ENS - Carta Mensal 549 - Outubro/Novembro 2022

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Ano LXIIoutubro/novembro 2022549 Encontro do Colegio Nacional 2022 Encontro Mundial das Famílias páginas 13 e 14 Discernimento para CRE página 18 CARTA EQUIPES DE NOSSA SENHORA MENSAL

Índice

SUPER-REGIÃO

unidos

dar bons frutos

e hospitalidade

do ano: Capítulo

Senhora Aparecida, a Padroeira

do ano: Capítulo

de Cristo Rei do Universo

breve bibliografia

e sobre

alegria de servir a Deus no Movimento

MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

Encontro Mundial das Famílias

IGREJA CATÓLICA

Natureza, cultura e educação

a ecologia

eclesial (5): O caminho

DATAS RELIGIOSAS

As indulgências e a superação do pecado

DATAS DO MOVIMENTO

Discernimento para Casal Responsável de Equipe

Reunião de Balanço

2024! Vamos lá

EXPERIÊNCIAS INOVADORAS

Peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida

RAÍZES DO MOVIMENTO

das equipes

VOCÊ NA CARTA

ressuscitou realmente

TESTEMUNHO

Viver com fé e esperança

na construção do amor

de Vida, um sim ao amor

ou orar?

REFLEXÃO

criança

PARTILHA E PCE

Regra de Vida, o PCE da ascese cristã

Oração Conjugal

Conjugal

FORMAÇÃO

Laudato Si: Agindo sobre a nova criação de Deus

N O

Í

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 144, Perdizes - 05005-000São Paulo SP - Fone: 11 98201-8282 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy BarcellosRevisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski - Imagens: (CanStockPhoto). Tiragem desta edição: 25.422 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, antes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal

ENS_CM 549_out/nov_miolo-capa_NB ACESSE CARTA MENSAL SONORA: no 549 edição outubro/novembro 2022
T
C I A S Está sendo publicado somente na CM DIGITAL acesse pelo site ens.org.br CM 549 EDITORIAL 1
Permanecer
para
........................................................... 2 Acolhimento
presencial 3 Tema
VIII 4 Nossa
do Brasil 5 Tema
IX 6 Solenidade
............................................................... 7 Uma
de
Pe. Henri Caffarel........................................... 8 A
12 ENCONTRO
X
– Roma 2022 13
para
15 Sinodalidade
sinodal de Jesus .......................................16
17
18 A
19 Torino
................................................................................. 20
21
Vida
22
“Ele
como disse Aleluia! A vida venceu a morte!” 23
............................................................................. 24 Caminhando
25 Regra
26 Rezar
27
Ser
28
............................................................ 29 A
30 Oração
31
32

Iniciemos com as colocações de D. Moacir: A vida da Igreja é vida em co munhão, na comunhão e para a co munhão. Jesus nos disse que aqueles que permanecerem unidos a Ele darão bons frutos, e os que não permanecem unidos a Ele não os produzirá. Cami nhando para o final de mais um ano, desejamos que os laços de pertença à igreja e ao Movimento estejam muito fortalecidos para que nossa caminhada continue frutuosa e sem retrocessos. Os dois últimos capítulos do tema des te ano falam sobre: educação para novo estilo de vida e para o reconhecimen to da beleza infinita de Deus. Será que nossos estudos nos conduziram a uma nova mentalidade com a compreen são de que a nossa existência depende de total harmonia entre seres vivos e os bens naturais? Neste contexto, Nílian e Cleber, CRP da Leste I, concluem que toda a natureza exprime a beleza infi nita de Deus e seu amor por nós. Nesta edição,Afra e Beto nos deram um valioso presente! Fizeram uma com pilação das principais obras de Pe. Ca ffarel, bem como de outras que trazem sua mensagem e trajetória. Excelente oportunidade para conhecê-las e pos teriormente aprofundarem os conhe cimentos sobre ele, tornando-o mais conhecido e amado, em vista de todo o bem que fez e faz aos casais. Este ano, com muita alegria, retor namos com o Colégio Nacional em Itaici/SP, presencial, conforme rela tam Lu e Nelson. A alegria de poder acolher e abraçar os 232 participan tes, foi indescritível. Assim, esse en contro aconteceu de forma integral, nos fazendo voltar às nossas raízes e o tornando memorável.

Alguém participou do X Encontro Mun dial das Famílias em Roma? Então, a partir desta Carta Mensal traremos ar tigos de Rubens e Tatiana (CR pela Co municação Externa da SRB), relatando um pouco das experiências e riquezas vivenciadas, diante da perfeita sintonia entre o que foi dito lá e as propostas do nosso Movimento.

Vamos entender através das palavras de Pe. Tiago José, da Província Sul I, que pecado e culpabilidade são “coisas” di ferentes e que a remissão dos pecados diante de Deus aplicada pelo sacramento da confissão e pela graça das indulgên cias nos levam a um profundo encontro com o “bem interior” e nos permitem saborear o amor pleno de Deus em nós. E se o discernimento, que ocorrerá em outubro, os chamarem para o serviço de CRE? Qual será a resposta? Desejamos que o E. Santo os iluminem a agir como N. Senhora e a resposta seja: Eis aqui os servos do Senhor! Outra reflexão im portante é sobre a Reunião de Balanço, onde somos convidados a abrir as por tas para viver um novo tempo, a par tir das reflexões e vivências deste ano.

Desejamos que se sintam muito atraí dos à leitura desta Carta, que é produ zida com muito carinho e cuja finali dade é permitir nossos avanços a partir do que cada irmão traz. Experimentem a leitura dos teste munhos, vivência dos PCEs e demais artigos formativos. Nosso abraço, boa leitura.

EDITORIAL
Débora e Marquinho CR Carta Mensal CM 549 1

Permanecer unidos para dar bons frutos

Vamos finalizando mais um ano litúrgico celebrando diversas realida des especiais para a Igreja: mês mis sionário e do Rosário, Padroeira do Brasil, Cristo Rei, Todos os Santos, Comemoração dos Fiéis Defuntos, Dia dos Leigos. Essas celebrações são significativas e apontam para uma única verdade: a vida da Igreja é vida em comunhão, na comunhão e para a comunhão. A nossa vida de fiéis ca tólicos e de participação na missão da Igreja só é verdadeira e frutuosa quando estamos em comunhão na Igreja e com a Igreja da qual somos membros vivos postos no mundo para ser fermento, sal e luz. Essa realidade deve ser percebida também em relação ao nosso Movi mento, em cada uma de nossas equi pes de base e de serviço, feito filhos e filhas de Deus em Cristo, na Igreja, pelo batismo; conformados à vida de Cristo, pela Igreja, na Eucaristia; en volvidos na missão de Cristo, com a Igreja, pela Crisma; e aderindo ao ca minho de santidade pelas ENS, atra vés do sacramento da Igreja - o ma trimônio – com o aconselhamento e acompanhamento espiritual dos mi nistros ordenados e dos consagrados da Igreja. Somente podemos produ zir os frutos vivendo essa comunhão com a Igreja e com nosso Movimento. Jesus nos disse que aqueles que per manecerem unidos a Ele darão bons frutos, e os que não permanecem unidos a Ele não os produzirá. En tão, são dois elementos interligados:

permanecer para produzir frutos, po rém não é uma permanência qual quer; é um permanecer marcado pela união e vínculo profundo com Cristo através de sua Igreja. Isso por que Cristo com ela se identificou. Ao perseguir a Igreja Paulo escutou: “Saul, Saul por que me persegues?” (At. 9,4); aos discípulos disse Je sus: “Quem vos recebe a mim rece be, quem vos rejeita a mim rejeita!” (At. 10,40).

É certo que numa videira existem ra mos verdes vinculados e unidos a ela produzindo os frutos, mas existem também ramos secos que nela per manecem, todavia não estão mais unidos ou vinculados recebendo a sei va. Este é um risco que deve deixar -nos atentos. Como equipistas, pre cisamos estar vigilantes e atentos à qualidade de nossa pertença, à união na equipe de base e no Movimento. Precisamos ser equipistas de caule e de raiz, católicos onde corre a seiva viva do Espírito, nos permitindo pro duzir os frutos na vida pessoal, con jugal, eclesial e social. Não sejamos como folhas que caem nas mudanças de estação e nem como ramos que secam e param de produzir frutos.

Vivemos, cremos, oramos e celebra mos como Igreja e com a Igreja. Va mos juntos e uni dos a Cristo!

SUPER-REGIÃO
D.
Moacir Arantes SCE Super-Região 2 CM 549

Acolhimento e hospitalidade presencial

Olá, queridos amigos!

Partilhamos aqui com vocês com muita alegria o fato de termos realizado pre sencialmente nosso Encontro do Colé gio da SRB nos dias 26,27 e 28 de agos to, após 2 anos de seu acontecimento pelos meios de comunicação on-line. Foi uma satisfação imensa e de toda a equi pe da SR, em acolher e abraçar os 232 participantes entre casais e Sacerdotes!

Aconteceram momentos de formação, de oração, de partilha e de convivência neste período, mas sobretudo de aco lhida e amizade, em resumo um EN CONTRO INTEGRAL. Somos um Mo vimento que possui em sua mística a vivência do acolhimento e da hospitali dade, e só conseguimos viver fielmente estes valores nos encontrando presen cialmente e compartilhando.

Enfrentamos tempos muito difíceis nos últimos dois anos para não permitir que o Movimento sucumbisse e nosso ânimo equipista se abatesse. Foram necessárias medidas urgentes para atravessar aquele tempo de medo e adversidade causados pela pandemia em seu pior momento. Era fundamental mantermos,de algum modo, a vida em equipe e o Movimento ativos e atuantes,afinal “quem quer,encontra um jeito, quem não quer procura desculpas”, e assim tivemos de achar o jeito!

Hoje, com a graça de Deus, as “muletas” já não são mais necessárias. Podemos nos livrar delas pois já é possível cami nhar de forma inteira, e nesta nova fase elas apenas atrapalham a caminhada e a velocidade que precisamos seguir. Ago ra é tempo de retomarmos as atividades com mais força e entusiasmo dentro daquilo que é a mística e o nosso caris ma, sem os impedimentos da pandemia.

O Guia das ENS (ed. 2018) nos recor da que: “Os membros das Equipes de Nossa Senhora vivem no mundo de

hoje. Eles fazem plenamente parte dele e querem ser o ‘fermento na massa’. É por isso que precisam discernir conti nuamente os sinais dos tempos para identificar as novas realidades e as ne cessidades dos casais de hoje. Eles de vem também procurar os fatores de es perança em um mundo que parece cada vez mais hostil à fé cristã e onde os va lores fundamentais do casamento e da família estão ameaçados. Os sinais dos tempos em um mundo multiétnico são, às vezes, uma fonte de dificuldades para alcançar consensos no meio de nosso Movimento. Somos também levados a procurar uma mudança de paradigma de evangelização”.

Assim, não devemos estar alheios aos acontecimentos atuais, mas, sobretu do, enfrentar os desafios que são apre sentados com firme apoio dos meios que o Movimento oferece para sermos fermento na massa, fazendo a diferen ça, como nos ensinou o tema de estu do deste ano.

Queridos amigos, abandonemos as “muletas” e vamos em frente com maior ardor e um caminhar resoluto, corajoso e firme, no itinerário proposto pelo nosso querido

Movimento

Fraterno abraço.

