Revista H#46 Farmácias Holon

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farmaciasholon

www.farmaciasholon.pt



Sofia Coelho Silva Diretora de Marketing & Comunicação

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA

Farmacêuticos Os Heróis ao serviço da sua saúde

Os farmacêuticos Holon não pararam. Nesta altura de pandemia, em que todos vivemos momentos de receio e ansiedade, os nossos farmacêuticos nunca pararam. Nunca deixaram de ir para a farmácia, nunca deixaram os seus doentes, nunca deixaram de prestar aconselhamento, nunca pararam a sua missão: Ser um dos motores mais importantes do Serviço Nacional de Saúde. Continuamos na incerteza do que o novo coronavírus nos reserva, mas na certeza de que todos os farmacêuticos, fazendo parte do primeiro contacto que os utentes têm com os cuidados primários de saúde, farão o melhor para que as pessoas nunca fiquem sem o devido acompanhamento. Não podemos ignorar as pessoas que sofrem de doenças crónicas como a Diabetes ou a hipertensão, e que não podem parar os seus tratamentos. Não podemos ignorar os números de casos de cancro do intestino, que aumentam de dia para dia. Não podemos ignorar as pessoas com hipotiroidismo que ainda continuam por diagnosticar. Nas Farmácias Holon organizámos, pelo 7º ano consecutivo, um rastreio ao cancro colorretal, que consiste num teste simples de pesquisa de sangue oculto nas fezes. É gratuito para todas as pessoas com critérios de inclusão, a partir dos 50 anos de idade. É importante não parar este tipo de iniciativas, uma vez que em 90%” dos casos é curável se detetado atempadamente! Lançámos, em parceria com a Merck S.A., a campanha de sensibilização “Viver com Hipotiroidismo não tem de ser diferente!”. Além de promover o conhecimento sobre as patologias da tiroide, em particular do hipotiroidismo, as farmácias acompanham as pessoas já diagnosticadas, que iniciam a toma da sua medicação pela primeira vez. Pretendemos melhorar o controlo da patologia e, acima de tudo, promover o diagnóstico precoce. A evolução da doença tem sinais e sintomas inespecíficos, comuns a outras condições como a depressão ou a menopausa e que podem retardar o diagnóstico por meses ou anos! Por tudo isto, não podemos parar. E não paramos. Por tudo isto, um grande OBRIGADO a todos os farmacêuticos Holon que mostraram a sua garra e que são os verdadeiros heróis ao serviço da nossa saúde.

• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: apoio.cliente@holon.pt

• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Carla Mateus (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Luísa Carvalho, Andreia Palma, Cláudia Pereira, Joana Godinho Ferreira, Luís Antunes, Patrícia Gabriel, Rute Toito, Tiago Carvalho. • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: SALVY • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13

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>INDÍCE

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HOLON CUIDA

BURNOUT: DOENÇA SILENCIOSA QUE IMPORTA TRATAR

NUTRIÇÃO HOLON

ALIMENTE O SEU SISTEMA IMUNITÁRIO

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DERMOFARMÁCIA PELE: O ESPELHO DO STRESS

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ATUALIDADE

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OPINIÃO SAÚDE

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pONTO DE VISTA

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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

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SER MAIS HOLON

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NA PRIMEIRA PESSOA

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FARMÁCIA ATUA

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EM FOCO

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HOLON CUIDA

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BEBÉ E MAMÃ

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PODOLOGIA HOLON

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PÉ DIABÉTICO

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PREVENÇÃO SAÚDE

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NUTRIÇÃO HOLON

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RECEITA SAUDÁVEL

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VIVA MAIS

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DERMOFARMÁCIA HOLON

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ENTREVISTA ESPECIAL

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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

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MONTRA EM DESTAQUE

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SAÚDE ANIMAL

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H JÚNIOR

ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.

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> ATUALIDADE PANDEMIA ATRASA DIAGNÓSTICOS DE CANCRO COLORRETAL A Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo estima que 50 mil diagnósticos anuais de doenças oncológicas não estão a realizar-se devido à pandemia de COVID-19. Com vista a diminuir os atrasos de novos diagnósticos, a Europacolon em parceria com as Farmácias Holon e os Laboratórios Joaquim Chaves promoveram um rastreio gratuito ao cancro do intestino, em 63 farmácias de todo o país. «O cancro do intestino é uma doença gravíssima, um problema de saúde pública há muitos anos em Portugal e todos os anos continua a crescer», afirmou à agência Lusa Vítor Neves, presidente da Europacolon. Na Europa há cerca de 400 mil casos novos todos os anos. Em Portugal foram registados 10.092 novos casos, com 4.214 mortes (dados de 2018 da Organização Mundial de Saúde). «É urgente que o Serviço Nacional de Saúde retome o rastreio do cancro colorretal, que está provado que é o que tem o melhor custo-benefício», conclui Vítor Neves.

