar para todos nós,e o outro para baixo, que marca o início da missão dos apóstolos e discípulos,início da nossa missão. Agora compete aos discípulos levar adiante a missão iniciada pelo mestre e levar até os confins do mundo ao coração dos seres humanos o Evangelho.

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Essa é a vocação de todos os cristãos batizados, de dar testemunho de Jesus Cristo; Ele que dá a última palavra de nossa existência.Na ascensão,Jesus revela definitivamente quem é o homem, fomos criados à imagem e semelhança de Deus, somos guiados por Sua mão durante toda a história.Por isso não tenhamos medo, o Senhor está no comando da nossa vida, nos guiando e iluminando nosso caminho. Vamos em frente! Jesus conta com cada um de nós para a missão. No Evangelho os apóstolos responderam o chamado para a missão, agora somos nós. Que Maria, Mãe de Jesus e nossa mãe, interceda por nós para dizermos nosso sim, sem medo. Deus seja louvado, abraço fraterno a todos. Pe. Antonio Carlos Fernandes SCEP Sul I CM 534


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Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. ” (João 6,51) A Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo pretende que meditemos mais profundamente no mistério de amor de Jesus por nós. Os termos “carne” e “sangue”, como o de “Filho do homem”, indicam toda pessoa em todas as suas dimensões, e por isso servem para fazer compreender que comer e beber significam unir-se, por meio do sinal sacramental, à paixão e morte de Jesus; significa entrar em seu mistério para receber e dar a vida. Antes de derramar sangue na cruz, Jesus fez de sua vida uma oferta a Deus e à humanidade. Por isso, ele antecipa, no gesto profético da última ceia, o que se dará no momento culminante do dom de si mesmo, a morte na cruz. O sangue de Cristo é a vida de Cristo, o corpo de Cristo é a vida de C ­ risto. Nessas espécies está figurada a vida inteira de Cristo, incluindo sua morte e ressurreição. Tal vida foi uma oferta, e por isso Cristo é a humanidade ofertada a Deus, libertada integralmente do egoísmo, do pecado e da morte. Por isso nos representa, sua vida substitui a nossa. É isso que celebramos na eucaristia. As palavras do Senhor: “Isto é meu CM 534

corpo... isto é meu sangue”, “tomai e comei... tomai e bebei”, deveriam nos recordar de que nos compete assimilar em nossa vida as características da vida de Jesus. O Corpo e Sangue de Cristo são centro e sustentáculo da vida cristã. Por isso, quem deles se alimenta há de aceitar participar da doação da vida realizada por Cristo, em adesão à vontade do Pai e em doação ao próximo. Assim, por meio da eucaristia, os fiéis vivem o mistério da vida, morte e ressurreição de Cristo, celebrando a comunhão sem fim na glória eterna. A celebração do Corpo e Sangue de Cristo deve chamar a atenção para o Pão e o Vinho, para a dimensão da refeição familiar onde todos estamos participando da mesma mesa.A eucaristia é uma epifania sacramental da Páscoa e isso só se pode conhecer por meio da fé. A eucaristia é, pois, memória de fé. Comungar da eucaristia é assumir a vida de Cristo na própria vida, é acolher a todos, não ter preconceitos, desamor, rancor, não praticar qualquer exclusão. Padre Gilmar Antonio F. Margotto SCEP Sul II

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Balanço, contribuição e viver a verdade! A Super-Região Brasil, em geral, apresenta seu balanço financeiro na edição de junho da Carta Mensal. Mais do que uma exigência legal,é uma atitude conquistada a partir dos PCEs, que nos levam a viver a verdade como fruto da experiência do amor de Deus.Não apenas a Verdade da fé,mas também a verdade em nós mesmos, em nossas relações e ações. Infelizmente,neste ano,em razão da pandemia de covid-19, precisaremos adiar essa publicação. A empresa que presta serviço de contabilidade para a SRB suspendeu temporariamente seus trabalhos, impossibilitando a finalização do nosso balanço 2019 antes da edição desta Carta Mensal.Tão logo for possível,apresentaremos aqui as nossas informações. Por enquanto, queremos refletir com vocês sobre a contribuição financeira ao Movimento, parte inerente do ser equipista. Sim, só é verdadeiro equipista aquele que apresenta lealmente a sua contribuição. Aquele que não o faz, não participa em plenitude das ENS. Pode parecer duro, mas quando lembramos que a contribuição foi prevista pelo próprio Padre Caffarel em nosso Estatuto, não há outra conclusão possível. Pensem na sabedoria dessa “obrigação” apresentada por nosso fundador,com vista ao crescimento espiritual de todos...não se trata de um valor fixo, que poderia ser pouco para uns e um sacrifício para outros. É pedido o fruto de um dia do trabalho de cada um.Pouco importa se é um real ou um milhão, cada um contribui conforme a sua realidade.

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Dando valores diferentes, somos iguais! E, aqui no Brasil, ainda podemos dividir este dia em dez parcelas, oito enviadas para a SRB e duas para o Setor. Então, o que dizer quando temos o registro de que, em 2019, apenas 57% das equipes enviaram suas oito parcelas de contribuição para a SRB? Será que 43% das equipes não estão sendo leais em sua contribuição? Temos esperança de que a razão seja outra. Sabemos das dificuldades, mas a ninguém é pedido que contribua com mais do que sua verdade. Às vezes, os bancos têm regras que complicam o recebimento dos boletos, mas soluções existem... No banco que emitiu o boleto é possível fazer o depósito identificado; se a forma de identificação for correta, nosso sistema recebe a informação sem problema (se você tem dúvida sobre a regra de identificação, pergunte ao seu CRS). Mas se você usa outro banco, o depósito feito não é identificado em nosso sistema; tranquilo, envie o comprovante de depósito ao seu CRS e este encaminhará para o Secretariado fazer o registro manual. Mesmo quando não nos reunimos presencialmente por causa da pandemia, a contribuição pode ser feita... a mesma tecnologia que nos mantém em contato para reuniões virtuais pode ser usada para que nos organizemos para a nossa contribuição. Soluções existem, é preciso vontade e determinação para aplicá-las! Lourdes e Sobral CR Secretaria e Tesouraria SRB CM 534