SUPER-REGIÃO
Lu e Nelson
CRSB CM 549 3

Na caminhada do tema de estudo des se ano somos chamados, como discí pulos missionários, a refletir o que Deus espera de nós e convocados a sermos o fermento transformador no mundo, na sociedade, pelos dons recebidos de Deus. Em toda e qualquer esfera da nossa vida a educação será sempre a forma de trans formação, força motriz na edificação do ser humano e trazendo para o nosso tema, não seria diferente com a nossa Casa Comum, lugar onde todos somos convidados a zelar e cuidar, pensando não somente no presente, mas também o que deixaremos para as próximas gera ções, evitando uma educação voltada ao consumismo individualista e indiferente, mas buscando um consumo harmonio so tendo em conta toda a Criação, seres humanos e a natureza, sem o espírito de posse, desenvolvendo a capacidade de cuidar de algo para o outro.

Encontramos na encíclica Laudato Si 213 o reforço da importância da família como sede da cultura da vida. Grande é o desafio à nossa frente de manter ou retomar valores do Evan gelho e trazer para o convívio familiar a relação com Deus, convidar para que ELE caminhe conosco no seio familiar.

Pudéssemos sempre ter a atitude de agra decer a Deus às refeições dando graças por aqueles que com o trabalho fornecem es tes bens e reforça a solidariedade com os mais necessitados (Laudato Si 227).

Outras atitudes como dizer “por favor e “obrigada”, “olhar” para quem con versa conosco para uma verdadeira

Tema do ano: Capítulo VIII Educação para um novo estilo de vida!

comunicação, aprender o nome das pessoas para bem acolher. O Senhor nos chama pelo nome (Isaías 43,1).

Para isso devemos colocar de forma es piritual, em uma dimensão de fé, a nos sa proposta de mudança, nosso estilo de vida para estar em comunhão com tudo o que nos rodeia, ter uma mística que nos anima e em um diálogo com Deus, e através da oração assumir esse compromisso, com o firme propósito de mudar nossos comportamentos e há bitos, compreendendo que somos cor responsáveis com a beleza da Criação que a todos nós foi confiada, não sendo inquilinos, mas como herdeiros e cons trutores, reconhecendo a obra de Deus. Essa mudança levará a uma responsa bilidade pessoal, em casal, em família como guardiões da obra de Deus.

Na Laudato Si 22. “Com efeito, a acu mulação constante de possibilidades para consumir distrai o coração e impe de de dar o devido apreço a cada coisa e a cada momento”.

Queridos irmãos em Cristo que a exem plo de São Francisco vivamos com sim plicidade e em harmonia com Deus, com os outros,com a na tureza e assim pos samos contemplar a beleza infinita do nosso Deus!

SUPER-REGIÃO
Rose
e
Rubens
CRP Sul I 4 CM 549

Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil

Queridos equipistas, é com alegria que escrevo essa pequena medita ção, sobre Nossa Senhora Conceição Aparecida.

Sua história de 1717, quando al guns pescadores desceram o rio Paraíba para pescar e, desanimados por não haverem obtido êxito na pescaria, decidiram lançar as redes pela última vez. Perto da margem, recolheram a cabeça de uma escu ra imagem e, intrigados com o ob jeto resgatado, decidiram jogar as redes novamente, ato que lhe trou xe o corpo da imagem da Virgem da Conceição. Diante de tal milagre os pescadores, por fim, naquele mes mo dia, obtiveram pesca abundante. Depois desta pesca prodigiosa, inú meros foram os milagres que ocor reram graças à intenção da Senhora Aparecida, impulsionando que aglo merados de pessoas se achegassem para venerá-la.

De todos os acontecimentos que envolveram a imagem da Virgem da Conceição, aparecida das águas, me rece destaque a declaração do Papa Pio XI em 1930, que proclamou Nos sa Senhora Aparecida como Padroei ra do Brasil.

Hoje, olhamos para Maria sob a in vocação de Aparecida, tão cara com o coração do nosso povo.

Virgem negra, surgida das águas na rede de humildes pescadores como que a delinear a sua missão entre nós. Estar no meio do povo, das pessoas

simples, dos marginalizados sem voz e sem vez. Seu canto, o Magnificat é o espelho de sua alma simples, con vencida de que o Senhor olhou para a sua humildade.

Cada um de nós deve olhar Maria como modelo de liberdade interior, livre do mal, do pecado, do egoísmo, ela é libertadora, Nossa Senhora da libertação.

Como já vimos na história que a ima gem de Nossa Senhora foi encon trada em duas partes: a cabeça e o corpo. Estão separadas no encontro, mas quando unidas se completam e tornam a imagem perfeita. Nessa imagem, podemos entender a Igreja como corpo e Cristo como cabeça, e por isso um não pode existir sem o outro, seria imperfeito, incom pleto. Portanto, da mãe Aparecida aprendemos que só seremos perfei tos e completos enquanto unidos à cabeça, que é Cristo, fazendo tudo o que nos mandar. E o que Ele nos manda: é que nos amemos, uns aos outros como Ele nos ama. Pela inter cessão de Nossa Senhora Aparecida que todos possamos nos amar como irmãos.

Deus abençoe a todos.

Abraço fraterno

SUPER-REGIÃO
Pe. Antonio Carlos Fernandes
SCEP Sul I CM 549 5

A vida no planeta Terra não existi ria sem o Sol sem a Lua sem a água e tudo o que nos narra o Livro do Gênesis sobre a Criação, no entanto nem todos reconhecem na Criação a expressão do amor de Deus por nós, não são gratos nem louvam a quem toda honra e gló ria são devidas. Em tudo que nos ro deia podemos sentir o amor de Deus e como o Amor age. O Sol se consome e ao se consumir nos fornece luz e calor, a Lua se detém em refletir a luz do Sol e balancear nossa gravidade em per feito equilíbrio flutuando entre os li mites de seu ciclo lunar. Plantas e ani mais se dão por alimento e participam da transformação contínua de energia que move a natureza. Toda a natureza exprime a beleza infinita de Deus e seu amor por nós.

Fomos criados à Sua imagem e seme lhança e, embora incontáveis sejam as diferenças, a Palavra de Deus não deixa margem a interpretações, so mos imagem e semelhança de Deus. Assim, devemos nos identificar com o modo de agir de Deus, com o modo de agir do Amor. Devemos nos doar para que a vida continue e siga os planos de Deus, servindo ao amor onde o Senhor nos enviar.

Servir ao amor significa eliminar o ego ísmo de nossos corações e tudo que essa atitude representa. Se consumir mos com consciência comunitária, ire mos nos preocupar com os resíduos, pois se não cuidarmos da destinação correta do lixo, alguém será prejudicado

Tema do ano: Capítulo IX

Para além do Sol a beleza infinita de Deus

por pura irresponsabilidade egoísta. Ao consumir água, ou qualquer outro re curso natural, sem preocupação com a escassez dos recursos, ao passar do tempo, certamente alguém sofrerá com a falta dele. Quando agimos por amor, partilhamos nossos dons, alimen tos com os mais necessitados, pois re conhecemos que tudo que temos e so mos é dom gratuito de Deus.

Esse amor, essa doação de si, para nós equipistas de Nossa Senhora, deve co meçar em nossos lares. Pe. Caffarel nos diz: “Essa é uma lei fundamental do amor, de todo amor - seja do amor a Deus ou do amor conjugal: Ele não é verdadeiro se não é vivo, impaciente pelo bem e pela felicidade do outro” . Encruzilhadas do Amor, pág.113. É fun damental que o amor conjugal seja for te e consolidado, um vivendo e buscan do o bem e felicidade do outro, para que em casal possam agir no mundo bus cando o bem e a felicidade do próximo, especialmente os casais e suas famílias. Que Deus, por intercessão de Nos sa Senhora Aparecida, nos ilumine e impulsione a viver plenamente o amor em nossos lares, em nossas equipes e no mundo. Amém!

Nilian e Cleber
CRP Leste I SUPER-REGIÃO 6 CM 549

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Com esta festa a Igreja encerra o Ano Litúrgico. É o momento de avaliarmos nossa participação na vida da Igreja, es pecialmente nas atividades litúrgicas. Que todos possam participar da ce lebração eucarística desta solenidade, como um grande ato de Ação de Gra ças, por tudo que Deus nos concedeu no mês que se encerra, e por tudo o que foi vivido desde o ano passado.

Na liturgia refletimos a passagem em que Jesus era aclamado como Rei (mas Jesus não gostava de ser chamado de Rei – não da forma como o povo o de sejava aclamar). Ele é Rei, porém não deste mundo.

Na cruz zombavam dele:

1. Salve-se a si mesmo, diziam os mes tres da lei e fariseus, se de fato é o Cristo de Deus – teológico, devido à formação religiosa que tinham.

2. Se és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo – os soldados não enten dem de teologia, estão submetidos a um rei.

3. Este é o Rei dos Judeus – desenhada a ironia que acompanhava a Cruz –mais uma vez falam do Rei. Con cepção de autoridade (mesmo que por deboche) não é só Rei dos Ju deus, mas de todo o universo.

4. Um dos malfeitores crucificados também escarnece Jesus – mesmo inocente, Jesus é apresentado ao lado de 2 malfeitores... Estes são os de hoje. São os que zombam de Deus, de Jesus e perseguem os cristãos.

Jesus é a cabeça do Corpo que é a Igre ja. Ele é o Princípio, o Primogênito den tre os mortos: de sorte que em tudo ele tem a primazia.

A realeza de Jesus, princípio da nossa sal vação. Do trono à cruz, ele pronuncia o julgamento de Deus sobre os inimigos;

perdoa e doa o Reino aos malfeitores.As sim,podemos compreender em que sen tido Jesus é rei e que salvação nos traz. É um rei que exerce o seu domínio ser vindo.É um rei cujo único poder é o poder de amar e amar até a morte. É um rei que não recorre aos seus súditos para poupar da morte, uma vez que é justamente nela que ele nos salva.É um rei que reina neste mundo,mas não é deste mundo,pois reina de maneira qualitativamente nova. Sua presença é a de Deus encarnado, morto e ressuscitado.

Como rei, Jesus oferece todas as con dições que um político deveria ofere cer, exemplos, proteção, julgamento justo, vida digna, leis que orientam a prática da justiça e da retidão e assim por diante.

Jesus incorpora em sua missão de Rei Messias todas as esperanças de Isra el não como político com poder, mas como pastor que cuida das ovelhas pois é o caminho, verdade e vida.

Ao celebrar Cristo Rei do Universo so mos convidados a acolhê-lo e interio rizar esta realidade: Ele é o nosso Rei, princípio e fim da história humana!

Padre Wagner

SCE Região Rio I

Prov. Leste I

SUPER-REGIÃO
CM 549 7

Uma breve bibliografia de e sobre Pe. Henri Caffarel

Há vários livros de autoria do Padre Caffarel e também alguns livros escritos por outras pessoas que falam de sua trajetória e sua mensagem. Todos merecem a nossa atenta leitura para fins de melhor conhecimento e maior divulgação. Va mos mostrar a seguir os principais deles, todos estando disponíveis aqui no Brasil.

1. A Missão do Casal Cristão: Surgimento e Caminhada das Equipes de Nossa Senhora (Les Équipes Notre Dame, Essor et Mission des Couples Chrétiens).

Foi escrito em 1988, estando o Padre Caffarel já fora do Mo vimento. O livro traz as origens do Movimento, os Estatutos, o discurso do Papa Paulo VI às ENS em 1970 e os discursos de Pe. Caffarel sobre o ateísmo e seu adeus ao Movimento.

2. Espiritualidade Conjugal, uma Palavra Suspeita.

Traz textos de Pe. Caffarel publicados na revista A Aliança de Ouro entre 1945 e 1967.