INFECÇÕES DE PELE ASSOCIADAS A COVID19 A Academia Espanhola de Dermatologia identificou a existência de uma relação entre o agravamento de cinco doenças de pele e a covid 19. O estudo, liderado pela investigadora Cristina Galván Casas, teve em conta os dados clínicos de 375 pessoas diagnosticadas com covid 19, confirmados em laboratório, e que apresentavam alterações cutâneas, sem causa aparente, mas que surgiram ao mesmo tempo que o diagnóstico da doença respiratória. As conclusões do estudo, publicado na British Journal of Dermatology, reforçam o que outras evidências cien-

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tíficas já reportavam e que apontam para existência de mais manifestações da infeção por covid 19 para além da tosse, febre alta e falta de ar (dor de cabeça, diarreia, inflamação nos olhos). Neste sentido, a investigação reforça a importância de se monitorizar e detetar (mais) estes sinais o quanto antes. PORTUGUESES CONFIAM MAIS NAS VACINAS Cerca de metade dos portugueses confia na segurança e eficácia das vacinas. Os dados são de um estudo publicado na revista científica “The Lancet“, do projeto “Vaccine Confidence”, da London School of Hygiene & Tropical Medicine. O estudo analisou e comparou dados de 2015 e 2019, de vários inquéritos nacionais, em 149 países, sobre o nível de confiança das pessoas nas vacinas, em relação à sua segurança, eficácia e importância. A investigação mostra que em Portugal, 50,20% das pessoas confia na segurança das vacinas, um número que sobe para 54,94% quando se avalia a eficácia. Em comparação com 2015, em dezembro de 2019 os portugueses confiavam mais nas vacinas, registando-se uma diferença de 12 pontos percentuais em relação à segurança e 14 pontos percentuais em termos de eficácia. Portugal encontra-se ligeiramente acima da média da União Europeia e mantém a tendência para confiar cada vez mais na vacinação.


> OPINIÃO SAÚDE

ANA LUÍSA CARVALHO Farmacêutica

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS: O MELHOR É PREVENIR! No inverno, há que redobrar os cuidados para evitar as patologias respiratórias. Manter uma higiene nasal correta e um sistema imunitário forte estão ao alcance de todos e podem fazer a diferença. As doenças respiratórias são mundialmente reconhecidas como uma das maiores causas de mortalidade e morbilidade em todas as idades. Por essa razão, devemos redobrar os cuidados preventivos, por forma a evitar constipações, gripes, rinites, sinusites, pneumonias ou outras patologias respiratórias. Manter uma higiene nasal correta e um sistema imunitário forte são gestos que estão ao alcance de todos e que podem fazer a diferença. Ao respirarmos, o ar entra pelas fossas nasais, sendo o nariz a primeira porta de entrada no organismo de vírus, bactérias, poeiras e alérgenos. As narinas filtram, aquecem e humidificam o ar, através dos pelos e muco aí existente, evitando que várias partículas, como germes e esporos, cheguem aos pulmões. Por este motivo, é essencial fazer da higiene nasal uma rotina diária, pois a sua lavagem com soluções salinas ajuda a limpar, hidratar e restaurar a função nasal. O processo é simples: Usar um aplicador em cada narina e pressionar o frasco durante 1 a 2 segundos. De seguida, assoa-se o nariz ou usa-se um aspirador nasal, no caso dos bebés. No final, deverá lavar-se o aplicador com água quente e secá-lo.

MAIS VITAMINA C E ZINCO Outra forma de combater as infeções, consiste em reforçar o nosso sistema imunitário, investindo numa alimentação saudável e variada, rica em vitaminas e minerais (frutas, legumes, cereais integrais, sementes, leguminosas, peixe) e associando um suplemento alimentar que contenha, entre outros, vitamina C e zinco. Estes dois micronutrientes são essenciais para inúmeros processos metabólicos e imunológicos e não são produzidos pelo nosso organismo, pelo que têm de ser obtidos por fontes externas. Ambos participam na formação de colagénio, essencial para a cicatrização dos tecidos, na produção de anticorpos e no combate aos radicais livres. A sua ingestão deverá ser sempre orientada por um profissional de saúde considerando as caraterísticas particulares de cada pessoa, nomeadamente a existência de outros problemas de saúde, como por exemplo alterações renais. E porque “Prevenir é o melhor remédio”, os farmacêuticos, dada a sua proximidade com os utentes, podem e devem desempenhar um papel ativo no incentivo à adoção de medidas preventivas. Fale com o seu farmacêutico e proteja-se neste Inverno!

