METODOLOGIA Desde antes da pandemia, no eixo mediação, já trabalhávamos com os conceitos de mediação cultural como pesquisa, prática documentária e produção compartilhada de conhecimento. Nessa perspectiva, o museu participa de uma rede em interlocução com outros atores, sendo um agente social entre outros. Assim, os públicos são entendidos como sujeitos praticantes de cultura, em vez de simples destinatários ou beneficiários. A imagem a seguir, um diagrama das tipologias de rede concebido pelo engenheiro Paul Baran, no início dos anos 1960, ajuda-nos a explicar esses conceitos.
Imagem 3: Diagrama das tipologias de rede. Fonte: Paul Baran (1964)1
Na rede centralizada, à esquerda, a mediação pensa o museu como um polo irradiador de conteúdos, dentro da lógica de que a produção de poucos (museu e artistas) é distribuída para muitos. Na rede distribuída, à direita, o museu atua de forma interdependente com outros agentes,
1. BARAN, P. On distributed communications. RAND Corporation, 1964. Disponível em: <https://bityli.com/fcm4H5>. Acesso em 5 nov. 2021. 28