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Comunicação externa em tempos de quarentena A adaptabilidade é uma importante característica do ser humano: “com o tempo, tudo se ajeita”. E principalmente do cristão: “Deus não dá uma cruz que não possa carregar”. E em se tratando de comunicação, então, isso é mais evidente. Desde os sinais de fumaça da pré-história, dos pombos-correio, da língua brasileira de sinais, tudo se cria e faz para que os contatos sejam estabelecidos e as mensagens e ideias propagadas. E é também o que vem acontecendo nesses tempos de pandemia e quarentena. Após um pequeno período de espanto com o cerceamento do ir e vir e do estar com o outro, intensificaram-se as ligações telefônicas, as mensagens de texto, os “zaps”, para, logo em seguida, (re)descobrirem-se as vídeochamadas e finalmente as videosconferências. E, assim, nossas equipes de base, do Setor, de Região…. até da ERI, puderam se reunir “normalmente”. E quanta emoção sentimos na primeira vez que (re)vimos nossos irmãos de caminhada na telinha?! Sim! Paradoxalmente, distâncias têm sido encurtadas com o isolamento, pois o tempo forçado de reflexão evidenciou importâncias já esquecidas e aflorou a necessidade de resgatá-las. É assim a pedagogia de Deus para conosco, mais oportuna ainda nesse CM 534

tempo pascal: da superação, do morrer para renascer, do amor incondicional. Nesse contexto, a Super-Região Brasil também quis comunicar a importância de mantermos nossa vida equipista, de nos mantermos unidos para bem passar essa tormenta. E, para isso, decidimos envolver a todos, ouvir os casais de Norte a Sul do Brasil: como estão fazendo? O que estão sentindo? Fale, cante, recite sua “receita” de felicidade em meio ao caos! E que maravilha receber tantas mensagens e vídeos e perceber a alegria da partilha. A VIDA nos exige agora um TEMPO de espera e reflexão, onde só com FÉ e ESPERANÇA teremos PAZ. Exerça a ACOLHIDA e intensifique o AMOR ao próximo, para que, ao final, tenhamos construído uma TERRA comum melhor para todos. Tatiana e Rubens CR Comunicação Externa SRB

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IGREJA CATÓLICA

Palavra do Papa REZEM POR MIM! Desde o seu primeiro momento como Papa, Francisco demonstra sua extraordinária confiança na oração de intercessão. Naquele 13/3/2013 ele disse, da sacada da Basílica Vaticana: “Peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo.” É comum ele fazer esse apelo no Angelus, como em 22 de março: “Não vos esqueçais de rezar por mim”. No ano passado (28/6), em audiência ao Apostolado da Oração, disse Sua Santidade: “Todos nós,pastores,consagrados e fiéis leigos,somos chamados a entrar na história concreta das pessoas que estão ao nosso lado sobretudo rezando por elas, assumindo na oração suas alegrias e seus sofrimentos. Desse modo responderemos ao apelo de Jesus que nos pede para abrir nosso coração aos irmãos, especialmente aos que são provados no corpo e no espírito.” O Pe. Caffarel, que muito valorizava a oração, “um diálogo de amor com Deus”,1 criou, em 1960, após anos de reflexão, um sistema para o Movimento rezar mais, para a oração ser “fonte de vida para os outros”.2 “Estou preocupado com a alimentação espiritual de nossas Equipes. Acredito que ela tem necessidade, na hora presente, de um suplemento de oração.

Com efeito,a solidez,a vitalidade,a força de expansão se alimentam na oração, tanto para os Movimentos quanto para os indivíduos.Lanço,portanto,um insistente apelo por voluntários: ambiciono que cada noite, sem solução de continuidade,da meia-noite às seis da manhã, casais se sucedam na oração.Proponho a esses voluntários que se comprometam a fazer uma hora de oração interior noturna uma vez por mês,marido e mulher juntos, na medida do possível. Tenho a convicção de que o Movimento precisa disso e que o proveito será imenso”.3 Nasciam os “Vigilantes”! A semente, em bons corações, nasceu e cresceu. O nome “Intercessores” foi dado por Marie e Louis d’Amonville, o primeiro casal responsável internacional das ENS (ela esteve em Fátima/2018). Hoje a intercessão também pode ser com um dia de jejum por mês ou com o oferecimento da sua vida, alegrias, provações. Existem Intercessores em todo o mundo; no Brasil, somos mais de 2500. E temos muito por quem rezar. Você também pode ser Intercessor. Para aderir basta ir ao site www.ens. org.br, clicar em “Orar com os Intercessores” e preencher a ficha de adesão. Rita e Fernando Eq. N. S. de Guadalupe Belém-Pará

Henri Caffarel, “Presença de Deus”, pág. 7, 1980 “Deus procura intercessores”, pág. 14, 2017 3 Lettre Mensuelle, março/1960, cf. Jean Allemand, “Um homem arrebatado por Deus”, pág. 120, 1999 1 2

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IGREJA CATÓLICA

Se milagres desejais, recorrei a Santo Antônio… Antônio certamente é conhecido popularmente como o Santo dos milagres, casamenteiro,popular,faz achar coisas perdidas, mas é sobretudo o mestre da fé, tendo em vista o seu testemunho de santidade. Um homem simples, que abriu mão de sua riqueza, entrou para a Ordem Franciscana,fez voto de pobreza; um homem culto que não escreveu nenhum livro,mas alcançou muitas pessoas pelos seus sermões; um dos maiores oradores de toda a história e que, mesmo assim, chegou a pregar aos peixes, quando as pessoas viraram as costas a ele. Certamente um homem que experimentou a santidade, a ponto de as pessoas noticiarem seu falecimento dizendo: “O Santo morreu…” Foram numerosos os feitos de Santo Antônio após a sua morte, de modo que onze meses após o falecimento já foi beatificado e canonizado. Sua língua foi encontrada intacta, exposta ainda hoje em Pádua, na Itália, cidade onde morreu. Foi o processo de canonização mais rápido da história da Igreja, tamanha era a certeza de sua santidade, de seu testemunho. Um santo que nasceu em Lisboa e morreu em Pádua, um santo que falava a língua portuguesa, certamente o que fez com que se tornasse tão querido pelo povo brasileiro. Celebremos, sim, as tradicionais festas juninas, mas não nos esqueçamos de dar um passo a mais: o passo de fazer a nossa parte. CM 534

Mais do que virar a imagem do santo de cabeça para baixo, penso que seja tempo de virarmos a nossa vida, para que sejamos mais santos. Mais do que lhe retirar a imagem do Menino Jesus, penso que seja tempo de retirarmos de nossas mãos o pecado que tanto nos afasta de Deus. Mais do que admirarmos a língua de Santo Antônio, é tempo de utilizarmos a nossa língua para professarmos as verdades da nossa fé, para manifestarmos o nosso amor ao próximo, para louvarmos o nosso criador. Mais do que buscarmos o pãozinho de Santo Antônio, devemos nos recordar que muitas pessoas podem receber o nosso pão, o pão que dividimos, que partilhamos. Aproveitemos as tradições juninas que recebemos de nossa Mãe Igreja para que também sejam para nós oportunidades de conversão! Se milagres desejais, recorrei a Santo Antônio… Pe. Armando Rodolfo Valenzisi SCER Sul II SP Leste

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RAÍZES DO MOVIMENTO

Excesso de trabalho, cansaço, decepção... Excesso de trabalho, cansaço, decepção, desânimo, tédio, desfalecimento. Quantas vezes estas palavras vêm à boca daqueles que atingem os 40 anos, passados já 15 ou 20 anos de casamento? Claudel, no seu “Caminho da Cruz”, exprimiu em termos pungentes esta lassidão que se sente na metade da vida: “Não é o tropeço na pedra do caminho, nem a corda Puxada com força, é a alma que desfalece de repente. Ó meio do caminho da vida! Ó queda a que somos levados espontaneamente! Quando quem ama perde o polo e a fé não tem mais céu. (...) Sucumbe o corpo, é verdade, mas a alma ao mesmo tempo consentiu. Salvai-nos da segunda queda, que levamos voluntariamente por enfado.” Será mesmo fatal esta recaída? Será apenas uma ilusão da juventude acreditar que a vida deva ser uma subida? Ilusão que não se poderia cultivar, a sério, ainda aos 40 anos. Prestem atenção neste pequeno esquema. A curva X representa o dinamismo biológico: ele sobe impetuosa­ mente no começo, se inclina, pouco a pouco atinge o ápice e declina. A motivação espiritual é representada pela curva Y. Dou à expressão “motivação espiritual” uma acepção ampla:

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Y

X

o gosto do trabalho, a generosidade do coração, a aspiração pela perfeição moral e religiosa. O traçado das duas curvas, de início confundido, mostra que o biológico favorece, sustenta a motivação espiritual do começo. Isto provoca ilusões, porque então a gente se imagina muito adiantado no domínio do espírito, crê-se haver atingido um perfeito amor conjugal, uma grande dedicação pelos outros, um generoso serviço de Deus, quando de fato trata-se mais de uma motivação vital que de dinamismo espiritual. Assim, quando o vital começa a perder seu vigor, o espiritual não prossegue mais no sentido ascendente. Fica-se então desconcertado, a gente não se reconhece mais, tenta-se “blefar” a si mesmo, negar a recaída, mas uma inquietude mais ou menos angustiosa invade a alma insidiosamente: impossível não reconhecer que se está perdendo a velocidade espiritual, que CM 534


RAÍZES DO MOVIMENTO

o amor conjugal, a fé, a aspiração para um “algo mais” moral e religioso diminuem. Muitos aí ridicularizam suas ilusões de juventude, se tornam enjoados, resignados, amargos, endurecidos. Este abatimento do meio da vida é então inelutável? Não. Mas é importante que a gente se prepare. É necessário que o espiritual ganhe em vigor, quando está sustentado pelo biológico, para que, quando este venha a se enfraquecer, tenha dinamismo suficiente para prosseguir em sua trajetória ascendente. O biológico é como a rampa de partida: põe o espiritual na direção do céu. Mas que o espiritual passe depressa à frente do biológico, senão quiser ser arrastado com este em sua queda. Não cabe neste curto bilhete falar-lhes longamente dos meios de sustentar e de desenvolver nossa vitalidade espiritual. Quero, porém, ao menos, chamar a sua atenção sobre a necessidade de não negligenciar nunca, de procurar e de frequentar tudo aquilo que pode estimular a sua faculdade CM 534

de admiração, a atividade intelectual, tudo aquilo que pode fazer surgir em vocês, a piedade, o amor e a dedicação. E isto tanto no plano humano como no plano religioso. Do contrário a esclerose bem depressa tomará conta de suas faculdades espirituais. Enfim, por hoje, um último conselho, que parece contradizer o precedente mas que verdadeiramente o completa e equilibra: aceitem-se a si mesmos, consintam em ser simplesmente o que vocês são, reconheçam e admitam seus limites. Sem revolta, sem azedume, sem crispação. E, mais, creiam que o poder de Deus vem em auxílio da fraqueza do homem quando confessada, quando oferecida. Ouçam São Paulo: “É de coração que eu me gabo da minha fraqueza, a fim de que venha a mim o poder de Cristo... Quando sou fraco, é então que sou forte.” Pe. Henri Caffarel Colaboração: Ma. Regina e Carlos Eduardo N. S. Mãe de Deus e Nossa Piracicaba-SP

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DATAS COMEMORATIVAS

70 anos das Equipes de Nossa Senhora no Brasil O Senhor fez em nós maravilhas... Queridos equipistas de todo Brasil, maio foi muito especial, por ser dedicado a Maria e porque dia 13 nosso Movimento comemorou 70 anos de presença e atuação no Brasil. Vivemos um tempo para darmos graças a Deus pelos benefícios e por tantas bênçãos concedidas ao Movimento e a nós, equipistas, através dele.Agradecemos imensamente por fazermos parte desta história e, sobretudo, pela oportunidade de contribuirmos, também nós, para sua expansão, crescimento e maturação. Tudo foi e continua sendo possível graças à presença amorosa de Deus que, com as luzes do Espírito Santo, tem iluminado todos aqueles que, generosamente, estiveram à frente do Movimento no Brasil. Todos nós, equipistas, reconhecemos e agradecemos todos que doaram seu precioso tempo, ofereceram seu zeloso serviço,atuaram incansavelmente para que o Movimento pudesse se fortalecer e se expandir de forma organizada, criativa e fiel aos ensinamentos e orientações recebidos. Seguindo rigorosamente as regras propostas e, em tudo, buscando a unidade em nosso Movimento para nos tornarmos verdadeiros apóstolos para os diversos casais, e suas famílias, bem como os sacerdotes,

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diáconos,religiosos e religiosas que aderiram às ENS. Todos os que acolheram o chamado de Deus para viver, nas ENS, uma vocação e missão a partir do amor no sacramento do matrimônio e da ordem, caminharam em missão e, unidos pelo mesmo carisma, trabalharam na vinha das Equipes de Nossa Senhora, como Igreja, colaborando e se dedicando, na Igreja, à construção do Reino de Deus, enraizados no Amor, na Justiça e na Paz. Hoje também nós, em nosso momento e em nosso tempo, desfrutamos da Graça do amor de Cristo e, movidos por este amor, abertos à missão de servir, seguindo o mandamento de Cristo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo. 15,12). Reconhecemos que somos chamados a ser continuadores desta obra, importante presença da Igreja no seio das famílias, sempre se expandindo e se propagando para atingir mais casais interessados na espiritualidade conjugal, este fruto precioso da ação de Deus na vida dos casais e de sua resposta a Ele pela dedicação, testemunho, trabalho e, sobretudo, pela vida de oração. Desejamos que, em resposta aos inúmeros desafios apresentados pelo mundo atual, nossas ENS possam ser sal da terra e luz do mundo. CM 534


DATAS COMEMORATIVAS

ENS Não vamos cair na tentação de nos instalarmos na comodidade e na segurança das praias conhecidas,mas,ao contrário, tenhamos a coragem e a confiança para “remar mar adentro”,para irmos em direção a águas mais profundas e lançarmos as redes (cf.Lucas 5,4).Entendamos que o nosso Ser Equipista tem a capacidade de tocar e transformar as realidades que estão a exigir de nós um olhar atento e um serviço de casais cristãos comprometidos e não alienados. Não tenhais medo! A missão é vivida e realizada em nome de nosso Deus e Senhor,sempre buscando,em tudo,sua maior honra e glória. A missão é realizada, na simplicidade, no zelo, na humildade, na serenidade e no respeito ao próximo, CM 534

vencendo os medos com a força que brota do amor,manifestado através do testemunho coerente de cristãos equipistas. E encerramos com as palavras de Dona Nancy Moncau para a Carta Mensal de maio de 2000 em comemoração aos 50 anos do Movimento no Brasil: “Obrigado, Pai, pelo passado e pelo presente. Aceita-nos como servos e como filhos que desejam continuar a teu serviço, no futuro que nos aguarda, ao lado dos irmãos de outros movimentos, para, juntos, trabalharmos pela difusão da tua mensagem”. Deus seja louvado! Lu e Nelson CR da Super-Região Brasil

