Actualidad
Economia ibérica junho 2021 ( mensal ) | N.º 288 | 2,5 € (cont.)
Mercado imobiliário mantém-se forte e promissor PÁG. 32
Zaragoza se pone en marcha para crear la primera gran plataforma logística de drones pág. 14
Madrid Platform analiza comercio entre Europa y America Latina pág. 18
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Nº 288 - junho de 2021
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Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro
Grande Tema
Mercado imobiliário mantém-se forte e promissor 32.
Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Célia Esteves, José-Benigno Pérez Rico, Miguel Pereira da Silva, Nuno Almeida Ramos e Oriol Valentí i Vidal Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua Roy Campbell, Lote 5 – 4ºB 1300-504 Lisboa Telefone: 219 267 950 E-mail: info@wcit.pt Website: www.wcit.pt Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.
Editorial 04.
Eu quero uma casa no campo ou com varanda sobre a cidade
Opinião 06.
La restructuración bancaria en España - José-Benigno Pérez Rico
26.
SI inovação apoia projetos em setores tradicionais com diferenciação – Será a indústria metalúrgica inovadora? - Célia Esteves
46.
Arbitragem e mediação: terapias alternativas para uma dor de cabeça - Miguel Pereira da Silva e Oriol Valentí i Vidal
Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, José Carlos Sítima, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Enrique Hidalgo e Maria Celeste Hagatong
Atualidade 16.
Schindler Ibéria resiste à quebra de atividade, mantendo a aposta nas vertentes tecnológica e da segurança
E mais... 08. 14. 22. 28. 42. 48. 54. 56. 58. 60. 61. 62. 64. 66.
Apontamentos de Economia Atualidade Marketing Fazer Bem Advocacia e Fiscalidade Vinhos & Gourmet Ciência e Tecnologia Intercâmbio Comercial Oportunidades de Negócio Calendário Fiscal Bolsa de Trabalho Setor Automóvel Espaço de Lazer Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola JUNHO DE 2021
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Eu quero uma casa no campo ou com varanda generosa para a cidade
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mercado imobiliário goza de boa saúde: não cedeu à pandemia, resistiu e até cresceu. Venderamse menos casas em 2020 do que em 2019, porém o valor de faturação aumentou, ref letindo a valorização de várias zonas do país. Mesmo os investidores estrangeiros não parecem ter desistido de Portugal e estão a regressar com vontade de comprar. Os limites recomendados pelo Banco de Portugal na concessão de novos créditos à habitação mantêm-se praticamente inalterados desde 2018, ao contrário do que sucedeu com a atribuição de outros tipos de crédito, que conheceu novas restrições. Desde o fim de 2019 que a concessão de crédito evolui de forma positiva. Como se constata através do tema de capa desta edição, se olharmos para o setor imobiliário como barómetro da economia, teremos de concluir que esta crise não triunfa sobre os investidores. Os portugueses continuam a comprar casa, mesmo com o valor das rendas a descer ligeiramente, acusando o alargamento da oferta, fruto da quebra no turismo e da consequente redução da procura pelo alojamento local. Foto Sandra Marina Guerreiro
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casa mudou para os que a habitam e para os que a comercializam: adquiriu novas funções (trabalho e escola); a visita virtual ganhou mais protagonismo do que alguma vez tivera (obrigando a um maior rigor e cuidado técnico e estético no tratamento da imagem, seja ela estática ou em movimento). A procura também mudou: queremos habitar casa mais espaçosas, com varandas maiores e mais arejadas, queremos zonas de lazer al fresco no lugar a que chamamos de lar. Talvez seja impensável, no futuro, aprovar nova construção com apartamentos sem varandas, a menos que nos recusemos a aprender com o passado recente... A recente procura diz-nos que cada vez mais portugueses serão menos os que precisam de concordam com a cantora brasilei- se deslocar para trabalhar. Talvez ra Elis Regina e querem “uma casa seja esta a grande oportunidade no campo”, preferencialmente uma de diminuir o fosso populacional moradia. Ou então querem uma entre o Interior e as grandes cidacasa na cidade, mas com varanda des do Litoral e, consequentemente, ou pátio generosos. Dicas relevan- a oportunidade do ambiente. Os construtores, engenheiros e tes para arquitetos e construtores... No futuro, talvez já não sejam arquitetos terão em consideração tantos os que precisam de viver estas novas necessidades? Os vereanos centros das cidades, talvez dores de urbanismo terão em consejam cada vez mais os que vive- sideração estas novas necessidades? rão no interior, mas trabalharão Queremos acreditar que sim. O que para já sabemos é que o para empresas sediadas no litoral,
E-mail: smarques@ccile.org
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Por José-Benigno Pérez Rico*
La restructuración bancaria
en España
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esde el 2007/2008 el mundo empresarial sufrió un cambio radical motivado por la crisis financiera internacional y que afectó a todas las economías mundiales y muy concretamente a la española que hizo desencadenar una crisis inmobiliaria de gran magnitud histórica que ocasionó la quiebra de muchas empresas del sector inmobiliario. Esta crisis ocasionó también la caída de beneficios en el sector financiero, fundamentalmente Cajas, con mucha concentración de riesgos en el sector del ladrillo, dejando en sus balances un gran patrimonio de activos tóxicos que hicieron tambalear la solvencia de las mismas. Se produce una descapitalización en el sistema bancario por la pérdida del valor de sus activos, especialmente aquellos relacionados con el sector inmobiliario, o la titulización de derechos de crédito. Como consecuencia de lo anterior, se produce una fuerte rigidez en la oferta de crédito a particulares y empresas a lo que se unen las grandes dificultades de conseguir financiación internacional. En paralelo a esta situación, se produce una disminución de negocio como consecuencia de la caída en la actividad económica. Dada esta situación, se inició entonces un proceso de concentración bancaria muy importante transformando las
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45 Cajas existentes en España en grupos bancarios que se hicieron viables con las ayudas aportadas por el Estado en una cifra superior a 60.000 millones de euros y que supusieron una inyección de capital mediante concesión de créditos a largo plazo con condiciones de intereses especiales y que aún hoy, después de una década, la gran mayoría figuran sin reembolsar a las arcas del Estado. Desde aquella crisis financiera en 2008, con la caída de intereses (incluso negativos en la situación actual), la puesta en marcha de los servicios de digitalización y las consecuencias de la Covid-19, la banca sufrió en este periodo una restructuración sin precedentes. En
2008 había en España 45.500 oficinas bancarias y una plantilla de 278 mil empleados. Al cierre del 2020, bajaron las cifras a 22.271 oficinas (más de la mitad) y 158 mil empleados en plantilla. Para el presente ejercicio hay previsto el cierre de 3.800 oficinas y una caída de 20.000 empleados, dejando situada la plantilla total en torno a 140.000 personas. Los bancos que más incidencia tienen en la reducción anunciada para este año son Caixa Bank (recientemente fusionada con Bankia), que cerrará 1.534 oficinas y despedirá a cerca de 8.000 empleados; seguirá Banco Santander con cierre de 1.033 oficinas y una caída en su plantilla de 3.578 empleados; BBVA cerrará
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530 oficinas y dejará sin empleo a 3.800 empleados; Sabadell cierra 105 oficinas y despedirá a 1.800 empleados. Una fuerte disminución de establecimientos bancarios y una reducción importantísima en número de empleados que, sin duda, hará mejorar la cuenta de resultados, aunque no se conoce todavía si se podrá seguir ofreciendo la misma calidad de servicio al cliente. Esta restructuración a la baja del sector bancario, que se hace en aras de beneficiar la cuenta de resultados, como decimos, y que está siendo muy perjudicada por la estrechez del margen financiero y otros factores antes comentados, tiene consecuencias muy negativas en dos sentidos: una, la pérdida de empleo para muchos miles de empleados con difícil recolocación en el mismo sector por encontrarse todo él en
desaceleración y, por otra parte, con muy pocas posibilidades de encontrar trabajo fuera del sector por la ausencia de oferta de trabajo; por otra parte, con el cierre de oficinas se pierde calidad de servicio para muchos clientes, especialmente para aquellos residentes en barrios periféricos de las ciudades y en lugares con disminución poblacional en zonas rurales de la llamada “España Vaciada”, zonas en las que los clientes quedan sin servicio bancario. Hay en España 3.500 municipios de los más de 8.000 existentes que están disminuyendo drásticamente su población y en donde no es rentable para la banca mantener abierta una oficina. Los clientes residentes en estas zonas son los más perjudicados ya que en la mayoría de los casos son gente mayor que tienen dificultades para poder desplazarse
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con facilidad a las zonas urbanas donde está ubicada la oficina bancaria y su operativa por internet es totalmente imposible al no saber utilizar los servicios informáticos. Algunas entidades para poder paliar esta situación y seguir ofreciendo los servicios mínimos a estos clientes, han puesto en marcha oficinas ambulantes que recorren semanalmente estas poblaciones. También han nombrado agentes colaboradores en muchas zonas rurales con los que poder ofrecer a los clientes los servicios más básicos. Sería deseable que toda esta población pudiera seguir disfrutando de los servicios bancarios totalmente imprescindibles y tan necesarios para los clientes. * Ex-vicepresidente de la Cámara de Comercio e Industria Luso Española E-mail: jbperezrico@hotmail.com
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EDP avança com parque solar flutuante no Alqueva que, no final deste ano, já possa estar a produzir energia”, acrescenta a empresa. Segundo a elétrica, com uma capacidade de produção anual de 7GWh, a expetativa é que este parque solar flutuante venha a abastecer o equivalente a 25% dos consumidores da região “Este projeto está a ser desenha(Portel e Moura). do num modelo de funcionamento O futuro parque solar, que conta tam- híbrido, já que o sistema de bombém com um sistema de armazena- bagem permite utilizar a energia mento com baterias, será integrado eólica e solar, em períodos de com a central hídrica do Alqueva, uma menor consumo, para bombear a central hídrica com bombagem e um água da albufeira e, dessa forma, dos maiores sistemas de armazena- reutilizá-la para produzir nova mento de energia do país, adianta. energia hidroelétrica”, explica.
Foto EDP
A EDP vai avançar com o projeto de um parque solar flutuante na barragem do Alqueva, um investimento de quatro milhões de euros, que deverá começar a produzir energia já no final deste ano, anunciou a elétrica. Em comunicado, a EDP informa que o projeto para um parque com 12 mil painéis solares na albufeira da barragem do Alqueva “recebeu luz verde para iniciar a construção”, referindo que o “objetivo é que possa produzir energia já no final deste ano e abastecer o equivalente a 25% das famílias da região”. Depois de ter obtido o licenciamento final para iniciar a sua instalação, “a previsão é que os trabalhos no terreno arranquem no verão e
BPI lança Crédito Imediato para Empresas, totalmente digital, simples e rápido O BPI acaba de lançar o Crédito Imediato para Empresas, um novo produto que tem como objetivo financiar as necessidades de tesouraria das empresas. Através desta solução online, as empresas têm acesso a crédito até 25 mil euros, de forma rápida e sem burocracias, permitindo uma gestão mais eficiente dos desafios que se colocam no seu dia a dia. A contratação deste crédito é imediata, sem necessidade de constituição de garantias a favor do BPI, e 100% digital, sendo efetuada, exclusivamente, através do BPI Net Empresas, o serviço de corporate Internet banking do BPI. Este lançamento vem complementar a oferta de produtos e serviços financeiros do BPI, no sentido de “continuar ao lado das empresas, com soluções inovadoras e digitais, que respondem às verdadeiras necessidades” daquelas, adianta o banco liderado por João Oliveira e Costa. O BPI tem vindo a inovar na oferta de serviços 100% digitais dirigidos às
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empresas. Além do Crédito Imediato, o banco disponibiliza também o iFactoring BPI, uma solução que permite a gestão online do contrato de factoring, proporcionando um apoio à tesouraria e liquidez das empresas e simplificando a gestão de cobranças. Através de uma rede alargada, multicanal e totalmente integrada com ser-
viços 24/7, o BPI assegura a proximidade com os seus clientes, apoiando o desenvolvimento dos seus negócios. O BPI Net Empresas é o serviço de corporate Internet banking do BPI,, que permite efetuar uma gestão integrada das contas e realizar um conjunto alargado de operações, nacionais e internacionais, de forma rápida, cómoda e sempre com a máxima segurança. Entretanto, o banco divulgou os seus resultados referentes ao primeiro trimestre do ano, tendo alcançado um lucro consolidado de 60 milhões de euros, que compara com seis milhões no trimestre homólogo de 2020. Para tal, contribuíu a atividade em Portugal, onde registou um resultado líquido de 54 milhões de euros (contra quatro milhões no período homólogo do ano passado, quando se registaram imparidades significativas para prevenir potenciais impactos da pandemia). O contributo das participações minoritárias no BFA e BCI foi de seis milhões de euros no trimestre.
Breves BCP aumenta lucros para 57,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano Foto Sandra Marina Guerreiro
O Millennium bcp apresentou um resul- salientar ainda o tado líquido de 57,8 milhões de euros no “reforço expresprimeiro trimestre de 2021 (um cresci- sivo das impamento de 63,8% face ao primeiro trimes- ridades e provitre de 2020). Esta “evolução favorável sões, totalizanficou a dever-se ao bom desempenho do 242,8 milhões apresentado pela atividade em Portugal, de euros nos pese embora o mesmo tenha sido ate- primeiros três nuado pelo menor contributo da ativi- meses de 2021”. dade internacional, nomeadamente da O rácio de capital subsidiária polaca, fortemente condicio- total foi de 15,5% nada pelo reforço da provisão extraordi- e o rácio de capital CET 1 de 12,2%, ou nária constituída para fazer face ao risco seja, “acima dos requisitos regulamentares legal associado aos créditos hipotecá- de 13,31 e 8,83%, respetivamente”, frisa a rios concedidos em moeda estrangeira, instituição liderada por Miguel Maya. que ascendeu a 112,8 milhões de euros A carteira de crédito (bruto) consolidada nos primeiros três meses de 2021”, reve- do Millennium bcp registou um creslou o banco. O resultado antes de impari- cimento de 3%, totalizando os 56.351 dades e provisões aumentou 5,8%, para milhões de euros no final do primeiro os 329,5 milhões de euros, sendo de trimestre deste ano.
Cosec lança Seguro Caução digital Desde 25 de maio, através do novo por- cados e disponíveis para dar suporte, de tal COSECnet Caução, os tomadores e forma rápida e eficiente, às solicitações. mediadores da Cosec passam a poder “A celeridade na resposta a pedidos de solicitar online os pedidos de cotação emissão de Seguro Caução e decisão de e pedidos de emissão das apólices de plafonds potenciada com o lançamento Seguro Caução, com resposta em 24/48h, da COSECnet Caução é ainda mais reletornando o processo de contratação e vante no atual contexto de início de retogestão do seguro ainda mais ágil, adinata ma da economia, permitindo aos nossos a companhia. O portal permite o acesso Tomadores dispor, com rapidez, das apóem tempo real, de forma rápida e segu- lices de seguro de caução necessárias às ra, a todos os documentos contratuais operações cuja contratação carece deste e informações de suporte à gestão do produto.” afirma Maria Celeste Hagatong, Seguro Caução. Poderão visualizar as presidente do conselho de administração apólices online, logo que são emitidas. da Cosec. “A COSECnet Caução é mais A nova plataforma COSECnet Caução um exemplo dos investimentos significapermite ter visão geral e completa das tivos que a companhia tem vindo a fazer garantias e plafonds de Caução; gerir em inovação e digitalização dos nossos as garantias em vigor e solicitar novas; produtos e serviços, para responder cada bem como receber atualizações e alertas vez melhor aos desafios das empresas”, sobre alterações nas condições e capital acrescenta. da apólice, facilitando o acesso e acom- O Seguro Caução é um produto que perpanhamento das operações e plafonds mite, em situações em que há impocorrentes. sição legal ou regulamentar, assegurar O portal assenta num conceito de proximi- a garantia de proteção do beneficiário dade, garantindo um contacto direto com perante o incumprimento contratual e/ou a equipa de gestores altamente qualifi- financeiro de um tomador.
Embaixador português em Madrid nas comemorações do aniversário da Coviran Foi no âmbito do 10.º aniversário em Portugal e dos 60 anos da Coviran em Espanha que representantes diplomáticos e empresários se juntaram, no início de maio, em Madrid, para comemorar o sucesso da insígnia a nível ibérico. A ocasião juntou Patro Contreras, presidente da Coviran, José Francisco Muñoz, diretor-geral, o embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes, e o conselheiro económico e comercial da Embaixada e diretor da AICEP, Luís Moura, tendo o embaixador sublinhado o valor deste modelo empresarial inserido na economia social, sem esquecer a transformação digital que a cooperativa
e os seus parceiros estão a viver, propondo a promoção conjunta de acordos para impulsionar a economia em Portugal. O projeto da Coviran em Portugal conta já com uma equipa de 2.191 pessoas, uma rede logística composta por três plataformas de distribuição e com um foco nos seus parceiros que recebem as ferramentas e serviços necessários para a gestão dos seus supermercados, como formações na escola de comércio. “Como empresa de economia social, a cooperativa contribui para gerar desenvolvimento e crescimento em todos os territórios em que está presente, tornando-se uma resposta sólida para o futuro de milhares de pequenos e médios empresários, o que por sua vez gera emprego e favorece uma melhor redistribuição da riqueza gerada”, adianta a cooperativa de origem espanhola. Garland garante liderança no transporte de grupagem de e para o Reino Unido após Brexit A Garland Transport Solutions, empresa de transportes do grupo Garland, tem um novo agente no Reino Unido. Com o arranque recente do contrato com a subsidiária da Rhenus Logistics no país, a Garland acredita poder incrementar a sua cobertura no trans-
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Breves porte de mercadorias por via terrestre entre Portugal e Grã-Bretanha. Esta parceria foi estabelecida pouco antes do Brexit, com o objetivo de prevenir os esperados constrangimentos ao transporte de mercadorias de e para aquele país, agravados pelo acordo comercial tardio entre o Governo Britânico e a União Europeia. Segundo Peter Dawson, presidente do grupo Garland, “o facto de o acordo ter sido alcançado à última hora, não deu tempo a importadores, exportadores e entidades alfandegárias para se prepararem para uma transição suave. Como resultado, o sistema informático da alfândega britânica não ficou atualizado atempadamente, tendo, no entanto, o Governo inglês permitido a prorrogação até julho dos pagamentos de IVA, o que não aconteceu em sentido contrário – a União Europeia não concedeu a mesma prorrogação, pelo que os despachos alfandegários tiveram de ser feitos no momento”, tendo estes constrangimentos provocado diversos atrasos às empresas de transportes. Dois meses após o Brexit, o presidente do grupo Garland comentou que “o movimento estabilizou”, mas que “continua a haver problemas com o transporte de mercadorias em que é requerida mais documentação, como é o caso de bens alimentares, bebidas alcoólicas e componentes automóveis”. Santos e Vale assina parceria com os CTT para a distribuição de carga A Santos e Vale e os CTT-Correios de Portugal assinaram em abril um acordo de parceria, com vista à prestação de serviços de entrega de carga – volumes e paletes. “Este acordo vem reforçar a posição da empresa no mercado nacional de distribuição expresso de paletes e aumentar a visibilidade da qualidade e fiabilidade dos serviços prestados”, refere fonte da Santos e Vale. A Santos e Vale, como um operador logístico que oferece aos seus clientes uma solução one-stop shop, integrando as suas áreas de negócio de Logística, Distribuição e Transporte, tem vindo a aumentar a sua posição no mercado, também apoiada neste tipo de parcerias estratégicas colaborativas. Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale, refere que “as parcerias colaborativas são o caminho lógico para o futuro das empresas que sejam ambientalmente responsáveis”. Por seu lado, João Sousa, administrador executivo dos CTT, refere que “este acordo marca mais um passo na adoção de um novo modelo de negócio de carga, voltado para a eficiência e para a qualidade do serviço ao cliente”.
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Novo Banco aposta na melhoria dos serviços de trade finance O Novo Banco deu início, a 10 de maio, na procura de disponibilizar melhores ao processo de substituição da sua serviços e com mais qualidade. atual plataforma de Trade Finance por O Novo Banco mantém uma longa uma nova plataforma, com um novo tradição de apoio ao setor empresarial interface, mais intuitiva e disponibili- e à exportação, no aconselhamento zando maior detalhe sobre as opera- ao nível do comércio internacional e ções realizadas. na oferta das melhores soluções no Com esta nova plataforma de trade âmbito do trade finance, que permitam finance, o Novo Banco reafirma a sua às empresas realizar as suas operacontínua aposta na digitalização, sim- ções além-fronteiras, com a segurança plificação, agilidade e a rapidez de necessária e com uma estrutura ajusinteração que oferece na utilização tada em função de cada operação. dos seus serviços aos clientes. O reconhecimento das competências A confiança com que as empresas do Novo Banco, neste âmbito, levou continuam a distinguir o Novo Banco, à sua eleição, em 2021 e pelo terceiao escolher-nos para a realização ro ano consecutivo, como o melhor das suas operações de Negócio prestador na área de trade finance, Internacional, constitui um incentivo em Portugal, pela revista internacional e, ao mesmo tempo, um compromisso “Global Finance”.
Hábito Planeta II fornece equipamento de poupança energética ao Hospital de Santa Maria
A Hábito Planeta II, empresa fornecedora de soluções para a eficiência energética, sediada em Lisboa e distribuidora exclusiva em território nacional da marca EnerkeeperB2, foi selecionada para o fornecimento e instalação de cinco unidades Enerkeeper de 2.000 kVA/3300A ao Hospital de Santa Maria. O fornecimento será feito no âmbito do Projeto para a Eficiência Energética nos edifícios da Administração Pública Central, onde aquele hospital, pertencente ao Centro Hospitalar Lisboa Norte EPE, viu aprovada a sua candidatura ao POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, para a introdução de várias medidas para o aumento da sua eficiência energética. Entre as medidas aprovadas, encontra-se a instalação de cinco equipamentos transformadores em Zig-Zag Enerkeeper, os quais utilizam uma
tecnologia de enrolamentos especial patenteada, que foi previamente testada pelo Hospital de Santa Maria. Para além de possibilitar uma poupança de cinco a 7% nos consumos de energia ativa desta unidade hospitalar, os novos sistemas trarão “uma redução significativa nos custos com as avarias, paragens e manutenção de milhares de equipamentos eletrónicos sensíveis, instalados em todos os departamentos do Hospital de Santa Maria, pois a sua atuação reduz significativamente os efeitos negativos de perturbações elétricas existentes na rede”. Segundo o administrador da Hábito Planeta II, Jaime Regojo, o sucesso deste projeto é fruto de um longo e minucioso trabalho realizado pelas equipas técnicas da Hábito Planeta II e do Hospital de Santa Maria, sendo um marco importante no mercado da eficiência energética em Portugal, nomeadamente no setor hospitalar.
