Infopharma nº3

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> SAÚDE

A saúde vem primeiro! A ATUAL PANDEMIA PODE E DEVE SER UMA OPORTUNIDADE PARA REFORMAR O SNS. É NECESSÁRIO INVESTIR MAIS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA PREVENÇÃO DA DOENÇA E UMA POLÍTICA INTEGRADA E TRANSVERSAL A VÁRIAS ÁREAS, NOMEADAMENTE NA EDUCAÇÃO E AÇÃO SOCIAL. Autor: Andrea Lima, Membro Executivo do Fórum Saúde XXI

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aumento da esperança média de vida à nascença – 81,5 anos em 2017 – é um indicador de saúde positivo. Porém, se considerarmos a expetativa do número de anos com saúde aos 65 anos, verificamos que em Portugal este número é de apenas 6,7 anos, o que compara mal com a média da OCDE26 que é de 9,6 anos e com os 15,9 anos da Noruega. Isto significa que em Portugal temos um problema relativamente ao envelhecimento em saúde da população, cujos últimos 12,9 anos de vida são vividos com limitações de atividade, principalmente física. Se a este facto associarmos o elevado índice de envelhecimento da população, podemos com alguma certeza antecipar as seguintes ameaças para a saúde dos portugueses e para a sustentabilidade do SNS: umento das comorbilidades e da A polipatologia; Aumento das doenças mentais com especial relevância para a demência; Aumento da procura de cuidados continuados; umento da despesa corrente do A Estado em saúde;

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Aumento da despesa das famílias em saúde. Procurando responder aos riscos perspetivados e tendo por fim a melhoria da saúde dos portugueses e a sustentabilidade social e financeira do SNS, o Fórum Saúde para o Século XXI publicou em 2020 um position paper em que defende e propõe as seguintes medidas: 1. Transformar o atual sistema centrado na produção de serviços de saúde, num sistema baseado em resultados para o doente e para a comunidade. 2. A umentar o investimento na educação e prevenção em saúde sem que isso signifique desinvestimento na prestação de cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados. 3. A dotar um Registo Clínico Nacional único e universal que inclua o setor público, privado e social. 4. A proveitar e rentabilizar os recursos existentes no setor público, privado e social, promovendo a subsidiariedade e equidade na

prestação de serviços, diminuindo o desperdício do sistema nacional de saúde e melhorando a satisfação dos cidadãos. 5. A umentar o nível de vigilância sanitária junto dos grupos de maior risco, nomeadamente em lares e centros de dia. Nos últimos seis anos temos vindo a defender a necessidade de Portugal integrar o tema saúde na governação e nas políticas nacionais e locais em áreas como a educação, segurança, trabalho e segurança social, transportes, habitação, urbanismo e infraestruturas. Infelizmente, foi necessária uma pandemia para o país perceber que a economia depende mais da saúde do que a saúde da economia. Nos últimos anos assistimos ao resgate sucessivo de vários bancos

“Em Portugal temos um problema relativamente ao envelhecimento em saúde da população, cujos últimos 12,9 anos de vida são vividos com limitações de atividade, principalmente física” AFP-ASSOCIAÇÃO DE FARMÁCIAS DE PORTUGAL


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