ENSAIO
CORAÇÃO de PAPEL
Ricardo Pereira não se lembra da última vez que escolheu o próprio visual. Há 15 anos no Brasil, o lisboeta que adotou o Rio vive na pele a constante transformação de seus personagens. Por eles, deixou de lado o sotaque lusitano e agora ensaia novos rumos para a carreira por dado abreu fotos maurício nahas styling cuca ellias (odmgt)
B
astou lampejar o primeiro flash no ensaio de PODER para perceber qual foi a porta de entrada do ator Ricardo Pereira no meio artístico. Fica evidente. As participações em 23 novelas, quase 30 filmes e dezenas de peças de teatro só aconteceram depois de outra bem-sucedida e talentosa carreira. “Nunca sonhei em ser ator. Eu comecei a trabalhar bem garoto como modelo, aos 14 anos. Morei em Milão, Paris, Madri, Barcelona, Munique, Nova York. Foi um grande barato poder viajar, experimentar, conhecer outras culturas e fazer amigos no mundo todo”, lembra o português. “Mas em um dado momento achei que para melhorar na publicidade e na moda eu precisava de mais acting e decidi estudar teatro.” Desde então as cortinas se abriram e o gajo não parou mais de atuar. No Brasil já são 15 anos, três filhos cariocas (Vicente, Francisca e Julieta) e uma respeitável trajetória na TV Globo, onde está em cena como Virgílio em Deus Salve o Rei – o vilão é um dos principais destaques do folhetim ao lado das personagens de Bruna Marquezine e Marina Ruy Barbosa. Pereira conta que para construir o papel do comerciante de tecidos que ascende à nobreza mergulhou fundo nas séries medievais como Vikings, Spartacus e Game of Thrones, o que também contribuiu para o seu visual.
Colete e gravata Hugo Boss, camisa Ricardo Almeida, óculos acervo pessoal