COZINHA DE PODER POR FERNANDA GRILO
NA BOCA, O POLVO
Esse molusco de água fria com inteligência acima da média é um alimento saudabilíssimo, que, mesmo precisando de atenção no preparo, caiu nas graças dos brasileiros. Pode-se dizer que o polvo, com seus tentáculos, abraça o paladar
66 PODER JOYCE PASCOWITCH
FOTO ISTOCKPHOTO.COM
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pesar de preferir águas geladas, o polvo pode ser encontrado em todos os mares. Ele tem o corpo caracterizado pelos oito tentáculos ligados diretamente à cabeça e já foi chamado pelos cientistas de “gênio dos oceanos” tamanha inteligência da espécie. Na gastronomia é o ingrediente da vez. Invadiu o menu dos melhores restaurantes e caiu no gosto dos consumidores brasileiros. Mas, salvo o glamour, a preparação ainda é um obstáculo a ser superado por quem adora se arriscar na cozinha. Um minutinho a mais no cozimento e, pronto, está borrachudo. Para ajudar, PODER bateu um papo com a chef Mariana Fonseca, dos restaurantes gregos Myk e Kouzina, em São Paulo, que dá a dica: “Para preparar o polvo em casa indico a panela de pressão, 17/18 minutos de cozimento costumam não falhar”, ensina. Na hora de comprar, vale ficar de olho na coloração e no cheiro. “O polvo precisa estar o mais branco possível com nuances roxas, mas no Brasil é difícil conseguir um produto tão fresco. Então, se estiver com a tonalidade amarelada você tirou a sorte grande. O cheiro também é importante, produto do mar de qualidade não cheira mal”, completa a chef. De nome científico Octopoda, são mais de 700 espécies que podem ser consumidas quase sem medo. O polvo é rico em proteínas, ômega 3, ferro, vitaminas como a B 12 e cálcio, além de ter poucas calorias. Só não é recomendado para quem tem colesterol alto. Então, prontos para mergulhar nessa delícia? n