3. Nas Encruzilhadas do Amor ( Aux Carrefours de l‘Amour).

Outra seleção de editoriais publicados na revista A Aliança de Ouro entre 1945 e 1967.

4. Padre Caffarel, Centelhas de sua Mensagem.

Originalmente editado pela SR Hispano-América em 2004, traz a história do Movimento no âmbito internacional (1ª parte), a essência do Movimento e o discurso de Chantilly de 1987 (2ª parte) e ainda 28 editoriais diversos (3ª parte).

5. Presença de Deus: 100 Cartas sobre a Oração (Pré sence à Dieu – Cent Lettres sur la Prière).

Textos publicados na revista Os Cadernos sobre a Oração a partir de 1957.

SUPER-REGIÃO
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6. Novas Cartas sobre a Oração (Nouvelles Lettres sur la Prière).

Este livro responde a perguntas que as cartas anteriores sobre a oração suscitaram e oferece novas ideias sobre o tema da oração.

7. Cinco Encontros sobre a Oração Interior (Cinq Soirées sur la Prière Intérieure).

Registro das conferências realizadas em 1979 sobre a ora ção interior, sua doutrina e prática. Traz ainda vários teste munhos dados ao final de cada encontro por parte de um engenheiro, um educador, uma jovem médica e uma fa mosa atriz.

8. O Amor e a Graça (Propos sur l‘Amour et la Grâce).

Trechos de artigos publicados nas revistas A Aliança de Ouro (para casais), Carta Mensal (para casais equipistas) e Ofer tório (para viúvas).

9. Receba Maria como tua Esposa (Prends chez toi Ma rie, ton Épouse).

Inicialmente foi dedicado um número especial da revista A Aliança de Ouro à família de Jesus, Maria e José. Agora saiu em livro.

10. O Amor mais Forte que a Morte (L‘amour plus Fort que la Mort).

Este livro fala sobre a viuvez e é um valioso subsídio para o entendimento e a formação das Comunidades Nossa Se nhora da Esperança.

11. Textos Escolhidos.

Livro preparado pela SR França / Luxemburgo / Suíça. Foi o livro do tema de 2009. Interessante: cada capítulo abor da um verbo: desejar, alimentar-se, lutar, construir o casal, construir a equipe, viver o quotidiano, preocupar-se com os outros.

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12. Padre Caffarel – Profeta do Matrimônio.

É uma seleção de textos, são escritos de um servo de Deus para serem meditados e rezados em casal e em equipe para nos levar ainda mais longe no desejo de conhecer a obra do Padre Caffarel.

13. Palestras e Conferências – Volume 1.

Este livro traz os textos de conferências proferidas nas visi tas do Padre Caffarel ao Brasil: Ecclesia, Missão Apostólica do Casal, Testamento Espiritual.

14. Palestras e Conferências – Volume 2.

Este livro traz novos textos de conferências proferidas nas visitas do Padre Caffarel ao Brasil: O Ideal das ENS, Na Es cuta da Boa Nova, A Meditação, A Ascese.

15. Henri Caffarel – Um Homem Arrebatado por Deus (Henri Caffarel, um Homme Saisi por Dieu).

O único livro biográfico sobre o Padre Caffarel, escrito por um colaborador dele, equipista, chamado Jean Allemand.

16. Equipes de Nossa Senhora – Ensaio sobre seu Histórico.

Livro de Nancy Moncau, viúva de Pedro Moncau, sobre a história das ENS no Brasil: seu início, sua consolidação e sua expansão. Traz nos seus anexos duas marcantes pales tras do Padre Caffarel (A Ecclesia e Testamento Espiritual) e textos sobre o reconhecimento do Movimento pela Igreja.

17. O Padre Caffarel – das ENS à Casa de Oração 1903-1996.

Textos dos pronunciamentos no 1º Colóquio sobre o Padre Caffarel em dezembro de 2010, uma iniciativa da Associa ção Os Amigos do Padre Caffarel em Paris.

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18. Camille C. ou o Domínio de Deus (Camille C. ou l‘ Emprise de Dieu).

Neste livro, o Padre Caffarel publica a correspondência dele com uma mulher casada ao longo de dois anos e que se revelou uma grande mística. Padre Caffarel mostra o itinerário espiritual dela e os grandes temas de sua rica espiritualidade.

19. Memórias & Histórias para Aqueles que Têm as Equipes no Coração.

Livro do casal equipista Maria Regina e Carlos Eduardo Heise que traz fatos e informações da ERI e das ENS no Brasil, com muitos dados inéditos.

20. O Casamento, Resposta de Deus – uma Propos ta das ENS.

Livro do Padre Flávio Cavalca de Castro, sacerdote Con selheiro Espiritual de longa data e profundo conhecedor do Padre Caffarel e de seus pensamentos.

21. Orar 15 Dias.

Este livreto foi escrito por Jean Allemand, colaborador de longa data do Pe. Caffarel, no qual retoma alguns temas do pensamento dele como ajuda para a oração.

Em vários momentos, os livros trazem ainda ricas citações e a grande profundidade dos famosos editoriais escritos nas revistas lançadas por ele, entre as quais: A Aliança de Ouro (L‘ Anneau d‘ Or), Ofertório (Offertoire) e Os Cadernos sobre a Oração (Les Cahiers sur l‘ Oraison).

Afra e Beto CR pela Causa de Canonização do Padre Caffarel no Brasil

SUPER-REGIÃO
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A alegria de servir a Deus no Movimento

como seria gratificante e quantas graças Deus proporcionaria em nos sas vidas. No Encontro em Itaici, sen timos muito forte o amor de Deus para conosco.

Toda missão dentro do Movimento é um exercício contínuo de amor e doação. No Colégio Nacional em Itaici, vivenciamos momentos alegres e de muita espiritualidade. Este ano para nós foi muito especial, por ter sido presencial justamente no mo mento em que encerramos o serviço de Casal Responsável da Região Para ná Oeste. Foi muito lindo ver a alegria de todos os casais que chegavam para o Encontro, cada um com sua carac terística, seu jeito especial e com o coração transbordando de alegria de pois de muito tempo com encontros virtuais. Sentimo-nos muito felizes em poder dar um abraço em cada um. A alegria foi contagiante. Procuramos viver cada segundo de forma intensa e curtindo todos os momentos. Como disse Pe. Caffarel: “Felizes aqueles que, ao longo de sua vida terrestre, sempre estiveram prontos para atender aos chamados divinos”. Quando demos o nosso sim para ser vir ao Movimento, não imaginávamos

Em 2019, no início de nosso serviço, participamos do Colégio Nacional em Itaici, e aí veio a pandemia, momento no qual aprendemos a nos reinventar fazendo uso da tecnologia. Agora em 2022 sentimo-nos privilegiados, de poder encerrar nosso serviço, de for ma presencial e com muita alegria no coração. O sentimento é de gratidão a Deus, que nos deu a oportunidade de participar das ENS e aprendermos a cada dia ser melhores na espiritua lidade, no amor e na alegria.

Deus nunca deixou de lançar seu olhar amoroso sobre nós. O serviço para Deus exige renúncia e obediência para cumprir a Sua vontade. No Movi mento, nos reabastecemos na fé e na espiritualidade da vida conjugal. Tudo que oferecemos ao Senhor, Ele nos devolve em forma de graças. Apren demos, durante o nosso serviço, que devemos servir como Maria, manten do acesa a chama da fé. Nosso cami nho tem muitos obstáculos, mas foi por meio da oração que conseguimos superar as dificuldades encontradas e nos reanimar para continuar na mis são. A cada encontro é uma oportu nidade de encher as talhas para reno vação da fé e do amor de Deus.

Rosa e Erotides

CRR Região Paraná Oeste

SUPER-REGIÃO
Prov. Sul III 12 CM 549

X Encontro Mundial das Famílias – Roma 2022

O X Encontro Mundial das Famílias aconteceu em Roma, Itália, de 22 a 26 de junho desse ano, com o tema “Amor em família: vocação e caminho de santidade”. Ele foi escolhido pelo Papa Francisco para fazer compre ender e partilhar o sentido profundo e salvífico das relações familiares na vida quotidiana.

Um evento diferente, pós-pandemia, que foi, como solicitado pelo Santo Padre, preparado e vivido em todo o mundo de forma descentralizada.

Antes do Encontro, as Equipes de Nossa Senhora do Brasil, mesmo que distantes, se prepararam juntas atra vés de postagens nas redes sociais e vídeos sobre as catequeses editadas por Roma, já antevendo o que acon teceria no Vaticano.

Em Roma, fomos os representantes do Movimento do Brasil e tentamos, no período, levá-los conosco em toda a programação, com incursões ao vivo e postagens on time.

Foram quatro dias de partilhas, pales tras e vivências incríveis que relatare mos para vocês a partir de agora, em artigos sequenciais que serão publi cados na Carta Mensal. Nessa, fala remos do primeiro dia do X Encontro Mundial das Famílias. Logo ao adentrarmos a Sala Paulo

VI, no Vaticano, nos deparamos com uma urna dourada que continha as relíquias do casal Luigi e Maria Beltra me Quattrocchi, escolhidos patronos do encontro e os primeiros esposos santos na história da Igreja, que foram beatificados por São João Paulo II em 21 de outubro de 2001.

Os Quattrocchi casaram-se em Roma, no ano de 1905, na  Basílica de Santa Maria Maggiore e tive ram 4 filhos, dos quais três se tornaram religiosos após crescerem na fé transmitida por seus pais. Mesmo com uma brilhante carreira de advo gado, Luigi encontrava tempo para trabalhar no Movimento do Renas cimento Cristão e no Movimento por um Mundo Melhor e Maria era cate quista, conselheira nacional da Ação Católica e organizava cursos de pre paração matrimonial para os noivos, o que era uma novidade absoluta para a época. Participavam da missa todos os dias e iniciaram a pastoral familiar em Roma.

Uma vida ordinária vivenciada de for ma extraordinária, como nos propõe as Equipes de Nossa Senhora e nos falou o nosso fundador Padre Henri Caffarel: “ O objetivo essencial das Equipes de Nossa Senhora é ajudar os casais a tender para a  santida de

nem mais nem menos”.

ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS
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CM 549 13

À sombra deste exemplo, os partici pantes do encontro foram presen teados com o livro A Santidade nas Famílias do Mundo (QR code), que foi preparado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, com relatos da vida de casais, no intuito de esti mular um percurso que mostre a be leza da vocação ao matrimônio e à fa mília como um caminho de santidade.

A cerimônia de abertura, chamada “Festival das Famílias”, foi embalada pelo hino oficial do evento que dizia em seu refrão “nós acreditamos no amor, nós acreditamos na vida, nós iremos com você, Aleluia” e contou com a presença do Papa Francisco, que no seu discurso, que seguiu-se ao de um casal que ainda não tinha o sacramento do matrimônio, e de

outro cuja jovem filha foi acometida por uma doença incurável e veio a fa lecer, daquele que viveu a infidelidade, do que acolheu em sua família imi grantes ucranianos fugidos da guerra e daquela mulher, que tendo perdido seu marido, manteve sua família com a ajuda da mãe, deixou evidente qual seria a tônica do conclave: “Desejo fazer-vos sentir a minha proximida de justamente onde vos encontrais, na vossa condição concreta de vida. E este é precisamente o meu primeiro enco rajamento: começai da vossa situação real e, a partir desta, tentai caminhar juntos; juntos como esposos, juntos na vossa família, juntos com as outras fa mílias, juntos com a Igreja.”

Francisco foi claro! Deus veio para curar os “doentes” e nós, Igreja, de vemos ser sensíveis e estar de braços abertos para acolhê-los!