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DATAS COMEMORATIVAS

Dia dos Namorados “Tudo começou tão mansinho, inesperada e inopinadamente. A chama do amor nasceu em nosso interior e percebemos que não podíamos mais viver sem o outro, e tomamos a decisão de ligar para sempre nosso destino e nossa história” (trecho da oração dos esposos, encontrada no livro “E eles se deram as mãos”, do Frei Almir Ribeiro Guimarâes, Ed. Vozes, 5a edição, 1997, pág. 39). Com certeza, muitos de vocês identificam no trecho acima o início de sua história, nós também. E começou assim um período de bênçãos: de alegria, de incertezas, de descobertas, de friozinho na barriga, de paixão e carinhos intensos, de brigas e de reconciliações, ah, como eram boas... Namorar era bom demais! Era? Não continuamos namorando? Casamos e achamos que tudo estava pronto? Conquistado? Seguro? O namoro que é preciso e bom necessita ser fortalecido, enfrentando os desafios o namoro tem que amadurecer, sem nunca deixar de ser namoro. Deus nos entregou uma pessoa, escolhida por Ele, para que nos fizéssemos mais felizes e melhores. Um diamante bruto, para ser lapidado ao longo da vida, através das mudanças naturais enfrentadas: das alegrias e tristezas; das dificuldades e conquistas; da chegada dos filhos ou da falta deles. Que

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responsabilidade! Mas não podemos deixar que essa lapidação mate nosso namoro. Ficamos sérios demais, preocupados demais, esquecemos que o amor “embobece”? A caminhada conjunta não pode apenas ser uma jornada de tempos difíceis, mas difícil e maravilhosa. Deixemos que a ação de Cristo nos ajude e oriente, dando-nos coragem para descobrir a diferença entre amor e Amor. Ele nos fará tão necessários um ao outro que nos reencontraremos em cada dificuldade superada, em cada alegria vivida. Devemos celebrar o amor constantemente rejuvenescido, como uma dádiva de Deus, onde possamos dizer um ao outro: hoje eu te amo mais que ontem, você é hoje para mim a joia mais valiosa. E nós, que já vivemos 43 anos juntos, possamos rogar a Deus mais outro tanto, pois a vida é curta demais, para se viver um grande amor. Neste Dia dos Namorados, a exemplo de Nancy e Pedro Moncau, que no dia 27 de junho comemorariam 84 anos de casados, e que viveram uma vida de amor e doação, celebremos nosso amor verdadeiro, pois se namorar é bom demais, deve ser profundamente agradável a Deus. Carmem e João Fernando Bacciotti Eq. N. S. de Fátima Setor A – Rio Claro–SP CM 534


EJNS

A diversidade na unidade das EJNS Não é novidade para ninguém que as EJNS encontram-se presentes nas cinco regiões do nosso Brasilzão. E, apesar de termos a unidade no Movimento, cada Região expressa sua cultura na vivência do carisma proposto. A nossa Regional 8 (a caçula dentre as regionais) é exemplo disso. Ela é composta pelo Amazonas, Maranhão, Pará e Tocantins. O seu território se equipara ao de um continente, mas as distâncias geográficas não intimidam, afinal somos unidos pelo Espírito Santo.Comem muito peixe com açaí,percorrem os rios e dançam boi-bumbá. O folclore é rico de significado e têm a Amazônia como riqueza, estão no “pulmão do mundo”. No segundo domingo de outubro tem a maior procissão católica do mundo: Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará. Esse é o momento em que se renova a fé,se pagam as promessas e se acredita em um futuro melhor. Já no canto oposto do país, temos a Regional 2. Se relembrarmos um pouco da história de nosso país, afirmaremos que ela é a do café com leite. Afinal, nela estão os estados de São Paulo e das Minas Gerais. As terras mineiras, além das maravilhas como pão de queijo e doce de leite, ainda concentram uma quantidade enorme de igrejas barrocas. Lembradas pelas suas decorações imponentes e rococós, constroem um patrimônio que vai muito além do arquitetônico, constituindo o cristianismo como característica da CM 534

cultura de seu povo. São Paulo não fica para trás. Por mais pulsante e viva que a cidade se mostre, é nessa correria do dia a dia em que presenciamos lugares plenamente silenciosos como o Mosteiro de São Bento. Porém, seja na tranquilidade mineira - em que tudo é logo ali - ou na pressa paulista - na qual o trânsito tudo distancia mais - a unidade em Cristo segue firme. Assim, podemos ver que do Norte ao Sul, é na diversidade, na pluralidade, nos costumes e nos hábitos diversos que o nosso carisma é vivido. Não é à toa que o Movimento nasceu justamente nestes lugares, como que para provar que é na distância que Deus mostra-nos o poder da unidade vivida em seu nome. Foi na década de 80 que ao mesmo tempo as “equipinhas” coordenadas pelos casais das ENS apareciam no Brasil em locais como Belém e Ribeirão Preto. E foi em 1989, que, oficialmente, foram fundadas as EJNS.Isso ocorreu no que foi considerado o primeiro Encontro Nacional das Equipes de Jovens de Nossa Senhora, que aconteceu em Aparecida,definindo onde se localizariam as primeiras cidades a receber as novas equipes. Comunicação | Secretariado Nacional Equipes de Jovens de Nossa Senhora

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TESTEMUNHO

Santidade, um desafio! Somos casados há 57 anos. Há 45 anos fomos escolhidos por Deus para entrar no Movimento das ENS. À medida que fomos conhecendo as propostas do Movimento e vivenciando os métodos (pedagogia e PCEs), fomos formando uma comunidade de vida conjugal que aos poucos cresceu em amor. Tornamo-nos conscientes da nossa condição de batizados, enfrentando as transformações que Jesus nos pedia na sua Palavra, no confronto com a nossa verdade. Era preciso esforço. Foi fácil? Nunca! Jesus sempre foi exigente e os escritos do Padre ­Caffarel também. Mas, pensávamos em nossos diálogos: assumimos o compromisso, somos responsáveis, fomos chamados a nos converter. Buscar a santidade em casal era o desafio que tínhamos a enfrentar. E esse processo foi sendo percorrido lentamente, muitas vezes com retrocessos, e a correção fraterna principalmente na hora do DEVER DE SENTAR-SE. Assim, a vivência dos PCEs, tendo sempre em vista “as três atitudes”, foi a força que nos fez caminhar sempre. O diálogo com palavras certas e no momento certo aprofundou a comunhão conjugal e nos permitiu manifestar pensamentos, afetos, mágoas e arrependimentos, afastando os mal-entendidos... E assim, encaminhávamos as soluções. Fomos desenvolvendo a capacidade mútua de tolerância e de perdão. Éramos diferentes, somos

