FORMAÇÃO
“Ide a José” No mês de agosto, na segunda semana do mês vocacional refletimos e rezamos por aqueles que são chamados a vocação matrimonial iniciando a semana com a celebração do dia dos Pais. “Não se é pai somente quando se toma a iniciativa de chamar à vida um ser imortal. Dia após dia deverá continuar a dar a vida ao seu filho. A educação é uma criação prolongada. Depois de ter engendrado um corpo, o pai deve despertar para a vida uma inteligência, um coração, uma consciência. É uma obra de longo alcance”. (O Amor e a Graça, Henri Caffarel) A todos nós, mas sobretudo aos nossos pais, o Papa Francisco nesse ano dedicado a São José, com sua Carta Apostólica Patris Corde (com coração de pai) traz um grande modelo de pai. “Em todas as circunstâncias da sua vida, José soube pronunciar o seu fiat, como Maria na Anunciação e Jesus no Getsemani. Ao longo da vida oculta em Nazaré, na escola de José, Ele aprendeu a fazer a vontade do Pai. Tal vontade torna-se o seu alimento diário (Jo 4, 34). Mesmo no momento mais difícil da sua vida, vivido no Getsemani, preferiu que se cumprisse a vontade do Pai, e não a sua, fazendo-Se obediente até à morte de cruz (Flp 2, 8). Vê-se, a partir de todas estas vicissitudes, que José foi chamado por Deus para servir diretamente a Pessoa e a missão de Jesus, mediante o exercício da sua paternidade: desse modo, precisamente, ele coopera no grande mistério da Redenção, quando chega a plenitude dos tempos, e é
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verdadeiramente ministro da salvação”. (Patris Corde, Papa Francisco) Nossos pais a exemplo de São José são chamados a servirem a Deus no exercício de sua paternidade, num exercício diário de amor a seus filhos e filhas. Em se tratando do amor de São José por seu Filho e seu Senhor, Santo Afonso Maria de Ligório escreve nas “Sete meditações sobre São José”,traduzidas por nosso querido Padre Flávio Cavalca, a seguinte meditação: “Pense no amor que José tinha por Jesus. Tendo o Senhor escolhido José como pai de Jesus, certamente lhe infundiu no coração um amor de pai, e pai de um filho tão amável, que era ao mesmo tempo seu Deus.O amor de José não era puramente humano como o amor dos outros pais. Era um amor sobre-humano, vendo na mesma pessoa seu filho e seu Deus.Considere que incêndio de santo amor devia arder no coração de José ao pensar em tudo isso, e ao ver seu Senhor que, como rapaz, lhe presta serviços, abrindo ou fechando a carpintaria, ajudando-o a serrar a madeira, manejando a plaina e o enxó, recolhendo as aparas e varrendo o chão”. “Indo a José”, peçamos que interceda por nossos pais para que vivendo sua sublime vocação santifiquem nossas famílias.
Pe. Antonio da Silva Miguel Jr. Eq. N.S. Aparecida e N.S. Boa Mãe Setor A - Criciúma-SC CM 542