E seguiu: “...proponho-vos que po nhais a vós mesmos esta pergunta: Qual é a palavra que o Senhor quer dizer, com a nossa vida, às pessoas que encontramos? Qual ‘passo mais’ pede hoje à nossa família? ... Colocai -vos à escuta. Deixai-vos transformar por Ele, para que também vós pos sais transformar o mundo e torná-lo ‘casa’ para quem tem necessidade de ser acolhido, para quem precisa de encontrar Cristo e sentir-se amado”.

Tatiana e Rubens Coimbra CR Comunicação Externa
ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS 14 CM 549

Palavra do Papa Natureza, cultura e educação para a ecologia

A relação entre natureza e cultura tem oscilado nas diferentes culturas. Nas mais simples, a natureza se impõe à cul tura, e, diante do seu esplendor, o ser hu mano canta um maravilhoso hino: “Lou vai o Senhor a lua, as estrelas” (Sl 148). Com a industrialização, homens e mu lheres transformaram a natureza em obra de utilidade, resultando na ques tão da ecologia criando situações ca tastróficas naturais, assim a natureza grita por salvação. O movimento ecoló gico vai então além da proteção do meio ambiente e defende a criação com um novo modo de pensar a relação do ser humano com a natureza, com uma vi são de totalidade do planeta, que se faz vulnerável, o que exige um novo modo de ser e de viver sobre o planeta. Hoje, defende-se a sustentabilidade do planeta, o que não se trata nem de sim ples contemplação da natureza nem de exploração à exaustão. Mas de uma in tuição simples e ética responsável de que nossa geração não encerra a história e que outros que virão,com o mesmo direito de suprimento de suas necessidades,de pro dução de bens de consumo e exploração da Terra. Desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a qualidade de vida das gerações futuras. Iniciativas pessoais, familiares e globais vêm surgindo, a fim de se alcançar clare za sobre o assunto. Novos caminhos sur gem para pressionar o sistema econômico na linha ecológica: reduzir consumos, ser mais com menos,reutilizar,rejeitar práti cas antiecológicas, rearborizar, racionali zar o uso da água,zelar pela pureza do ar e água, lutar contra a fúria destruidora das mineradoras e madeireiras,evitar o enve nenamento dos rios e mares.

A nova alternativa que se propõe é: em vez de se produzir e consumir sem mais, a produção e o consumo acontecerem pela harmonia com a natureza e entre os humanos. A esperança está na edu cação para a ética do cuidado: desde o próprio corpo até o corpo maior do pla neta, nos limites da sustentabilidade, com a busca de um meio ótimo para a vida neste planeta.

É preciso ir à raiz do ser e do agir huma nos, pois cada um age conforme existe, e se existimos como máquina, agimos como máquina. Ou, se somos espírito e pensar, assim também agimos. Caso contrário,escapa-se da ética e do sentido e se parte a um materialismo com conse quências perigosas para o convívio social. Deixamos a proposta de fazermos nos sa oração conjugal e familiar com base em II Pd 1, 2-7 e na Laudato Si, p. 202237, para refletir sobre como entende mos a relação entre natureza e cultu ra, e que práticas culturais podemos exercitar para edu car e educar-nos, para salvar o plane ta e o ser humano.

IGREJA CATÓLICA
Leila e Antônio Carlos Setor B - Região Brasília I Prov. Centro-Oeste
CM 549 15

Sinodalidade eclesial (5): O caminho sinodal de Jesus

uma Igreja

Onde e como Jesus caminha com a hu manidade? Vejamos o caminho sinodal a partir do próprio Jesus. Quando abriu o 16º Sínodo dos Bispos, 10/10/2021, Francisco explicou que devemos ser pe ritos na arte do encontro: encontro com Deus,conosco,com os outros da comu nidade e da Igreja,com os de outras igre jas e religiões,com todos quantos forma mos os filhos dessa terra, com a própria terra. A sinodalidade, portanto, tem a ver com a totalidade da vida, a partir d‘Aquele por quem tudo foi feito (Jo 1,3), pois nele foram criadas todas as coisas (Cl 1,16). Aprendamos com Marcos (Mc 1,2139): Onde Jesus vai? O que Ele faz? Como o faz? Eis quatro cenários, com evidente sentido de completude e to talidade, em que Jesus atua e sinodaliza, em favor da vida.

No 1º cenário (Mc 1,21-28), Jesus age e ensina na sinagoga, que é extensão do templo de Jerusalém. No dia san to (sábado) e no lugar sagrado (sina goga) Ele participa. Ali, encontra uma realidade adversa, um espírito impuro, no sentido de que é inadequado e pre judicial à vida. Jesus o expulsa porque não sinodaliza mas promove ruptura. Os fiéis ficam surpresos porque tanto o

agir quanto o ensinar de Jesus são feitos com autoridade: ἐξουσία/ecsusía, como um transbordamento do ser de Jesus. Depois Jesus vai à casa da sogra de Pe dro (2º cenário), espaço doméstico e familiar, que simboliza o nacionalismo galileu. Jesus cura a sogra de Pedro, fe bril e impossibilitada de agir (como os re voltosos galileus, paralisados pela opres são romana). Jesus toma-a pela mão e a cura, não mais para matar, mas para ser vir: ela pôs-se a servi-los. Logo, o espaço doméstico, da família, também pertence a Jesus. O Senhor caminha com a família, sinodalmente, em favor da vida.

O 3º cenário mostra Jesus “jun to à porta” (πρὸς τὴν θύραν/prós ten thyran), não da casa de Pedro, mas da cidade. Equivale à praça de nossas ci dades tradicionais. É o espaço social, político e econômico. Igualmente dele Jesus participa, promove o caminho do bem e elimina o mal que atenta e des trói a vida. Esta dimensão que estava sob o controle do Império agora está em sínodo com Jesus, promovendo vida.

Por fim (4º cenário), o Senhor vai ao deserto, pois para Ele não há lugar per dido. Ele faz toda a realidade caminhar junto, sob seu benéfico senhorio vital. Assim, Jesus caminha junto e em favor de toda humani dade, em qualquer realidade, para fo mentar a vida e eli minar a morte. Eis o genuíno caminho sinodal do Senhor pela vida!

Sínodo 2021 2023 Por
sinodal comunhão | participação | missão IGREJA CATÓLICA
Pe. Mariano
Weizenmann Prov. Sul III 16 CM 549

As indulgências e a superação do pecado

A Igreja Católica proclama que as indulgências fazem parte da dinâmica penitencial onde o cristão deve cuida dosamente viver um processo de su peração das consequências do pecado.

A partir de 1967 o Papa Paulo VI re formulou a instituição da indulgência, “... designa a Jesus Cristo como tesou ro da Igreja, ao qual a Igreja se refere com plena potência. O Papa declara que faz parte da liberdade dos filhos de Deus decidir se querem ou não ganhar indulgências...”(Dicionário de Concei tos Fundamentais de Teologia, São Pau lo – Paulus, 1993).

Diante deste contexto contemporâ neo do século XXI que vivemos o maior desafio não é compreender o conceito teológico das indulgências, mas o desa parecimento do senso de “pecado” que desafia o cristão atual levando o mes mo a relativizar a graça da indulgência.

A reflexão que as indulgências trazem para nós, nos dias de hoje sobre o pro blema do “pecado” e da “culpabilida de” mergulha neste mundo digital e na secularização presente nos dias atuais, oferecendo uma nova moral e uma nova reelaboração de conquistas éticas, per sonalizando e absolutizando verdades individuais. Este cenário desconstruiu todos os valores éticos universais, le vando o homem a uma pseudo liberda de que criou o “Homo-Deus”. O “Homo-Deus” do século XXI, falado por inúmeros autores contemporâne os, busca na fonte da eterna juventu de dos pensamentos a construção de um novo ser humano que desespera damente tem buscado no efêmero al guma solidez para sua vida. Porém, su tilmente como uma chuva primaveril a história humana aponta também em

outra direção mostrando que as ânsias do “Homo-Deus” são vazias e despre tensiosas de uma verdade absoluta, e que somente fazendo um regresso ao primeiro amor de Deus conseguimos vi ver plenamente a superação do pecado. O caminho está afunilando e, nesta en cruzilhada tão desafiadora que a histó ria humana nos coloca entre o homem efêmero e o homem que busca a gra ça de Deus, viver a experiência das in dulgências em nossa vida é saborear o amor pleno de Deus em nós. Com preender que, “...o pecado é oposição a Deus e a deformação de sua obra em plena realidade pessoal, social e cósmica, como diminuição que impede a plenitu de humana...” (Gaudium et spes, 13). Viver a experiência das indulgências nos dias atuais é experimentar a graça de Deus que nos faz livres e amados, muito contrário ao sentimento de cul pa ou culpabilidade vivido por grande parte da humanidade nos dias de hoje. Mas como poderíamos definir o senti mento de culpa? O “senso de culpa” é a sensação dolorosa como a vergonha, o medo e o escrúpulo que acompanha o ato julgado e condenado.

A remissão diante de Deus aplicada pelo sacramento da confissão e pela graça das indulgências nos leva a um profun do encontro com o “bem interior” que habita em nossas vidas, como diz Jesus: “O homem recebe a vida nova de Cristo. Ora, esta vida nós trazemo-la “em vasos de barro”..., a imagem do vaso de barro que moldado nas mãos do oleiro encon tra seu caminho de redenção e salvação.

Pe. Tiago José Lino Peixoto SCE Região SP Capital I

DATAS RELIGIOSAS
Prov. Sul I CM 549 17

Discernimento para Casal Responsável de Equipe

espiritual dos casais. Ele é quem enfren ta efetivamente o desafio para revivifi car e nutrir os casais que passam pelo desalento. Para isto, ele conta com o au xílio do Casal Ligação e do seu Sacerdo te Conselheiro Espiritual, que no exer cício do “amor exigente” pode animar os membros da equipe a dar um passo à frente no aprofundamento da fé.

O “Guia das ENS” (edição 2021, pág. 60) define: “Cada equipe elege todos os anos um casal responsável. A sua fun ção consiste em animar e dar vida à equipe, encorajando e reforçando os esforços de seus membros em relação a esta pequena comunidade, a fim de que a ajuda mútua seja efetiva e cada um se sinta verdadei ramente aceito, reconhecido e amado”. No Livro tema de 2008, “Testemu nhos a serviço dos casais”, a Equipe da Super-Região colocou na contracapa: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é a nossa alegria; segui-Lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” .

Ao entrar nas ENS, respondemos ao chamado do Senhor para nos tornar discípulos missionários de Cristo. To dos nós! Mas alguns são escolhidos, de tempos em tempos, para servir de forma muito especial aos casais da sua equipe, assumindo por um ano a missão de Casal Responsável de Equipe. Este jamos abertos ao chamado do Senhor, e com muita oração e reflexão prepa remo-nos para este momento impor tante da vida de equipe.

O CRE é o principal animador da vida do Movimento, pois é na equipe que se aprofunda e renova efetivamente a vida

Espera-se que o CRE seja capaz de manter um esforço permanente de formação pessoal e que busque co nhecer profundamente os anseios e as necessidades de cada um dos casais da sua equipe, para ajudá-los a manter o desejo de crescer em santidade e a responder ao apelo recebido de Deus. Que ele também fortaleça o espírito de comunhão e de corresponsabilidade na equipe, para que cada um dos seus membros tome consciência da sua per tença ao Movimento.

Por isto, a reunião do mês de outubro é tão importante para a equipe! Cabe a todos nós discernir, com muita ora ção, qual casal deverá servir como CRE!