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diferentes, temos histórias diferentes. O diálogo foi se aperfeiçoando com a maturidade, tornando-nos humildes e reconhecendo nossa verdade. Alcançamos aos poucos o respeito às diferenças e aceitação do perdão. Fomos chamados a servir desde 1978 com a Pilotagem, e foi uma experiência maravilhosa! Para isto, tínhamos que testemunhar coerência e fidelidade às recomendações do Movimento. Estivemos a serviço sempre nesses 45 anos equipistas, seja no Movimento como na nossa Igreja. Julgamos que estamos nos convertendo pelo encontro com o Senhor nas pessoas, na família, na comunidade, na sua Palavra, nos sacramentos. Para nós, o encontro com o Senhor “ultrapassa os limites da emoção e da sensibilidade” e se manifesta em mudança concreta de atitudes e de comportamento, que aos poucos sentimos que vivemos. Essa vida nova nos tornou pessoas melhores, pais melhores, amigos melhores, vivendo a solidariedade e servindo sempre, gratuitamente, com muita disponibilidade. Abrir-nos à vontade de Deus e confrontá-la com nossa verdade foi o processo que mais nos ajudou a ir ao encontro do outro, que é diferente e cujas ações não podemos julgar. Lenice e Luiz Eq. 1A N. S. das Graças Araraquara-SP CM 534


PARTILHA E PCE

A Oração Conjugal Nosso querido amigo Padre Flávio Cavalca disse que “crescer em santidade é deixar nos levar pelos impulsos que vêm de Deus, sem negociar, sem regatear, sem ficar com medo. É deixar-se levar”. E é isso mesmo! Se temos, verdadeiramente, o desejo de sermos íntimos de Deus, então precisamos crescer na espiritualidade, participando cada vez mais da vida divina. E é nesse contexto que se inserem os Pontos Concretos de Esforço. Eles são os meios pelos quais crescemos na santidade pessoal e conjugal. E dentre todos os PCEs nós queremos destacar a Oração Conjugal. Este maravilhoso PCE proposto pelo Pe. Caffarel, para a nossa caminhada de casal equipista, tem a propriedade de nos colocar, marido e mulher, no Coração de Deus. A graça que temos do sacramento do Matrimônio é percebida, é apropriada, é compreendida e é atualizada no encontro que o casal tem com seu Senhor. Sem dúvida alguma, o Senhor se faz presente quando o casal reza junto. ­Assim como os esposos colocam as suas vidas em comum, desde seus corações, suas almas e os seus corpos, a Oração Conjugal os auxilia a concretizarem a sua comunhão com Deus. Sabemos que muitos casais têm problemas para vivenciar este PCE. E as razões são diversas. Mas, quando o casal decide dar um mergulho em Deus, então ele conseguirá vencer CM 534

os desafios e dificuldades: falta de tempo, falta de jeito, vergonha, etc. Nós demoramos muitos anos para encontrar o nosso jeito de rezar juntos. Mas não desistimos e conseguimos! Pela manhã, após o nosso café, nos sentamos à sala, pedimos a presença do Espírito Santo, e então fazemos a leitura do Evangelho do dia. Num momento de silêncio, refletimos o que Deus nos quer falar com sua Palavra e, então, cada um de nós faz em voz alta a sua oração espontânea – dizemos a Deus o que vai em nosso coração, nossos sentimentos, nossas alegrias, nossos projetos, nossas fragilidades, nosso louvor, e damos a nossa resposta à Palavra que Ele nos dirigiu. Em seguida apresentamos a Deus os nossos pedidos: rezamos pelo nosso amor, nosso casamento, filhos, equipe, apostolados, pela Igreja, as intenções do Grupo de Intercessores, etc. Concluímos esse momento com o Pai Nosso, o Magnificat e a oração pela canonização do Pe. Caffarel. Os frutos que colhemos são maravilhosos! Nos desarmamos, nos perdoamos mais facilmente, nos sentimos mais unidos, sentimos a presença de Deus em todas as horas do nosso dia e, em especial, nas dificuldades da vida. Nena e Ronaldo Eq. N. S. da Alegria São José dos Campos-SP

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PARTILHA E PCE

A alegria de orar juntos “Os pontos concretos de esforço correspondem a atitudes interiores que precisam ser despertadas e assimiladas e que levarão a uma nova maneira de viver” (Guia das ENS, pág. 33). E nada mais transformador do que o PCE Oração Conjugal na vida do casal.Pe.­Caffarel escreveu: “A Oração Conjugal é um fator de unidade espiritual entre os esposos. É a chave do tesouro do Sacramento do Matrimônio” (Guia das ENS, pág.39). Mas para que a Oração Conjugal? Como fazê-la? Quais os seus frutos? A Oração Conjugal ilumina a vida do casal, para assim entendermos a vontade de Deus em todos os planos, nos tornando mais íntimos, nos preparando para o Dever de Sentar-se, para intercessão, para o perdão, para adoração e para ação de graças. Não há uma regra rígida para a Oração Conjugal, cada casal precisa encontrar uma forma, que seja regular, o importante é a vontade de rezar a dois. Quando resolvemos aceitar o desafio do convite de entrar nas ENS,devagarzinho fomos descobrindo as maravilhas do sacramento do matrimônio.Primeiro veio a Experiência Comunitária, que nos fez entender as maravilhas de viver em comunidade,com Jesus presente.Depois, na Pilotagem, a cada PCE apresentado, uma nova descoberta. Mas foi na oração conjugal que veio a nossa alegria,pois descobrimos que tínhamos vergonha de rezar junto,cada um fazia a

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sua oração.Fomos ouvindo os testemunhos e consequentemente abrindo os nossos corações,deixando Jesus agir em nós, percebendo beleza de rezarmos juntos. Diz o Pe. Caffarel: “Vocês reservam tempo para comer três vezes por dia, e não o reservam para rezar cotidianamente.” Ora,se a alimentação é de fato essencial, o alimento espiritual não o é menos (“A Oração Conjugal”,pág.25). Nossa experiência neste momento da vida está sendo em acordar mais cedo e, antes de começar as nossas atividades,fazemos a oração do Terço (que nos marcou tanto no encontro em Fátima), depois fazemos a escuta da Palavra,com a meditação individual inspirada na Lectio Divina (mas temos que melhorar ...), após rezamos a oração do Pe. Caffarel, colocando nossos pedidos de oração, e por fim encerramos com o Magnificat. Com a prática da oração conjugal, resultou na melhora da vivência dos outros PCEs, principalmente o Dever de Sentar-se,reforçando os laços de amor entre nós e o Senhor,melhorando a nossa comunicação sem julgamentos,sem medo de ser autênticos,estando de verdade um com o outro, vendo o rosto do Senhor em nós, frutos do amor... Quanta descoberta! Quanta humildade!! Quanta transformação!! Eliana e Odelmo Eq. N. S. Mãe da Alegria e Glória S. José do Rio Preto-SP CM 534


