Fluir musical
Tamás Kátai, a alma de Thy Catafalque, conclui que a longa discografia da banda é afinal um único álbum, que se vai manifestando aos poucos. Entrevista: CSA
Saudações, Tamás! Como tens passado? Espero que esteja tudo bem contigo. Tamás – Estou bem, obrigado. Deve ser a sexta vez que te entrevisto!!! Aqui temos mais uma aventura musical que nos é proporcionada por Thy Catafalque. - O que nos podes dizer sobre este novo álbum? Ora bem! Este é o nosso décimo álbum. Para mim é sempre um grande marco na vida de uma banda alcançar este número de
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álbuns. Tem uma duração superior a uma hora e, de um modo geral, parece-me que é mais tenebroso que «Naiv». É menos lúdico e mais intenso, embora também inclua canções e motivos mais alegres em alguns dos seus momentos. - Como te veio a ideia de o criar? Não há nada espetacular nisto. Quando «Naiv» foi lançado, já tinha uma canção nova feita. Para mim, é uma espécie de fluir constante, pelo menos nos últimos anos. Não me sinto a compor álbuns, parece-me que estou a criar um único grande álbum ao longo da
minha vida e deixo-me levar pela corrente. Mas há situações na vida em que a música não é a nossa prioridade ou nem sequer está na mesa. Já me aconteceu várias vezes e estou certo de que voltará a acontecer, por isso, enquanto posso e tenho energia e vontade para o fazer, dedico-me a criar música. Quando for tempo disso, pararei e farei o que for mais importante nessa altura. - De que trata o álbum? «Vadak» significa “animais selvagens” em Húngaro. O conceito-chave do álbum é a