E se a escolha da equipe cair sobre nós mesmos, estaremos preparados para acolher, com alegria e disponibilidade, essa missão especial?

Que a passagem do Evangelho de Lucas 1,26-38 possa inspirar todos os casais de todas as equipes: o anjo Gabriel foi enviado a Nazaré... Maria ficou assus tada... Mas o anjo disse: Não temas, Maria... E com a presença do Espírito Santo, ela respondeu: Eis aqui a serva do Senhor!

Tereza e Hector Eq. 10 – N. S. da Rosa Mística Setor Vinhedo – Região SP Centro I

DATAS DO MOVIMENTO
Prov. Sul I 18 CM 549

A Reunião de Balanço

É momento muito especial de avalia ção e projeção para um novo tempo

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo mundo é composto de mudanças, tomando sempre novas qualidades”. Esses versos do poeta por tuguês Luis de Camões (1524 – 1580) servem de inspiração para as oportuni dades que aparecem, no final de cada jornada,de analisar o que foi feito e abrir as portas para um novo tempo.

As Equipes de Nossa Senhora têm em sua ampla pedagogia diversas ferra mentas para proporcionar o crescimen to de nossa espiritualidade, tanto indi vidual quanto em casal. E uma delas é a Reunião de Balanço. “A última reunião do ano proporciona a todos os compo nentes da equipe a oportunidade de re fletir e dar sua opinião, abertamente e com espírito cristão, sobre a sua cami nhada,seus progressos ao longo do ano que termina e preparar o ano seguinte”, como ensina o “Guia das ENS”.

No livro tema deste ano, “Casal Cris tão – Fermento Renovador na Família e na Sociedade”, os autores nos dão a dica para a realização inspirada da Reunião 10 – de Balanço: “Este tem po de balanço é também tempo de compromisso com o futuro e, neste sentido, deve ser uma alavanca que fará cada casal dar um salto e ir mais longe rumo à Santidade. Sem medo, coloquemo-nos diante de Deus”.

A Reunião de Balanço preserva o mesmo conceito do Dever de Sentar -se, só que com a diferença de ser em equipe e com periodicidade anual. Ao

invés de uma conversa a dois, a Reu nião de Balanço é uma conversa em equipe, com serenidade, tendo o Espí rito Santo como sopro inspirador para um diálogo e reflexão dos caminhos percorridos durante o ano, os erros, acertos e conquistas. É, antes de tudo, uma reunião de avaliação e projeção. Com muito amor, devemos provocar uma agenda de mudanças para o pró ximo ano em relação às participações individuais, em casal e a equipe como um todo. É importante, também, que cada casal faça um Dever de Sentar -se especial que funcione como uma Reunião de Balanço a dois, analisando com profundidade e numa conversa com Jesus, como foi a participação durante o ano na equipe. Dessa for ma, cada casal chegará à Reunião de Balanço da equipe de coração aberto para ouvir o outro.

O Padre Henri Caffarel, fundador das Equipes de Nossa Senhora, transmi te o ensinamento para uma postu ra proativa nas equipes: “Aquele que se retrai, perde-se; aquele que se dá, ganha-se. O dom de si é ao mesmo tempo criador, seja de cada uma das personalidades, seja da comunidade”.

Márcia Regina e João Maurício Eq. 12 - Setor D - Região Rio I

Prov. Leste I

DATAS DO MOVIMENTO
CM 549 19

Torino 2024 ! Vamos lá

Torino, ou Turim para nós brasilei ros, sediará o XIII Encontro Interna cional das Equipes de Nossa Senhora, e, com a graça e permissão de Deus, estaremos juntos em mais um evento que proclama a internacionalidade do nosso Movimento.

Desde 1954, em Lourdes, na França, as Equipes de Nossa Senhora se apre sentam ao mundo, em seus encontros internacionais, para dizer: “Eis-me aqui, Senhor”. Esses encontros são verdadeiros e significativos momentos de formação, unidade e comunhão!

Desde lá, já foram realizados 12 en contros, sendo: 4 em Lourdes, Fran ça (1954, 1965, 1988, 2006); 04 em Roma, Itália (1959, 1970, 1976, 1982); 2 em Fátima, Portugal (1994, 2018); 1 em Santiago de Compos tela, Espanha (2000) e 1 em Brasília, Brasil (2012).

Trata-se de verdadeiras peregrinações de fé para agradecer a Jesus e Maria pela vocação das equipes! Em seus momentos fortes,os equipistas propa gam que estão a serviço de um “novo mandamento” (1965, III Encontro), que o amor humano é “caminho de santidade” (1970, IV Encontro), que

“Cristo caminha conosco” (1982, V Encontro), demonstrando que “o casal é a imagem de Deus Trinitário” (2000, IX Encontro), e que o Espírito Santo nos impele a formarmos “comunidades vi vas de casais, reflexo do amor de Cris to” (2006, X Encontro).

“Ousando o Evangelho” (2012, XI Encontro), na “Vocação e itinerário das equipes” (1959, II Encontro), com renovada “Inspiração” (1988, VII Encontro), sendo “Família na Igre ja e no mundo de hoje” (1994, IV Encontro), procuramos sempre bus car a “Reconciliação, sinal do amor” (2018, XII Encontro), amor de Deus e para com o próximo.

Estivemos presentes nos cinco últi mos encontros internacionais (1994, 2000, 2006, 2012, 2018). Diante dos obstáculos e dificuldades, entre gamos nas mãos de Deus e colocamos debaixo do amparo do manto mila groso de Nossa Senhora, fizemos a nossa parte e conseguimos essa gran de graça na nossa vida. Vale a pena o esforço! VAMOS A TURIM! VAMOS COM O CORAÇÃO ARDENTE.

Jussara e Daniel Eq. 01 D - Região Paraíba 1 Prov. Nordeste I

DATAS DO MOVIMENTO
20 CM 549

Peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida

Peregrinar é muito mais do que fazer uma viagem física, é fazer uma oração com os pés, é fazer uma caminhada orante, é estar preparado para permitir que a inquietação, que está em cada alma humana, nos seduza para fora de nossa segurança em busca de algo mais profundo, uma visão mais clara do Deus que nos chama para seu serviço. É uma viagem que é feita ao próprio coração, que possibilita ter um conhecimento de nós mesmos e redescobrir o signi ficado da fé na própria história de vida. É reconhecer a transitoriedade da vida e sua caminhada em direção ao Reino definitivo.

A importância de peregrinar está na di mensão da renovação espiritual e em aprender a dar valor às coisas que real mente são importantes na nossa jorna da rumo ao Pai. A peregrinação é feita pela fé e para que ela seja fortalecida e possa amadurecer o sentido da exis tência humana.

Maria tem uma importância funda mental nessa nossa caminhada exis tencial uma vez que como Mãe nos conduz à casa do Pai para que eterna mente vivamos na família dos filhos e filhas de Deus. Diante disso, a Província Sul I realiza anualmente sua peregrina ção ao Santuário Nacional de Apareci da, proporcionando aos casais a oportu nidade de reaquecer a fé, refletir sobre a caminhada de vida e a testemunhar o Cristo que caminha conosco.

A pandemia de Covid-19 trouxe con sigo a impossibilidade da realização da Peregrinação devido ao fechamento do Santuário Nacional de Aparecida, mas a nossa Província encontrou uma forma de manter acesa a disposição e o desejo dos casais em participar desse

momento tão significativo e frutuoso, realizando peregrinações virtuais.

Após esses dois anos sem a realização da Peregrinação a Aparecida de forma presencial, no dia 25 de maio, com o tema: “Com Maria, Fermentando o Mundo” e o lema: “Nos tornando fer mento na casa da Mãe”, aproximada mente 2000 casais estiveram presen tes, todos visivelmente emocionados e, em frente à Tribuna Dom Aluísio Lors cheider, puderam rezar o terço, refle tindo sobre os mistérios gozosos com meditações relacionadas ao tema pro posto. Após o terço, os casais seguiram em caminhada para a Basílica e parti ciparam da celebração da Santa Mis sa, que foi presidida pelo Padre Fábio - SCES Aparecida e concelebrada pelo Padre Toninho - SCEP Sul I e demais SCE da Província.

Louvamos e agradecemos a Deus, nos so Pai que, pela intercessão de Maria, nos concedeu a graça de retomarmos presencialmente a nossa Romaria, tão importante para a nossa Província e para os casais do nosso Movimento, pois podemos novamente nos encon trar na Casa da nossa Mãe.

Marilda e Marcos

CRR

EXPERIÊNCIAS INOVADORAS
SP Leste IV Prov. Sul I CM 549 21

Vida das equipes

No decorrer de uma reunião geral dos Casais Responsáveis de Equipes, nos dias 13 e 14 de dezembro de 1952, Jean Pillias (que era também o Casal de Liga ção com o Brasil na França), fez um rela tório sobre a vida das equipes, o qual há de nos interessar, pois permite conhecer melhor o nosso Movimento.

A estrutura deste relatório é simples: aborda a vida do Movimento, a consoli dação das estruturas,o trabalho da equi pe dirigente e a irradiação das equipes.

A vida do Movimento

É uma vida interior, portanto muito difícil de exprimir. Entretanto reco nhecê-la-emos por alguns indícios.

A característica de um ser vivo é de crescer. O ano passado, na mesma épo ca, existiam exatamente 153 equipes. Hoje são 178.

No decorrer do ano 4 equipes optaram pelos “Foyers de Chrétienté” e 10 pu seram fim as suas atividades.

Podemos assim considerar cerca de 38 equipes novas. Só podemos nos alegrar em ver as equipes multiplicarem-se com uma cadência bastante regular. Mas não nos felicitemos com tanta pressa. Deve mos reconhecer, estudando de perto a repartição das equipes novas, que a pro gressão é geograficamente irregular. O primeiro lugar cabe sem dúvida nenhu ma à Bélgica (os setores de Bruxelas e Liége tiveram o seu efetivo aumentado de 1/3), seguida pelo Brasil, 4 equipes contra uma o ano passado (3 brasileiras e uma francesa), pela Suíça e pela Tunísia. Na França atingimos novos distritos. Na Bélgica, um fato muito importante e muito feliz a sublinhar: a constitui ção de uma equipe de língua flamenga.

No Brasil, onde nossos temas de es tudo, a nossa Carta Mensal, artigos do l'Anneau d'Or são traduzidos em por tuguês, atingimos uma cultura nova, uma língua nova; nunca diremos sufi cientemente a importância de tal fato. Em resumo, há progressão, mas ela de veria ser mais geral. Multipliquemos os nossos esforços!

O crescimento é indício de vitalidade; a vitalidade, porém, não se manifesta somente no sentido da expansão, mas também em profundidade.

Vamos falar agora sobre o compromis so: este ano 27 equipes novas fizeram o seu compromisso. Temos, porém, a im pressão nítida que se encontram equipes antigas que já deveriam ter feito o seu compromisso. Podem ter elas a certeza de que irão ser levadas a se manifestar nas próximas semanas, o que talvez não te nhamos feito suficientemente até agora. É claro que não é para desejar que se apresse o compromisso, mas não con vém que as equipes, por descuido tal vez, muitas vezes por escrúpulo, se ar risquem em perder de vista o auxílio particularmente eficaz que lhes é dado pelo compromisso.

Numerosas são as equipes que nos in formam que realmente o compromis so abriu para elas uma nova era. Devem elas com sinceridade dar a conhecer este fato: será para muitas outras um verdadeiro estímulo.

Outro indício de vitalidade,os retiros,reco lhimentos e romarias. Não me demorarei sobre este ponto.(Nesta altura,o relatório menciona várias atividades desta ordem.)