Gestores
Grupo MAPFRE lucra 173 milhões de euros até março O lucro da MAPFRE no primeiro trimestre de 2021 foi de 173 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 36,7% em relação ao período homólogo, e que foi impulsionado pela melhoria nos negócios em Espanha, na América do Norte e na América Latina, assim como no ramo de resseguros. Já em Portugal, a receita de prémios teve um aumento discreto (de 0,4%), com um lucro de um milhão de euros. Ao nível do grupo, o rendimento continua estável, em mais de 7.300 milhões de euros, sendo que os prémios se situam em 5,896 milhões (-3,3%), afetados pela depreciação das moedas. Com uma taxa de câmbio constante, os prémios cresceram 3,2%. A evolução do negócio em Espanha traduziu-se num crescimento de 2,9%, fazendo com que seja o país
que mais contribui para os lucros do grupo. Todos os países da América Latina fecharam o trimestre com lucro, adianta o grupo. O grupo destaca ainda que a MAPFRE RE apresentou um bom desempenho, com um lucro de mais de 32 milhões de euros. O custo das indemnizações devido à covid-19, aumentou em 109 milhões de euros. Já o impacto líquido nas indemnizações da tempestade “Filomena” chegou quase a 20 milhões de euros, entre o Reino Unido e Espanha. As receitas totais do grupo, entre janeiro e março de 2021, situam-se nos 7.304 milhões de euros (-0,4%), enquanto que os prémios subiram para 5.896 milhões de euros, menos 3,3% face a 2020. No entanto, a uma taxa de câmbio constante, os prémios cresceram 32%.
Mercadona e CAP assinam protocolo de colaboração A Mercadona e a CAP assinaram um protocolo de colaboração, que pretende dinamizar a produção nacional portuguesa. “A Mercadona, consciente do papel estratégico e fundamental que desempenha no desenvolvimento da economia, considera o setor primário nacional como um motor de crescimento, quer para a empresa quer para o país. Comprando atualmente a 300 fornecedores comerciais nacionais, a empresa continua a apostar em manter relações de compromisso a longo prazo, conseguindo ao longo destes anos gerar sinergias e construir uma cadeia agroalimentar sustentável, eficiente, moderna e diferenciadora, que seja benéfica para todos os elos”, salienta o grupo. Em 2020, a Mercadona comprou produtos no valor de 208 milhões de euros a 300 fornecedores comerciais nacionais. “Desde 2016, ano em que a empresa chegou a Portugal, o volume de compras teve um
aumento de 400%, sendo que muitos destes produtos são exportados, ajudando os fornecedores a crescer juntamente com a Mercadona”. A CAP, organização socioprofissional agrícola que agrupa cerca de 250 organizações de todo o país, representativas das principais zonas agrícolas de Portugal, estabelece assim uma “colaboração única” com aquele retalhista, que permitirá a ambas as partes desenvolver um projeto comum, fruto do desenvolvimento da cadeia agroalimentar sustentável da Mercadona, com o objetivo de promover o crescimento partilhado e sustentável. Luís Mira, secretário-geral da CAP, destaca que: “a Mercadona é uma entidade que valoriza, de forma séria e consistente, a produção nacional, estabelecendo relações de estabilidade e previsibilidade com os agentes económicos do setor privado, isto é, com os produtores”.
em Foco
António Calçada de Sá (na foto) é o novo presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa. O novo presidente sucede a Filipe de Botton, que passa agora a ter o cargo honorífico de presidente fundador. “O Conselho da Diáspora cresceu muito e terá que continuar a crescer muito. Temos uma excelente articulação com as todas as instituições, com o Governo de Portugal e com a Presidência da República, e continuaremos por essa via com um único objetivo: ser uma grande rede de utilidade na defesa da imagem e dos interesses de Portugal no mundo”, declara António Calçada de Sá, que tem contribuído de forma ativa para o desenvolvimento deste Conselho, criado em 2012, como instrumento de diplomacia económica e influência a nível internacional na defesa dos interesses de Portugal. Além das suas atuais funções executivas na Repsol, António Calçada de Sá é ainda presidente da Câmara de Comércio de Portugal em Espanha. A assembleia de acionistas do Crédit Suisse nomeou no final de abril António Horta Osório como chairman da instituição. O banqueiro português, que já foi diretor executivo do Santander e nos últimos 10 anos esteve como CEO do Lloyds Bank, ocupa, agora, um cargo não executivo no Crédit Suisse. O responsável assumiu o cargo no Lloyds em 2011, em virtude da aquisição da instituição pelo HBOS e a convite do Governo britânico. Sob a sua liderança, o banco inglês conseguiu inverter os elevados prejuízos que acumulava desde 2008 e passar a resultados positivos e pagar os seus dividendos em 2015. Paulo Caiado (na foto), um dos fundadores da Remax, a maior imobiliária a operar em Portugal, já tomou posse como novo presidente da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal. Como prioridades para o mandato, Paulo Caiado elege a luta pela profissionalização do acesso à atividade imobiliária. Paulo Caiado está na Remax desde o seu arranque, mas, antes disso, o seu percurso profissional passou por Espanha e França, no âmbito da sua ligação a uma multinacional do ramo editorial.
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Breves Acciona gestionará 300 depuradoras en Cerdeña durante cinco años por 210 millones El grupo español ha ganado tres contratos, por un total de 210 millones de euros, para la operación y mantenimiento durante cinco años de un total de 300 estaciones depuradoras y 600 de bombeo. Las instalaciones están ubicadas en las provincias de Cagliari, Iglesias, Nuoro, Olbia, Oristano y Sassari, alcanzando el 85% de la capacidad de tratamiento total de aguas residuales de la isla. Esas plantas depuran 120,4 hectómetros cúbicos al año y dan servicio a una población equivalente a 2,4 millones de habitantes. Entre las labores que atenderá Acciona figuran la explotación de las citadas plantas de tratamiento de aguas residuales y de las estaciones de bombeo, así como la recogida de residuos y el mantenimiento ordinario y extraordinario. A lo largo de los cinco años, las instalaciones irán incorporando mejoras para una mayor eficiencia energética, fomentar la economía circular y la sostenibilidad de los procesos. Los fangos generados durante el proceso de depuración se reutilizarán para uso agrícola, según ha apuntado la empresa. Factorenergia abre las puertas a la comercialización de gas en Portugal La empresa operadora catalana de energías renovables y gas natural Factorenergia ha anunciado que ha iniciado la comercialización de gas natural en Portugal a través de su empresa participada Enforcesco, un nuevo mercado a explotar teniendo en cuenta de que la comercialización del gas sólo en España representa el 10% de las ventas del negocio actual. Según ha afirmado su director ejecutivo, Emili Rousaud, “el inicio de la actividad de gas en Portugal es una gran noticia, dado que el mercado ibérico es clave para la compañía. De esta forma esperamos seguir creciendo de manera orgánica en los países en los que ya estamos presentes, al tiempo que exploramos de manera selectiva oportunidades de compra que puedan surgir en otros mercados en los que hallemos plataformas empresariales adecuadas y socios locales con el perfil adecuado”. En Portugal, la empresa posee el 75% de la participación en la empresa local Enforcesco, pieza clave en esta operación. Enaire e Indra crearán una red de 200 pequeños satélites para apoyar al control aéreo El Consejo de Ministros español ha dado luz verde a la creación de Startical, sociedad participada por Enaire e Indra para la instalación de una red de 200 pequeños satélites, más fáciles de fabricar y mantener que los convencionales, que ayuden a la gestión del tráfico aéreo. En concreto, realizarán tareas de vigilancia y comunicaciones en zonas remotas y oceánicas. Su misión será complementar a los actuales sistemas de navegación aérea
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CaixaBank gana 4.786 millones tras la fusión con Bankia El Grupo CaixaBank obtuvo en el primer trimestre del año un beneficio atribuido sin extraordinarios asociados a la fusión con Bankia de 514 millones de euros, frente a los 90 millones registrados en el mismo periodo del ejercicio anterior y afectados por las provisiones constituidas para anticiparse a impactos futuros asociados a la Covid-19. La entidad formalizó a finales de marzo el proceso de fusión con Bankia, consolidando su liderazgo en el sistema financiero español, ya que tras la operación supera los 663.000 millones de euros en activos y presta servicio a 21,1 millones de clientes en España y Portugal.
Tras la incorporación de Bankia, la cuenta del grupo Caixabank refleja un apunte extraordinario asociado a la fusión (fondo de comercio negativo) de 4.300 millones de euros, que unido a los gastos extraordinarios de la integración y al resultado ordinario da lugar a un beneficio atribuido contable en el primer trimestre de 4.786 millones.
Cellnex comprará 65 torres de telecomunicaciones de Oni
La Autoridade da Concorrencia (AdC) ha dado luz verde a Cellnex para adquirir 65 torres de telecomunicaciones propiedad de la empresa portuguesa Oni para su explotación. Esta operación, parte de la estrategia de expansión de Cellnex en el país luso, se centrará en adquirir torres que están principalmente localizadas en autopistas y sus
zonas aledañas. En concreto, la compra se ha realizado a través de Omtel, empresa por tuguesa propiedad de Cellnex desde enero de 2020 que, de hecho, fue la primera compra del grupo en el país vecino. Desde e n to n c e s , Cellnex ya ha adquirido el 100% del operador móvil luso NOS Towering, por 375 millones de euros y un compromiso adicional de inversión de hasta 175 millones. La autoridad de la competencia portuguesa ha dado su visto bueno a compra de las 65 torres tras considerar que la operación no crea “barreras significativas” en la competencia.
Repsol entra en la carrera por las renovables en Estados Unidos La empresa petrolera española Repsol ha anunciado la adquisición del 40% de las acciones de la compañía estadounidense especializada en el desarrollo de proyectos fotovoltaicos y baterías para el almacenamiento de energía Hecate Energy. Con este paso la española avanza en materia de diversificación de sus negocios y en la expansión internacional. Esta operación abre la puerta para Repsol a entrar a lo grande en el mercado de las renovables de Estados Unidos, un mercado en el que aún no había aterrizado la multinacional. La directora General de Cliente y Generación Baja en Carbono de
Repsol, Maria Victoria Zingoni ha asegurado que “con esta adquisición entramos en el mercado renovable de Estados Unidos con el mejor socio posible y avanzamos en nuestro objetivo estratégico de ser un operador global de bajas emisiones. Seguimos demostrando nuestra apuesta por la multienergía y dando pasos en la transformación de Repsol para ser compañía cero emisiones netas”.
Prosegur gana un 5% más y vuelve a una rentabilidad previa a la pandemia
Prosegur obtuvo un beneficio neto de 20 millones de euros en el primer trimestre de 2021, un 4,9% más que en el mismo periodo del año pasado. El resultado neto consolidado -descontando los intereses minoritarios- fue de 17 millones de euros, un 47,9% más que un año antes, lo que refleja “la positiva evolu-
ción de las medidas de protección i m p l e m e n t a d a s ”, según informó el grupo a la CNMV. El margen ebita, que mide la rentabilidad de las operaciones, mejoró y se situó en el 6,3%. El ebita alcanzó los 50 millones de euros, un 5,7% menos. Las ventas del periodo bajaron un 19,2% interanual, hasta 803 millones de euros, lo que acusó de nuevo el impacto del Covid-19 y de “unos tipos de cambio desfavorables”. Asimismo, los ingresos reflejaron la salida del negocio de seguridad en Francia y la venta del 50% del negocio de alarmas en España, explica la nota.
Breves basados en infraestructuras terrestres. De aquí a 2023 se llevará a cabo una primera fase de I+D en la que se intentará demostrar la viabilidad técnica y económica, mientas que el despliegue de los satélites se acometería entre 2024 y 2027 siempre supeditado a la citada viabilidad. La inversión en la primera etapa será de 29,2 millones de euros, con la aportación de 9,95 millones procedentes de cada uno de los socios. Una inyección de capital que se intentará reforzar con fondos europeos. Sabadell negocia la venta de su filial en Andorra a MoraBanc Banco Sabadell ha iniciado conversaciones con MoraBanc para la venta de su negocio en Andorra. La entidad que preside Josep Oliu opera en el Principado desde el año 2000 con la marca BancSabadell d’Andorra, que controla con cerca del 51% de su capital y que ahora podría pasar a manos de la firma del país pirenaico, presidida desde finales del pasado mes de abril por Juan María Nin, ex vicepresidente de La Caixa. Según fuentes de MoraBanc, la compra daría lugar a un grupo bancario con más de 9.800 millones de euros en activos bajo gestión, 1.500 millones de euros de inversión crediticia y unas ratios de solvencia líderes en Andorra. Ambos bancos han informado a los supervisores y, en caso de materializarse, la operación incluiría el derecho de los accionistas minoritarios de adherirse a la integración en los términos acordados. Capital Energy invierte 293 millones en cuatro parques en Soria La empresa Capital Energy avanza en el desarrollo de cuatro nuevos parques eólicos -Corpal, San Cristóbal, Pedrecha y Cabezuelas- en Soria, que suman una potencia instalada de 305 megavatios (MW), con una inversión de casi 300 millones de euros. Los 55 aerogeneradores de estas instalaciones renovables “serán capaces de suministrar más de un millón de megavatios hora (MWh) de energía limpia, equivalentes al consumo de más de 331.500 hogares de Castilla y León, evitando la emisión a la atmósfera de unos 8,32 millones de toneladas de CO2 al año”. Los parques podrían comenzar a construirse en 2023, confirma Juan José Sánchez, CEO de Capital Energy. La puesta en marcha de estas instalaciones de energía renovable y sus infraestructuras de evacuación de electricidad asociadas, ubicadas en 16 términos municipales de la provincia de Soria y 8 de la provincia de Zaragoza, implica la inversión de alrededor de 293 millones de euros. En cuanto a empleo, la construcción “propiciará la creación de 1.000 puestos de trabajo durante los periodos punta”.
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Zaragoza se pone en marcha para crear la primera gran plataforma logística de drones La capital aragonesa acogerá el primer espacio de Europa en entorno urbano y dentro del área de seguridad de los aeropuertos para el entrenamiento de drones. De nombre Hera Drone Hub, el proyecto permitirá experimentar de forma real la movilidad aérea del futuro.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
l mundo de la logística sigue muy de cerca todos los avances que se están produciendo en el uso de los vehículos aéreos no tripulados (UAV), más conocidos como drones. Son muchas y diferentes las posibilidades que ofrecen estos aparatos como llevar medicinas a farmacias de zonas remotas, acometer tareas de vigilancia o entregar paquetes en rascacielos. También se han demostrado muy útiles para trabajar en operativos de rescate e incluso ya se habla de los taxis voladores. Mientras la tecnología avanza para mejorar la batería de estos aparatos y se buscan soluciones para resolver las limitaciones físicas y legales que plantea su uso, en Zaragoza han dado un paso importante para convertirse en la primera gran plataforma logística
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de drones. El proyecto Hera Drone Hub permitirá experimentar de forma real la movilidad aérea del futuro. Se trata de un espacio innovador de investigación y desarrollo, formación, certificación y vuelos de demostración de aeronaves no tripuladas de hasta 500 kilogramos con el objetivo de dar respuesta a la necesidad de realizar pruebas en un entorno real ante la inminente integración de los drones en el espacio aéreo urbano (UAM) y la próxima transformación del cielo único europeo. Su emplazamiento estratégico (Parking Sur de la Expo) permitirá experimentar la transformación de la movilidad urbana y entrenar los nuevos usos aéreos, terrestres y acuáticos. Se trata de una iniciativa holística en la que colaborarán sectores como la energía, la automoción y la
logística, y en el que el Ayuntamiento de Zaragoza realizará las pruebas del proyecto europeo de movilidad aérea urbana sostenible Flying Forward. “Zaragoza quiere ser la ciudad de referencia europea de la movilidad avanzada. La movilidad del futuro será conectada y autónoma, terrestre y aérea, y por eso llevamos trabajando desde el Área de Servicios Públicos del Ayuntamiento para que Zaragoza sea una referencia en este sector. Apostamos fuertemente por el futuro y el futuro ya está aquí, en forma de movilidad aérea urbana. Y lo estamos haciendo con hechos”, aseguró el alcalde de Zaragoza, Jorge Azcón (en la foto, a la derecha), en la reciente inauguración de Hera Drone Hub. Las pruebas tendrán lugar en la gran explanada de La Almozara, de
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casi 170 mil metros cuadrados, junto a la estación de Delicias y en pleno corredor del Ebro. Para los impulsores de la iniciativa es un “emplazamiento perfecto”, ya que también facilita que se puedan practicar los nuevos usos terrestres y acuáticos. En el proyecto, además del Ayuntamiento, participan el Ministerio del Interior, el Ejército del Aire y varias empresas privadas. El espacio estará disponible todos los días excepto los miércoles y los domingos y para que los entrenamientos se hagan sin riesgos, se ha elaborado un plan de seguridad y se comprobará en todo momento que los operadores interesados en participar cumplen con los requisitos necesarios para volar en la ciudad. Tal y como recuerda la impulsora de Hera Drone Hub y directora de Expodrónica, el sector de los drones ha crecido mucho en la última década, con importantes problemas con la legislación y “después de mucho esfuerzo tenemos empresas sólidas, apoyo desde Europa y España”. Este trabajo en Zaragoza se une al resto de iniciativas en materia de drones llevadas a cabo en otras partes de España. En el caso concreto del espacio aragonés, es “único” porque se encuentra dentro del área de seguridad de los aeropuertos. Se trata de un proyecto nacional que “pone el foco en Zaragoza para posicionar la industria de los drones y para no quedarnos atrás en esta carrera en Europa”, indica Buatas. Entre los primeros clientes para desarrollar estas opera-
ciones experimentales se encuentra el gigante chino de drones Ehang, líder mundial en tecnología de vehículos autónomos. Llevará a cabo operaciones tanto de vehículos aéreos autónomos para transporte de pasajeros (aerotaxis) como de mercancías. Cambio de legislación Desde el pasado 31 de diciembre una nueva normativa europea permite el uso de drones para reparto de paquetería, aunque todavía hay requisitos técnicos y operacionales que cumplir para que sea una realidad. Se trata de un reglamento que contempla escenarios de futuro, para que no se quede obsoleto, pero tal y como recuerda Isabel Maestre, directora de la Agencia Estatal de Seguridad Aérea (AESA), “esta actividad se desarrollará de forma gradual”. Desde esta entidad recuerda que el nuevo marco comunitario en materia de drones
sigue un enfoque proporcional, centrado en la operación y basado en el riesgo y dado que el riesgo de este tipo de actividades es relativamente alto, especialmente si se lleva a cabo sobre núcleos urbanos y más allá del alcance visual del piloto,” estaríamos hablando de requisitos tanto técnicos de las aeronaves no tripuladas como operacionales y de competencia de operadores de UAS y pilotos a distancia considerablemente numerosos y exigentes”, aclara Maestre. Para el caso de reparto de paquetería de última milla en grandes urbes, “podríamos llegar a hablar de la necesidad de hacer uso de los futuros servicios U-space, de la certificación de la aeronave no tripulada o de seguir determinadas rutas o corredores predefinidos”, añade. Entre los retos tecnológicos que quedan todavía por resolver se encuentran el de la cobertura de la señal, las baterías o el impacto medioambiental.
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Schindler Ibéria resiste à quebra de atividade, mantendo a aposta nas vertentes tecnológica e da segurança
Para resistir ao impacto da crise sanitária nos seus negócios, a empresa de soluções de mobilidade vertical Schindler Ibéria promoveu, no último ano, investimentos adicionais em novos equipamentos e soluções tecnológicas para o mercado residencial e empresarial. A desinfeção de corrimões das escadas rolantes e de cabinas dos elevadores ou a adaptação destas para a sua utilização contactless foram algumas das medidas que foram bem recebidas pelos clientes, assegura Joaquín Diez-Cascón, diretor de Reparações e Instalações da Schindler Ibéria.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
queda na atividade da Schindler Ibéria, motivada pela crise pandémica, não foi tão significativa como se poderia esperar, devido à aposta da companhia em áreas mais inovadoras e no aumento da competitividade. “Em 2020, podemos afirmar que, na Schindler, existiu resiliência e inovação num momento de adversidade. A carteira de clientes reduziu 3,2%, na sequência da contração do setor da construção, devido à pandemia. Apesar disso, a capacidade de resiliência da Schindler permitiu encerrar o ano 2020 com uma receita líquida de 774 milhões de francos suíços [702,3 milhões de euros] e aumentar o cash flow operativo da empresa em 33,4%”, para os 1.435 milhões de euros, destaca Joaquín Diez-Cascón, diretor de Reparações e Fulfillment de Instalações Existentes da Schindler Ibéria. O responsável destaca, nomeadamente, as “reações muito positivas” que tem tido a nova gama de ascensores modulares conectados, lançada pela companhia de origem suíça no início do quarto trimestre do ano. “Adicionalmente, em resposta à crise sanitária, lançámos as soluções CleanMobility num tempo recorde, com produtos contactless e que têm em conta as novas necessidades de higienização dos equipamentos, que 16 ACT UALIDAD€
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foram muito bem recebidos pelos clientes”, refere ainda. Há países onde a queda foi mais significativa e onde a Schindler não espera retomar os níveis de negócio de 2019 antes de 2022. Quanto a Portugal, o principal foco foi o de “manter os seus clientes atuais, através de medidas extraordinárias e de soluções adaptadas que garantissem a excelência e a segurança dos equipamentos em utilização. Em setores como o turismo, grandemente afetados pela pandemia, mas também da saúde, entre outros, foi essencial reforçar as medidas de apoio e manter a qualidade máxima dos serviços de manutenção nos equipamentos dos clientes existentes”.
