MUSEU COGUMELO: TECENDO REDES POR MEIO DAS PLANTAS INTRODUÇÃO No início do planejamento das nossas atividades, imaginamos o Museu como um cogumelo, que, por suas hifas e micélios, constrói uma rede de comunicação na floresta, por meio das raízes de árvores e plantas, além de transformar e decompor matéria orgânica que irá nutrir as plantas e fertilizar o solo. Percebemos o MuN dessa forma, tecendo uma rede de comunicação entre os públicos, conectando escolas, educadores, artistas, mediadores, pensadores, comunidades, entre outros, a partir das artes visuais e das plantas, que nos trazem inúmeras e férteis percepções, diálogos e reflexões. Nós, como mediadoras(es) e educadoras(es), estávamos representadas(os) por árvores e plantas do Cerrado: Lua Cavalcante era a Sucupira-branca, responsável por fazer conexões e produzir material educativo com a Escola Parque da Natureza de Brazlândia (EPNBraz), representada pelo Baobá. Gisele Lima, que esteve na primeira etapa da pesquisa do acervo, e foi substituída por Matheus Furtado, na segunda etapa, era a Caliandra, cujas atuações estavam mais próximas ao museu. Geovana Freitas, a Pequizeira, em conjunto com Lua, esteve na mediação com as escolas. Além disso, Geovana esteve na descentralização das ações, buscando parcerias com coletivos locais, como a Coletiva Filhas da Terra. Eu, Priscilla Castro, a Candombá, e Vitor Camargo, o Jenipapo, transitamos entre o museu e os públicos — estes representados pelas formigas. Eu ficava mais na parte ambiental, enquanto o Vitor, mais em questões sobre patrimônio e sociedade.
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