Nesses dias, qualquer que seja o progra ma, há um ponto essencial a destacar: tornar conhecido o nosso movimento.

RAÍZES DO MOVIMENTO
22 CM 549

Sob pretexto de discrição, podemos algumas vezes ficar em falta para com casais que sentem talvez as mesmas necessidades que nós.

Foi esta a conclusão de um dia de es tudos cujo relatório foi publicado anteriormente.

A consolidação das estruturas

Um Movimento como o nosso, que que remos vigoroso e coerente, precisa pos suir uma estrutura forte. Houve algumas modificações e consolidações. Falarei sucessivamente: dos Setores - da Equipe Dirigente - do Conselho Internacional. Nosso desejo de manter grande coesão, ao mesmo tempo em que a descentra lização, nos levou a criar setores novos. (Segue-se enumeração de diversos se tores organizados na França.)

... E mais recentemente, no Brasil, o

Setor de São Paulo começou agora a funcionar, mas com uma atividade e um sentido do movimento realmente admiráveis.

Um Setor - digo isto para os casais res ponsáveis novos - é um agrupamento geográfico de equipes, animado pelo que chamamos a “equipe de setor” sob a responsabilidade de um casal. Esta equipe de setor encara os proble mas próprios do lugar, anima as suas equipes, toma a si o encargo da difusão num sentido muito amplo, organiza os retiros, os recolhimentos, ocupa-se da ligação com os outros movimentos etc.

Pe. Henri Caffarel

Colaboração

Maria Regina e Carlos Eduardo

Eq. N. S. Mãe de Deus e Nossa Piracicaba-SP

Prov. Sul II

VOCÊ NA CARTA

Esta linda reflexão feita pelo Padre

Fábio José nos leva a pensar que nossa existência como cristão só tem sentido pela ressurreição de Jesus Cristo. Com a morte e ressureição de Jesus, agora é vida nova e a salvação está sinalizada para cada um de nós, dependendo de nossas atitudes e ações.Assim,também na nossa vida de casal sempre é preciso que morram alguns vícios,algumas ati tudes para que nosso matrimônio se re nove e a família seja a verdadeira igreja.

Giselda e Donizete

CRS Arujá-SP Região SP Leste III

Prov. Sul I

RAÍZES DO MOVIMENTO
“Ele ressuscitou realmente como disse... Aleluia! A vida venceu a morte!”
CM 549 23

Viver com fé e esperança

Na época de solteiros eu e Romeu participávamos de movimentos da Igreja e das nossas comunidades pa roquiais. Chegada uma certa idade, queríamos muito encontrar alguém que partilhasse a mesma fé para casar e formar uma família. Então, quando eu tinha 27 anos e ele 37, nos conhe cemos no movimento de que parti cipávamos. Ele vinha de um final de relacionamento sério e apesar de um início meio cambaleante acabamos vendo que tínhamos muito em co mum, partilhávamos de uma mesma visão de vida e o ideal de formar uma família cristã.

Então, depois de um ano e meio está vamos casados. Poucos meses antes do casamento,o Romeu tinha recebido um diagnóstico de infertilidade, o que nos trouxe muita tristeza,pois eu queria muito ser mãe! Foram muitas orações, desabafos diante do SS. Sacramento: eu reclamava com Jesus, pois quando ele finalmente me fez encontrar al guém com a mesma fé e ideais, frus trava meu sonho de ser mãe. O Romeu começou uma novena da Divina Mise ricórdia, depois de ouvir o testemunho de uma pessoa próxima a nós.Mas,pas sado o momento de tristeza,decidi,em oração, que eu queria realmente casar com ele, mesmo se não pudéssemos ter filhos biológicos, pois eu o amava verdadeiramente. E assim aconteceu. Depois de alguns meses de casados, engravidamos! Eu não cabia em mim de alegria! Não podíamos acreditar! Deus nos fez férteis e nos deu a graça de dar à luz nossa linda Gabi. Depois

de pouco mais de três anos eu nova mente engravidei da nossa Julia, com pletando nossa alegria e nosso sonho de família.

Alguns anos depois recebemos um convite de um casal amigo para par ticipar das Equipes de Nossa Senhora, Movimento do qual nunca tínhamos ouvido falar. Eu, logo de cara, fiquei muito interessada, mas o Romeu fi cou meio desconfiado.

Com o tempo, fomos nos identifican do mais e mais com as propostas do Movimento e com sua seriedade. Foi graças às Equipes que conseguimos superar muitas dificuldades no rela cionamento e nos manter firmes no nosso propósito inicial.

Através do serviço fomos conhecen do e amando mais as ENS. E cá es tamos há 16 anos. Nossa filha mais velha recebeu e desenvolveu a fé que lhe transmitimos e hoje participa das Equipes Jovens de Nossa Senhora. A Ju, entretanto, tem requerido muito da nossa atenção, pois desenvolveu uma depressão séria e, para nossa tristeza, se diz agnóstica. Desde os 12 anos não queria mais à missa conosco e nem que lhe falássemos de Deus. Contudo, nos irmãos de caminhada das equipes temos encontrado apoio e ajuda para seguirmos em frente com esperança! Lembremos sempre: Sem Jesus nossa vida não tem senti do, sem Ele não temos forças, sem Ele nada podemos fazer de bom!

Daniela e Romeu CRR SP Capital II

TESTEMUNHO
Prov. Sul I 24 CM 549

Caminhando na construção do amor

Em meados da década de 90, inicia mos nossa caminhada no Movimento das Equipes de Nossa Senhora,Equipe 09 – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Buscando viver o amor conjugal à luz da fé e movidos por uma curiosida de em conhecer o Movimento, fomos abraçando tudo o que nos era ofertado e fomos agraciados com muitos frutos. Aos poucos fomos compreendendo a essência do Movimento, vivenciando sua Mística e Carisma.

Por motivos alheios a nossa vontade,dei xamos a equipe, mas em nosso coração mantivemos o desejo de retornar, pois tínhamos conhecimento das maravi lhas que o Movimento nos proporciona. Após um longo período e sempre ma nifestando nosso desejo de retorno ao Movimento, fomos convidados para participar da Experiência Comunitária e Pilotagem e para nossa alegria, jun tamente conosco, nossa filha e genro também foram convidados.

Apesar de já termos participado do Movimento anteriormente, partici par da Experiência Comunitária e da Pilotagem foi de extrema importância para nós enquanto casal, nos ajudando a viver e amadurecer na fé, nos apro ximando de outros casais, exercendo a escuta, a partilha e testemunhando nossa vivência, indo ao encontro do outro na busca da Santidade. Durante a Pilotagem,fomos inseridos na Equipe 06 – Nossa Senhora de Fátima e acolhidos com muito amor por todos. Juntamente com todos esses aconte cimentos, nossa filha e genro, durante

a Experiência Comunitária e Pilotagem, foram indicados para uma nova equipe com outros casais e para nossa surpresa e alegria recebia como Intercessora Nos sa Senhora do Perpétuo Socorro,a inter cessora da 1ª equipe que participamos. Comungando do mesmo desejo, nós e nossos filhos, de buscar a santidade e imbuídos do Carisma e Mística do Mo vimento, ambos fomos eleitos Casal Responsável de Equipe/2022,respecti vamente Eq.06 e Eq.22,e a exemplo de Maria demos nosso Sim,e nesta oportu nidade também nossa filha e genro Ta lita e Gustavo receberam de presente a imagem que por tantos anos acompa nhou a extinta Equipe 09, da qual par ticipamos pela primeira vez das ENS. Nossa caminhada continua, pois cada vez sentimos o quanto é importante ser equipista.

Rose e Cláudio Eq. 06-N. S. de Fátima Setor Jacareí-SP Região SP Leste I Prov. Sul I

TESTEMUNHO
CM 549 25

Regra de Vida, um sim ao amor

Olá, queridos irmãos! Temos 41 anos de vida matrimonial e há 15 anos estamos caminhando com es piritualidade rumo à santidade con jugal nas Equipes de Nossa Senhora. É uma bênção poder partilhar com vocês nosso testemunho sobre esse precioso Ponto Concreto de Esforço “Regra de Vida”. Durante alguns anos tivemos vários aborrecimentos, mesmo sendo um casal praticante na fé e zelosos com nossa família. Temos personalidades bem diferentes e sempre conflitáva mos em vários temas, assuntos e por coisas completamente sem impor tância, e nessas discordâncias tanto um como o outro buscava a vitória, sair vencedor no conflito era o que importava. Isso foi desgastando nosso relacionamento e comprometendo o início do nosso crescimento espiritu al. Era um verdadeiro freio, tanto pes soal como em casal. Qual exemplo estávamos passando a nossa famí lia? O que estávamos refletindo sobre nossa caminhada diante da equipe?

Aprendemos, então, o que de fato de veríamos focar, e tiramos proveito das reuniões de equipe,das orientações dos Conselheiros Espirituais, dos retiros e inclusive das formações; assim passa mos a refletir que faltava um “Sim ao amor”, uma resposta para Deus. Nos sa equipe de base foi fundamental com a ajuda mútua. Passamos a trilhar um novo rumo, pois precisávamos focar no que mais agradaria a Deus e sermos verdadeiramente felizes e transforma dores de toda a nossa família, através

do nosso compromisso sacramental. Não tem sido fácil, somos continua mente confrontados pelas correntes contrárias, mas nos mantemos fiéis com a certeza de que nossas Regras de Vida pessoal e conjugal vêm nos forta lecendo e nos transformando.

A nossa fonte é Cristo e o nosso ideal é estar testemunhando o Evangelho. Ele nos seduziu e nós deixamo-nos seduzir pela sua palavra diária, pela oração, pela alegria de partilharmos em casal da mesa da Eucaristia. Esses foram e são exercícios que adaptamos em nossas Regras de Vida para que pudéssemos ficar mais juntos e nos fortalecer mutuamente. Como toda Regra de Vida, fomos nos adaptando pelas mais simples, como a reza do Magnificat que é um ponto de unidade diário e pessoal e se tornou conjugal para nós, orar em nossas re feições, estabelecer a oração familiar e assim por diante.

Passamos a buscar no silêncio o que o Espírito Santo fortemente vem nos falar ao coração. Progredimos no res peito, no carinho pelo outro e pro gressivamente fomos discernindo o verdadeiro caminho espiritual e hu mano que o Senhor nos convida a fa zer sem medo e com muita coragem.

“Não vos acomodeis a esse mundo. Pelo contrário, deixai-vos transfor mar, adquirindo uma nova mentali dade, para poderdes discernir qual é a vontade de Deus”. (Romanos 12, 2)

Zezé e Beto Eq. 06 - Rio III Prov. Leste I

TESTEMUNHO
26 CM 549

Rezar ou orar?

Os discípulos entre muitas coisas que poderiam ter pedido a Jesus, como aprenderem a fazer milagres, certa vez pediram: “ensina-nos a rezar” e Jesus os ensinou a rezar o Pai Nosso.

Muitas vezes nos questionamos se existe diferença entre “orar” e “rezar”. Rezar tem sua origem no latim (recito),sig nifica “recitar, dizer”, daí dizemos que va mos rezar (recitar) uma oração: o Pai Nos so, a Ave Maria, o Magnificat. Orar tam bém de origem latina (oro) significa “falar, dizer”,trata-se de um ato pessoal,“eu vou orar (falar) com alguém: com Deus”.Falarei com Ele sobre meus desejos,meus agrade cimentos,meus anseios,e por que não,fa larei com Deus sobre meu cônjuge.

