MERCADO
Dezembro 2021
vidos a bateria elétrica (BEVs) tem na sua produção atual etapas com maior grau de emissão em relação aos veí− culos convencionais a combustão. Explique mais. Ou seja, resolve−se a questão prá− tica da mobilidade no uso do veículo, mas, na cadeia, aumenta−se o proble− ma das emissões. A Toyota acredita que a total descarbonização na operação do setor e no uso de veículos se dará por meio de um mix de tecnologias adequadas à aplicação ao comporta− mento do consumidor de cada região e a disponibilidade de energia poten− cial e ofertada em cada matriz ener− gética. Neste processo, as diferentes tecnologias (HEV, PHEV, BEV e FCEV), já amplamente ofertadas pela Toyota, se destacarão na nova era da mobilidade, estendendo ao consumi− dor o direito maior de escolha. Como ficam os híbr idos? Os veículos híbridos (combinação de motor elétrico e combustão) mos− tram vantagem por agrupar a eficiên− cia energética, baixa emissão e viabi− lidade produtiva. E a vantagem do Brasil é justamente ser um dos maio− res produtores de etanol no mundo. O constante aprimoramento da tecnologia híbrida ao longo das últi− mas três décadas deu à Toyota vanta−
gem competitiva no desenvolvimento e comercialização. No Brasil, essa expertise trouxe para o mercado o primeiro carro hí− brido flex do mundo, com o Corolla sedã, lançado em 2019 com um pro− duto fabricado aqui. Os motores a combustão têm so− brevida até quando no Brasil? É difícil prever, pois tudo depen− de dos mesmos fatores citados acima (infraestrutura, desenvolvimento tec− nológico, transição energética), além de preferências do consumidor sobre o que pode ser mais conveniente em termos de oferta. Por isso, o País precisa ter uma ro− ta tecnológica definida e uma política clara sobre em qual tecnologia vai aportar, para conceder às empresas o norte ideal para planejamento de lon− go prazo. A Toyota tem−se destacado por empregar sistema que une combustão flex e motores elétricos, que são acu− mulam energia sem a necessidade de uso de fontes externas. Por outro lado, a academia (USP, Unicamp) desen− volve tecnologias que empregam o etanol para gerar hidrogênio no siste− ma célula combustível. Vocês avaliam adotar tecnologias como essa? Entendemos que o caminho da eletrificação no Brasil começa pelos
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híbridos por conta da infraestrutura que está pronta e não querer investi− mentos, e pelo fato do etanol já ser uma realidade, que gera emprego e renda para o País. Temos contribuído fortemente para esta popularização com aproxi− madamente 58% das vendas de veícu− los eletrificados com os modelos Co− rolla, Corolla Cross e RAV4, além do portfólio da marca Lexus, 100% HV no Brasil. E num País com forte vocação para biocombustíveis, os veículos hí− bridos flex são boas opções para in− centivar a economia num período de transição para uma futura agenda neutra em carbono. Importante dizer que, hoje, no mundo a Toyota oferece o maior portfólio de veículos eletrificados. Como é este por tfólio? Ao todo, são 55 opções, confiáveis e acessíveis em todo o mundo, com muitos mais modelos por vir. Nossa oferta global atual oferece 45 mode− los elétricos híbridos, 4modelos elé− tricos híbridos plug−in, 4 modelos elétricos a bateria e 2 modelos movi− dos a hidrogênio usando tecnologia de célula de combustível. Atualmente, nosso volume de vendas de veículos eletrificados chega a mais de 2 milhões de veículos por ano mundialmente.