Actualidade Economia Ibérica - nº 288

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“O Mundo Não Tem de Ser Assim”, a biografia autorizada de António Guterres

O atual secretário-geral da ONU, António Guterres, garante que jamais escreverá as suas memórias porque prefere ocupar-se do futuro. No entanto é possível conhecer a história de vida e o que estrutura o pensamento desta personalidade através da biografia autorizada de António Guterres, “O Mundo Não Tem de Ser Assim”, escrita por Pedro Latoeiro e Filipe Domingues. Recentemente editada pela Casa das Letras, esta biografia baseia-se em mais de 120 entrevistas – a antigos chefes de Estado e de Governo, altos funcionários da ONU e amigos do ex-primeiro-ministro português – e pretende ser o retrato mais completo do percurso político e humanitário do atual secretário-geral das Nações Unidas. A Guterres, os autores fizeram quatro entrevistas: “Foram, na realidade, mais conversas livres do que propriamente entrevistas, durante as quais o biografado respondeu sempre a tudo. Adicionalmente, deu-nos acesso ao seu arquivo fotográfico pessoal e foi também, a nosso pedido, o primeiro leitor deste livro”. O livro parte do “despertar da consciência política” de Guterres ao trabalho enquanto primeiro-ministro do governo português, depois Alto Comissariado para os Refugiados e a eleição para o cargo de secretário-geral da ONU e a relação de António Guterres. 64 act ualidad€

junho de 2021

Exposições

Gulbenkian com exposição dedicada a 40 artistas portuguesas Aurélia de Sousa (autora do autorretrato na foto), Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Fernanda Fragateiro são algumas das artistas representadas na exposição “Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020”. O título foi inspirado por uma das figuras mais notáveis no campo da reimaginação do lugar das mulheres no espaço social, intelectual, sexual e amoroso dos últimos séculos: Lou AndreasSalomé, assim situando o lugar das artistas selecionadas no espírito de subtileza, de afirmação e de poder. Com curadoria de Helena de Freitas e de Bruno Marchand, a mostra reúne cerca de duas centenas de obras de pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo, produzidas por 40 mulheres artistas portuguesas, desde o início do século XX até aos nossos dias: “o conjunto de obras, aqui reunido, constitui um documento em si mesmo da luta das suas autoras pelo pleno direito à sua voz”. Em comunicado, a Gulbenkian assinala que “o icónico autorretrato de Aurélia de Sousa, pintado em 1900, é o ponto de partida para uma reflexão sobre um contexto de criação que durante muitos séculos foi quase exclusivamente masculino”. Isabel Mota, presidente da Fundação, declara que, “além de contribuir para reparar algumas injustiças no contexto historiográfico nacional, esta exposição procura compreender o papel de destaque que as artistas portuguesas assumem na segunda metade do século XX, nomeadamente no plano internacional, muitas delas com uma longa ligação à Fundação, enquanto bolseiras em Portugal e em cidades como Paris, Londres ou Munique.” A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, destaca a importância de “aumentar a visibilidade das mulheres no setor cultural e criativo, uma das prioridades políticas da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, promovendo a representação igualitária das obras das mulheres em exposições, museus, galerias, teatros, festivais e concertos. Esta é a única forma de sair dos papéis rígidos e confinados do género”. A mostra resulta de uma iniciativa do Ministério da Cultura com produção executiva e projeto curatorial da Fundação Gulbenkian, incluída no Programa Cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Inicialmente programada para inaugurar a 25 de fevereiro em Bruxelas, no Palácio de Belas-Artes (Bozar), foi deslocada para Lisboa depois de um incêndio no início do ano ter inviabilizado a sua apresentação nesse espaço. Em 2022, a exposição será apresentada no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, em Tours, integrada no programa geral da Temporada Cruzada Portugal-França. De 2 a 23 de agosto, no Museu da Fundação Gulbenkian


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