Também o setor da construção nova tem estado pouco dinâmico, mas há dados positivos vindos da capital portuguesa. “A região da Grande Lisboa tem mantido um crescimento sustentável no que diz respeito a novas construções. Para a Schindler, 2021 será mais um ano de forte crescimento, tendo em conta as concretizações previstas”, estima Joaquín Diez-Cascón, adiantando que têm alguns novos projetos na mira. Preocupações de higiene sustentadas por tecnologia digital Para contrariar os receios dos utilizadores de elevadores devido à proliferação do vírus, a Schindler incorporou novos desenvolvimentos
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no âmbito da sua estratégia designada por CleanMobility, a qual assenta em duas vertentes: uma focada em produtos para a higienização dos equipamentos e outra focada em soluções contactless, através de tecnologia digital, que permitem utilizar os equipamentos sem lhes tocar fisicamente. Além de painéis de controlo ativados por gestos ou dos serviços “Schindler PORT” e “myPORT Public”, sistemas de gestão eficiente do tráfego que permitem interagir remotamente com o painel e que já existiam, a Schindler reforçou a sua oferta de soluções digitais, com o lançamento da aplicação “Schindler ElevateMe”, que permite utilizar os elevadores através do smartphone, com a leitura de um QR Code, sem necessitar de lhes tocar fisicamente. As medidas no âmbito da CleanMobility incluem ainda soluções de limpeza e higienização dos equipamentos (permitindo manter o ar da cabina higienizado através de um dispositivo no elevador durante a utilização e também quando está vazio). Também as escadas rolantes geridas pela Schindler têm a devida higienização dos corrimões. Soluções de desinfeção que podem ser usados ou adaptados em todos os equipamentos sob gestão da Schindler Ibéria, como é o caso dos painéis de controlo e botoneiras ativadas por gestos, que podem também ser colocados em equipamentos existentes, garante Joaquín Diez-Cascón. Quanto às soluções digitais, como o “Shindler PORT” ou a app “Schindler ElevateMe”, as mesmas podem ser incorporadas em equipamentos que possuam a tecnologia Schindler Ahead, sistema, que potencia a Internet das Coisas e assenta na plataforma Internet of Elevators and Escalators (IoEE) da Schindler, e que pode ser instalado em equipamentos existentes e permite a transformação digital de elevadores e escadas rolantes, que
e o fecho de diversas grandes superfícies, fez baixar a utilização destes equipamentos nos edifícios de escritórios e shoppings. “No entanto, mantivemos sempre todos os serviços operacionais e as medidas adicionais foram extremamente bem recebidas no contexto do funcionamento parcial e das reaberturas”. As medidas internacionais de prevenção de higiene e segurança no trabalho foram também seguidas pela multinacional, nomeadamente para “evitar os riscos de contágio, que incluem equipar os nossos técnicos com material adicional ao que utilizam habitualmente, de forma a garantir a maior higiene e segurança ficam assim mais preparadas para o possíveis”. As equipas administratifuturo, mais fiáveis e mais eficientes. vas foram colocadas desde o início da “Continuaremos a expandir a nossa pandemia em teletrabalho, garantinoferta de novas soluções digitais, do os meios tecnológicos para a assisque poderão ser integradas nos tência remota, sempre que necessário, equipamentos através do sistema assegurando, assim, a continuidade Schindler Ahead e que têm sempre normal de todos os serviços. A Schindler nunca deixou de invesem vista proporcionar um elevado nível de personalização, não apenas tir em I&D, também com a visão para o utilizador, mas também para futura de que “os ascensores não sejam apenas um meio de transporte os gestores dos equipamentos”. “Tivémos sempre um feedback vertical”, mas que possam “proporpositivo por parte dos clientes, que cionar uma experiência de utiliconsideram que tivemos uma res- zação mais integrada e interativa posta rápida e eficaz, com soluções com o utilizador, com uma vertente imediatas para uma necessidade de entretenimento mas também de inesperada”. Todavia, o teletrabalho ajuda no dia a dia”.
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Madrid Platform analiza comercio entre Europa y America Latina
El Encuentro Internacional de Empresas de Europa y América Latina, celebrado del 10 al 12 de mayo 2021 en el Palacio de Cibeles de Madrid, sirvió para estrechar las relaciones económicas y comerciales entre Europa y América Latina, impulsar el diálogo y el intercambio de experiencias, así como la generación de negocio y el networking activo.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
l primer hub internacional de negocios entre el continente europeo y el latinoamericano fue punto de encuentro clave para el cierre del negocio internacional y presentación de planes y oportunidades de inversión. Fueron tres jornadas de reuniones intensas, con mucho debate empresarial en las que se organizaron 55 eventos, hubo 93 organizaciones involucradas, más de 600 empresas y 8.000 participantes (de forma presencial y virtual), 48 países conectados al streaming y 20 países representados por embajadas, cámaras de comercio y organismos de promoción internacional. “Hoy cumplimos un sueño, Madrid es la puerta de América Latina a Europa. Hemos encontrado el instrumento para poder materializarlo, y ese instrumento es Madrid Platform”, comentaba la vicealcaldesa Begoña Villacís en la apertura institucional el día 10 de mayo. La idea nació con intención de continuidad para que sea un espacio de encuentro y reunión anual con diferentes propuestas y a la vez un espacio de negocios permanente. Begoña Villacís recordó que “los ayuntamientos tenemos que procurar no generar los negocios, sino generar el espacio para que todo eso ocurra, para permitir esas conexiones y abrir los límites de Madrid para convertirla en el escenario donde cerrar pactos, aunque sea de forma virtual”. En el balance final del
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evento aseguró que las cifras conseguidas eran sinónimo de que “hay muchas ganas de que todo se vuelva a mover y que hay mucho interés en Madrid y en Latinoamérica. Madrid no tiene fin si nos preocupamos de impulsarlo, de darlo a conocer, de ser vistos como lo que somos: una puerta de entrada a las oportunidades y una puerta de entrada y unión de dos continentes. Realmente eso es lo que se ha producido aquí estos últimos días”. Madrid Platform acogió paralelamente sesiones grupales y privadas de negocio en el Ágora, espacio reservado para que diferentes pymes presentasen sus proyectos viables de negocio y de vocación internacional a 20 posibles inversores que ya habían confirmado su interés en el proyecto. El hub también organizó más de 1.500 reuniones de negocio para las empresas participantes, destacando las ruedas de negocio o reuniones one
on one para explorar oportunidades reales de negocio así como para pulsar las opiniones de los más de 350 panelistas y expertos sobre emprendimiento, inversión e internacionalización de empresas a partir de la denominada “nueva normalidad”. El hub prevé que, gracias a sus formatos de cierre de negocio a agenda cerrada, estas reuniones tengan un porcentaje de éxito superior al 60% en cuanto a creación de sinergias internacionales. La ministra de Industria, Comercio y Turismo, Reyes Maroto (foto en la pág. 20), fue la encargada de clausurar esta primera edición de Madrid Platform, un evento que “ha puesto a Madrid en el centro de los negocios de Europa y América Latina”. Señaló igualmente el refuerzo entre el sector privado y las administraciones públicas generado a raíz del evento de tres jornadas. “Se ha situado
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en el centro del debate la globa- recuperación económica más resilización, con debates profundos liente y diversificada o la transición que tienen que ver con esa España digital, temas que el Gobierno “ha y ese Madrid que imaginamos”. puesto en su agenda y que presenDurante su intervención recordó tamos en el Plan de Recuperación, que la epidemia ha traído consigo Transformación y Resiliencia”. La nuevos desafíos que tienen que idea es no solo recuperar la ecover con la provisión de vacunas, la nomía “sino modernizarla y trans-
formarla. El plan va a permitir sin duda crear empleo y aumentar nuestro crecimiento potencial, apostando por la innovación, por la tecnología y por la promoción de una sociedad más próspera, pero también más inclusiva y justa”, añadió. Madrid Platform contó con el apoyo activo del Ayuntamiento de Madrid y con la aerolínea Iberia como colaborador estratégico, así como con Ferrovial y CBRE como “Vertical Partners”, y con Martín Molina como “Gold Partner”. Además, se sumaron casi la totalidad de las Cámaras de Comercio Europeas y Latinoamericanas. También contó con la participación de la Secretaría General Iberoamericana, el Consejo de Empresas Iberoamericanas, la Fundación de Jóvenes Empresarios Iberoamericanos, la Fundación Euroamérica y la Organización de Estados Iberoamericanos, entre otros.
“Fitur” marca el inicio de la recuperación turística
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a 41º edición de la “Feria Internacional del Turismo”, celebrada en Madrid del 19 al 23 de mayo, ha marcado el principio de la recuperación de la industria turística. Bajo el lema “Especial Recuperación Turismo” puso el foco en la reactivación de un sector estratégico para España, donde ha llegado a representar cerca del 13% en términos de empleo y PIB. En su búsqueda de la adaptación al contexto actual se optó por un formato híbrido – mitad presencial, mitad telemático–, con un conteo del aforo digital (restricción del 50%) y con estrictas medidas de seguridad como la presentación obligatoria de una prueba PCR o de antígenos, así como la amplia distancia entre stands. El evento ocupó un espacio de 44.000 metros cuadrados
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de exposición y siete pabellones en los participación de profesionales de 79 que se reunieron más de 5.000 parti- nacionalidades en su nueva plataforma cipantes de los cinco continentes, con digital Fitur LIVEConnect. presencia de todas las comunidades El Gobierno español aprovechó la autónomas, empresas y destinos de 55 inauguración de Fitur para anunciar países, y 37 representaciones oficiales, la conexión del AVE a la Terminal 4 a lo que se sumó en esta edición la de Barajas. Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR
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El Corte Inglés começa a fazer entregas de bicicleta no próprio dia em Lisboa O El Corte Inglés começou já a utilizar uma bicicleta elétrica para a entrega de encomendas aos clientes, num projeto-piloto alinhado com a estratégia de sustentabilidade da empresa e de mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, que está a ser testado nas entregas no dia nas imediações dos Grandes Armazéns El Corte Inglés de Lisboa. A bicicleta, que conta com um atrelado de dois metros, transporta até 300 quilos de mercadoria. Rápida e amiga do ambiente, esta alternativa de transporte tem a vantagem de evitar obstáculos, como o trânsito, que tornam o processo de entrega mais demorado. Tem uma autonomia de 50 quilómetros e já começou a fazer as primeiras entregas, tendo capacidade para efectuar cerca de 20 entregas por dia pelas ciclovias circundantes ao El Corte Inglés. Desenvolvida em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do projeto europeu City Changer Cargo Bike, esta iniciativa visa ser uma alternativa mais sustentável no transporte de encomendas
em rotas curtas. O El Corte Inglés está empenhado em proteger o ambiente e contribuir para a sustentabilidade global e por isso trabalha diariamente para aumentar a oferta de serviços mais sustentáveis. Com este novo meio de transporte é possível prestar um serviço muito mais rápido e com zero emissões para a atmosfera na viagem entre os Grandes Armazéns de Lisboa e a casa do cliente, que desta forma passa a fazer parte do movimento pela sustentabilidade. As caixas utilizadas nestas entregas são feitas de cartão 100% reciclado, proveniente de cartão que é recolhido nos Grandes Armazéns do El Corte Inglés no âmbito do projeto Resíduo Zero e posteriormente transformado em caixas novas. As restrições devido à pandemia aceleraram o crescimento do comércio online e a necessidade de realizar entregas ao domicílio está a crescer a cada dia, assim como a consequente poluição, congestionamento e ruído. Pelo que este é mais um passo do El Corte Inglés para reduzir o impacto
no planeta e nas pessoas combatendo as alterações climáticas e proporcionando um mundo e um futuro melhor, mais verde e mais justo. O El Corte Inglés assinou o Pacto de Mobilidade Empresarial para a Cidade de Lisboa (PMEL), um compromisso promovido pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e pelo Business Council for Sustainable Development Portugal. Visa contribuir para uma mobilidade mais sustentável na cidade de Lisboa, através de acções concretas, com as quais as empresas se comprometem, em interação com a CML, os seus colaboradores, fornecedores e clientes.
Banana Chips, o snack com crocância de batatas fritas produzido na Madeira A s “batatas fritas” que sabem a fruta são o novo snack que está a conquistar os portugueses é feito de banana. Melhor: bananas da nossa ilha da Madeira. Todos os dias, em pequenas propriedades locais da ilha, são colhidas manualmente as bananas mais frescas que servem de matéria-prima a este delicioso aperitivo ou lanche. Depois, são transportadas para a fábrica próxima das plantações. O transporte de curta distância é propositado, de forma a que a frescura se mantenha. Já na fábrica, são cuidadosamente descascadas e cortadas em rodelas finas. Assim, ao serem cozinhadas, atingem uma crocância inigualável. Por fim, são temperadas com sal marinho. “Todo este processo muito manual, garan-
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te que o sabor natural não se perca. Uma combinação idílica entre o sabor tropical e intenso destas bananas com a crocância dos snacks de que tanto gostamos”, refere a empresa comercializadora. Os benefícios da banana são inegáveis: são ricas em potássio e magnésio, ótimos aliados para a saúde muscular; são também ricas em fibra, que ajuda na sensação de saciedade e na regulação intestinal; é também constituída por carboidratos, fonte de energia. A Urban Foods, é uma marca portuguesa, que pretende criar valor para a economia do país, ao apoiar também a produção nacional com a utilização de matéria-prima de comunidades locais para
o desenvolvimento de um dos seus produtos mais inovadores: as Bananas Chips, que as fundadoras da marca gostam de chamar de a sua versão de batatas fritas. Ambas as fundadoras veem nos snacks uma via para ter um impacto positivo que se traduz numa mudança de hábitos. Maria Villas-Boas é apaixonada por cozinha e é quem faz magia nas receitas dos aperitivos da Urban Foods. Para Maria Villas-Boas, este processo criativo e de inovação “passa por dar uma oportunidade a ingredientes ricos nutricionalmente, mas pobres em sabor, transformando-os em snacks saborosos, indulgentes e crocantes”. Por seu lado, a outra fundadora da Urban Foods, Marta Lousada, defende este tipo de lanche em vez de se apostar no iô-iô de dietas e restrições alimentares.
marketing
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Cores tendência para a casa na estação mais quente E m contagem decrescente para o verão e estando a casa transformada no centro da vida de cada um, desde o último ano, surge a vontade de dar mais cor e frescura às paredes, e, para isso, a Barbot tem diversas sugestões de melhoria dos espaços. Para dar “luz” às divisões, pode-se apostar no amarelo, que, de acordo com o Pantone, é o tom que traz alegria e remete para um dia ensolarado. Dar vida aos ambientes da casa, seja numa parede ou em pequenos pormenores de decoração. Para isso, no catálogo de interiores da
Barbot, encontram-se tons para todos os gostos: Margarida, Limonada ou Chá de Hortelã. Nesta altura do ano, o azul é a cor preferida de muitos, pela relação com os temas praia e das férias de verão, ao mesmo tempo que transmite calma. Por outro lado, a cor é versátil e pode ser usada em diversos objetos de decoração, como quadros, parede, sofás. E no catálogo daquela marca de tintas, é possível encontrar vários tons desta cor para dar “asas” à imaginação. Azul vivo, Azul Creta, Maré Azul são alguns dos exemplos.
A frescura do verde, os tons de coral ou os roxos são outras das cores tendência com que pode embelezar e renovar a casa, criando um ambiente interior mais acolhedor, segundo a Barbot, que disponibiliza ainda uma app (a BarbotPaint disponível para Android e IOS), para ajudar nesta transformação.
Movimento apoia recuperação do setor da restauração em Portugal A Makro Portugal, a Visa e a TVI lançam um Movimento de Apoio à Restauração Nacional. Com o mote “A vida não é para levar. É para comer aqui”, estas entidades desenvolveram, em conjunto, esta iniciativa, que pretende apelar à sociedade para a importância da recuperação do setor da restauração. Há mais de um ano que, devido aos efeitos da covid-19, todo o tecido social e empresarial português teve de se readaptar e reestruturar. O setor da Hotelaria e Restauração foi, sem dúvida, um dos mais impactados, sofrendo grandemente com as medidas de confinamento impostas para conter a pandemia. “Na makro, temos feito um percurso paralelo ao dos nossos clientes. Num momento em que o setor inicia uma fase de desconfinamento, lançamos este movimento, de forma a mais uma vez, tomarmos a iniciativa e chamarmos a atenção de toda a sociedade para que, juntos, consigamos alavancar este setor e contribuir para a sua recuperação a nível nacional”, comenta David Antunes, CEO da Makro Portugal. Roble Dorronsoro, Head of MS&A da Visa para o Sul da Europa acredita que “O setor da restauração foi severamen-
te afetado pelas medidas de contenção impostas durante o último ano. Como parte da missão da nossa empresa, a Visa deseja contribuir ativamente para a recuperação da economia, apoiando as PME, para que possam voltar rapidamente ao ativo. Por isso decidimos embarcar neste movimento, pois entendemos que agora, mais do que nunca, os pequenos restaurantes locais precisam de uma ajuda para prosperar.” “A vida não é para levar. É para comer aqui” alicerça-se num conjunto de ações que visam agregar todos os consumidores e pequenos estabelecimentos em torno de objetivos comuns, tais como: ajudar a recuperar o setor; promover o comércio local, partilhar histórias entre consumidores e estabelecimentos, com recurso a pessoas “reais”; reaproximar consumidores, restaurantes e marcas; transformar e tornar tangível a recomendação em apoio. “Acreditamos que, juntos, podemos fazer mais e ajudar um número ainda maior de restaurantes. Queremos usar a nossa voz e ação para mobilizar a sociedade a apoiar este setor tao importante para a economia portuguesa e que tanto tem sido impactado pela pandemia. Nos res-
taurantes a cultura e a comida juntam-se à mesa. E na TVI temos apoiado constantemente a gastronomia através de programas e de rúbricas em que procuramos os saberes e os sabores de cada região do nosso país. Estamos, uma vez mais, ao lado dos portugueses, a apoiar e a contribuir para reanimar o setor da restauração, um setor tão importante na construção das nossas memórias” afirma Mafalda Costa Pereira, Diretora de Comunicação do Grupo Media Capital O Manifesto do Movimento é divulgado a partir de um filme realizado com a apresentadora Mafalda Castro e o ator Lourenço Ortigão num restaurante local. Este filme tem como objetivo convidar todos os portugueses a ajudarem o seu restaurante preferido. O movimento nacional promove ainda a partilha de histórias relacionadas com a temática da restauração, apelando a que todos voltem aos restaurantes e aos “sabores das nossas vidas”. Todos estes conteúdos funcionarão em sintonia, integrando Televisão, Rádio, Digital, Social Media e Influenciadores, num formato genuíno, atual e com significado que serve de elo de ligação entre os conteúdos e as plataformas. JUNHO DE 2021
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Ansu Fati torna-se o novo embaixador da Cupra
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Cupra incorpora o avançado do FC Barcelona, Ansu Fati, como o seu novo embaixador. A jovem estrela junta-se à marca para impulsionar o reconhecimento internacional da mesma. Ansu é o segundo jogador do Barça a tornar-se embaixador da Cupra, depois do guarda-redes alemão Marc ter Stegen. O jogador mais jovem da história a marcar um golo na UEFA Champions League, visitou as insta-
lações de Martorell (Barcelona) e encontrou-se com o presidente da Cupra, Wayne Griffiths. “Na Cupra, sentimos nos muito identificados com a trajetória de Ansu Fati, um jovem de raízes humildes que luta pelos seus sonhos e inspira com ousadia e ambição as novas gerações do Barcelona. Em pouco tempo, tanto a marca quanto o jogador de futebol entraram no mundo automóvel e do desporto graças ao seu caráter inconformista e ao desejo de evolução constante. Ansu é um menino que quer fazer a diferença e ajudar a sociedade a evoluir, por isso fará parte de um grupo de jovens talentos com os quais a Cupra quer promover a transformação na era da eletrificação”,
disse Wayne Griffiths, após conhecer o atacante do FC Barcelona. “Sinto-me muito representado por uma marca jovem, dinâmica e desportiva como a Cupra, que procura sair do convencional com um estilo diferente e marcante. A sua visão de alta performance é um verdadeiro reflexo da minha carreira como jogador de futebol” e “estou ansioso para participar ativamente em projetos futuros da marca e de, em breve, poder conduzir os seus veículos”, descreveu o avançado do Barça. O jogador teve ainda a oportunidade de conhecer os futuros projetos da marca durante a sua visita ao Centro de Design. Ansu Fati aproveitou a visita a Martorell para configurar a sua própria versão do Cupra Formentor, assim como os seus colegas no evento que a Cupra organizou na Ciutat Esportiva Joan Gamper e no qual 19 jogadores do Barça se reuniram para personalizar os seus modelos.
Quais são as marcas mais populares no Instagram em Portugal A nalisando os conteúdos das contas mais populares do Instagram durante o ano de 2020, a Brinfer elaborou uma lista das marcas mais populares entre os utilizadores portugueses. “Durante um ano, analisamos todas as publicações de mais de 17 mil influenciadores, desde os mais pequenos às grandes celebridades. No total, monitorizámos quase 1,5 milhões de publicações e 16,5 milhões de stories, para perceber como é que as marcas vivem na narrativa das pessoas com mais visibilidade e influência em Portugal”, adianta aquela plataforma portuguesa de marketing de influência. A consultora concluíu assim que, no setor automóvel, a marca mais popular é a BMW Portugal, sendo mencionada 744 vezes, entre stories e publicações. A Honda aparece em segundo lugar (649 referências) e a SEAT Portugal em
terceiro (646). No segmento de moda, a Zara liderou de forma destacada, com 22.896 referências no Instagram, a Stradivarius surge em segundo lugar (6.950 menções) e a gigante chinesa Shein em terceiro lugar (6.108 menções). A Sephora é a marca de beleza com mais menções no Instagram, tendo ao longo de 2020 sido mencionada 2.505 vezes em publicações e 9.132 em stories. A inglesa Look Fantastic está em segundo lugar, com 5.338 referências, e o pódio fica completo com a NYX Cosmetics, com um total de 4.431 menções. O Lidl é a marca de hipermercados com mais referências em Portugal (5.491 vezes mencionado no Instagram, num ano). O Celeiro aparece no segundo lugar, com 3.763 menções, e o Continente em tercei-
ro, com 3.763 referências. A Canon lidera a categoria de eletrónica, ao ser mencionada 4.325 vezes. O segundo lugar é ocupado pela Huawei, com 3.476 menções, logo seguida pela Foreo, com 2.854 menções no total do ano. A Brinfer é uma plataforma portuguesa de marketing de influência, que monitoriza diariamente mais de um milhão de conteúdos de várias contas de Instagram, seja de micro-influenciadores a macro-celebridades, para os mercados português, espanhol e brasileiro. Esta plataforma trabalha em várias áreas do marketing de influência, como sejam o suporte no processo de decisão de escolha de influenciadores, a gestão de campanhas, os estudos de mercado, clipping e social listening em redes sociais para monitorização de marcas.
