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O QUE PODEMOS APRENDER COM AS MARCAS NATIVAS DIGITAIS?
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tecnologia conquistou um espaço importante no mercado de varejo nos últimos anos, e muitas empresas acostumadas a atuar offline precisaram se digitalizar. Porém, as que já nascem digitais largam na frente nessa corrida pelo espaço online. Conhecidas pela sigla DNVB (Digitally Native Vertical Brand), as Marcas Verticais Nativas Digitais são aquelas que nasceram no mundo digitalizado e com foco na venda online. Muitas delas perceberam a importância do varejo físico na construção do branding, desdobrando-se em espaços físicos posteriormente. Como essas empresas já nascem com um mindset digital, atentas às transformações de mercado e consumo, costumam estar na vanguarda quando se trata de entregar valor e convencer o cliente a mudar hábitos de compras. É o caso de algumas empresas brasileiras, como a Liv Up, a Pantys e a Amaro. Mas o que essas marcas têm de diferente e o que podem nos ensinar?
TIAGO MELLO
1 - Sustentabilidade e responsabilidade social Um ativo comum entre as marcas nativas digitais é que muitas olham para sustentabilidade e responsabilidade social, o ESG (environmental, social and corporate governance). Os consumidores estão cada vez mais informados e exigentes, o que influencia as decisões de compra. Hoje, as pessoas compram de uma marca por se identificarem com o propósito e causas defendidas, e não apenas pelo produto em si. Segundo a McKinsey, 48% dos consumidores já compram priorizando seus valores pessoais. Algumas marcas que se destacam quando o tema é ESG são TOMS e Warby Parker: a cada compra de um item (sapato na TOMS e óculos na Warby Parker), as marcas doam um produto para uma instituição de caridade. 2 - De PDP para PXP As marcas nativas digitais estão fazendo uma transição de PDP (página de produto) para PXP (página de experiência do pro-
Diretor de Marketing e Produtos da Linx Digital
16 | E-COMMERCE BRASIL | 2022