E se ao invés de fazer essa oração sozinho(a), fizermos com o nosso cônju ge: “Já nãos sois dois, mas uma só carne”. Sabemos que “onde dois ou mais estiverem reunidos,Eu (Deus) estarei no meio de vós”.

Em nosso Movimento o casal é convi dado a experimentar, a desfrutar dessa riqueza todos os dias através da Ora ção Conjugal.

Muitos casais nos momentos da Parti lha, na reunião formal, comentam ser difícil a prática desse Ponto Concre to de Esforço, que ambos ou um de les sentem-se envergonhados em orar junto com seu cônjuge. Conosco não era diferente, até que em um Retiro o pregador, Pe. Quinha, falando sobre a Oração Conjugal, sugeriu que o casal começasse a “quebrar o gelo” recitan do juntos uma Ave Maria, apenas uma Ave Maria. Logo depois da palestra, fo mos convidados a sair para praticar, ou pelo menos tentar, a Oração Conjugal. No local do Retiro, um sítio muito bonito, com vários locais próximos à natureza; um

pouco sem graça,um diante do outro,re citamos a Ave Maria um tanto envergo nhados. Parecia até conversa de início de namoro,mas demos nosso primeiro passo. Ao voltarmos para casa, como Regra de Vida em casal,estabelecemos a oração an tes de dormirmos como sendo a Ave Maria. Logo na segunda noite, combinamos que rezaríamos o Magnificat também,já que é a oração diária de todo equipista.

Passado algum tempo,depois de rezarmos a Ave Maria e o Magnificat sempre lembrá vamos de algum amigo(a) que estava do ente e que nos havia pedido oração. Não demorou muito tempo, um dia eu, Cláu dia,comentei com Fernando que havia lido em algum lugar que quando rezamos de vemos primeiro agradecer a Deus pelo dia que Ele nos concedeu, pelas coisas boas e não tão boas que vivemos,e incorporamos esse momento em nossa oração noturna.E assim,hoje,antes de dormir,(que para nós é o horário que encontramos para melhor orarmos juntos), nossa oração Conjugal é um momento de estarmos juntos entre nós e com Deus.

Assim,a partir de uma Ave Maria,com per sistência, fomos deixando Deus agir em nós e fomos nos abrindo a escutar o ou tro. Já não existe mais a timidez do início. É um momento de estarmos juntos e de podermos colocar nossas alegrias e an seios a Deus junto com aquele(a) que o próprio Senhor nos deu como compa nheiro para todas as horas: inclusive no momento da oração.Se ainda existe algu ma barreira entre vocês na prática da Ora ção Conjugal, comece agora: Ave Maria, cheia de graça o Senhor é convosco...

Claudia e Fernando

Eq. 04 - N. S. Imaculada Conceição Setor Teresópolis Região Rio VI

TESTEMUNHO
Prov. Leste I CM 549 27

Ser criança

Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse, mas os discípulos repreendiam os que apresentavam. Vendo-o, Jesus indignou-se e disse -lhes: “Deixai vir a mim os pequeni nos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará.” (Mc. 10, 13-15) O que é ser criança?

Refletindo à luz do Evangelho, Jesus foi muito claro sobre a importância de per manecermos com a pureza, a verdade, a mansidão, a simplicidade e o amor de uma criança para alcançarmos o céu. Há alguns anos, em civilizações antigas, as crianças não eram devidamente va lorizadas, tinham presenças impercep tíveis no mundo, eram renegadas mes mo em uma fase da vida tão importante e necessária.

Foi preciso que alguns cientistas da mente humana estudassem sobre o comportamento infantil para que as sociedades começassem a enxergar a importância de um olhar com apresso, com carinho e atenção para as nossas crianças.

Em um mundo completamente agi tado, onde pais e mães esgotam suas energias diárias em afazeres domés ticos e profissionais, há pouco tempo para encontrar disposição em satisfazer um desejo justo de seus filhos, quando, principalmente, eles fazem o convite mais prazeroso da infância: - Vamos brincar? Infelizmente, com a intensidade dos

aparelhos eletrônicos, as ferramen tas do mundo digital têm substituído experiências humanizadas, que afas tam as crianças de seus familiares e amigos e as colocam em uma situação de transtornos sociais e prejudiciais à saúde, ocasionando problemas futu ros incorrigíveis.

A pergunta é: o que nós estamos fa zendo com a infância desses pequenos? Lembremos que os pais são os primeiros catequistas dos próprios filhos.

Na Exortação Apostólica Amoris Lae titia, o Papa Francisco nos ensina so bre o papel dos pais na formação da fé dos filhos:

“É fundamental que os filhos vejam de forma concreta que, para os seus pais, a oração é realmente importante. Por isso, os momentos de oração em famí lia e as expressões da piedade popular podem ter mais força evangelizadora do que todas as catequeses e todos os discursos” (AL 288).

Ou seja, a criação de nossos filhos está baseada nos princípios básicos que o próprio Cristo nos ensinou. Precisamos guiá-los ao caminho da santidade, fa zendo com que eles enxerguem a vida com simplicidade, afeto e amor para serem felizes.

Afinal, o que é ser criança?

Dentre as mais peculiares definições, quase todas as respostas são baseadas na felicidade da própria infância. Ser criança significa ser feliz.

Mirela e Eric

Eq. 13 – N. S. do Silêncio Setor Votorantim Região SP Sul II

Prov. Sul I

REFLEXÃO
28 CM 549

Regra de Vida, o PCE da ascese cristã

Fazer parte de um Movimento que oferece ferramentas concretas para lidar com as adversidades que, a todo instante, tentam nos tirar do cami nho da salvação, é um PRIVILÉGIO! E, sinceramente, deveríamos sentir-nos assim, privilegiados, ao pensarmos na inspiração que Pe. Caffarel teve ao nos propor a Regra de Vida como um Ponto Concreto de Esforço. Uma REGRA pensada para eliminar progressivamente tudo que cria obs táculos à nossa capacidade de amar. Uma exigência inspirada e praticada historicamente por santos da nossa Igreja. Um ato de humildade que nos põe de frente com os nossos maiores defeitos, que tantas vezes preferimos “varrer para debaixo do tapete”. Esta é, portanto, uma oportunidade de as cese cristã baseada no apelo à consci ência pessoal. É preciso um questio namento honesto em relação a Deus, a nós mesmos e aos outros. Que rica oportunidade de olhar para a nossa pobreza espiritual!

A Regra de Vida é uma escolha in dividual, discernida sob a ação do Espírito Santo e deve contar com nossa lucidez, humildade e coragem. Após o Dever de Sentar-se, duran te um Retiro ou em momentos de Escuta da Palavra e Meditação são ótimas oportunidades para se es tipular uma Regra. É importante termos em mente os objetivos que desejamos alcançar de forma realis ta, e a consciência que o ritmo deve ser pessoal, adaptando-se ao cami nhar de cada um ou de cada casal.

Ela deve ser gradual, a passos pe quenos e conscientes. Uma dica é a regra dos “3P”: pequena, precisa e prática! Por fim, vale lembrar que a Regra de Vida deve ser revista regu larmente para avaliar os progressos e, se necessário, ter a rota corrigida. Há 15 anos deixamos nossa famí lia no Paraná por conta de trabalho e viemos para São Paulo. Aqui, o Se nhor nos deu muitos novos “irmãos”, mas sentíamos a distância física sempre muito dolorosa para nossos pais, já com idades avançadas. Numa meditação, conversando sobre “hon rar pai e mãe”, percebemos nossa au sência em relação a eles. Era um “de feito” a ser corrigido! Implantamos como regra de vida, de ligações de vídeo diárias para permitir que eles fizessem novamente parte da nossa vida em família. A Regra que era apa rentemente fácil exigiu muito esfor ço, disciplina e paciência. Chegar em casa depois de um dia exaustivo e li gar com um sorriso para os pais nem sempre é prazeroso, mas sabíamos que além de estarmos honrando nos sos pais, estávamos sendo exemplo para nossos filhos. Há 2 anos isto já passou a ser um hábito e como é bom tê-los por perto, pedir a bênção, mes mo estando a 800 km de distância. A cada “Deus te abençoe, filho(a)”, sentimos o céu um pouquinho mais perto da gente.

Érica e Wilson Costacurta

Eq. 07A - N. S. do Bom Conselho Jundiaí-SP Prov. Sul I

PARTILHA E PCE
CM 549 29

A Oração Conjugal

“O Senhor Deus fez uma mulher,e levou -a para junto do homem... já não são mais que uma só CARNE” (Gn 2,22.24). Nes sa “uma só carne”,podemos traduzir como um só anseio,uma só oração,um só “buscar a Deus”, pois uniu também as almas.

A ORAÇÃO CONJUGAL reflete essa criação e esse desejo de Deus, como diz em Jo. 17,23: “Eu neles e tu em mim, para que sejamos perfeitos na unidade”, e o Padre Caffarel inspirado pelo Espírito Santo nos deu esse PCE que necessita ser exercitado todos os dias para que moven do a nossa vontade se torne um combus tível para a vida do casal.

Primeiro temos que entender que a Oração Conjugal deve ser precedida com a oração pessoal e, como buscadores de santidade, a nossa oração pessoal deve começar como o anseio do salmista “minha alma tem sede de Deus,do Deus vivo” (Sl 41/42,3a); é as sim que “dentro do nosso quarto”, na ora ção pessoal, Deus nos vem saciar. Como nos ensina os Estatutos das ENS, primeiro é necessário a oração pessoal, a Escuta e a Meditação da Palavra de cada cônjuge e, abastecidos individualmente e, iluminados pelo Espírito Santo, possam se abrir à Oração Conjugal; esse momento deve traduzir o que cada um traz em seu coração com relação às necessidades,pro pósitos,dificuldades,intenções e pedir a in tercessão de Nossa Senhora junto a Jesus. Hoje, nos nossos momentos de Oração Conjugal preparamos o ambiente com vela, imagem de Nossa Senhora, Patro na da nossa equipe, crucifixo e um qua drinho do Pe. Caffarel, iniciamos com a oração do Magnificat, terminamos com a Oração pela Canonização do nosso fundador e em seguida partilhamos a Palavra nos esforçando em fazer des se momento uma comunhão de almas

que busca e tem sede de Deus, interce dendo pela santificação um do outro.

Nem sempre nossa oração foi realizada dessa forma, pois em função do trabalho eu morava em outra cidade e só nos en contrávamos nos finais de semana. Foi um período rico, pois aguardávamos com ansiedade a mensagem via celular com a oração conjugal,partilha da Palavra e a Me ditação,por 4 anos esse esforço e compro misso fortaleceram nossa conjugalidade. Confessamos que todo o nosso aprendiza do e busca de aperfeiçoamento tem a mão do nosso “Padre Henri Caffarel” que, em sua obra, vemos o olhar de Deus que nos chama à perfeição,chama a nós,casais das ENS,a sermos um com Ele e a mostrarmos ao mundo que nada está perdido.

“Basta que existam alguns milhares, al gumas centenas de milhares de peque nos lares de oração em nosso mundo e o semblante do nosso planeta terá mu dado!” (Pe. Henri Caffarel)

Bethe e Paulinho Bondioli Eq. 04A – N. S. Auxiliadora São Paulo Leste II Pindamonhangaba-SP

PARTILHA E PCE
Prov. Sul I 30 CM 549

Ser espiritualmente unido

Para esse, a Vida Conjugal é priori dade de vida de chegar à perfeição como casal.

Nosso momento diário em que nos colocamos na presença de Deus, in vocando o Espírito Santo que ilumine os nossos corações onde proclama mos a Palavra de Deus, meditamos, contemplamos e colocamos em prá tica todos os dias.