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opinião opinión
Por Célia Esteves*
SI Inovação apoia
projetos em setores tradicionais com diferenciação – Será a indústria metalúrgica inovadora? D
e acordo com a Autoridade de Gestão do COMPETE 2020, no seu relatório de ponto de situação de 31 de março, a taxa de compromisso dos sistemas de incentivos (SI) destinados às empresas do Portugal 2020 era de 145,6%, a taxa de pagamento de 81,1% e a taxa de execução de 71,2% em relação à dotação indicativa de 4382 milhões de euros. Tudo indica que à data da publicação desta revista já tenha sido comunicado o último aviso para empresas no Portugal 2020 para o SI Inovação Produtiva. Estão em causa apoios de 400 milhões de euros, que serão financiados pelo Compete 2020 e pelos programas operacionais regionais Norte, Centro, Alentejo, Algarve e Lisboa. Visam apoiar mil milhões de euros de novos investimentos de micro, pequenas, médias e grandes empresas. Perante esta notícia, e porque o SI à Inovação e Empreendedorismo representa quase 60% dos SI destinados às empresas, será relevante saber quais os fatores que determinam um bom pro-
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jeto nesta fase final do Portugal 2020. Segundo o boletim do Compete 2020, o Agrupamento Setorial mais representativo no que diz respeito ao incentivo aprovado é o “Metálica”. E porque um exemplo vale por mil teorias, apresento um caso concreto. Uma empresa com atividade na Indústria metalúrgica pretendia fabricar produtos de alta qualidade e valor acrescentado. A principal ambição estratégica era aumentar significativamente a presença em mercados avançados e sofisticados, onde estava a maior parte das empresas dos setores que a empresa fornecia, nomeadamente: indústria de componentes automóveis, indústria metalomecânica, indústria de mobiliário metálico, indústria de materiais e equipamentos de construção e indústria de infraestrutura de telecomunicações. A empresa faturava 15 milhões de euros em 2015 e projetava investir 3,5 milhões entre 2016 e 2017. O investimento produtivo centrava-se no aumento da
capacidade e na reconfiguração do processo produtivo. Isto permitiria aumentar a flexibilidade para responder rapidamente, com produtividade e rentabilidade, às solicitações dos clientes, permitindo ainda a incorporação de especificações de produto. Este fator constituía a principal vantagem competitiva da Empresa, permitindo a sua diferenciação da concorrência nacional e internacional que não tinha esta capacidade. O projeto obteve um incentivo de 2,5 milhões de euros e à data já é possível avaliar o impacto. Em 2019, o volume de negócios ascendeu a 28 milhões de euros, superando em muito os 17 milhões estimados no estudo de viabilidade; o VAB superou também em muito o estimado. Também no que diz respeito ao emprego altamente qualificado se verificou um aumento significativo. Paralelamente ao âmbito produtivo, e de forma coerente com a sua estratégia de atuar em mercados geográficos exigentes, a empresa investiu também em
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ações de internacionalização. Este é um exemplo concreto, mas revendo vários dos projetos desde 2015 verifica-se que, para se ter um projeto de sucesso há que começar por fazer perguntas. Estas conduzem a um conjunto de análises que, por sua vez, permitem obter as respostas e, com elas, a definição das opções estratégicas. Já que a base tem de ser garantida: um projeto de investimento tem de ser coerente com a estratégia da empresa. Normalmente, a empresa começa por ter uma perceção do mercado em que ambiciona atuar: que outros mercados setoriais e geográficos podem usar os produtos existentes, que adaptações devem ser incorporadas para que os produtos possam ser usados
nesses mercados, quanto valem esses mercados; quais os concorrentes, que competências têm e o que fazem de diferente da minha empresa? Verifica-se uma ambição de atuar em setores e geografias mais concorrenciais, com produtos mais valorizados economicamente. E quanto à equipa, tenho pessoas com as competências necessárias em todos os âmbitos de intervenção? A minha equipa permitir-me-á distinguir tecnicamente da concorrência? Que adaptações preciso fazer à minha produção, à minha organização e à minha equipa? Tenho capacidade financeira para fazer o investimento necessário? A resposta a estas questões conduzirá a decisões sobre a atua-
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ção da empresa e à definição das suas opções estratégicas com a identificação clara dos seus objetivos Smart para o curto e médio prazo. Assim, um projeto de investimento ganhador é o que é coerente com estratégias assentes em diferenciação tecnológica, flexibilidade ou produtividade. Das estratégias ganhadoras consta a diferenciação em mercados setoriais e geográficos diversos e exigentes; e consta ainda a aposta numa equipa com competências distintivas para responder às necessidades evolutivas do mercado. *Diretora de Sistemas e Processos da Yunit Consulting E-mail: celia.esteves@yunit.pt
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Mercadona e Iberdrola unem-se pela mobilidade elétrica em Portugal
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Mercadona e a Iberdrola uniram-se para promover a mobilidade elétrica em Portugal, através de 40 pontos de carregamento distribuídos pelas 20 lojas da cadeia de distribuição, e que se localizam nos distritos de Aveiro (cinco), Braga (dois), Porto (12) e Viana do Castelo, onde os pontos de carregamen-
to disponíveis estão agora integrados na rede de mobilidade elétrica MOBI.E e com uma potência de 22 kW. Em 2021, somam-se oito novas lojas, que também disponibilizarão pontos de carregamento elétricos. “Para aceder a este serviço de mobilidade – um passo importante na estratégia de desenvolvimento para a transição energética das duas empresas – os clientes têm apenas de possuir um cartão de um comercializador de eletricidade para mobilidade elétrica”, adiantam as empresas. Desta forma, e a uma tarifa de operação competitiva de 0,02 euros/min, os consumidores podem carregar o seu veículo elé-
trico enquanto fazem as suas compras. Pedro Torres, diretor de Smart Mobility da Iberdrola Portugal, frisa que esta parceria permite ir ao encontro das necessidades dos clientes. Para Marta Cortizas, diretora Regional de Obras e Expansão da Mercadona Portugal, este novo acordo “permite não só reduzir o impacto ambiental em matéria de sustentabilidade, como também oferecer aos clientes um serviço mais eficaz e cómodo enquanto fazem as suas compras”. A Iberdrola e a Mercadona assumem o compromisso com a mobilidade elétrica, ao mesmo tempo que vão ao encontro das necessidades do consumidor, ajudando famílias e empresas no processo de transição energética.
Santander lança 168 bolsas para o programa de aceleração digital da EIA O Banco Santander, através do Santander Universidades, abriu as candidaturas para 168 bolsas para a European Innovation Academy (EIA), um dos maiores programas universitários de empreendedorismo e aceleração digital da Europa, que nesta edição de 2021 se vai realizar totalmente online, entre 5 e 23 de julho. As bolsas são dirigidas a jovens das 21 universidades que mantêm convénios com o Santander, incluindo também 20 bolsas abertas a toda a comunidade académica portuguesa. As inscrições estão abertas até 7 de junho e, para se candidatarem, os estudantes só têm de aceder à plataforma digital de bolsas do Santander Universidades. Os estudantes empreendedores estarão sincronizados com os Estados Unidos da América, num programa dinâmico e em tempo real, entre as 16h00 e as 20h00. Perante a situação pandémica que ainda se vive, foi decidido dar continuidade à EIA, sempre com o apoio do Santander, mas convertendo-a num formato digital. Neste sentido, mantêm-se todos os par-
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ceiros globais, como a Universidade de Berkeley ou a Google, mas o programa irá decorrer via online, utilizando as mais avançadas tecnologias e os melhores instrumentos de trabalho cooperativo. “A EIA oferece o maior programa de verão de empreendedorismo do mundo, sempre com um foco especial em inovações digitais. Neste programa acelerado, em apenas 15 dias, os estudantes dos 18 aos 28 anos poderão transformar uma ideia numa startup. O objetivo deste curso é dar aos alunos uma experiência prática e da vida real, criando uma startup em cooperação com alunos de todo o mundo”, enquadra o Banco Santander. O curso desafia os participantes a inovar, superar obstáculos e a crescer rapidamente, com o objetivo de criar um negócio avaliado em 100 milhões de euros, ou mais. O curso conta com a presença de mais de 50 mentores e 500 estudantes oriundos das mais prestigiadas instituições do mundo inteiro e tornou-se num momento incontornável
no panorama do empreendedorismo e inovação em Portugal. Conduzido por prestigiados oradores ligados a temas tecnológicos, mentores e investidores de todo o mundo, que potencializam as habilidades, a mentalidade e o conhecimento necessários para treinar e inspirar os participantes a atingir os objetivos definidos, será um momento único de contacto entre as comunidades universitárias mais inovadores e criativas do undo. O curso é dado num contexto de vida real, com os alunos a formarem equipas de cinco e a adquirirem as técnicas e o know-how para desenvolver as suas ideias de negócio, desde a fase conceptual até à chegada ao mercado. Durante o programa, são orientados na construção de um modelo de negócio, que podem testar ao vivo, recebendo o feedback real de potenciais clientes, num ambiente de aprendizagem que corresponde a requisitos atuais e futuros do local de trabalho, incluindo equipas multifuncionais.
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Pandemia acelera a transição energética das empresas O s gestores das empresas portuguesas antecipam uma aceleração significativa na transição energética das suas frotas nos próximos três anos. Esta é mais uma das conclusões do “Barómetro Automóvel e de Mobilidade 2021”, estudo realizado pelo Arval Mobility Observatory, em colaboração com os especialistas da Kantar. Dados recolhidos de entrevistas por telefone com gestores de 5.197 empresas de 20 países, das quais 250 em Portugal, com informação local obtida entre os dias 5 de novembro e 21 de dezembro de 2020. No início de 2021, apenas 28% das empresas nacionais utilizava viaturas com novas tecnologias, bem atrás da média europeia, que é de 42%. A estimativa para os próximos três anos é de que 76% de empresas portuguesas já utilizem novas tecnologias, uma forte tendência de crescimento, que ultrapassa mesmo as estimativas da média europeia (73%).
Reduzir o impacte ambiental é a razão mais assinalada entre as empresas europeias e, particularmente, por cerca de 70% dos gestores nacionais que pretendem iniciar ou já iniciaram a transição energética nas suas frotas. A redução de custos com combustível é outro fator de decisão identificado por mais de 60% das empresas, assim como o acesso a incentivos fiscais, que é assinalado por mais de 50% dos gestores. Mais de 45% dos gestores nacionais veem esta mudança como forma de melhorar a imagem da empresa e pelo cumprimento das suas políticas de responsabilidade social. De sublinhar que mais de 42% manifesta preocupação com acesso a zonas de emissões reduzidas ou de circulação restrita. No mercado nacional, 22% das empresas já tem instalados carregadores elétricos para as suas viaturas e 71% dos gestores nacionais responde que já tem ou que considera instalar carregadores
nas suas empresas ainda em 2021. Entre as empresas que utilizam viaturas com carregamento elétrico (100% elétrico e plug-in), 52% ainda não tem carregadores nas suas instalações. No entanto, 27% preveem a sua instalação nos próximos 12 meses. Das empresas que já têm carregamento elétrico próprio, 27% assume custo de utilização para os condutores. As empresas portuguesas que ainda não utilizam viaturas 100% elétricas, apontam os seguintes fatores como constrangimento ao uso destes modelos: 49% indicam a escassez de pontos de carregamento público; 25% a impossibilidade de carregamento no escritório; 21% a falta de carregamento em casa do colaborador. Ainda, o facto de o preço de compra das viaturas ser mais alto do que o de uma viatura a combustão interna é também apontado por 49% dos gestores como uma das limitações que têm afastado as empresas à utilização destas viaturas.
Liberty constitui um conselho para a diversidade e inclusão, para enquadrar todos os colaboradores A
Liberty anunciou a constituição do Conselho para a Diversidade, Equidade e Inclusão. Com este novo órgão, a empresa quer garantir a diversidade e igualdade de oportunidades de todos os seus colaboradores. Este conselho, do qual faz parte Juan Miguel Estallo, CEO da Liberty na Europa, bem como outros 18 colaboradores de diferentes departamentos e perfis, pretende constituir equipas diversificadas capazes de evidenciar as diferenças e semelhanças coletivas a nível cultural, garantir o acesso e a oportunidade de cada uma das pessoas que fazem parte da empresa, evitando distorções ou preconceitos dentro da mesma. Colocar
as pessoas em primeiro lugar é um dos valores da Liberty, reforçado agora por esta iniciativa. “Aspiramos a ser uma empresa na qual os nossos colaboradores e clientes em todo o mundo se sintam incluídos e ouvidos. Valorizamos a diversidade, não apenas nas nossas palavras, mas também nas nossas ações. E acreditamos que, ao enriquecer a nossa cultura, estimulamos a inovação e conseguimos ser uma empresa melhor e mais forte”, explica Beatriz Ortega, responsável pela área de Employee Experience. Nesta primeira etapa do projeto, a empresa terá como foco pessoas com deficiências, uma causa que tem vindo a
apoiar ao longo dos últimos anos através de várias ações como o patrocínio, desde 2007, da Equipa Paralímpica Espanhola e do apoio aos seus atletas. Irá também continuar a promover a diversidade cultural, que é intrínseca à Liberty na Europa, onde trabalham pessoas de 29 nacionalidades, reforçará a inclusão da comunidade LGBTQ+ e irá continuar a tomar medidas para promover a igualdade de género. Este novo órgão vai reunir frequentemente para gerar discussões e colocar em marcha ações sobre estes pontos que permitam continuar a criar um espaço de trabalho diverso, equitativo e inclusivo. junho de 2021
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Sonae Arauco planta 21.600 pinheiros em projeto de I&D florestal
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niciou-se há poucas semanas a segunda fase do projeto de investigação e desenvolvimento da Sonae Arauco aplicado à floresta nacional, durante a qual se prevê a plantação de 21.600 pinheiros, numa área de cerca de 24 hectares. Os seis locais selecionados para este efeito estão distribuídos pelo norte e centro de Portugal e apresentam diferentes tipos de solo e clima, o que permitirá avaliar que espécies se adequam melhor a cada contexto. Este projeto florestal desenvolvido e financiado pela Sonae Arauco, uma das maio-
res empresas mundiais de soluções derivadas de madeira, está em prática desde julho de 2020 e tem como objetivo ajudar os produtores florestais a aumentarem significativamente a sua produção, contribuindo, assim, para inverter a tendência de decréscimo da área plantada no país. Nuno Calado, diretor de Sustentabilidade e Floresta da Sonae Arauco, explicou que os 21.600 pinheiros seriam “plantados na Figueira da Foz, em Pombal, Mangualde, Arouca e Ribeira de Pena, em zonas litorais e interiores, em áreas com solos de areias, de xistos e granitos, e com precipitação média que varia entre os 900 e os 1.800 mililitros/ano. Teremos 21.600 pinheiros do ensaio, mais cerca de 5.500 plantas de bordadura”. Os locais de plantação foram escolhidos em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das
Florestas (ICNF). O desempenho dos 21.600 pinheiros – que resultam de uma sementeira realizada no viveiro do Furadouro (Altri Florestal) de mais de 100 mil sementes de espécies de pinheiro-bravo e pinheiro-radiata provenientes de quatro programas de melhoramento genético de Portugal, Espanha, França e Chile – será monitorizado e avaliado periodicamente. “A complexidade deste projeto está em parte associada à rastreabilidade de cada espécie e de cada planta. Trata-se de uma operação logística bastante minuciosa”, acrescenta o responsável. O processo agora em curso será repetido no próximo ano. O projeto pretende contrariar a tendência de declínio do pinheiro-bravo registada nas últimas décadas, assim como contribuir para alinhar a disponibilidade de matéria-prima com a previsão de uma procura cada vez maior do mercado por soluções sustentáveis, como a madeira.
Whirlpool Corporation reforça compromisso de alcançar zero emissões líquidas nos seus centros de operação até 2030 A
Whirlpool Corporation acaba de anunciar um compromisso global para atingir uma meta de zero emissões líquidas nas suas fábricas e centros de operação até 2030. O compromisso abrangerá mais de 30 das unidades fabris da Whirlpool Corporation e os seus grandes centros de distribuição em todo o mundo, abrangendo todas as emissões relacionadas à energia (Scope 1 e 2). A Whirlpool Corporation também se comprometeu com uma redução de 20% nas emissões relacionadas ao uso dos seus produtos em todo o mundo (scope 3) até 2030, em comparação com os níveis de 2016. Essa meta foi aprovada pela iniciativa “Science Based
Targets” e sustenta a premissa de redução de 60% das emissões da empresa em todas as áreas desde 2005. “A Whirlpool Corporation tem um compromisso de longa data com a sustentabilidade, tendo criado o seu primeiro escritório sustentável há mais de 50 anos”, disse Marc Bitzer, presidente e CEO da Whirlpool Corporation. “O nosso compromisso zero líquido é um marco importante no nosso esforço contínuo para melhorar a vida em casa, protegendo o nosso planeta e as comunidades”. A Whirlpool Corporation alcançará a sua meta de atingir zero emissões nas fábricas e centros de operações até 2030
por meio de iniciativas de sustentabilidade contínuas e aceleradas, incluindo, por exemplo, trabalhar para 100% do uso de energia renovável por meio de uma combinação de fontes eólicas e solares, com base nos baixos níveis de uso de energia e água da empresa por eletrodoméstico fabricado, e ainda através da assinatura de contratos de compra de energia virtual com empresas de energia, para financiar parques eólicos e solares enquanto a empresa trabalha para obter e gerar energia renovável para residências em todo o mundo. O primeiro projeto da Whirlpool Corporation neste âmbito surgiu no Texas (EUA), em janeiro do corrente ano.
