PROGRAMA EDUCATIVA DO MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA: ESTRATÉGIAS PARA O ENFRENTAMENTO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL Os museus de arte, tal como os conhecemos hoje, surgiram no século XIX. Antes disso, a exposição de coleções de obras de arte, antiguidades, objetos arqueológicos, entre outros, era realizada em gabinetes de curiosidades ou em salas de palácios da nobreza. A partir do século XX, os museus passaram a ser reconhecidos como espaços educativos — ainda que não formais —, como as escolas e as universidades. Os museus, antes considerados lugares onde se encontram “coisas velhas”, locais de construção de narrativas oficiais e vinculadas às elites, buscaram então intensificar a relação museu-público, transformando a noção de arte — e sendo transformados por ela —, além de enfatizar a dimensão pedagógica de utilidade social desses equipamentos culturais. O reconhecimento do potencial educativo dos museus impactou a maneira como são construídas as narrativas das exposições, o acesso e a relação dessas instituições com o público. Os museus,
assim, parecem mais próximos de nós, ainda que continuem a representar um lugar de poder. O Museu Nacional da República, localizado em Brasília e administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (SECEC-DF), é uma instituição inaugurada já no século XXI, inserida nas reflexões mais atuais do campo da museologia. Neste ano, em 2021, completou 15 anos de fundação. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos, a serviço da comunidade e do seu desenvolvimento, com a missão de elevar e revelar, ao maior número de pessoas possível, a arte e a cultura visual contemporânea, com vistas a seu incentivo, à sua difusão e a seu reconhecimento pleno como bem cultural universal, que deve ser preservado e democratizado. Pautado pela liberdade de expressão, este museu visa ainda abrigar manifestações culturais que contribuam para a pesquisa e a experimentação das diversas linguagens artísticas e culturais, 9