FORMAÇÃO

Dom da FORTALEZA A força de um casal cristão reside na oração que os mantém na fortaleza interior Nestes últimos meses, dada a situação de crise e ameaça que assola o mundo devido à covid-19, gerou-se uma realidade que havia muito tempo não se via: uma intensa convivência familiar alimentada pela oração, conforme foi possível constatar em inúmeros lares católicos. Certamente, este foi um dos grandes ganhos deste difícil tempo, no qual o Espírito Santo nos sustenta com o dom da fortaleza. Quantos esposos, pais e mães têm encontrado dentro de si forças que não sabem de onde vem para se consolar mutuamente e sustentar também a esperança dos seus.A fortaleza,dom do Espírito, é também a virtude de quem cumpre com fidelidade o seu dever. É o impulso sobrenatural interior que nos sustenta diante das debilidades físicas e psicológicas, bem como das vicissitudes externas, nos mantendo sempre no amor de Deus. Este é um dom muito caro àqueles que assumem a vocação matrimonial. É o dom da fortaleza que os mantém fiéis aos compromissos da vida matrimonial, mesmo nos momentos de tentação,de crise e de dificuldades. Este dom não se confunde com a força física,mas com a fortaleza interior,que sustenta o casal na sua fidelidade e no seu amor na hora da incompreensão,diante de uma enfermidade,de uma dificuldade econômica,de um desentendimento, de um pecado. CM 534

O dom da fortaleza é imprescindível para a vivência da fidelidade matrimonial.Urge,pois,que na sua oração o casal cristão suplique ao Senhor o derramamento deste dom sobre seus corações. Para que sejam um casal forte, porque se apoia no amor que vem de Deus. A força de um casal cristão não reside nas estratégias humanas, mas na oração que os mantém na fortaleza interior necessária para levarem adiante a sua vocação. Esta é característica fundamental dos matrimônios santos, duradouros, felizes, féis e fecundos. Justo nas fraquezas e debilidades físicas e psicológicas de cada um é que se manifesta a força que vem de Deus. Como afirma São Paulo: “Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder” (ICor 12,9). Assim, o casal católico não é composto por um super homem ou por uma super mulher, mas por dois filhos de Deus que, com muita humildade, confiam e se confiam na fortaleza que vem do Senhor. Certos que, não obstante, suas fraquezas e debilidades podem ser féis um ao outro, podem fazer o outro feliz, podem acolher com generosidade o dom dos filhos, podem assumir com responsabilidade suas atividades profissionais e apostólicas. Porque Deus nunca lhes deixará faltar a sua fortaleza. Pe. Hélio Cordeiro E-mail: cordeiro-80@hotmail.com

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REFLEXÃO

“Casados de Vida Santa”, encarte do Tema de Estudo do Ano Um santo não é, acima de tudo, como muita gente imagina, uma espécie de campeão que realiza proezas de virtudes ou façanhas espirituais.É,em primeiro lugar, um homem seduzido por Deus. E que entrega a Deus toda a sua vida (L’Anneau d’Or, n. 111-112). Queremos louvar e agradecer a Deus pela oportunidade que nos deu de conhecer a vida desses casais, relatados no encarte especial “Casados de Vida Santa”, que são santos pelo testemunho de seriedade de sua fé vivida no sacramento do Matrimônio e na família. Eles se apresentam como homens e mulheres que se amam e desejam formar uma família, e, portanto, se colocaram nas mãos de Deus para que fossem utilizados como instrumentos. Foi no cotidiano da vida, no dia a dia, que Deus os chamou para viver a vida de santidade. São eles exemplos de vida cristã, fonte de inspiração que nos ajudam a fazer o caminho e a viver o projeto de Deus para as nossas famílias. Ao olhar para esses casais percebemos que eles também se depararam com dificuldades econômicas, ritmo acelerado de trabalho, cuidado com a educação dos filhos, sofrimentos e angústias que batem à nossa porta sem avisar.

Eles passaram como casal,como nós passamos hoje,pelos mais diversos tsunamis proporcionados pela vida e,mesmo assim, o amor prevaleceu, porque as suas vidas eram alicerçadas em Jesus. Lembramos que um compromisso sério com Jesus Cristo é exigente e implica renúncia, desapego, perdão, cumplicidade e muito amor. Aprendemos que um cônjuge está sempre erguendo o outro no momento de uma possível queda, pois Deus nunca permite que ambos caiam ao mesmo tempo. Neste mundo moderno que vivemos, com tanta tecnologia ao alcance de todos, muitas vezes em situações mais difíceis ou mesmo uma pequena discordância de ideias, assumimos posturas precipitadas, ignorando as ferramentas que Deus põe em nossas mãos por ocasião do sacramento do Matrimônio. Nós temos a missão de fazer nosso matrimônio cada dia mais santo. E para que esse nosso objetivo seja atingido, são necessários uma construção diária, a prática dos PCEs, apaixonar-se todo dia, orações incessantes um pelo outro, etc... Os santos também tiveram dias difíceis, ruins e desafiadores,mas a diferença é que colocaram suas vidas nas mãos de Deus. Portanto, um matrimônio santo significa viver a vocação que Deus nos deu. Que ELE nos abençoe e cumule de graças a vida de todos nós! Inez e Natal Eq. N. S. Mãe do Amor Setor B - Região SP Norte II

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REFLEXÃO

Seduzidos por Deus, a dois! Iniciando a caminhada 2020 como equipistas, temos nos perguntado: seremos um casal santo, um dia? “Casados de Vida Santa”, encarte que acompanha o Tema de Estudo 2020 no Brasil, nos oferece a história de 8 casais santos, que fizeram de suas vidas uma entrega a Deus. Como nos ensina Pe. Caffarel, mostraram-se dóceis ao “Eu-quero” de Deus, superando todos os “sim, mas...”, “se...”, “contanto que...” e todos os ardis de sua natureza pecadora, permitindo-se romper resistências, para que Deus agisse e os transformasse em exemplares únicos, à Sua imagem e semelhança. Muitas lições nos ensinam esses casais, nenhuma impossível! Seu dia a dia mostra-nos como foram seduzidos por Deus, por sua vivência fervorosa de uma vida cristã. Emerge de cada história a ânsia de um homem e de uma mulher que, chamados ao Matrimônio, optaram por doar-se um ao outro, realizando o plano de Deus para eles. Todas as histórias são atravessadas por dois aspectos que muito chamaram nossa atenção. O primeiro, a força do PCE Oração Conjugal. Em trechos extraídos dos relatos, a oração nos é apresentada como o instrumento que conecta os casais a Deus. Acima de tudo, foram casais de oração: rezavam em casal, em família, em suas comunidades, entregando tudo ao “Eu-quero” de Deus. Um segundo ponto leva-nos a refletir sobre o pedido do Papa Francisco: saiamos de nós mesmos e nos coloquemos a serviço. Esses casais, santos em seu tempo e em sua realidade, iluminados pelo Espírito Santo, já levavam em CM 534

conta essa missão, dedicando suas vidas aos menos favorecidos, aos doentes, às crianças sem lar. Para eles, foi possível “amar a Cristo mais do que ao cônjuge e aos filhos, e amar o cônjuge e os filhos em Cristo”, como vemos na história de Franziska e Franz Jägerstätter. Foi possível “inspirar-se e encorajar-se à procura de santidade, ao conviver com o cônjuge”, aspecto ressaltado na vida de Paquita e Tomás Alvira. Foi possível “não um voluntariado exercido apenas no tempo livre, mas um estilo de vida do casal”, como nos conta a filha de Anna Maria e Marcello Inguscio, sobre as atividades beneficentes exercidas por seus pais. Como dissemos inicialmente, conhecer as histórias de santidade do encarte Casais de Vida Santa certamente impactou nossas vidas. Provocou em nós uma reflexão sobre como temos permitido o “Eu-quero” de Deus para que nos tornemos mais santos a cada dia; para que, um dia, possamos responder positivamente à pergunta que nos fazemos hoje: estamos construindo nossa santidade como casal? Maria Otilia e Nelson Ninin Eq. 08D N. S. Aparecida São Paulo Capital II