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Mercado imobiliário mantém-se forte e promissor
Em Portugal, venderam-se menos casas em 2020 do que em 2019, mas o volume de negócios foi superior, alcançando os 26,2 mil milhões de euros, mais 2,4% do que no ano anterior. De acordo com o INE, os preços das casas aumentaram em quase todo o país e em metade dos concelhos esse crescimento foi de dois dígitos. Apenas estagnaram ou desvalorizaram ligeiramente as zonas mais dependentes do turismo. A pandemia impôs condicionamentos ao negócio, mas os operadores revelaram dinamismo e uma boa capacidade de adaptação. Como se vai comportar o mercado daqui em diante? O que procuram os investidores? Que papel jogará a nova construção e a reabilitação na evolução do negócio? Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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Quando os aeroportos se desertificaram temeu-se que a quebra no turismo e a consequente desaceleração dos negócios de alojamento local impusessem uma redução significativa das vendas de casas em Portugal. Também as restrições às visitas presenciais dos potenciais compradores aos imóveis ameaçavam congelar o setor. O negócio tremeu, sobretudo no segundo trimestre (primeiro confinamento) mas não cedeu: O Instituto Nacional de Estatística (INE) contabiliza 171.800 habitações vendidas em 2020, menos cerca de 10 mil casas do que em 2019, ano que em se comercializaram 181.478. Antes do confinamento, no primeiro trimestre de 2020, venderam-se 43.532 casas, número muito aproximado das 43.826 vendidas no período homólogo de 2019. A variação maior aconteceu no segundo trimestre do ano passado, altura em que se venderam 33.398, abaixo das 42.590 do segundo trimestre de 2019. No terceiro trimestre de 2020, o mercado recupera para as abemos que a pandemia 45.136 casas vendidas, voltando a despovoou as empresas e revelar uma diferença pequena face congestionou as redes de às 45.830 do mesmo período de 2019. internet domésticas. O O quarto trimestre mantém a tenteletrabalho fez das nossas dência de crescimento, com 49.734 casas sucursais empresariais, muitas vendidas, número ligeiramente acima vezes em coworking e em coabitação das 49.232 do trimestre homólogo com alunos em telescola. O confina- de 2019. mento forçou as pessoas a repensar a A unidade de Market Intelligence sua relação com a casa, a reequacio- da "Confidencial Imobiliário" aponnar o papel do lugar que habitamos ta para valores similares, como inforna vida quotidiana e aguçou o apetite ma Ricardo Guimarães, diretor desta por todos os verdes da paleta, mesmo num país onde outrora era frequente fechar varandas para ganhar metros quadrados cobertos. A qualidade de vida redefiniu-se e os consumidores já não querem o mesmo do produto casa. De que forma respondeu o mercado a tudo isto? Até que ponto estava o setor imobiliário dependente do turismo? O que mudou? Mudou muita coisa, sobretudo no processo de negócio, porém os números não mudaram assim tanto…
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consultora: “As projeções realizadas no âmbito do SIR-Sistema de Informação Residencial, revelam um total de 162.200 casas vendidas no país em 2020, o que evidencia uma queda de cerca de 5% face às 170.600 vendas registadas em 2019. Tratase de um comportamento notável, considerando o contexto no qual o mercado operou, nomeadamente do surgimento inesperado da pandemia. Já no primeiro trimestre de 2021, as vendas ascendem a cerca de 49.600 unidades, num registo de atividade quase 60% acima do anterior confinamento, nomeadamente o segundo trimestre de 2020. Novamente comprovando a resiliência do mercado. No primeiro trimestre de 2021, o preço médio de venda no país foi de 1.715 euros por metro quadrado.” A plataforma de anúncios de venda e arrendamento de imóveis "Idealista. pt" comparou os dados da oferta e da procura, publicados no "Relatório Anual do Mercado Residencial 2020”, baseado em dados do INE, da Pordata, do IEFP e do "Idealista": "No mercado de venda, a nível nacional, a procura relativa reduziu-se relativamente à oferta na primeira fase da pandemia, recuperando assim que terminou o primeiro confinamento (em meados de maio), tal como se pode concluir a partir do relatório do idealista. Relativamente aos preços, e uma vez que a combinação da procura e oferta se mantiveram estáveis, não se verificou um “efeito substancial” nos valores. Os dados
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Remax arranca 2021 com o melhor primeiro trimestre de sempre A rede Remax em Portugal registou o seu melhor ano de atividade de sempre em 2019, recorda a CEO da imobiliária: “Em 2019 a Remax participou na venda de mais de 29 mil imóveis, envolvendo um volume de preços na ordem dos 5,207 mil milhões de euros. Contando com os arrendamentos, a rede superou todo os recordes, ficando muito próxima da fasquia das 68 mil transações imobiliárias.” A fasquia era elevada à entrada de 2020, porém a pandemia, que “fez estremecer os mercados e as economias nacionais”, também abalou a atividade da imobiliária, reconhece a gestora: “O primeiro impacto foi a estagnação de alguns resultados e só no decorrer dos meses seguintes foi possível superar. O segundo trimestre de 2020 revelou ser o mais fraco do ano, mas já no terceiro se sentiu a renovada confiança e dinamismo, fechando-se, inclusivamente, com o melhor agosto de sempre em 20 anos de história. O quarto trimestre foi pautado pelos resultados práticos de muitas medidas de adaptação que foram tomadas nos meses anteriores e já sem surpresas, registou-se o melhor novembro de sempre e um outubro e um dezembro muito próximos de um novo recorde.” No conjunto do ano de 2020, “a quebra de 8,5% do número de transações e a redução de 9,6% no volume de preços escondem as fortes melhorias registadas no segundo semestre e o renovado otimismo com que se iniciou 2021”. Beatriz Rubio assinala que 2021 não poderia ter começado melhor, revelando-se “o melhor primeiro trimestre de sempre, batendo todos os recordes
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de períodos homólogos: mais 14,5% de transações face a 2020 (16.509 transações), mais de 10,4% em comissões, mais de 11,4% em volume de preços (1,33 mil milhões de euros), mais 17,8% de consultores ativos (9.821), entre outros indicadores (número de agências, imóveis disponíveis, visitas ao site, etc. etc.)”. Este arranque promissor de 2021 faz a responsável sustentar objetivos ambiciosos: “Este último mês de abril, com crescimentos ainda mais acentuados do que os registados no primeiro trimestre, veio reforçar o objetivo primário da rede Remax para 2021: superar o melhor ano de sempre, com um crescimento a dois dígitos.” Líder na venda de imóveis em Portugal, a Remax, tal como os demais operadores, viu-se forçada a mudar alguns aspetos do processo de negócio, como explica Beatriz Rubio: “A pandemia acarretou um conjunto alargado de constrangimentos, a começar pela dificuldade no contato pessoal com e entre clientes, assim como nas visitas e deslocações. Os próprios eventos internos da marca passaram a ser realizados à distância de um clique, em detrimento das reuniões presenciais que sempre a caracterizaram. Métodos amplamente usados no passado como o de open house ou o 'safari' (mostra de casas à equipa Remax) foram forçosamente reduzidos, o que implicou novas abordagens, mais baseadas na tecnologia e no marketing online. Com efeito,
desenvolveram-se políticas internas de desenvolvimento das chamadas visitas virtuais ou visitas multimédia a imóveis, em que o cliente pode antecipar uma possível visita presencial a partir do seu computador, algo que, apesar de não ser revolucionário, catapultou a marca para a vanguarda do que de mais avançado se faz a nível mundial. Através delas é assim possível uma melhor qualificação dos clientes, com claras melhorias na poupança de tempo e de custos para todas as partes, sejam os consultores, sejam clientes, não pondo em risco a segurança sanitária.” Assim, “abrangendo toda esta dinâmica, a marca promoveu a eficiência do teletrabalho, internamente através de reformulação dos conteúdos formativos com dezenas de cursos em formato online e externamente através da realização de webinários para clientes e parceiros”, indica a CEO, acrescentando que
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para complementar, “iniciou-se todo um processo de melhoria de gestão dos primeiros contatos (leads), uma vez que muitos passaram a ser realizados online, onde a rápida resposta e o pronto acompanhamento são fatores determinantes de sucesso”. Beatriz Rubio conclui que “a pandemia forçou a digitalização do mercado imobiliário e esta veio para ficar”. No entanto, o negócio é feito de mudança, observa a gestora: “A Remax sabe que a sua liderança do mercado não se manterá com o conforto das soluções que funcionaram no passado ou em alguns momentos do presente, mas com as que se aplicarão no futuro. Na verdade, o futuro garantirá o sucesso a todos os que souberem se adaptar à nova realidade de angariação, promoção e comercialização dos imóveis.” A pandemia também teve impacto na procura e nos hábitos de consumo, de forma transversal nos diversos setores económicos e o imobiliário não foi exceção, nota a líder da Remax Portugal: “No imobiliário foi notório o aumento da procura em zonas semiurbanas, mais próximas do campo ou da praia, ganhando relevo quer moradias quer terrenos para construção.” O crescimento do teletrabalho motivado pela necessidade de confinamento, “fez com que muitos portugueses procurassem uma casa fora dos agregados urbanos, mais afastada do local de trabalho, uma casa que permita uma melhor articulação entre os deveres profissionais e a segurança sanitária”, testemunha a gestora, acrescentando que “mesmo nos grandes centros, assistiu-se
a uma procura por habitações mais amplas, com um bom espaço exterior (varanda, terraço, logradouro, quintal) em detrimento dos espaços mais fechados, quase como contrapartida do confinamento que a pandemia exigiu”. Beatriz Rubio aponta alterações também nos espaços empresa-
Beatriz Rubio conclui que “a pandemia forçou a digitalização do mercado imobiliário e que esta veio para ficar” riais: “A pandemia também comprometeu o sucesso de muitas atividades comerciais, levando ao encerramento de muitas lojas e à diminuição da procura de escritórios, ou, no mínimo, à redução dos espaços administrativos necessários para o funcionamento das empresas.” Na essência, a pandemia alterou a valorização de algumas caraterísticas dos imóveis, sem comprometer significativamente as anteriores opções, que continuam naturalmente válidas nos dias de hoje. No que diz respeito à valorização dos imóveis, “Portugal tem vindo a registar uma evolução natural dos preços, em consequência dos desfasamentos entre a procura e a oferta, entre o mercado de arrendamento e o de compra/venda”, observa a CEO da Remax, detalhando que “se em determinadas cidades como Lisboa e Porto, os preços prati-
cados são mais elevados, muito se deve a uma histórica escassez na oferta que não consegue fazer face a uma procura sempre constante e em determinados momentos, crescente”. Acresce que “o próprio mercado de arrendamento, em muitas zonas do país, é diminuto ou quase inexistente, impondo a aquisição como única opção”. Beatriz Rubio cita os dados do Instituto Nacional de Estatística, que “apontam para um aumento dos preços por metro quadrado e do próprio índice de preços da habitação, como consequência dos desfasamentos existentes”. As últimas informações disponíveis indicam que “o preço metro quadrado no segmento habitacional está nos 1.185 euros em março 2021, uma subida de 6,76% face aos 1.110 euros registados em março de 2020 e de 17,79% face aos 1.006 euros de março de 2019”. Também “o próprio índice de preços da habitação registou um aumento de 8,6% comparando-se o quarto trimestre de 2020 com o de 2019 e por isso, muitos órgãos de comunicação social referem que os preços das casas tiveram esse aumento em 2020”. Isto porque “mesmo nos segundo e terceiro trimestres de 2020 em que mais se sentiu os efeitos da pandemia no mercado, registaram-se crescimentos: As zonas que mais valorizaram “ são as zonas periféricas às grandes cidades, por conta dos elevados preços praticados nos centros urbanos, e, como vimos anteriormente, como consequência das novas tendências de procura e da propagação do teletrabalho”. Pelo contrário, “nas grandes cidades, as zonas
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mais afetas ao turismo e/ou com maior disponibilidade de alojamento local ressentiram-se com a diminuição da procura, verificando-se uma maior estabilidade dos preços e até um eventual decréscimo”. Beatriz Rubio sustenta que “a pandemia não impactou significativamente a evolução dos preços, pelo que continuam a ser os critérios de localização do imóvel, as suas acessibilidades, o seu estado de conservação, a sua área e tipologia os que determinam o valor, mais do que quaisquer variáveis derivadas da crise pandémica”. A procura por parte de investidores estrangeiros também existiu, ainda que a níveis mais modestos do que acontecia antes da Covid 19: “Portugal é um país muito aberto ao exterior, com um elevado peso macroeconómico das importações e das exportações, assim como muito sujeito às flutuações do turismo e do investimento internacional. Ao longo dos últimos anos registou contínuos aumentos no número e montantes investidos no imobiliário, por conta da atratividade do setor que a própria subida de preços acarreta, pela enorme segurança no investimento que o país transmite, assim como por diversas iniciativas como o programa dos Golden Visa ou o estatuto fiscal de residente não habitual. Certo é que a pandemia contrariou este ciclo virtuoso de crescimento, assistindo-se a uma quebra drástica do turismo e a uma redução dos fluxos de investimento internacional em 2020. Já nos meses mais recentes de 2021, a evolução muito positiva no con-
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trolo da pandemia tem já aberto portas ao regresso dos investidores e do turismo, sendo já antecipados uma renovada procura e um regresso aos valores e números do passado talvez no final do ano ou mais provavelmente em 2022.” A gestora recorda que na Remax, em 2019, “os clientes estrangeiros foram responsáveis por 18,7% das transações, mas como consequência da nova realidade pandémica, este peso situou-se nos 16,7% em 2020 e 15,2% no primeiro trimestre de 2021”. Esta diminuição teve “maior impacto no segmento dos imóveis de luxo, mais apelativo para o investidor internacional, assim como nos negócios de compra/venda mais do que nos de arrendamento”. Por outro lado, “nos últimos meses, a rede tem registado um crescente aumento do número de empreendimentos disponíveis, sinal da vitalidade do setor, não apenas ao nível da construção, mas também da mediação”, revela Beatriz Rubio. Acresce que “a própria remodelação de muitos imóveis ganhará maior notoriedade com o regresso do investimento internacional, não obstante ainda ser o investidor nacional o principal promotor deste tipo de iniciativa”. No primeiro trimestre de 2021, os clientes estrangeiros foram responsáveis por 11% das transações de compra/ venda na rede RE/MAX, enquanto que no trimestre homólogo de 2020 representavam cerca de 15% – são, assim, os clientes nacionais os principais compradores, com cerca de 89% das aquisições.
Atualmente, os clientes brasileiros representam 23,9% dos compradores estrangeiros, seguidos pelos ingleses com 8,5%, franceses com 7,9%, angolanos com 7,3%, americanos com 4,8% e chineses com 4,5%. No ranking de compradores estrangeiros, os clientes espanhóis ocupam a 11ª posição com 2,8% das transações realizadas. Sobre o tipo de habitações, Beatriz Rubio esclarece que “tradicionalmente em Portugal, são vendidas sobretudo habitações já existentes”. No quarto trimestre de 2020, por exemplo, “foram vendidas 49.734 habitações, sendo que destas 14,8% (7.362) é que eram novas no mercado”. No entanto, a gestora considera que quer a construção nova, quer a reabilitação apresentam perspetivas bastante risonhas para o futuro: “O mercado potencial para a reabilitação é enorme, atendendo ao grande parque habitacional existente e à relativa antiguidade do mesmo, assim como à elevada procura e rotatividade que se vê no número de habitações vendidas; O mercado da nova construção poderá também perspetivar bons crescimentos, caso corresponda aos critérios de procura que vimos anteriormente. Se a subida dos preços são uma realidade, muito se deve à escassez de oferta disponível para a classe média, a principal aquiridora de habitações. Por outras palavras, a nova construção quando direcionada para a grande fatia da procura dispõe assim de enormes oportunidades de sucesso em 2021 e anos vindouros.”
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revelam um crescimento da procura relativa na ordem dos 19% entre o quarto trimestre de 2019 e o quarto trimestre de 2020; um crescimento de 9% em termos de oferta; e 7,7% nos preços." A pandemia influenciou também o mercado de arrendamento, como informa a plataforma: "A procura relativa manteve uma tendência de queda, mesmo após o fim do primeiro confinamento, ficando a níveis muito baixos se comparada com o cenário de pré-covid-19. Observouse, por isso, uma grande acumulação de stock. No que diz respeito aos preços, verificou-se uma 'queda acentuada' depois do primeiro confinamento, com a recuperação a iniciar-se nos meses de verão, a partir de julho e agosto. Segundo os dados do relatório, a procura relativa caiu 33,6% entre o 4T2019 e o 4T2020, com +91,4% de oferta, e uma redução de preço na ordem dos 0,2%." De acordo com análise dos especialistas da plataforma "Idealista", "Portugal enfrentou em 2020 no segmento do arrendamento o fim do ciclo expansivo dos preços e o início do ciclo da desaceleração". Já, "no segmento de venda os preços mantiveram-se no ciclo expansivo". Os dados apurados "mostram que, na venda, a taxa de crescimento interanual veio a reduzir-se desde 2017 e no arrendamento o ajuste teve início um ano antes, em 2016". O Idealista constata que "relativamente a 2015, o país teve um crescimento na venda de 88% e 104% no arrendamento, no ano passado". O citado relatório conclui que "o mercado português tem-se mantido um mercado homogéneo, permanecendo no ciclo em expansão. O mercado de venda teve uma variação gradual, já relativamente ao mercado de arrendamento considera-se um mercado mais dinâmico e com maiores variações." Já este ano, as vendas continuam a acelerar a avaliar pelos núme-
Ricardo Guimarães, da "Confidencial Imobiliário": as projeções realizadas no âmbito do SIRSistema de Informação Residencial, revelam uma queda de 5% nas casas vendidas em 2020. Já no 1º trimestre de 2021, regista-se uma "atividade quase 60% acima do anterior confinamento"
ros do primeiro trimestre de 2021. “Foram vendidas cerca de 49.600 casas em Portugal Continental, de acordo com as projeções realizadas pela "Confidencial Imobiliário" a partir da informação reportada pelos mediadores imobiliários ao SIR”. Acresce que estamos a falar dos primeiros meses do ano, em que regressámos ao confinamento, nota a unidade de Market Intelligence da "Confidencial Imobiliário": “O volume de transações neste período que coincide com o segundo confinamento geral fica 57% acima dos cerca de 31.600 fogos vendidos durante o primeiro confinamento, correspondente ao segundo trimestre de 2020. A atividade apresenta ainda uma evolução positiva face ao último trimestre de 2020, registando uma subida de 5% relativamente às 47.200 unidades vendidas nesse período.” A consultora informa ainda que o desempenho foi transversal a todas as regiões: “Apuraram-se crescimentos trimestrais de 6% das vendas de habitação nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, bem como no Algarve. Face ao período do anterior confinamento, as vendas aumentaram 47% na AM Lisboa, 46% na AM Porto e 76% no Algarve. No primeiro trimestre de 2021, estima-se que tenham sido transacionados cerca de 17.150 fogos na AM Lisboa, 8.120 na JUNHO DE 2021
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Savills: a nova construção vai pesar mais na oferta De origem britânica, a centenária Savills entrou em Portugal quando adquiriu a espanhola Aguirre Newman, em 2018, precisamente no ano em que o mercado imobiliário atingia um pico, lembra Paulo Silva, head of Countr y do grupo em Por tugal: “A venda de habitações em Por tugal teve um crescimento em número até 2018, tendo vindo a registar uma diminuição desde então. Por sua vez, quando analisamos o volume de investimento associado, este só registou uma diminuição de 2019 para 2020.” De acordo com a análise feita pela Savills dos números do SIR (Sistema de Informação Residencial), este ano está a inver ter essa tendência : “No primeiro trimestre de 2021 foram vendidas 49.608 casas, 57% acima do primeiro confinamento (segundo trimestre de 2020). Por sua vez, estabelecendo uma comparação idêntica a nível regional, as vendas aumentaram 47% na Área Metropolitana (AM) de Lisboa, 46% na AM Por to e 76% no Algarve.” Paulo Silva detalha que “nos últimos dois anos, todos os concelhos da AM Lisboa registaram evoluções de preço positivas”. O concelho de Lisboa foi o que registou “a menor variação de preços com 5.4% entre os anos 2019 e 2020, colocando-se no final da tabela e provando o início de uma trajetória de estabilidade e desaceleração de crescimento de preços”. Isto deve-se ao “aumento de uma maior procura por localizações mais periféricas, com bons acessos ao centro
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de Lisboa”. Por outro lado, a dificuldade de acesso ao mercado de habitação na cidade de Lisboa conduz a “variações de preços mais expressivas em concelhos como Palmela (+21,9%), Barreiro (+21,4%) Sintra (+17,6%) ou Montijo (+16,5%)”. Dentro do segmento médio-alto, “os concelhos de Oeiras e Cascais têm também observado variações positivas interessantes de 9,7% e 12.2% respetivamente e constituído uma opção muito válida para todos aqueles que procuram aliar qualidade/design das habitações, com qualidade dos espaços exteriores e usufruir também de todos os benefícios de estar próximo da linha costeira”. O gestor sublinha que a procura reflete as novas necessidades das pessoas e das famílias, confinadas às suas habitações: “Verificou-se um aumento exponencial da pro-
cura de moradias quer pela necessidade de espaço exterior quer pelo facto de muitas pessoas passarem a trabalhar em modo remoto. A necessidade de estar nos grandes centros urbanos tornou-se menos premente e por isso as zonas periféricas ganharam espaço na preferência dos compradores, onde a relação espaço/preço é mais atrativa”. Se “um dos grandes impactos da pandemia foi ao nível da mobilidade”, o mercado residencial, tradicionalmente, dependente “de visitas presenciais, dado o volume de investimento e o fator emocional que envolve a decisão de comprar casa”, teve que inovar e apostar no digital. “Este processo continuará a evoluir, com mais visitas vir tuais, mais e melhor qualidade da divulgação dos imóveis, mas o método tradicional e o papel do consultor imobiliário continuarão a
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ser fundamentais”. Na Savills, “os consultores adaptaram-se às condicionantes que os diversos confinamentos trouxeram para continuar a servir os clientes: marcaram inúmeras visitas vir tuais, muitas delas que se estão a materializar em visitas presenciais e negócios”. A procura por par te de investidores estrangeiros desceu, acusando as dificuldades de viajar entre diferentes países, observa Paulo Silva: “Em 2019, os não-residentes foram responsáveis por 8,5% das casas vendidas e 13,3% do montante total transacionado. Comparativamente ao ano 2018, assistiu-se a uma descida de 2% no número de casas vendidas. Em 2020, o impacto da pandemia fez-se sentir nas zonas mais centrais de Lisboa, onde se concentra a maior fatia de ofer ta habitacional de luxo muito atrativa para o mercado internacional. As for tes medidas proibitivas de livre mobilidade e realização de viagens, foram obviamente o principal obstáculo para a concretização de operações, tendo sido estimada uma quebra de 50% entre o primeiro trimestre e o segundo trimestre de 2020 no número de imóveis vendidos.” O head of Countr y da Savills Por tugal sustenta que apesar de “2020 ter sido um ano de desafios inesperados”, o mercado soube responder: “Desde final de março que assistimos a um aumento da procura por par te de compradores internacionais, que com a aber tura do espaço aéreo irá intensificar-se. A recente notícia que co-
loca Por tugal na lista verde de países cujos passageiros não necessitam de fazer quarentena no regresso ao Reino Unido é uma excelente notícia. O local que se escolhe para viver tem cada vez maior relevância. Por tugal continuará a ser um mercado com preços competitivos e que oferece um estilo de vida diferenciador. Estes dois fatores juntamente com o facto de as empresas estarem hoje a potenciar o trabalho re-
Paulo Silva, head of Country do grupo em Portugal: “Em 2020, o impacto da pandemia fez-se sentir nas zonas mais centrais de Lisboa, onde se concentra a maior fatia de oferta habitacional de luxo muito atrativa para o mercado internacional” moto, aumentarão a procura por clientes internacionais que escolherão Por tugal como um destino preferencial para viver em permanência ou passar longos períodos no nosso país.” O número de solicitações por par te de estrangeiros à Savills começou a aumentar sobretudo a par tir do início do segundo trimestre: “Com o aumento da possibilidade de traba-
lho remoto, há cada vez mais pessoas a escolher Por tugal para fixar habitação própria permanente ou segunda habitação. Temos tido clientes de várias nacionalidades, tanto estrangeiros que já habitam em Por tugal e querem mudar de habitação, como clientes internacionais que querem vir para Por tugal pela primeira vez. Os por tugueses, devido às circunstâncias, estiveram muito ativos no mercado para procurarem habitações de maior dimensão e com espaço exterior. No caso dos investidores, existe uma tendência crescente de investir em ativos para arrendamento de longa duração (multifamily). Por um lado, devido aos preços crescentes nos centros urbanos e a opor tunidade no mercado de arrendamento de longa duração. Por outro lado, pela quantidade de clientes internacionais que procuram habitações para arrendamento nos grandes centros urbanos, algo que estão habituados e que valorizam.” Reconhecendo que ainda há muito a fazer no domínio da reabilitação do edificado, os responsáveis da Savills avançam que a nova construção será mais dinâmica nos próximos anos: “Basta olhar em nosso redor para concluirmos que o processo de reabilitação ainda está por concluir. No entanto, nos próximos anos, vamos assistir a uma mudança do peso relativo entre a reabilitação e a nova construção. Esta última irá assumir um peso maior na ofer ta de produto imobiliário.”