O Movimento das Equipes de Nossa Senhora propõe que o casal reze jun to para que o Cristo se faça presente de maneira especial, tornando-nos próximos, conforme João 17,23, Eu neles e tu em Mim para que sejam perfeitos na unidade. Para que exista uma verdadeira Ora ção Conjugal é preciso que o casal seja espiritualmente unido!

É importante também que escute mos juntos o Cristo, começando com uma leitura de sua Palavra na Liturgia do dia: Palavra viva, atual e atuante em busca de respostas verdadeiras e de coração. O casal precisa viver uma união de almas que é os dois pensa rem da mesma maneira, caminha rem na mesma direção, se colocarem diante de Deus como filhos que con versam com o Pai e usando suas pró prias palavras para louvar e agradecer pelo sacramento do matrimônio.

A proposta das ENS tem sentido para quem assume o casamento como vo cação, como seu jeito de seguir Jesus.

Tendo como base a Sagrada Escritura e auxiliado por meios de outras fontes religiosas, citando Padre Caffarel em seu livro “Orar 15 dias” dar-se um ao outro para dar juntos pelo casamen to e no casamento é possível con quistar a espiritualidade conjugal. O Papa Francisco nos presenteou com a Encíclica Amoris Letítia em seu cap. IV de aperfeiçoar o amor dos cônju ges com a graça do sacramento do matrimônio.

Assim, diariamente, pedimos que nos ajude a guardar fielmente nosso amor mútuo recordando o que Deus uniu, as adversidades, tristezas e desâni mos não separem. Finalmente pe dimos e desejamos a bênção litúrgi ca um ao outro, Nm 6,22 em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para mostrar mais claramente a face do amor divino, como Casal Cristão Equipista, concluindo com a oração do Magnificat, de valor para o Movi mento e oração de todos os equipis tas do mundo inteiro.

Amém!!!

Lenita e Ivan Eq. 05B - SG Rio IV Prov. Leste I

PARTILHA E PCE
CM 549 31

Laudato Si: Agindo sobre a nova criação de Deus

O Sumo Pontífice continua desafian do a humanidade a dar novas respostas para os problemas sobre a ecologia, en tendida como a relação profunda entre o homem e a natureza criada por Deus. O documento Laudato Si, em toda a sua estrutura, é um clamor feito pela igre ja para que o homem deposite a sua fé, mas também todo o seu empenho em realizar algo concreto para a proteção do ecossistema. Esse clamor nasce da consciência de que cuidar da criação de Deus expressa na natureza significa a manutenção da espécie humana e de toda a realidade existente.

Por isso, a partir do quinto capítulo (p.163-201), Papa Francisco propões orientações e ações possíveis de serem realizadas, pelos cristãos, para que Deus continue sendo reconhecido na ação ge nerosa de homens e mulheres que bus cam uma nova relação com a natureza.

De fato, como é posto pelo documen to “Os limites que uma sociedade sã, madura e soberana deve impor têm a ver com previsão e precaução, regula mentações adequadas, vigilância sobre a aplicação das normas, contraste da corrupção, ações de controle operacio nal sobre o aparecimento de efeitos não desejados dos processos de produção, e oportuna intervenção perante riscos in certos ou potenciais” (p.177). Por isso, fazem-se necessárias propostas con cretas de diálogos e de ação que envol vam não somente ações isoladas das pessoas de boa vontade, mas políticas internacionais que ajudem a sair da es piral de autodestruição em que a própria ação humana, motivada pela ganância e o egoísmo, encontra-se imersa.

Para o Papa Francisco, é indispensável o diálogo. Por isso, o termo se apresenta como título em diversas sessões desse capítulo. O debate honesto e transpa rente sobre as necessidades particu lares, principalmente dos mais pobres, deve ser o esteio para a construção de um bem comum que deve ser esquadri nhado entre todas as nações indepen dentes de ideologias, políticas e crenças. O Sumo Pontífice não se furta a se pro nunciar sobre as dinâmicas internacio nais que não correspondem às expecta tivas positivas com respeito a acordos ambientais globais que não são signi ficativos e eficazes. Na verdade, ecoa nesse capítulo do documento uma voz que clama paz e justiça entre os povos (p.184), mediados por um discurso que não esteja enraizado nos mecanismos do mercado e do cálculo financeiro, mas sim na promoção da vida humana em relação ao ecossistema que o susten ta e o caracteriza como criação divina. Enfim, ao lermos esse capítulo en tendemos que as ações e orientações devem partir de decisões honestas e transparentes oriundas de um discer nimento profundo sobre quais políti cas e iniciativas promovam o diálogo entre as nações e favorece o desenvol vimento equitativo entre as socieda des mundiais transparecendo, assim, a dignidade humana como elemento concreto do testemunho da presença redentora de Deus através da história da humanidade. Este é o desafio atual.

Frei Arthur Vianna Ferreira

SCE Setor B, Eq. 03 Setor C e Eq. 07 Setor B - Rio V

Leste I

FORMAÇÃO
Prov.
32 CM 549
NOTÍCIAS BODAS de PRATA BODAS de OURO 02 agosto 2022 Cristina e Welington Eq. N.S. da Natividade - Belém – PA 13 setembro 2022 Kátia e Antônio Eq. N.S. da Vitória - Belém – PA 09 setembro 2022 Luiza e Diquito Eq. N.S. das Graças - Abaetetuba – PA 05 julho 2022 Lea e Alberto Eq. N.S. de Guadaluope - Belém – PA 18 agosto 2022 Rute e Haroldo Imhof Eq. N.S. de Fátima - Brusque – SC 29 julho 2022 Ana e Paulo Eq. N.S. Mãe De Jesus - Porto Alegre – RS 28 setembro 2022 Graça e Hilário Eq. N.S. dos Apóstolos - Belém – PA 28 julho 2022 Nazaré e Miteco Eq. N.S. de Nazaré - S. Miguel do Guamá – PA 08 julho 2022 Ozelita e João Aurivam Eq. N.S. dos Navegantes - Natal – RN CM 549 33
28 julho 2022 Ednai e Valdir Eq. N.S. Rainha dos Apóstolos Belém – PA BODAS de DIAMANTE 20 junho 2022 Eq. N.S. de Nazaré Manaus – AM JUBILEU DE OURO DAS EQUIPES 12 setembro 2022 Eq. N.S. do Pérpetuo Socorro Belém – PA 19 setembro 2022 Eq. N.S. das Graças (Equipe 1) Cruz – CE JUBILEU DE PRATA DAS EQUIPES 34 CM 549

VOLTA AO PAI

Clauber da Lu 25.08.2022

N.S. da Divina Providência Belém – PA

Elides do Getúlio 18.06.2022

N.S. da Conceição Carira – SE

Fernando da Luiza 23.06.2022

N.S. de Nazaré Recife - PE

Justino da Zélia 25.06.2022 N.S. da Boa Vontade Recife - PE

Ana Maria do Oscar 03.08.2022

N.S. Aparecida Recife – PE

Mário Fernandes da Maria Do Carmo 07.08.2022

N.S. de L’Ourdes Assis - SP

Diácono Antônio Centenário (Cebolinha) 07.08.2022

Equipes 09 e 92

Santa Rosa De Viterbo - SP

CM 549 35

Nos passos de Jesus...

A Palavra de Deus

- “Bem-aventurados os pobres no espíri to, pois deles é o Reino dos Céus.” Mt 5,3

Reflexão

- Algo que sempre esteve na atenção de Jesus, ao formar seus discípulos, foi a respeito do modo em que eles haveriam de viver. Não por acaso, Ele nos deixou as bem-aventuranças –eis o nosso modo de agir. Estamos no mundo sem ser do mundo, por isso somos chamados à pobreza no espírito, à mansidão, ao desejo da justiça, à vivência da misericórdia, à pure za do coração e à promoção da paz. Esse é o estilo de vida do discípulo de Jesus Cristo. De vemos cuidar do nosso planeta, da nossa Casa Comum, mas sempre tendo esse cuidado a partir do amor que temos por Deus. Cuidar ainda nos faz lembrar do próximo, daquelas pessoas que podemos alcançar com nossas mãos estendidas e com o coração aberto. - Só há uma forma de mudarmos nosso estilo de vida: o encontro pessoal com Jesus Cristo. Ele nos faz novos, Ele nos transforma, Ele abre

Oração espontânea

- Nesse momento lhe convido a ler e a meditar Gênesis 1 e 2. Após a medita ção, faça um compromisso pessoal de

Oração Litúrgica

Oração a Santa Teresa de Calcutá Pedimos-vos, Santa Madre Teresa, mãe dos pobres, a vossa particular intercessão e a vossa ajuda. Intercedei junto de Jesus para que também nós obtenhamos a graça de estar vigilantes e atentos ao grito dos pobres, daqueles que estão privados dos seus direitos, dos doentes, dos marginalizados, dos últimos.

Alcançai-nos a graça de vos ver nos olhos de quem nos olha, porque precisa de nós.

- “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo.” Mt 5,13.14

nossos corações para a vivência de novas re lações pautadas no amor. À medida que te mos esse encontro com Jesus, assimilamos o Seu jeito de ser, nossa vida passa a se identi ficar com a vida Dele, somos configurados à vida de Cristo. Nosso falar, pensar e agir pas sam a ter as marcas da Paixão, Morte e Res surreição do Senhor. Não queiramos mudar o exterior sem primeiro mudar e converter a Deus nosso interior, nossos corações. - Os PCEs nos apresentam um novo estilo de vida. Como temos aproveitado esses ins trumentos para nos educar para o discipula do com Cristo? Como as Equipes de Nossa Senhora têm contribuído com minha trans formação pessoal e em casal? Quais atitudes já consegui eliminar de minha vida na bus ca por viver aquilo que Jesus Cristo tem me chamado a viver?

assumir em sua vida uma atitude que o torne mais comprometido com o planeta e com o próximo.

Dai-nos um coração que saiba amar a Deus presente em cada homem e mulher e que sabe reconhecer Jesus naqueles que vivem aflitos por tribulações e injustiças. Alcançai-nos a graça de sermos,também nós, sinal de amor e esperança no nosso tempo, que vê tantos indigentes, abandonados marginalizados e migrantes. Amém!

Pe. Franciel Lopes

SCE Carta Mensal

MEDITANDO EM EQUIPE

“Amando o meu marido como eu o amo, pronta a até sacrificar a minha vida terrestre, me pareceria sacrilégio lhe devotar a adoração que devoto a Deus. No fundo, estes dois amores não se situam no mesmo plano, um não sendo forçosamente o trampolim do outro“.

As ENS apresenta a mais recente tradução para o Brasil do livro já consagrado na Eu ropa, organizado e escrito pelo Pe. Caffarel - Camile C ou o domínio de Deus - e agora já disponível para todos os equipistas no Brasil. Uma obra de inestimável valor, resul tado de uma intensa troca de correspondências entre o Pe. Caffarel e Camile C, uma mulher casada e feliz no amor conjugal.

A estrutura da obra permite que seja lida a partir de diferentes perpectivas: diretamen te das cartas e notas, dos comentários e reflexões do Pe. Caffarel, dos apontamentos espirituais de Camile C ou ainda através das leituras dos Apêndices I, II e III.

Esta obra, além de ser importante subsídio para aprofundar o entendimento da experi ência mística, também contribuirá para o crescimento e amadurecimento da espirituali dade daqueles que decidiram assumir com verdadeiro empenho sua vocação à santidade.

Av. Paulista, 352 • cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br
Você pode adquirir o seu exemplar diretamente através do site ens.org.br – Livraria Não se esqueça... mais importante do que ler é já ter lido...

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