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REFLEXÃO

Ah! Que saudades do Lembramos com detalhes, quantas saudades... Dezesseis de julho de dois mil e dezoito foi o nosso acolhimento, Fátima de braços abertos, a todos acarinhou, Respondemos ao chamamento, com alegria igual, do filho que o Pai voltou. Reconciliação, sinal de amor, foi o lema inteligente, para guiar nossos dias, Neste Encontro Internacional, foi apelo do Senhor e da Nossa Virgem Maria. Para virmos reforçar nossa fé e nossa crença, ao querido Salvador, A Parábola do Filho Pródigo foi o texto principal e o fio condutor. Que a todos levava a uma grande reflexão. Pois era Jesus falando sobre o valor da família, mas também sobre o perdão. O nosso coração ardia, como foi em Emaús, era tão igual, Com o coração aberto, era fácil o entendimento, era uma grande lição, No dia seguinte, continuava a mensagem, falou-se da liberdade, Onde além dos compromissos, para buscar felicidade. Nos fala qual o caminho para nossa santidade, Precisamos mostrar ao mundo a força da caridade. O Pai partiu os bens, para seu Filho agradar, Fez isso com muita dor, para o Filho se alegrar. O Filho mais novo partiu, a uma vida desregrada, e seu rumo tomou, Que a tudo esbanjou e, quando mais nada tinha, do Pai lembrou. E quando lhe faltou o pão, comendo junto aos porcos, lhe tocou o coração. Volto pra minha casa, vou lhes pedir perdão, Este é o caminho que devemos aprender. Errar faz parte da vida, mas nunca esquecer, Pois só no arrependimento é que teremos o perdão. O Pai o avistou, e encheu-se de compaixão,

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REFLEXÃO

Encontro de Fátima O Filho estava perdido, morto, mas veio a ressurreição. Quem acredita no amor nunca fecha o coração, Se encontrou com o filho, que feliz reconciliação. E para o último dia, não poderia ser diferente, a festa aconteceu, Teu irmão estava morto, perdido, carente e agora reviveu. Vista-lhe a melhor túnica, o vitelo mais gordo, e no dedo seu anel, Para mostrar-nos a todos o valor do sacrifício, para alcançarmos o céu. O Encontro terminou, começou nossa missão, Tudo certinho acabou, que organização! Eram cinco continentes, mais de oitenta países, Todos juntos irmanados, numa feliz confraternização. Falando-se diversas línguas, era uma só tradução, Todos se entendiam, na força da oração. A linguagem do amor é busca de perfeição, Vamos agora voltar, com Jesus no coração. E levar a todo canto o exemplo do bom cristão, Pra viver a caridade e o exercício do perdão. Dois anos se passaram e quanta saudade, Mas o dever nos chama, voltemos à realidade. E agora em 2020 um novo Tema, pra vivermos a Exortação, Somos chamados a Casal Santo, pra testemunharmos nossa vocação. E a Carta de Fátima nos faz um alerta e um chamado: Não tenham medo, saiamos. Porque a vida é uma grande missão. Arlete e Amilton Eq. N. S. de Guiadalupe Setor A Região SP Leste III

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REFLEXÃO

Esperar em Deus Da adoração eucarística, passando pelo ícone bizantino da Virgem com o Menino Jesus, Salus Populi Romani, e do olhar para o Santo crucifixo milagroso, encontramos a sabedoria de Francisco. Na Praça São Pedro gélida e deserta, quando na longevidade de sua vida, se mostra a carregar em seus ombros o peso de uma cruz sem respostas, e na simplicidade e

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humildade, próprias de seu ser, carinhosamente abre seus braços, a fim de afagar o coração da humanidade. “De Roma para o mundo”, abraça a todos, sem distinção, no Senhor. Fazendo-nos olhar para o Cristo, que em meio à tempestade não dorme, mas enfrenta conosco as torrentes do mar bravio. É Pedro quem fala! Que ensina todos a não ter medo. Sua mensagem é de esperança e de conforto, de certeza e de coragem, de ânimo e unidade, em meio a tanto sofrimento e dor, por vidas dilaceradas; pela exaustão e o cansaço de muitos, que diuturnamente lutam para diminuir o terror que assola o planeta. Este homem de 83 anos e saúde frágil nos faz olhar para a cruz de Jesus, abandonado na cruz, a fim de compreendermos que nós mesmos o abandonamos e precisamos voltar a remar, retomar a caminhada e ressignificar nossa vida em Deus. Precisamos estar unidos, juntos pela vida, sabendo que não é possível cada um seguir sua estrada por conta própria, remando sozinho, sem direção. CM 534


REFLEXÃO

Este homem de 83 anos e saúde frágil nos faz olhar para a cruz de Jesus, abandonado na cruz, a fim de compreendermos que nós mesmos o abandonamos e precisamos voltar a remar, retomar a caminhada e ressignificar nossa vida em Deus. Este homem nos ensina a não perdermos a fé e a esperança no Pai, e nos faz enxergar que não é Deus que dorme, mas nós mesmos, quando tomados de domínio, orgulho e autossuficiência em busca de felicidades efêmeras, pensamos ser donos da própria vida. Somos fracos e frágeis, por isso dependemos e necessitamos uns dos outros, na solidariedade e na partilha, na entrega mútua e no amor-doação, sem distinção de raça e cor, de gênero ou poder aquisitivo e econômico. Necessitamos que nossa fé não se perca, pois é nela que encontramos o caminho, para que com Ele, e Nele, saiamos vitoriosos em direção à outra margem. Obrigado, Santo Padre, por ser a todos nós um farol em meio à CM 534

escuridão de uma pandemia devastadora, nos apresentando o caminho da luz. A luz de um Deus que não nos abandona e sempre cuida de nós. Um Deus que não dorme! Que possamos “abraçar o Senhor, para abraçar a esperança”, pois como nos diz São Paulo: “Sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade, e a fidelidade comprovada produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (cf. Rom 5, 3-5) Padre Alex Dias SCE Setor D Dourados-MS