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AM Porto e 3.900 no Algarve. Nos casos das cidades de Lisboa e Porto, em ambas o crescimento trimestral das vendas foi de 6% e o crescimento entre confinamentos de 47%. Lisboa registou 3.820 casas vendidas no primeiro trimestre do ano e o Porto 2.250 unidades transacionadas.” No que diz respeito à valorização dos imóveis, as setas também apontam para cima, o que explica o aumento do volume de negócios em cerca de 600 milhões de euros, verificado em 2020, face a 2019, apesar de se terem comercializado menos imóveis. Em concreto, no ano passado, segundo dados do INE, as vendas chegaram aos 26.184.534 mil euros, acima dos 25.583.740 mil euros de 2019. A "Confidencial Imobiliário" mostra que a tendência de valorização continuou nos primeiros três meses de 2021: “O preço médio de venda das casas em Portugal no primeiro trimestre de 2021 ascendeu a 1.715 euros por metro quadrado, atingindo os 2.232 euros por metro quadrado na AM Lisboa, 1601 euros por metro quadrado na AM Porto e os 1.836 euros por metro quadrado no Algarve. Em Lisboa as vendas atingiram um preço médio de 3.656 euros por metro quadrado e no Porto de 2.318 euros por metro quadrado.” Ao contrário do que chegou a projetar-se, na realidade, conforme revela o "Índice de Preços Residenciais" da "Confidencial Imobiliário", os preços não deixaram de subir, sublinha 40 ACT UALIDAD€
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Ricardo Guimarães: “Continuam a subir, embora, obviamente, a situação de pandemia tenha afetado o ritmo de crescimento. No final de 2020, o preço de venda das casas em Portugal Continental ficava cerca de 5% acima do final de 2019, sendo ainda de assinalar que entre fevereiro de 2020, o último mês pré-covid, e dezembro, os preços cresceram 1,8%. Em termos mensais, desde março de 2020 que o preço de venda das casas exibe uma tendência de estabilização, num ciclo de variações em cadeia que oscilaram entre -0,2% e 1%. Setembro foi a única exceção a este comportamento ao longo do período pós-pandémico, com o "Índice de Preços Residenciais" a exibir então uma variação mensal de -2,1%. Os meses seguintes confirmaram que setembro foi mesmo uma exceção, regressando a variações mensais positivas. Não obstante, apesar da resistência ao choque pandémico, o comportamento de curto prazo dos preços durante a pandemia evidencia uma desaceleração face ao anterior ritmo do mercado. Em 2019, os preços tinham crescido a uma média de 1,2% por mês, tendência que os dois primeiros meses de 2020 confirmaram. Além disso, neste contexto, naturalmente a valorização homóloga travou de forma clara ao longo de 2020, dando sinais de alguma estabilização já em 2021. Em abril de 2021, a subida homóloga dos preços foi de 3,0%, 14 pontos percentuais menos do que os 17,4% a que os preços
subiam em janeiro de 2020.” Os números não oscilaram significativamente, mas “parece haver uma alteração de paradigma da procura habitacional”, sustenta Ricardo Guimarães, assinalando que se “antes os centros de Lisboa e Porto eram o espaço que todos disputavam”, já que com “o emergir de um espírito fortemente cosmopolita, a atração por edifícios com história, assim como a procura por territórios com maior liquidez para investir, são causas e efeitos da dinâmica de reabilitação e valorização verificadas”. No entanto, “este modelo, desde logo em resultado da pressão do aumento de preços, conduziu a uma oferta centrada em edifícios de apartamentos, muitos de tipologias pequenas e de dimensão reduzida”. Já no quadro da conjuntura atual, “o ideal aspiracional das famílias aponta para fogos maiores, idealmente moradias, sendo que, considerando o emergir de soluções como o teletrabalho, esse ideal pode ser alcançado em geografias periféricas, menos valorizadas, em locais onde o espaço público é ‘desconfinado’”. Contudo, ressalva o consultor “não é ainda muito visível o impacto deste novo equilíbrio nos números das transações, dada a restrição da procura se ter de conformar com a oferta pré-existente”. Percebe-se igualmente que as casas usadas continuam a dominar o negócio, indica ainda o diretor da "Confidencial Imobiliário": “Através do SIR, é possível fazer segmentação entre estado de uso (novo e usado), e não entre se a habitação é nova ou reabilitada/ remodelada. Feita essa ressalva, em 2019 as habitações novas representaram 5% das vendas no país e as usadas os outros 95%. Em 2020, essa estrutura do mercado não se alterou muito.” Porém, “em termos de dados do pipeline imobiliário, o que temos verificado é que no país a construção nova se mantém como predominante, agregando 80% dos fogos submetidos a licenciamento em 2020
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(num total de 37.410 fogos)”, revela o gestor, acrescentando que “a reabilitação, gerou os restantes 20% (8.930 fogos)”, em linha com a que “tem sido a tendência dos últimos anos”. Nos números apresentados na plataforma "Idealista", que analisam o mercado desde 2015, "no segmento da venda, o Porto é a capital de distrito que apresenta a maior variação do preço relativamente a 2015 com 117%, seguida de Lisboa com 103%, e Setúbal com 92%". Observa-se que "as cidades que estão em recessão são as cidades de Beja e Portalegre, apresentando um decrescimento relativamente ao ano anterior e preços inferiores a 2015". De acordo com os dados Idelista, "as restantes cidades estão Em termos mensais, em expansão", tendo Lisboa sido no último trimestre de 2020 a capital de desde março de distrito com maior procura, seguida 2020 que o preço de Évora e Santarém. Relativamente ao arrendamento, o de venda das casas Idealista frisa que os preços subiexibe uma tendência ram em todas as capitais de distrito, quando comparados com os de 2015: de estabilização, "As capitais de distrito passaram por com variações uma fase de expansão durante os últimos anos e a estão a mover-se em cadeia entre para o quadrante de desaceleração, -0,2% e 1% que é liderado pela cidade de Viseu, seguida de Lisboa e Ponta Delgada. Relativamente à procura, Santarém, devido à forte procura e ao agravaBeja e Portalegre são as cidades onde a mento das restrições de oferta, apesar procura no quarto trimestre de 2020 de se ter registado a maior contração económica em décadas". Tal poderá foi maior." A plataforma também noticia que "ser explicado pelas medidas políticas "a subida dos preços está a abrandar implementadas pelos Governos para com a pandemia". O Idealista cita combater a pandemia, e que foram um relatório divulgado no final de provavelmente as mais eficazes para fevereiro de 2021 pela Standard & manter a procura no mercado imoPoor’s (S&P) que "aponta para um biliário". arrefecimento dos preços da habitação na maioria dos principais mercados Acesso ao crédito bancário facilieuropeus, cujos valores devem crescer tado O acesso ao crédito bancário é mais lentamente este ano". A agência de rating "estima que os preços outro fator favorável, como sublinha em Portugal cresçam 2,6% em 2021, o "Idealista": "Os analistas bancáe que recuperem 4,7% em 2022". rios consideram que as condições de A mesma instituição, citada pelo financiamento continuam favoráveis "Idealista", diz que "os preços em 2020 ao mercado imobiliário", em linha foram mais dinâmicos que em 2019 com as conclusões do relatório do
"Idealista": “As instituições financeiras continuam a conceder crédito, o que, acompanhado com a descida das taxas Euribor que se mantêm em mínimos históricos, apresenta condições muito favoráveis para os compradores”. Na realidade, os limites recomendados pelo Banco de Portugal (BdP) na concessão de novos créditos à habitação mantêm-se praticamente inalterados desde 2018, ao contrário do que sucedeu com a atribuição de outros tipos de crédito, que conheceu novas restrições. De acordo com dados do BdP, os empréstimos à habitação estão em trajetória ascendente desde dezembro de 2019. Relativamente à queda de preços verificada no mercado de arrendamento, relacionada com o importante incremento da oferta disponível, o "Idealista" salienta que "a explicação para o aumento do stock pode ser atribuída principalmente à paralisação ocasionada pelo confinamento". A plataforma de anúncios sugere que "todo este processo teve um maior impacto nos mercados mais dinâmicos, onde a rotação de casas era muito maior – já os mercados com pouco movimento dificilmente sentiram a paralisação do confinamento". O relatório anual produzido pelo "Idealista" sustenta que "apesar da dificuldade de previsão neste segmento de mercados tão voláteis, é provável que a tendência de ajustes de preços continue nas principais capitais até que o stock se dilua". Tal como advoga a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, é provável que os preços do arrendamento voltem a subir, assim que o turismo retome o seu dinamismo, esperando-se que o alojamento local volte a acelerar. Se o setor imobiliário constitui um barómetro da economia, o seu atual dinamismo mostra que esta crise económica não disssuadiu os investidores. Prevalece o otimismo: quer os indicadores, quer a maioria dos profissionais do setor apontam para a continuação do dinamismo do mercado. JUNHO DE 2021
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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Sociedades de advocacia espanholas aumentam faturação em 2020 A Garrigues continuou em 2020 a liderar o mercado das sociedades de advogados em Espanha, ao aumentar a faturação para os 336,7 milhões de euros no ano passado. A sociedade de advogados obteve, assim, um aumento homólogo de 2,5%, em termos de receitas no país vizinho, no último ano, crescimento que se deveu sobretudo à área de prática de direito societário e comercial. Em termos globais, a sociedade liderada por Fernando Vives obteve um crescimento menor, de apenas 1,4%,
atingindo um volume de negócios de 386,9 milhões de euros. Em segundo lugar da listagem das sociedades de advocacia com maior faturação em Espanha, ficou a Cuatrecasas, com um volume de negócios aproximado de 276 milhões de euros, o que representou uma ligeira descida face a 2019. A completar o top 3, surge a Uría Menéndez, que viu o seu volume de negócios subir 2%, para os 195 milhões de euros, revela ainda a publicação online “Advocatus”.
Estas três sociedades contam com escritórios em Portugal. Os dez maiores escritórios de advocacia em Espanha obtiveram, em 2020, receitas superiores aos 1.550 milhões de euros, um aumento de 1,5% comparativamente com o ano anterior, adianta a mesma publicação, com base em estimativas avançadas pela “Iberian Lawyer”. O ranking foi criado com os valores de faturação cedidos à Iberian Lawyer pelas sociedades de advogados e pelo Spain’s Mercantile Registry.
Morais Leitão distinguida como “Portugal Law Firm of the Year” A
sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (ML) foi destacada como “Portugal Law Firm of the Year”, pelo diretório britânico “International Financial Law Review” (IFLR) nos seus prémios europeus. Diana Ribeiro Duarte, advogada sénior da ML, foi também galardoada com o prémio “Rising Star of the Year”. A distinção atribuída à ML de “Law Firm of the Year 2021” prende-se com o “seu impacto e papel em várias operações altamente inovadoras”, refere o IFLR. “Talvez um dos assuntos mais marcantes tenha sido com a EDP, onde uma equipa liderada por Ricardo Andrade Amaro aconselhou a EDP na venda de seis grandes barragens hidroelétricas a um consórcio de Engie, Mirova e Crédit Agricole Assurances. O negócio foi inédito, envolvendo o leilão de barragens que estavam no negócio há mais 42 act ACT ualidad€ UALIDAD€
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de meio século, profundamente integradas nas economias locais e localizadas numa região com um quadro legal único governado por Portugal e Espanha. Esta transação foi fortemente regulamentada e levantou múltiplas questões jurídicas de primeira ordem”, adianta o mesmo diretório. O diretório destacou também a operação do Tagus RMBS Green Belém 1, que ficou na short list da categoria “Structured Finance and Securitisation Deal of the Year”. “A ML aconselhou o Banco Santander como organizador e gestor. Esta operação foi a primeira titularização pública de empréstimos no mercado português feita ao abrigo do Regulamento de Securitização da União Europeia, a primeira a ser rotulada de STS (simples, transparente e normalizada), ao abrigo do Regulamento de Securitização em Portugal e a primeira titularização do RMBS verde na Península Ibérica”, destaca o diretório sobre
a sociedade de advogados liderada por Nuno Galvão Teles. O mesmo diretório frisa, por outro lado, que Diana Ribeiro Duarte teve “um papel fundamental na aquisição de seis barragens da EDP pelo consórcio liderado pela Engie e na aquisição da Brisa pela APG Asset Management, Serviço Nacional de Pensões da República da Coreia e Gestores Suíços de Património de Vida. Trabalhou também na aquisição da Idealista pela EQT”, destaca a mesma publicação. Este prémio distingue o trabalho das sociedades nacionais e europeias mais reputadas ao longo do ano de 2020, em termos de serviços prestados nas operações mais inovadoras, em todas as áreas jurídicas. É atribuído com base na inovação e complexidade das transações avaliadas bem como pelo reconhecimento por parte de clientes, de pares e através de uma investigação independente.
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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CCA junta-se à UPNDO para promover a saúde e o impacto social des online, que “visam não só promover hábitos para tornar as equipas mais ativas e saudáveis, mas também fomentar o espírito de equipa e alertar para a importância da saúde física e mental, tendo como base o impacto na comunidade”, salienta a sociedade de advogados. A parceria entre a CCA e a UPNDO tem como objetivos, desde logo, o de combater o sedentarismo e estimular hábitos de vida saudá-
A sociedade de advogados CCA juntou-se à UPNDO, uma app inovadora, que associa o movimento físico à responsabilidade social corporativa, tendo como principais objetivos a promoção da saúde de colaboradores, do espírito de equipa e o apoio a causas sociais através da concessão de donativos. Desde o início da pandemia, que a CCA tem vindo a desenvolver diversas ativida-
veis, ou ainda o de envolver todos os seus colaboradores na estratégia de impacto da sociedade. A UPNDO liga indivíduos, empresas e organizações sem fins lucrativos, recompensando o movimento físico com apoio financeiro a algumas ONG escolhidas pelos seus utilizadores.
Vieira de Almeida e Nova School of Law lançam Centro de Investigação em Direito A Vieira de Almeida (VdA) e a Nova School of Law acabam de lançar o WhatNext.Law – Researching the Future, um Centro de Investigação em Direito, focado na discussão e partilha de conhecimento sobre temas jurídicos associados às novas exigências da sociedade, através de estudos, publicações e bolsas de investigação. “O WhatNext.Law – Researching the Future
pretende promover a colaboração com di- “WhatNext.Law | As Cidades do Futuro”. O ferentes stakeholders da academia e do se- encontro contou com as participações do tor jurídico e empresarial, com o objetivo de presidente da Câmara Municipal de Lisboa, antecipar tendências legais, identificar de- Fernando Medina, do managing partner da safios jurídicos emergentes e contribuir para VdA, João Vieira de Almeida, da diretora da as soluções, legais e não só, da sociedade Nova School of Law, Mariana França Goudo futuro”, refere a VdA em comunicado. veia, entre outros oradores nacionais, bem O lançamento do projeto decorreu no como Alice Charles, do Fórum Económico passado dia 20 de abril, na Conferência Mundial.
Em trânsito:
» A PRA – Raposo, Sá Miranda & As-
sociados reforçou a equipa do escritório do Porto com o novo advogado of counsel António Alves da Fonseca (na foto). Anteriormente, o advogado desempenhou o cargo de head of Business Legal da Capwatt (do grupo Sonae Capital), tendo-se dedicado ao setor da energia, no qual possui uma vasta experiência. António Alves da Fonseca licenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e na sua experiência profissional conta-se também a passagem pelo setor público, tendo exercido funções no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no Governo Civil de Lisboa, bem como na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro – Coimbra (CCDR-C). Miguel Miranda, presidente da Comissão Executiva da PRA, refere que, através desta integração, e “em especial por via da vasta experiência e profundo conhecimento do António, a PRA vai reforçar a sua atuação nas áreas das energias renováveis e da sustentabilidade climática, as
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
quais constituem setores estratégicos para os serviços jurídicos na próxima década”, afirma o mesmo responsável. A sociedade, reconhecida pelo seu nível de especialização, encontra-se organizada por 10 áreas de prática e conta, presentemente, com uma equipa de mais de 150 profissionais.
» Marta Gouveia Gomes vai assumir a função de head of Real Estate, Construction and Tourism da CTSU, sociedade de advogados ligada à Deloitte em Portugal. Com mais de 18 anos de carreira, Marta Gouveia Gomes possui uma grande experiência na prestação de serviços de assessoria jurídica a investidores e promotores nacionais e estrangeiros, nomeadamente na negociação e elaboração de contratos de aquisição ou venda de ativos imobiliários, negociação e redação de contratos de construção e gestão de projetos, arrendamento e outras formas de cedência de uso ou exploração, contratos de suporte à gestão de ativos imobiliários, contratos de empreitada, licenciamento urbanístico, turístico e comercial.
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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opinião opinión
Arbitragem e mediação: terapias
alternativas para uma dor de cabeça
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resolução de litígios é uma indesejável – e, provavelmente, inevitável – componente da atividade empresarial que tradicionalmente implica o recurso aos tribunais estaduais, o que, compreensivelmente, representa uma dor de cabeça para os empresários. Sintoma que se agrava quando, em virtude do carácter internacional de um litígio, uma das partes é forçada a litigar nos tribunais estaduais do país do qual é oriunda a contraparte, numa língua que pode não dominar e segundo regras que não foram pensadas para acomodar as especificidades de cada litígio individualmente considerado. Apesar do meritório trabalho de juízes e funcionários judiciais, tanto em Portugal, como em Espanha, são consabidos os desafios e limitações com que se debate a justiça estadual e chavões como “crise”, “falta de recursos” ou “morosidade”, são frequentemente empregues quando se fala dela. Nesse sentido, a pandemia da covid19 afetou severamente o funcionamento dos tribunais estaduais durante vários meses em 2020 e 2021 devido à paralisação dos processos judiciais. Além disso, a crise sanitária e económica permite antever um aumento significativo da litigância, o que irá pressionar ainda mais o já sobrecarregado aparelho judiciário. No entanto, apesar da essencialidade dos tribunais estaduais na nossa sociedade, estes não são uma inevitabilidade para as empresas resolverem grande parte dos seus litígios. Com efeito, desde a antiguidade que os comerciantes recorrem a meios de 46 ACT UALIDAD€
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Por Miguel Pereira da Silva e Oriol Valentí i Vidal*
resolução de litígios alternativos aos tribunais estaduais como, por exemplo: - a arbitragem– método através do qual as partes conferem a uma ou mais pessoas singulares, imparciais e independentes, o poder de decidir um litígio de forma definitiva através de uma sentença vinculativa e executável; e/ou - a mediação– método através do qual um terceiro, o mediador, assiste as partes a chegarem a um acordo vinculativo e executável através de um processo informal e flexível que envolve as partes na resolução do litígio. Atualmente, e após um período de forte expansão a partir da segunda metade do século XX, a arbitragem é, sem dúvida, uma das principais formas de resolução de litígios comerciais transfronteiriços a nível mundial. Espelhando esta realidade, um estudo empírico, publicado em 2021 pela Queen Mary University de Londres, confirmou a tendência já verificada em 2012, 2015 e 2018, de que a grande maioria (cerca de 90%) dos inquiridos, sobretudo empresários e advogados internos de empresas, considera a arbitragem como o melhor meio de resolução de litígios transfronteiriços (tanto isoladamente como em articulação com outros métodos de resolução alternativa de litígios, como a mediação). Entre os principais motivos do sucesso destes mecanismos encontram-se características como a neutralidade (possibilidade do litígio ser resolvido num país neutro para ambas as partes), a flexibilidade (das partes escolherem as regras do processo e, por exemplo, a língua em que será conduzido o processo) a especialização (através de árbitros ou mediadores especializados na resolução
de determinado tipo de litígios), a celeridade (na medida em que estes processos são significativamente mais céleres do que os que correm termos nos tribunais estaduais) e a executoriedade das decisões (em termos equiparáveis e até mais favoráveis do que as sentenças judiciais). No contexto ibérico, que se caracteriza por intensas relações comerciais entre empresas portuguesas e espanholas e, também, de países da América Latina e de língua oficial portuguesa, encontram-se reunidas todas as condições para que empresas e particulares possam beneficiar destas vantagens, uma vez que tanto Portugal como Espanha dispõem de leis de arbitragem e de mediação modernas, de redes de tratados que facilitam a execução de decisões arbitrais em termos equivalentes às decisões judiciais, bem como de um considerável número de profissionais (árbitros, mediadores, advogados e peritos) especializados nestes meios de resolução alternativa de litígios. Assim, à semelhança do que acontece num grande número de outras jurisdições, os meios de resolução alternativa de litígios como a arbitragem e a mediação têm na Península Ibérica um campo privilegiado de aplicação e devem ser tidos em consideração na hora de celebrar contratos, por exemplo, através da inclusão de cláusulas arbitrais e/ou de mediação ou da celebração de convenções arbitrais/de mediação, após o nascimento do litígio. * Advogados associados da Cuatrecasas em Lisboa e Barcelona, respetivamente, da área de Arbitragem E-mails: miguel.silva@cuatrecasas.com e oriol.valenti@cuatrecasas.com
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Happy Wine Days: garrafas personalizadas com “vinho de qualidade” para datas especiais A Happy Wine Days traz uma ideia única para as ocasiões especiais que se quer
comemorar, como o Dia do Pai, casamentos, entre outros, através da comercialização de garrafas de vinho com rótulos personalizados. O vinho é de adegas de qualidade e é possível personalizar uma única garrafa, sublinha a Happy Wine Days.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
s dias de festa ou de celebração podem ser marcados também pela oferta de um artigo simbólico ou presente original, como seja uma garrafa de vinho com uma dedicatória personalizada no rótulo. A ideia não é propriamente nova dentro do segmento dos eventos corporativos, onde existem já empresas a personalizar garrafas destinadas a diversos colaboradores, por exemplo, para assinalar datas e ocasiões especiais. Mas esta personalização de rótulos implica normalmente a obrigação da compra de lotes de dezenas de garrafas, não permitindo comprar apenas uma única garrafa de vinho personalizada. Mas essa possibilidade já chegou ao mercado, através da Happy Wine Days, que disponibiliza também a clientes particulares poderem adquirir apenas uma garrafa de vinho com rótulo totalmente personalizado pelo próprio, e sem quantidades mínimas de compra, sublinha João Festas Henriques, sócio-gerente da empresa criada há cerca de um ano. Com a sua atividade na área do turismo suspensa, João Festas Henriques teve a ideia de, juntamente com outro sócio, criar um site para comercialização de garrafas de vinho personalizadas. A personalização pode ser feita pelo utilizador através de uma foto carregada no próprio site, ou pela escolha de um rótulo com mensagem alusiva a datas especiais já existente no site. Para um Dia da Mãe mais feliz, para celebrar um nascimento ou
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para desejar felicidades aos noivos – com o nome e fotos de ambos e frases motivadoras. Também os clientes empresariais podem encomendar sem obrigação de quantidades mínimas. Por outro lado, os vinhos disponibilizados são todos de “qualidade, com proveniência de três adegas, das regiões do Dão, Douro e Setúbal”, revela ainda o mesmo responsável. Ao todo, são 11 vinhos, entre brancos, rosés e tintos, sendo que cada garrafa personalizada ficará em cerca de 15 a 27,5 euros, dependendo do vinho. As adegas são a Sociedade Agrícola Boas Quintas, do Dão, a António Saramago-Vinhos, de Palmela (Setúbal), e a duriense Quinta do Frei-Estevão, mas a Happy Wine Days quer aumentar este leque de vinhos. Os interessados podem fazer as suas compras pelo site, redes sociais da empresa ou por contacto telefóni-
co com a Happy Wine Days. No site, pode-se escolher de entre os modelos temáticos pré-selecionados (desde Festas Com Amigos às datas especiais), escolher uma das frases sugeridas ou escrever o seu próprio texto e adicionar a imagem que se pretende para compor o seu rótulo personalizado, selecionado ainda o vinho pretendido. As entregas são feitas entre três a cinco dias para Portugal Continental, e a sete dias para os Arquipélagos da Madeira e dos Açores. “Queremos divulgar os vinhos portugueses e menos conhecidos, mas de boa qualidade”, adianta o mesmo empreendedor. A grande personalização do serviço – que incluirá dentro de pouco tempo também imagens com quadros de pintores portugueses que assim o autorizem – e os prazos de entrega são fatores ganhadores para esta nova empresa, conclui o mesmo responsável.
