textualidades confluem para traçar personagens que se opõe firmemente e com sucesso aos valores criticados em primeiro momento, ao contrário daqueles e daquelas personagens que fracassavam em suas tentativas de mudanças. Esta inclinação será referida adiante como “performance de afirmação”. Por fim, no período entre 1973 e 1976, as textualidades não remetem a praticamente nenhuma performance de gênero de maneira direta – muito embora se possa argumentar que o não-falar também é discurso33, da mesma maneira que uma tentativa de não-performance seria também uma diferente performance. Nesse ponto, os e as personagens, assim como as figuras apresentadas nas imagens das capas, usualmente não têm gênero, sendo quase sempre tratadas de maneiras impessoais através de termos que remetem a coletividades. Esta performance será referida adiante como “performance impessoal”. Tendo em vista as principais categorias de análise e estas quatro subdivisões da obra, é momento de voltar-se às fontes primárias, que neste capítulo são compreendidas por textualidades imagéticas e escritas da obra da banda, ou seja, as capas de discos e respectivos textos escritos que as acompanhem. Para tal, associar-se-á a cada uma destas inclinações performáticas de gênero uma capa de disco que de alguma maneira pareça-me representá-la de melhor forma.
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O termo discurso refere-se aqui como elemento formativo do conceito de performance.
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