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CONTOS E REFLEXÕES

A história da balança Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou em um armazém, aproximou-se do dono, conhecido pelos seus maus modos, e pediu se ele lhe podia fiar alguns alimentos. Explicou-lhe que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar, e que tinha sete filhos para alimentar. O dono do armazém, com os seus maus modos, riu-se da pobre senhora, dizendo que a sua loja não era a casa dos pobres, e que tudo ali se pagava com dinheiro. Mais uma vez a pobre senhora envergonhada implorou e disse que pagaria assim que tivesse dinheiro. Ele respondeu que ela ali não tinha crédito, nem tampouco conta na sua loja. Um freguês que estava de pé junto ao balcão, ouvindo toda a conversa, disse ao comerciante que desse à senhora tudo o que ela necessitasse, e que pusesse na sua própria conta. Relutante, o comerciante perguntou à senhora: – Você tem uma lista do que precisa? – Sim, disse ela. – Muito bem, coloque a lista no prato da balança, e o que ela pesar eu lhe darei em mantimentos. A pobre mulher hesitou por instantes e, com a cabeça curvada, retirou do bolso um pedaço de papel, escreveu alguma coisa nele, colocando-o depois no prato da balança. Os três ficaram admirados quando o prato da balança, com o papel, desceu e permaneceu em baixo. O comerciante, já irritado com o

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marcador da balança, virou-se para o freguês e comentou contrariado – Eu não posso acreditar! O freguês sorriu e o comerciante começou a colocar os mantimentos sobre a balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada. O comerciante ficou parado por alguns instantes olhando para a balança, tentando entender o que tinha acontecido. Finalmente, pegou no pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras, e sim uma oração que dizia: - MEU SENHOR, O SENHOR CONHECE AS MINHAS NECESSIDADES E EU AS DEIXO EM SUAS MÃOS. O comerciante deu as mercadorias à mulher que, no mais completo silêncio, agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse: – VALEU A PENA CADA CENTAVO PAGO. SÓ DEUS SABE O VALOR DE UMA ORAÇÃO. Autor desconhecido Ter fé é ter certeza; é considerar que, apesar dos ventos contrários, algo deverá acontecer e fazer com que o melhor se realize. Que o Espírito Santo nos ajude a compreender e aceitar a vontade de Deus em nós para podermos ver as pessoas e o mundo com os olhos de Deus, e nos permita enxergar os vestígios d’Ele em todos os lugares. Colaboração Lázara e Edison Eq. 2 A – Goiânia Região Goiás Centro CM 534


NOTÍCIAS

JUBILEU DE PRATA DAS EQUIPES

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Eq. N. S. Dos Pobres

maio 2020

José Bonifácio - SP

ANIVERSÁRIO DE SACERDÓCIO

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Pe. Antonio Carlos Fernandes (Pe. Toninho) SCE Equipes de Porto Feliz e Sorocaba SCE Província Sul I

maio 2020

VOLTA AO PAI Lahire da Arlete 26.3.2020 Eq. N. S. da Glória Belém/PA

Amazonilda do Gama Em 8/5/2020 Eq. 1C - N. S. da Conceição Manaus/AM

Lia do Carlos 19.4.2020 Eq. N. S. Rainha do Céu Belém/PA

Antonio da Ana Amélia Em 10/5/2020 Eq. 2C - N. S. de Lourdes Manaus/AM

Manoel da Izabel 7/5/2020 Eq. 8 – N. S. das Dores Castanhal/PA

Gama da Amazonilda Em 11/5/2020 Eq. 1C - N. S. da Conceição Manaus/AM

Valóis da Maria do Carmo Em 16/4/2020 Eq. 4A - N. S. do Perpétuo Socorro Manaus/AM Padre Cairo Em 4/5/2020 SCE das Equipes: 14B - N. S. do Monte Serrat e 4D - N. S. da Vitória Manaus/AM CM 534

Wanderley da Tayna Em 12/5/2020 Eq. 16 – N. S. do Silêncio Abaetetuba/PA Heliomar da Norma Em 13/5/2020 Eq. 3C – N. S. de Lourdes Belém/PA

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MEDITANDO EM EQUIPE

Estar com Deus sempre... na oração! A Palavra de Deus - “... para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer.” Lc 18,1

- “Por isso vos digo: tudo quanto suplicardes e pedirdes, crede que já o recebestes, e assim será para vós.” Mc 11,24

Reflexão - Este ano temos feito um caminho rumo à santidade, buscando todos os elementos que nos favoreçam para cumprir nossa missão: Ser santos. A oração é base fundamental para isso. Sem ela é impossível fazermos nossa caminhada de fé e realizarmos em nossas vidas a vontade de Deus. Para ser santo é necessário fazer a vontade de Deus, mas só se consegue resignar-se, conformar-se, querer e amar a vontade de Deus na oração constante, assim como nos ensina Jesus Cristo nos textos acima. - Sei que a santidade é nossa meta, não só para este ano como para toda a vida. Saibam de algo simples, mas às vezes esquecido: tudo se alcança na oração, nada é impossível quando se reza. Cito o pensamento de Padre De Ravignân S. J.: “Todas

as defecções e todas as deficiências; todas as misérias e todas as falhas; todas as quedas assim como os passos mais horríveis fora do caminho reto, tudo isto deriva de uma única fonte: falta de constância na oração. Vivam uma vida de oração; aprendam a transformar qualquer coisa na oração, quer os sofrimentos, quer as dores e qualquer tipo de tentação.” - Querido equipista, a oração é para nossa alma o que o ar é para nosso corpo. Como tens realizado suas orações? Com que intensidade e amor? Quanto tempo diário tens tirado para estar com Deus? Como tens feito a meditação pessoal, a oração do Magnificat, a oração conjugal? Faça da sua vida oração constante, independentemente de onde você esteja.

Oração espontânea - Quero propor a vocês uma forma simples de oração pessoal para hoje: rezar o Magnificat pensando no significado de cada palavra. Gaste um bom tempo lendo, ruminando e rezando todas as palavras deste texto. - Faça uma visita ao Sacrário, gaste tempo

com o Senhor. Nada melhor do que ir rezar diante de Jesus no Sacrário/Tabernáculo. Ele está ali, como vítima de Amor oferecida permanentemente ao Pai, por cada um de nós. Ele mesmo que disse: “Vinde a Mim, vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei […]” (Mt 11,28).

Oração Litúrgica Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro das Vossas chagas, escondei-me. Não permitais que eu me separe de Vós. Do inimigo maligno defendei-me.

Na hora da minha morte, chamai-me. Mandai-me ir para Vós, Para que Vos louve com os Vossos Santos Pelos séculos dos séculos. Amém.

Pe. Franciel Lopes SCE Carta Mensal


Pentecostes

O Catecismo da Igreja Católica diz que: “No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731). Nessa celebração somos convidados e enviados para professar ao mundo a presença do Espírito Santo. E invocarmos a sua efusão do Espírito para que renove a face da Terra e aja com a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações. O Papa Bento XVI fala sobre esse processo de reunificação dos povos a partir de Pentecostes: “Tem início um processo de reunificação entre as partes da família humana, divididas e dispersas; as pessoas, muitas vezes reduzidas a indivíduos em competição ou em conflito entre si, alcançadas pelo Espírito de Cristo, abrem-se à experiência da comunhão, que pode empenhá-las a ponto de fazer delas um novo organismo, um novo sujeito: a Igreja. Este é o efeito da obra de Deus: a unidade; por isso, a unidade é o sinal de reconhecimento, o ‘cartão de visita’ da Igreja no curso da sua história universal”. extraído do site (formacao.cancaonova.com)

Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 - cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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