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Há uma nova esplanada na cidade: Rooftop Flores
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o último piso do Museu e Igreja da Misericórdia do Porto (MMIPO), há um jardim escondido com vista para a Sé e para o tradicional casario da baixa portuense.
Aberto ao público desde há cerca de um mês e meio, o novo Rooftop Flores tem entrada através do museu, entrando pela Rua das Flores, ou então diretamente para o jardim, pela Rua da Vitória, nº 177. O jardim tem mesas e espreguiçadeiras perfeitas para apreciar a paisagem e aproveitar os dias primaveris. Basta escolher um lugar ao sol ou à sombra das frondosas laranjeiras. Para refrescar, há vinho a copo e a garrafa, cocktails e sangrias de vinho do Porto, cerveja, cidra e sumos.
O menu inclui ainda uma secção de petiscos, da tábua de queijo à sanduíche de rosbife. O bar funciona todos os dias das 10h00 às 22h00. De frisar que o MMIPO tem patente também uma nova exposição: “Alberto Giacometti – Peter Lindbergh. Capturar o Invisível”. Na compra de um bilhete para a exposição, os visitantes terão direito a um vinho do Porto Taylor’s precisamente no Rooftop Flores. Até agora apenas exposta no Instituto Giacometti, em Paris, a exposição pode ser visitada no MMIPO até ao dia 24 de setembro.
Torre de Palma Wine Hotel reabre ao público, com programa especial A
Torre de Palma Wine Hotel, no Alto Alentejo já reabriu ao público, com programs especiais para os visitantes poderem fazer durante as suas estadias, como seja um fim de semana desfrutar a natureza e a calma que se vive em plena planície alentejana, com todas as medidas de segurança em vigor. Com o mote “venha viver com segurança e tranquilidade a magia de Torre de Palma”, a unidade hoteleira, inserida numa propriedade de 14 hectares com vastas áreas verdes, convida a sair de casa e aproveitar os próximos dias ensolarados. As estadias contemplam diversos programas, para quem quer apreciar a natureza, aproveitando ainda para vivenciar novas experiências gastronómicas e vínicas. Os visitantes, que são recebidos com um copo de vinho Torre de Palma ao pôr do sol, no topo da Torre podem ainda usufruir de programas que incluem uma visita guiada à Adega de Torre de Palma, passeios de bicicleta ao redor da 50 ACT UALIDAD€
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propriedade, percursos pedestres, como a Grande Rota de Monforte, acesso à piscina interior com marcação e livre acesso à exterior, bem como outras atividades, como sejam experiências vínicas; workshops para crianças; atividades equestres e tratamentos de spa. “Na nossa companhia, os visitantes podem usufruir de passeios de charrete, percursos pedestres com piquenique no meio do campo, provas de vinhos ao ar livre com passeios pelas vinhas, degustar delícias gastronómicas, com novidades para breve, e ainda apreciar o deslumbrante pôr do sol no cimo da Torre com um copo de vinho Torre de Palma”, refere Luísa Rebelo, proprietária do hotel. Para se viver uma estadia tranquila e segura em Torre de Palma Wine Hotel, os hóspedes podem também usufruir de refeições nos terraços das suites ou nos vários espaços exteriores do hotel, bem como quartos com entrada direta para o
exterior e com esplanadas e master suite para famílias com piscina privada. E se já surgir algum cansaço de trabalhar em casa e com necessidade de mudar de ambiente, Torre de Palma transforma-se na “sua casa”, em pleno coração alentejano, com um programa especial para quem trabalha remotamente, que irá ajudar a recarregar baterias e aumentar a criatividade e produtividade, sugere o empreendimento hoteleiro. Uma forma de descobrir ou redescobrir o Alentejo e as suas paisagens e património, numa altura de reabertura da vida social.
actualidad actualidade
Quinta de Lemos premiada com cinco medalhas no “International Wine Challenge” A
Quinta de Lemos, no Dão, foi distinguida com cinco medalhas no International Wine Challenge (IWC), um dos concursos de vinho mais importantes no panorama internacional. Os vinhos Dona Paulette 2017 e o Touriga Nacional 2009 arrecadaram Medalhas de Ouro, e os vinhos Touriga Nacional 2007, Dona Georgina 2009 e Dona Santana 2005 (na foto) foram distinguidos com medalhas de prata. O enólogo Hugo Chaves, à frente do projecto Quinta de Lemos desde a fundação, não podia estar mais orgulhoso dos 95 pontos arrecadados pelo branco Dona Paulette 2017 e pelo tinto Touriga Nacional 2009, na categoria de Ouro. Nas notas de prova do júri, é destacada a “incrível mineralidade” do Dona Paulette, “o aroma
a madressilva, a acidez impressionante e o final de boca marcado por um toque de ananás maduro”. Sobre o Touriga Nacional, os provadores destacam “o aroma a groselha negra e ameixa, o perfume fabuloso, e as notas frescas de violeta”. Nas medalhas de prata, o Touriga Nacional 2007 da Quinta de Lemos conquistou 92 pontos, o Dona Georgina 2009 arrecadou 91 pontos, e o Dona Santana 2005 somou 90 pontos – todas pontuações muito interessantes. “Naturalmente que estas distinções ao mais alto nível internacional nos enchem de orgulho”, afirma Hugo Chaves, o
enólogo da Quinta de Lemos. “Estas medalhas são fruto de todo o trabalho contido nas garrafas de vinho da Quinta de Lemos, que começa logo na vinha, e que repousa durante anos na adega para poder atingir um maior esplendor. São esperas que dão bons frutos. Nesse sentido, estas medalhas são também de Celso de Lemos, o fundador da Quinta de Lemos, que acreditou sempre na nossa visão para os vinhos desta quinta do Dão”. Estes prémios internacionais para os vinhos da Quinta de Lemos são motivo de orgulho para todo o setor vínico português, ajudando a elevar a sua imagem no mundo.
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Delta abre espaços para beber café sem pressa em Lisboa e no Porto
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Delta avançou com a abertura de novos espaços de restauração onde se pode apreciar café sem ter necessariamente de tomar um expresso à pressa, como acontece na vida agitada do dia a dia. Nestes novos espaços, a ideia é saber mais sobre a cultura do café, processos de preparação e sistemas de extração, entre outras curiosidades. Trata-se de oferecer uma experiência imersiva e multissensorial que convida a abrandar. Foi neste ambiente que nasceram os Delta The Coffe House Experience, já de portas abertas em Lisboa, no Prata Riverside Village, e no Porto, junto
ao Mercado do Bolhão. Em ambos os casos, o convite é para sentir o café, tirando partido de um novo conceito de loja que tem como premissa “Feel your Coffee” e que poderá ser exportado para outros mercados onde a Delta está presente. A ideia é que os clientes entrem, bebam um café e permaneçam durante algum tempo, em vez de se irem logo embora. “O Delta The Coffee House Experience é um espaço de aromas e sensações onde poderão encontrar ainda um torrefactor de café que torra e mistura adequadamente cada grão de café, de acordo com a preferência e paladar, para que possam levar consigo um café acabado de provar”, aponta a marca em comunicado. Para que o convite a passar algum tempo de qualidade seja mais apelativo, a Delta apostou numa decoração que mistura materiais sustentáveis, naturais e vintage, bem como peças artesanais que inspiram e que ambi-
cionam proporcionar um ambiente aconchegante. Além disso, apesar de o café ser o elemento principal, há também propostas gastronómicas para acompanhar, nomeadamente brunch e refeições ligeiras para diferentes momentos do dia. O Delta The Coffee House Experience está aberto de segunda-feira a sábado, das 8h00 às 21h00, e ao domingo, das 8h00 às 20h00, tanto em Lisboa como no Porto. Já no início do ano, a marca anunciou o lançamento de novos blends (na foto), inspirados no “slow living. um estilo de vida para quem procura saborear cada momento, aproveitando o melhor que o tempo nos dá”. O novo Slow Coffee baseia-se num “conceito inspirado nos tempos antigos, quando o ritual de preparar o café fazia parte do dia a dia das pessoas. Um café para preparar e saborear com tempo, desfrutando de todos os sabores e aromas que os nossos blends lhe proporcionam”.
Montez Champalimaud anuncia lançamento do Quinta do Côtto Grande Escolha L ançado pela primeira vez em 1980, o Quinta do Côtto Grande Escolha cedo se posicionou como um dos vinhos bandeira do Douro, assinalando o início de uma nova era em que a região afirmava todo o seu potencial para a produção de grandes vinhos “de Quinta” – movimento em que o produtor foi pioneiro. Mais de quatro décadas desde o primeiro lançamento, o Quinta do Côtto Grande Escolha mantém vivo o estatuto de ícone, gerando uma enorme expectativa junto de consumidores de todo o mundo. Por esse motivo, prevê-se uma
rápida passagem do Quinta do Côtto Grande Escolha 2017 pelos mercados onde está presente, fenómeno para o qual também contribui o próprio ano de colheita, amplamente reconhecido e aplaudido como um ano histórico para a região do Douro pela sua qualidade excecional. Elaborado a partir de um blend de castas tradicionais da região, com a predominância da Touriga Nacional e Vinhas Velhas, este vinho surpreende ao primeiro contacto. A intensa cor
rubi antecipa aromas a fruta madura, com notas de bosque, especiarias e cacau. O estágio de 15 meses em barricas de carvalho francês aperfeiçoou todo o seu caráter, conferindo-lhe complexidade e uma impressionante estrutura, com taninos espessos e uma acidez bem presente a equilibrar todo o conjunto. O final é longo e persistente. Para encomendas online , a Montez Champalimaud sugere a utilização dos canais digitais das principais garrafeiras do país e da distribuidora Vinicom.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Como é que o big data contribui para melhorar a segurança rodoviária? A o conduzir um automóvel conectado, geramos anonimamente dezenas de gigabytes de dados todos os dias. Chegam dos seus numerosos sensores e componentes eletrónicos, tais como o controlo de tração, controlo de estabilidade, a câmara frontal ou os radares. Dados que, somados aos do resto dos veículos, ajudam a localizar, por exemplo, os pontos das estradas de toda a Europa que precisam de ser reparados. E a equipa do novo centro de análise SEAT Data Office é responsável pelo armazenamento e processamento deste grande volume de informação: “através da sua análise podemos detetar casos de utilização que ajudam todos os cidadãos, especialmente em termos de segurança, que é o que mais nos apaixona”, assegura Carlos Buenosvinos, um dos seus responsáveis. Como funciona? Ao pisar no acelerador ou ao subir e descer uma janela, as unidades eletrónicas que as controlam emitem sinais que são enviados para um servidor na cloud, através de uma ligação 4G. “O primeiro desafio para a equipa do Data
Office é armazenar estes grandes volumes de informação. Depois temos algoritmos, técnicas matemáticas e estatísticas para os processar e tirar conclusões”. Tudo com base em dados anónimos. “É-nos impossível saber que veículo ou que pessoa está por detrás dele. Na verdade, o que nos interessa são dados genéricos que falam de tendências nas condições das estradas”, declara Carlos Buenosvinos. Dados do controlo de tração, controlo de estabilidade, travões e temperatura dos nossos veículos informam sobre todas as condições que afetam o contacto dos pneus com a estrada, desde a acumulação de água, gelo ou neve a pavimentos partidos ou desgastados. “Com toda esta
informação contribuímos para a geração de mapas de atrito à escala europeia, que podem ser partilhados com serviços de navegação que alertam os condutores para potenciais perigos na estrada ou com operadores de infraestruturas que os utilizam para assegurar o bom estado da rede rodoviária”, explica Víctor Monserrate, que também dirige o SEAT Data Office. “Não só reagirão mais rapidamente, como o farão de forma mais eficiente, uma vez que não necessitarão de percorrer constantemente as estradas em busca de incidentes”, acrescenta. Também a análise de toda a informação proveniente dos sensores de luz pode identificar as estradas que são demasiado escuras. Entre muitas outras fontes de informação, também os dados das câmaras frontais e dos sensores fornecem informações em tempo real sobre a disponibilidade de lugares de estacionamento na rua, o fluxo do trânsito ou se existe um obstáculo na estrada, informações que são muito úteis para a navegação e serviços de emergência.
Visa Everywhere Initiative quer encontrar as próximas inovações nos pagamentos A Visa lançou já, a nível global, a edição 2021 da Visa Everywhere Initiative, uma competição global que pretende startups que possam ajudar a resolvam os desafios futuros nas áreas dos pagamentos e comércio. As startups na indústria dos pagamentos que apresentem as melhores ideias vão ter a oportunidade de garantir mais de cem mil dólares (81.600 euros) em prémios. No caminho até ao grande prémio final, startups de todo o mundo vão em primeiro lugar ter de pôr à prova as suas ideias em competições regionais e defender os projetos perante um painel de júris composto por profissionais na área dos pagamentos. Os vencedo-
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res de cada uma destas competições vão ser posteriormente convidados a competir pelo prémio monetário num palco global, e ao mesmo tempo contar a história da empresa e de como surgiu a ideia. A competição será atualizada na página oficial da Visa Everywhere Initiative, através do qual startups de todo o mundo podem iniciar o processo de inscrição, aceder a vários recursos, anotar prazos importantes e acompanhar a competição. Paula Antunes da Costa, country manager da Visa para Portugal, afirma que “na Visa, há muito que reconhecemos as fintechs como uma força de
inovação e acreditamos que o setor de pagamentos só tem a beneficiar com estas ideias inovadoras, que nos ajudam a atender às necessidades dos consumidores e clientes. Sabendo que existem inúmeras startups talentosas em Portugal, penso que esta é a oportunidade perfeita para se apresentarem e mostrarem o trabalho brilhante que têm vindo a desenvolver”. Desde o seu lançamento em 2015, startups dos seis continentes, proveniente de mais de 100 países, conseguiram financiamentos que totalizam mais de 2.500 milhões de dólares (2.039 milhões de euros), graças à Visa Everywhere Initiative.
Ciencia y tecnología
ciência e tecnologia
Vodafone reconhecida como líder mundial em IoT pelo sétimo ano consecutivo A
Vodafone foi reconhecida pela sétima vez consecutiva como Líder mundial em Internet of things (IoT) no Gartner Magic Quadrant. O relatório anual da Gartner sobre a gestão de serviços de conectividade IoT analisa 18 empresas de cariz tecnológico a nível mundial e reconhece as que apresentam uma boa execução relativamente à sua visão atual, estando bem posicionadas para o futuro. A Vodafone obteve, uma vez mais, a classificação máxima nas categorias “Abrangência de Visão” e “Capacidade de Execução” em IoT. “Nos últimos 12 meses, milhares de clientes indicaram-nos que a Internet of Things os ajudou a tornarem-se mais resilientes, flexíveis e a manter a continuidade do negócio durante estes tempos conturbados”, afirma Erik Brenneis, diretor de IoT da Vodafone Business. “O impacto da IoT vai ainda mais
longe. A IoT está a ajudar as empresas a inovar e a impulsionar o seu crescimento rentável. Vemos clientes a utilizar a IoT para aceder a dados inexplorados e a impulsionar o pensamento estratégico, a adotar novos modelos de negócio e a melhorar a experiência dos seus clientes. As empresas estão a utilizar a tecnologia IoT para melhorar profundamente a sua eficiência e agilidade, bem como para reduzir o seu impacto ambiental”, acrescenta. A IoT ganha maior relevância à medida que as organizações continuam a digitalizar as suas operações. De acordo com o relatório IoT Spotlight da Vodafone Business, 87% das empresas consideram a IoT fundamental para o seu sucesso futuro. A Vodafone oferece conectividade IoT em 182 países, soluções end-to-end e a gestão de serviços de conectividade. Através de uma plataforma
única desenvolvida para a gestão cartões IoT, a Vodafone gere 118 milhões de conexões IoT em todo o mundo, garantindo a mesma qualidade e experiência de utilização aos seus clientes. Em Portugal, a Vodafone tem tido um papel importante nos sucessivos reconhecimentos obtidos pelo grupo. O Centro de Competências de IoT, instalado no nosso País, conta com uma equipa especializada que trabalha diariamente no desenvolvimento de soluções para o mercado nacional e para todo o universo Vodafone. O Centro tem sido responsável pelo lançamento de várias soluções IoT, que já fazem parte do dia a dia das empresas e das cidades, não só em Portugal como no resto do mundo, como por exemplo Vodafone Machine Data (solução direcionada para a indústria 4.0), Vodafone Digital Screen, entre outras.
Cartrack colabora no transporte das vacinas contra a covid-19 O software de gestão de frotas da Cartrack permite, entre outras funcionalidades, acompanhar o percurso das viaturas de transporte em tempo real, ao mesmo tempo que faz a monitorização permanente da temperatura no compartimento de carga. Está a ser usado pelo SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais no combate à covid-19. O software de gestão de frotas da Cartrack tem sido usado pelo SUCH, entidade responsável pelo processo de logística e transporte de vacinas contra a covid-19 em Portugal. As viaturas do SUCH possuem instalados equipamentos de geolo-
calização da Cartrack, permitindo assim o acompanhamento do percurso e da posição das viaturas em tempo real. De forma a garantir que o transporte das vacinas é realizado à temperatura necessária para a manutenção da sua estabilidade e conservação, foram também instaladas sondas no compartimento de carga das viaturas que monitorizam a temperatura em tempo real. Estas comunicam remotamente as leituras, através de uma integração com o sistema e plataforma Cartrack. A relação da Cartrack com a indústria farmacêutica já não é recente e tem vindo a aperfeiçoar-se
ao longo dos anos, pois os exigentes requisitos de qualidade levam a que empresas ligadas à indústria farmacêutica procurem soluções que garantam a qualidade e o controlo do seu trabalho. Através do sistema Cartrack, os intervenientes têm acesso a todos os detalhes sobre a viagem das vacinas transportadas, nomeadamente, a temperatura dentro dos veículos e a georreferenciação. Para além disso, com o software da Cartrack é possível fazer um controlo geral dos consumos, dos combustíveis e do tempo de condução, rentabilizando recursos, otimizando rotas e garantindo a segurança da frota.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR JUNHO DE 2021
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intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial hispanoportugués en enero-marzo de 2021
S
e acaban de hacer públicas las estadísticas oficiales del comercio exterior español y que recogemos en el portal Datacomex de la Secretaria de Estado de Comercio. Por lo que a las ventas españolas se refiere la evolución es positiva con un ligero aumento del 1,5%, es decir pasó de los 5.085,16 millones de euros alcanzados en 2020 a los actuales 5.151,12 millones. También la demanda española tuvo un ligero incremento habiendo alcanzado en este último trimestre los 3.002,51 millones de euros frente a los 2.916,30 millones, lo cual representa un aumento del 2,9%. El comercio hispano portugués, en este primer trimestre del año, arrojo una cifra total de 8.163,63 millones de euros, un saldo positivo
favorable a España de 2.158,61 millones y una tasa de cobertura de 172%. Por lo que a la distribución geográfica del comercio exterior español se refiere el mercado portugués consolida su cuarta posición entre los principales clientes de España con un peso relativo del 7,14% y la sétima posición entre los proveedores con un peso relativo del 4%. El mercado francés y alemán consolidan de nuevo sus posiciones como principales socios comerciales de España y juntos representan más del 25% del comercio exterior español lo cual representa un volumen de transacciones superior a los 37.093,60 millones de euros. Los cuadros 4 y 5 recogen la distribución sectorial del comercio hispano portugués y en el cuadro relativo a las ventas españolas des-
taca a la cabeza la partida 87-vehículos automóviles, tractores con 415,93 millones de euros, seguido de la partida 84-máquinas y aparatos mecánicos, con 409,69 millones, y en la tercera posición la 85-aparatos y material eléctricos, con 352,74 millones. También en la demanda española se verifica el liderazgo de la partida 87-vehículos automóviles, tractores, con 397,14 millones de euros, la 27-combustibles, aceites minerales, con 318,11 millones, y la 29-materias plásticas; sus manufacturas, con 214,66 millones. Se habrá de destacar el importante peso de la partida 87, que en este primer trimestre del año representó el 10% del total de las transacciones comerciales. La distribución geográfica por CC.AA. mantiene su estructura ha-
Balanza
1. Balanza comercial España - Portugal en 2021 VENTAS ESPAÑOLAS 21
COMPRAS ESPAÑOLAS 21
VENTAS COMPRAS Cober 21 % ESPAÑOLAS 20 ESPAÑOLAS 20
Saldo 20
Cober 20 %
ene
1 581 387,44
897 431,77
683 955,67
176,21
1 778 762,75
1 003 845,34
774 917,41
177,19
feb
1 571 724,32
1 009 320,52
562 403,80
155,72
1 724 629,55
1 005 714,30
718 915,25
171,48
mar
2 008 010,68
1 095 762,87
912 247,81
183,25
1 581 766,04
906 741,35
675 024,69
174,45
abr
1 055 661,19
571 257,22
484 403,97
184,80
may
1 336 168,90
598 908,11
737 260,79
223,10
jun
1 718 689,32
852 608,01
866 081,31
201,58
jul
1 814 995,51
994 977,75
820 017,76
182,42
ago
1 489 093,95
758 815,50
730 278,45
196,24
sep
1 825 809,88
1 005 194,80
820 615,08
181,64
oct
1 906 349,26
1 017 340,08
889 009,18
187,39
nov
1 870 842,64
1 049 345,10
821 497,54
178,29
dic
1 688 171,73
981 264,79
706 906,94
172,04
19 790 940,72
10 746 012,35
9 044 928,37
184,17
Total
5 161 122,44
3 002 515,16
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
56 ACT UALIDAD€
JUNHO DE 2021
Saldo 21
2 158 607,28
171,89
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-marzo 2021
bitual. Cataluña, Madrid y Galicia encabezan la lista de proveedores y clientes del mercado vecino y juntas representan más de la mitad del comercio bilateral. Cataluña ocupa el primer puesto entre las principales proveedoras de Portugal (con ventas por valor de 1.111,34 millones de euros), Madrid (859,63 millones) y Galicia (653,09 millones). En el ranking de la demanda española, surge a la cabeza la Comunidad de Madrid, con compras por valor de 504,90 millones de euros, seguida de Cataluña (494,42 millones) y de Galicia (480,92 millones). La Cámara de España, en un reciente informe, indica que en el sector exterior en su conjunto, las exportacíones tendrán un comportamiento algo menos dinámico de lo calculado, con un crecimiento del 16,2%. Las importaciones, sin embargo, crecerán este año más de lo estimado, hasta el 13,9%. Ambos capítulos tendrán en 2022 mejor comportamiento de lo previsto en marzo, con incrementos del 11,7% y del 10,9%, respectivamente.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-marzo 2021 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
11 494 867,58
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
2
004 Alemania
8 314 063,40
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
318 114,24
3
005 Italia
6 083 952,18
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
214 664,40
4
010 Portugal
5 161 122,43
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
203 531,78
5
006 Reino Unido
4 408 784,62
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
169 639,11
6
400 Estados Unidos
3 335 601,30
6
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
104 524,26
7
003 Países Bajos
2 477 998,59
7
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
101 239,12
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
100 805,54
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
8
017 Bélgica
2 287 566,53
8
9
720 China
2 263 569,73
9
10
204 Marruecos
2 228 850,21
11
060 Polonia
1 778 321,61
12
039 Suiza
1 434 643,77
13
052 Turquía
1 312 378,33
14
412 México
873 532,27
15
030 Suecia
781 645,75
397 142,90
99 164,62
TOTAL
3 002 515,16
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-marzo 2021 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
