Actualidade Economia Ibérica - nº 287

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FEI e Millennium bcp apoiam PME prejudicadas pela pandemia com 1.200 milhões de euros O Fundo Europeu de Investimento (FEI), que integra o grupo do Banco Europeu de Investimento, e o Millennium bcp uniram esforços, uma vez mais, no sentido de apoiar a recuperação das pequenas e médias Empresas (PME) portuguesas afetadas pela crise económica causada pela pandemia de covid-19. O FEI e o Millennium bcp assinaram no mês passado dois contratos ao abrigo do Fundo de Garantia Paneuropeu (EGF), no valor de cerca de 1200 milhões de euros. O EGF, que se encontra operacional desde outubro, foi aprovado pelo Conselho Europeu como parte integrante de um pacote de medidas de resposta da União Europeia ao impacto económico causado pela covid-19, com o objetivo de apoiar as empresas afetadas pela pandemia, com grande enfoque nas PME.

Com a intervenção do EGF, o Millennium bcp poderá conceder crédito às PME em condições preferenciais, assegurando que as empresas em Portugal tenham acesso a linhas de crédito suficientes, para mitigar os impactos da crise pandémica e permitir às mesmas manter os respetivos planos de crescimento e desenvolvimento a médio e longo prazo. Assumindo até 70% do risco dos financiamentos concedidos pelo Millennium bcp às PME através do EGF, o FEI vai promover a concessão de financiamento novo. Ricardo Mourinho Felix, vice-presidente do BEI, afirmou que “o grupo do Banco Europeu de Investimento está disponível para apoiar Portugal no combate aos problemas causados pela pandemia. As PME representam em Portugal uma parte substancial do tecido empresarial e da força empre-

gadora. Por esse motivo, em 2020, cerca de três quartos do apoio financeiro do Grupo BEI no país foi destinado às necessidades financeiras das PME, tendo assinado contratos com bancos portugueses no total de 1.690 milhões de euros”. Miguel Maya, CEO do Millennium bcp, salientou que “superado um contexto exigente em 2020, em que o Millennium bcp financiou mais de quatro mil milhões de euros, que abrangeu cerca de 30 mil empresas, o banco reforça agora de forma expressiva as capacidades no apoio ao investimento das empresas, contribuindo assim para que estas se prepararem e se tornem globalmente mais competitivas no processo de transição para uma economia mais resiliente, verde e digital”. Este foi o maior contrato de financiamento firmado entre este banco e o FEI / BEI em Portugal.

Plano de Recuperação e Resiliência já foi apresentado pelo Governo a Bruxelas O projeto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo Governo português a Bruxelas assenta em seis grandes pilares: transição ecológica, transformação digital, crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, coesão social e territorial, saúde e resiliência económica, social e institucional e, ainda, políticas para a próxima geração, crianças e jovens. Estes seis eixos de intervenção representarão um montante global de quase 16.644 milhões de euros, sendo 13.944 milhões financiados através de subvenções e 2.699 milhões através de empréstimos. Só após a sua aprovação, é que Portugal poderá receber a primeira tranche desta ajuda europeia, que pretende tornar o país e o espaço da União Europeia mais verde, digital e

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resiliente aos desafios pós-pandemia. De acordo com o Governo, o PRR e as medidas de relançamento económico implementadas durante o horizonte do programa “representam cerca de 17 mil milhões de euros”, com o valor de medidas em 2022 “a ascender a 1,7% do PIB”. Relativamente aos meios a disponibilizar às empresas, que algumas associações patronais consideraram insuficientes, o Governo assumiu então a possibilidade de se candidatar a mais 2.300 milhões de euros de empréstimos do Próxima Geração UE (para reforçar a capitalização e inovação das empresas) – e que serão a fundo perdido –, os quais serão pedidos a Bruxelas até 2022 (de forma parcial ou total) se a procura assim o exigir, passando assim

a totalizar os cerca de cinco mil milhões. O PRR, cujos investimentos têm de estar comprometidos até 2023 e executados até 2026, subdivide-se em 37 reformas e 82 investimentos distribuídos por 20 componentes distintas. Para a transição climática estão previstos 3.059 milhões de euros, enquanto para a transição digital deverão ir 2.460 milhões de euros. Para a cultura estão inscritos 243 milhões de euros, parte dos quais destinados à digitalização da cultura. António Costa afirmou que em 2022, com a execução do PRR, será possível a Portugal recuperar o nível do PIB de 2019, notando que a pandemia afetou aquela que era a evolução do crescimento da economia portuguesa até esse ano.


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