“Partindo do ponto das disciplinas que não são dependentes do presencial, a maior prova, em termos de tecnologia, de que já estávamos preparados para o ensino remoto foi o que ocorreu durante a pandemia. A tecnologia digital existente já era suficiente. As maiores dificuldades, no entanto, foram de caráter econômico, técnico e de ambiente. Para quem tem esses três pontos bem resolvidos, acredito que o ensino remoto poderá continuar a ser uma realidade, desde que haja interesse e legalidade para tal”, pontua. Com benefícios como a possibilidade de acessar as aulas de qualquer lugar, facilitando o estudo para pessoas que não podem se ausentar de suas casas por longos períodos de tempo, que têm dificuldade de mobilidade para chegar às instituições ou que preferem o modelo, o ensino remoto traz ao público novas formas de conquistar um diploma de graduação. Dessa forma, segundo Luiz, o mercado abre portas para aqueles que precisam do formato: “torço para que o ensino remoto tenha vindo para ficar não só para quem deseja, mas também onde ele se faz necessário e pode ajudar na educação”. ADAPTAÇÃO PARA PROFESSORES E ALUNOS Com a adoção do ensino remoto, o perfil dos alunos também deve mudar. Para a coordenadora da Escola de Educação, Sociedade e Ambiente da Faculdade Padre João Bagozzi, Rúbia de Cássia Cavali, o ensino híbrido, na perspectiva das metodologias ativas, tende a aproximar os jovens do processo de aprendizagem. “Nesse método, o estudante é protagonista da sua aprendizagem, não fica esperando que a informação venha só do professor. Assim, os estudantes trazem a informação e, junto com professores e colegas, transformam os conteúdos conhecimento”, explica. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Carreira Docente da FAE Centro Universitário, Nelcy Finck, alguns pontos são essenciais para garantir a
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