409 687,77
3
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
352 739,54
577 468,59
4
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
329 116,96
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
249 490,85 246 245,60
16
061 República Checa
711 746,52
17
038 Austria
643 092,94
18
732 Japón
19
008 Dinamarca
20
009 Grecia
571 353,67
5
SUBTOTAL
57 375 850,33
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
72 307 864,40
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
156 159,67
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
8
15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA
146 291,53
9
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
139 100,63
TOTAL
635 290,31
415 933,98
3.Ranking principales países proveedores de España enero-marzo 2021 Orden País 1
5 161 122,44
Importe
004 Alemania
9 304 102,58
2
001 Francia
7 980 565,34
3
720 China
7 804 984,81
4
005 Italia
5 116 287,14
5
003 Países Bajos
3 542 444,76
6
400 Estados Unidos
3 500 470,82
7
010 Portugal
3 002 515,15
8
017 Bélgica
1 995 816,40
9
204 Marruecos
1 898 206,41
10
052 Turquía
1 865 200,50
11
006 Reino Unido
1 632 238,36
12
060 Polonia
1 558 382,30
13
039 Suiza
1 505 453,03
14
288 Nigeria
1 212 975,01
15
061 República Checa
1 181 855,65
16
075 Rusia
1 032 445,92 1 007 372,02
17
412 México
18
959 Países y territorios no determinados.Intraco.
950 638,81
19
664 India
879 005,99
20
208 Argelia
790 366,65
SUBTOTAL
57 761 327,65
TOTAL
TOTAL Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
75 570 679,40
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
6.Evolución del intercambio comercial enero-marzo 2021
7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal enero-marzo 2021 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 20
Cataluña
COMPRAS ESPAÑOLAS 20
1 111 343,24
Madrid, Comunidad de
Madrid, Comunidad de
859 627,02
Cataluña
504 895,02 494 417,55
Galicia
653 095,13
Galicia
480 929,43
Andalucía
523 071,37
Andalucía
348 298,75
Comunitat Valenciana
364 672,43
Comunitat Valenciana
232 301,02
Castilla-La Mancha
360 224,95
Castilla y León
197 929,32
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
JUNHO DE 2021
AC T UA L I DA D € 57
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
DP201102
Empresas españolas ropa formal para hombres
DP210501
Locais de 300 a 450 m2 idealmente com esplanada com prioridade em Lisboa nas zonas de Avenidas Novas, Parque das Naçoes e Chiado
OP210401
Licenciado/a em contabilidade, economia ou finanças, com 5 anos de experiência e fluente em espanhol e inglês
OP210101
Distribuidores de equipos de estética
DP201102
Fabricantes de máquinas zanjadoras
DP201101
Empresas españolas de ferreterías
DP201001
Empresas portuguesas para a venda dos seus serviços/produtos relacionados com a Gestão Documental de fornecedores, empresas contratadas e prestadores de serviços
DP200902
Empresas españolas fabricantes de productos sin gluten (galletas y tortas)
DP200901
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Hotéis em Lisboa para comprar Motoristas perto da fronteira Salamanca-Portugal Empresas portuguesas de automação, robótica, montagem mecânica e montagem elétrica Fabricantes portugueses de equipamentos de proteção individual Empresas portuguesas distribuidoras de frutas Empresas de elevadores hidráulicos para piscinas Importadores/ distribuidores portugueses de cervejas artesanais Empresas portuguesas que produzem tecidos têxteis para hospitais e farmácias
OE210501 DE210501 DE210401 DE201102 DE201101 DE201002 DE201001 DE200701
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
58 ACT UALIDAD€
JUNHO DE 2021
oportunidades de negocio
oportunidades de negócio
JUNHO DE 2021
AC T UA L I DA D € 59
calendário fiscal calendario fiscal >
S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 F 4 5 6 7 8 9 F 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Junho Declaração a enviar/Obrigação
Prazo Imposto Até
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em abril/2021
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de maio/2021
Entidades empregadoras
10
IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a maio/2021
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
14
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em maio/2021
Sujeitos passivos do IVA
- Em tempo real, através do webservice da AT (faturação eletrónica); - Envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente; - Por inserção direta no Portal da AT
15
IVA
Pagamento do IVA apurado Declaração periódica mensal de abril/2021
Contribuintes do regime normal mensal
No âmbito das medidas de flexibilização – Covid 19, o pagamento do IVA poderá ser efetuado em prestações
21
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a maio/2021
Entidades empregadoras
No âmbito das medidas relativas ao covid-19, pode haver suspensão do pagamento de contribuições nas situações de lay-off
21
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em maio/2021
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores
21
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do imposto do selo liquidado em maio/2021
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
30
IRS
Declaração anual de rendimentos mod. 3, do IRS do ano de 2020
Sujeitos passivos do IRS
30
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em abril/2021
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente
30
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado em 2020 noutro Estado membro da EU
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
30
IRC/IVA
Envio da da declaração IES/DA -Informação Empresarial simplificada/ declaração anual
Sujeitos passivos de IRC/IVA
Pode ainda ser enviada até 15 de julho
60 ACT UALIDAD€
JUNHO DE 2021
No âmbito das medidas de apoio relacionadas com a pandemia, são aplicáveis diversas especificidades declarativas tendo em conta os apoios excecionais concedidos
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
BE200147
M
BE200148
F
17/03/1992
BE200149
F
12/04/1995
BE200150
F
BE200151
F
BE200152
F
19/01/1992
BE200153
F
BE200154
Área de Atividade
ESPANHOL/ INGLÊS
ARTE / GRAFISMO E COMUNICAÇÃO
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS/ ITALIANO/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
01/12/1975
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO/ LOGÍSTICA/ PRODUÇÃO/ ÁREA COMERCIAL
M
18/02/1993
ESPANHOL
ADVOCACIA
BE200155
F
23/10/1980
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
SECRETÁRIA DE DIREÇÃO / TESOURARIA
BE200156
M
ESPANHOL/ALEMÃO/INGLÊS/PORTUGUÊS/ITALIANO
COMERCIAL DE MÁQUINAS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL
BE200157
F
BE200158
F
06/03/1979
INGLÊS
ADVOCACIA
INGLÊS/ ESPANHOL/PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS / COMÉRCIO EXTERNO MARKETING
BE200159
F
ESPANHOL/INGLÊS/PORTUGUÊS
BE200160
F
ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
DESIGNER DIGITAL
BE200161
F
ESPANHOL/PORTUGUÊS/INGLÊS
Gestão de StockS / Logística / Transporte
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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novembro de 2014
ac t ua l i da d € 61
Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Audi Q4 e-tron O irmão mais novo da família e-tron
É o primeiro Audi e o primeiro SUV da marca feito com base na plataforma elétrica MEB do grupo VW, estreada no ID.3. Tem os atributos conhecidos do ID.3, em termos estruturais, mas acrescenta a imagem Audi e um interior que se adivinha de melhor qualidade.
O
Fotos DR
Audi Q4 e-tron irá oferecer inúmeras versões, que contraria um pouco, a facilidade de escolha de um automóvel elétrico. As várias combinações, são as versões com diferentes capacidades úteis de bateria, 58 kWh e 77 kWh, com versões de tração traseira e apenas um motor, ou com dois motores e tração integral. Na versão com maior autonomia, o Q4 e-tron deverá ser capaz de percorrer cerca de 500 quilómetros com um pack de 77 kWh úteis, 82 kWh brutos, uma melhoria considerável face aos valores do e-tron topo de gama. A versão mais acessível diz respeito ao Q4 equipado com bateria de 55 kWh (52 kWh úteis), motor traseiro de 170 cavalos (125 kW) e 310 Nm de binário, que anuncia uma autonomia de 341 quilómetros em WLTP, valor que sobe oito quilómetros na 62 ACT UALIDAD€
JUNHO DE 2021
equivalente versão Sportback, por ser mas conta com um acumulador de mais aerodinâmica. Só que enquanto 82kW, o que lhe permite dar um sala versão convencional deste Q4 elé- to em potência para os 204 cavalos trico custa 44.814 euros, a carroçaria e 150 quilómetros e em autonomia, com linhas mais coupé exige um re- ao atingir 520 quilómetros entre reforço de investimento na ordem dos cargas, o alcance máximo reclamado dois mil euros. pelo SUV alemão. Neste caso, os De seguida surge o Q4 e-tron 40, preços começam nos 51.745, ou nos que continua a ser tração traseira, 53.813 euros da variante Sportback.
sector automóvil Setor automóvel
Quando equipado com dois motores e, por isso, a usufruir de tração integral, o Q4 e-tron recorre sempre à bateria de 82 kWh, oferecendo potências de 265 cavalos ou 299 cavalos, para o Q4 45 quattro e Q4 50 quattro, respetivamente. A autonomia baixa para 488 km na versão topo de gama Q4 e-tron 50 quattro ou 497 quilómetros no Sportback, enquanto o preço sobe para 57.343 euros no Q4 e-tron 50 quattro e 59.411 euros no Sportback. O interior revela um tablier de um novo tipo, mais envolvente, com um painel de instrumentos digital, secundado por um ecrã central que a Audi afirma ser o maior da gama. Veja o vídeo para se aperceber de todos os pormenores, com a qualidade de construção a continuar ao bom nível que nos tem habituado. Os bancos podem ser normais ou desportivos, com a pele a poder ser artificial (napa) e o tecido a ser na realidade produzido à custa de têxteis reciclados (45%) e garrafas de plástico. Para transportar bagagens, o Q4 e-tron disponibiliza 520 litros de mala, mas apenas atrás, uma vez que a fren- para 1.490 litros com o rebatimento te curta não tinha espaço para acolher do assento posterior. uma bagageira. Contudo, o novo As pré-reservas para os compradores SUV elétrico não só possui mais 24,8 portugueses já estão abertas, medianlitros em arrumações diversas dentro te um depósito de 1.500 euros. Asdo habitáculo, como a mala cresce sim, poderão ser dos primeiros a con-
figurar e a receber o seu Q4 e-tron, a ser entregue a partir de junho. Quem preferir a versão SUV-Coupé Q4 e-tron Sportback, terá que esperar até setembro, e o preço final será 2.069 euros mais caro. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
JUNHO DE 2021
AC T UA L I DA D € 63
espaço de lazer
espacio de ocio
Agenda cultural Livros
“O Mundo Não Tem de Ser Assim”, a biografia autorizada de António Guterres
O atual secretário-geral da ONU, António Guterres, garante que jamais escreverá as suas memórias porque prefere ocupar-se do futuro. No entanto é possível conhecer a história de vida e o que estrutura o pensamento desta personalidade através da biografia autorizada de António Guterres, “O Mundo Não Tem de Ser Assim”, escrita por Pedro Latoeiro e Filipe Domingues. Recentemente editada pela Casa das Letras, esta biografia baseia-se em mais de 120 entrevistas – a antigos chefes de Estado e de Governo, altos funcionários da ONU e amigos do ex-primeiro-ministro português – e pretende ser o retrato mais completo do percurso político e humanitário do atual secretário-geral das Nações Unidas. A Guterres, os autores fizeram quatro entrevistas: “Foram, na realidade, mais conversas livres do que propriamente entrevistas, durante as quais o biografado respondeu sempre a tudo. Adicionalmente, deu-nos acesso ao seu arquivo fotográfico pessoal e foi também, a nosso pedido, o primeiro leitor deste livro”. O livro parte do “despertar da consciência política” de Guterres ao trabalho enquanto primeiro-ministro do governo português, depois Alto Comissariado para os Refugiados e a eleição para o cargo de secretário-geral da ONU e a relação de António Guterres. 64 act ualidad€
junho de 2021
Exposições
Gulbenkian com exposição dedicada a 40 artistas portuguesas Aurélia de Sousa (autora do autorretrato na foto), Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Fernanda Fragateiro são algumas das artistas representadas na exposição “Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020”. O título foi inspirado por uma das figuras mais notáveis no campo da reimaginação do lugar das mulheres no espaço social, intelectual, sexual e amoroso dos últimos séculos: Lou AndreasSalomé, assim situando o lugar das artistas selecionadas no espírito de subtileza, de afirmação e de poder. Com curadoria de Helena de Freitas e de Bruno Marchand, a mostra reúne cerca de duas centenas de obras de pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo, produzidas por 40 mulheres artistas portuguesas, desde o início do século XX até aos nossos dias: “o conjunto de obras, aqui reunido, constitui um documento em si mesmo da luta das suas autoras pelo pleno direito à sua voz”. Em comunicado, a Gulbenkian assinala que “o icónico autorretrato de Aurélia de Sousa, pintado em 1900, é o ponto de partida para uma reflexão sobre um contexto de criação que durante muitos séculos foi quase exclusivamente masculino”. Isabel Mota, presidente da Fundação, declara que, “além de contribuir para reparar algumas injustiças no contexto historiográfico nacional, esta exposição procura compreender o papel de destaque que as artistas portuguesas assumem na segunda metade do século XX, nomeadamente no plano internacional, muitas delas com uma longa ligação à Fundação, enquanto bolseiras em Portugal e em cidades como Paris, Londres ou Munique.” A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, destaca a importância de “aumentar a visibilidade das mulheres no setor cultural e criativo, uma das prioridades políticas da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, promovendo a representação igualitária das obras das mulheres em exposições, museus, galerias, teatros, festivais e concertos. Esta é a única forma de sair dos papéis rígidos e confinados do género”. A mostra resulta de uma iniciativa do Ministério da Cultura com produção executiva e projeto curatorial da Fundação Gulbenkian, incluída no Programa Cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Inicialmente programada para inaugurar a 25 de fevereiro em Bruxelas, no Palácio de Belas-Artes (Bozar), foi deslocada para Lisboa depois de um incêndio no início do ano ter inviabilizado a sua apresentação nesse espaço. Em 2022, a exposição será apresentada no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, em Tours, integrada no programa geral da Temporada Cruzada Portugal-França. De 2 a 23 de agosto, no Museu da Fundação Gulbenkian
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A escultura de Alberto Giacometti e a fotografia de Peter Lindebergh no Museu e Igreja da Misericórdia, no Porto “Capturar o Invisível” é a expressão que dá nome e fundamenta a mostra que junta no Museu e Igreja da Misericórdia do Porto (MMIPO) “as fotografias inéditas das obras de Alberto Giacometti, realizadas por Peter Lindbergh a uma seleção dos trabalhos de Giacometti, entre bronzes e desenhos, selecionados por Lindbergh que serão apresentados ao lado das fotografias”. Como sugere a sinopse da exposição, “esse confronto dar-nos-á a oportunidade de mostrar o diálogo muito íntimo que ocorreu entre o fotógrafo e as obras do escultor, ao mesmo tempo que revela inúmeras semelhanças nas suas formas de apreender a representação da realidade”. Fascinado desde jovem pelo trabalho e pela personalidade de Alberto Giacometti, Peter Lindbergh foi convidado, em 2017, a fotografar na Fundação Giacometti em Paris: “Se me perguntassem quais foram os cinco dias mais bonitos da minha vida, aquele com as esculturas de Giacometti seria certamente um dos primeiros três”. O resultado deu origem à exposição conjunta atualmente patente no MMIPO. Esta iniciativa “é também um tributo ao lendário fotógrafo de moda que morreu prematuramente em setembro de 2019 e que esteve totalmente envolvido no processo de trazer a exposição para o Porto”. António Tavares, Provedor da Misericórdia do Porto, detentora do MMIPO, realça: “esta exposição é a concretização de uma das últimas projeções de Peter Lindbergh, onde, aquando da sua visita ao Porto, procurou conhecer mais sobre a cidade, sobre nós, enfim, sobre o espaço e as gentes que iriam acolher
esta exposição. Agora, num entorno tão peculiar, cabe-nos a nós cumprir este momento artístico, certos que a cidade e as nossas pessoas o irão saber celebrar e concretizar.” A mostra, com mais de 110 obras, detém-se nos detalhes, que seduziram a lente de Lindebergh: “Com forte ênfase em close-ups e impressões grandes, Lindbergh descobre, através da fotografia, aspetos das esculturas de Giacometti impossíveis de perceber a olho nu. Associando obras de diferentes períodos nas suas composições, o fotógrafo estabelece um diálogo através de períodos e estilos. Nesta exposição, o nosso olhar cruza-se entre as fotografias de um artista e as esculturas e desenhos de outro, dando-nos a oportunidade de descobrir a obra de Giacometti sob outro ângulo. Sob a lente da câmara de Lindbergh, as esculturas parecem tornar-se vivas, revelando os seus detalhes e texturas.” Até 24 de setembro, no Museu da Misericórdia do Porto Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Obras de Francis Bacon, na WOW Depois do sucesso da exposição em Serralves, em 2003, Francis Bacon está de regresso ao Norte do país, desta vez através de uma exposição em Gaia, que inaugurou a Galeria WOW, no centro do quarteirão do projeto World Of Wine, situado na zona histórica de Vila Nova de Gaia. A mostra exibe “as obras gráficas emblemáticas de Francis Bacon”, que “revelam a expressividade pictórica com que ele redefiniu a arte figurativa do séc. XX, mas também mostram as tragédias pessoais dos seus últimos 40 anos de vida”. Francis Bacon nasceu em Dublin, em 1909, e morreu em Madrid, em 1992 Madrid), sendo considerado “um dos pintores mais preponderantes e perturbadores do século XX”. Reconhecido no período após a II Guerra Mundial, o pintor “ateu viu a imagética cristã ser o seu maior aliado e arma num percurso artístico em que este tema consegue ser traçado do seu primeiro ao último quadro”, como sublinha a nota infor-
mativa sobre a exposição. O artista “destacou-se por transformar compulsões inconscientes em formas figurativas e grotescas, revelando-se obcecado pelo horror da existência e vulnerabilidade do ser humano”. Bacon “pintava os seus amigos, um dos quais Lucian Freud”. Contudo, “preferia sempre pintar a partir das fotografias”, já que “a ausência do modelo permitia-lhe moldar e deformar com maior virtuosidade”. Até 30 de junho, na Galeria WOW, no Porto junho
de 2021
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Statements Para pensar
“Numa fase em que as empresas do setor do turismo concentram os seus esforços na atração de consumidores e na manutenção dos seus negócios, é essencial que existam linhas de apoio ao investimento para impulsionar a recuperação da atividade turística. Neste momento, o principal instrumento financeiro de apoio ao investimento destinado às empresas turísticas é a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, promovida pelo Turismo de Portugal, em parceria com o sistema bancário. No entanto, esta Linha é direcionada exclusivamente para investimentos nas áreas da sustentabilidade e da acessibilidade, sendo que, para poderem apresentar uma candidatura, todos os projetos devem obter uma pontuação global mínima nestas duas áreas” Nota da AHRESP, 14/5/21
“Consideramos que os critérios de acesso à Linha de Apoio à Qualificação da Oferta devem ser flexibilizados, de forma a que este apoio financeiro possa chegar ao maior número de empresas possível e funcionar como um mecanismo de incentivo à retoma da atividade, potenciando assim mais investimento” Idem, ibidem
“La dinámica en curso apunta a que la senda de recuperación de la economía española se retrasará al menos hasta la llegada del verano, por lo que el consenso de analistas ha rebajado la previsión de crecimiento de la economía española en 2021 a alrededor del 5,5%, muy lejos de las previsiones del Gobierno incluidas en los Presupuestos Generales del Estado para 2021, que apuntan a un crecimiento del PIB del 9,8% para este año (o del 7,2% si no se incluye el impulso adicional de los fondos europeos). Las previsiones de los principales organismos internacionales también están más en línea con un escenario de crecimiento del PIB en 2021 por debajo del umbral del 6%, como el FMI (5,9%) o la Comisión Europea (5,6%)” 66 ACT UALIDAD€
Relatório do BFF, intitulado “Macro perspectivas para España y las finanzas de sus gobiernos JUNHO DE 2021
regionales”, 6/5/21