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PATRÍCIA BOURA Presidente Executiva da Fundação do Gil

> PONTO DE VISTA

SEMPRE A APOIAR AS CRIANÇAS E AS SUAS FAMÍLIAS A Fundação do Gil é uma instituição privada de interesse público que promove projetos na área da saúde pediátrica e da reintegração social. Instituída em 1999, tem contribuído ativamente para melhorar a qualidade de vida de milhares de crianças, intervindo em áreas fragilizadas, e tem visto gradualmente reforçada a sua credibilidade como agente ativo na prevenção e tratamento de doenças pediátricas, incluindo na área da Saúde Mental e na sua Reintegração Social plena. A Fundação do Gil tem vindo a assumir um papel de relevo na implementação de projetos verdadeiramente eficazes de apoio à criança e à família, ajudando o Estado no combate à exclusão destes grupos e na mitigação dos custos sociais decorrentes destes processos. Atualmente, a Fundação assume dois grandes projetos de intervenção: Os Cuidados Domiciliários Pediátricos e a Casa do Gil. A Casa do Gil é uma Casa de Acolhimento, que se destina ao acolhimento de crianças com idades entre os 0 e os 12 anos, que se encontram em risco clínico e/ou social e que, por essa razão, só podem regressar, de imediato, para junto das suas famílias quando estão reunidas todas as condições necessárias. Através do projeto CDP - Cuidados Domiciliários Pediátricos, a Fundação do Gil tem operado como uma plataforma fundamental para o acompanhamento da criança com doença crónica e/ou fragilidade clínica, e da sua família, tornando-se naturalmente ao longo dos anos, um ‘braço armado’ dos Hospitais que veem na instituição a oportunidade para ampliar o seu espectro de ação. Se há alguns anos o apoio ao

domicílio e o regresso a casa eram apenas o sonho de muitos e a realidade de um reduzido úmero de crianças, atualmente, é com resiliência que a Fundação do Gil tem viabilizado a assistência clínica e social a centenas de crianças doentes, incluindo as suas famílias, em parceria com cinco Hospitais Públicos. A atual pandemia que assolou o Mundo, a covid-19, veio acentuar e agravar as necessidades sociais de muitas famílias abrangidas pelo projeto. A redução do poder de compra das famílias, acompanhada muitas vezes de situações de desemprego prolongado, ou por lay offs forçados, tem fragilizado a condição diária de muitas destas crianças. Os hospitais públicos não conseguem levar uma resposta social eficaz no momento da Alta Clínica das crianças e suas famílias que, para além de serem portadoras de patologias complexas, necessitam de um apoio continuado ao nível social. É com base nesta evidência que urge reforçar o papel e intervenção social do projeto para agilizar apoios e prevenir o agravamento de situações de risco para a criança, e para a família. Nestes tempos tão incertos e economicamente tão preocupantes, a Fundação do Gil reinventa-se diariamente para dar continuidade aos seus projetos sociais, procurando parcerias estratégicas que permitam também cumprir a sua missão central: Inovar continuamente na saúde pediátrica. Um grande bem-haja a todos os nossos parceiros, colaboradores e voluntários que, diariamente, nos ajudam a dar mais um passo em frente.

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MARIA JOÃO GREGÓRIO

> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Diretora PNPAS-DGS

«ESTE PROGRAMA JÁ ESTÁ A TER IMPACTOS POSITIVOS» Metade dos portugueses tem excesso de peso. Somos um povo que gosta de “carregar” no sal e de abusar do açúcar. Foi para inverter estes hábitos que a Direção-Geral da Saúde criou o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS).

H - QUAL A IMPORTÂNCIA DO PNPAS PARA A VIDA DOS PORTUGUESES? MARIA JOÃO GREGÓRIO (MJG) - Este programa e as propostas de política alimentar associadas são de extrema importância no contexto epidemiológico atual, com cerca de 86% da carga total da doença a ser atribuída às doenças crónicas em Portugal.

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As doenças crónicas são, de facto, um dos principais problemas de saúde pública atuais e grande parte destas doenças podem estar associadas a hábitos alimentares inadequados. Os hábitos alimentares inadequados são, assim, um dos principais determinantes da perda de anos de vida saudável pelos portugueses.


H - NA PRÁTICA, COMO TEM O PNPAS CONTRIBUÍDO PARA A PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL? MJG - Tem cooperado com informação para que a população possa ser capaz, de forma autónoma, de fazer escolhas alimentares mais saudáveis. E, por outro lado, tem contribuído para que os produtos alimentares mais saudáveis sejam uma escolha mais fácil, tentando para isso modificar o que está disponível para consumo. Muitas das áreas em que temos trabalhado, dando apoio técnico quando solicitado, junto do poder político e legislativo, nesta última década permanecem praticamente invisíveis ao grande público, mas mudou-se muita coisa nos últimos anos. H - O PNPAS JÁ ESTÁ A TER EFEITO NA SAÚDE DOS PORTUGUESES? MJG - O impacto de medidas de saúde pública, nomeadamente o investimento que se faz ao nível da prevenção e promoção da saúde produz resultados lentos, que serão visíveis apenas alguns anos após a implementação das medidas. Porém, temos alguns indicadores positivos, nomeadamente a tendência que se tem verificado para uma diminuição da prevalência do excesso de peso infantil. A avaliação que temos realizado a algumas das nossas medidas também mostram resultados positivos, como por exemplo, o impacto do imposto especial de consumo sobre as bebidas açucaradas. Este imposto promoveu a diminuição do teor de açúcar destas bebidas. H - A OBESIDADE E O EXCESSO DE PESO DA POPULAÇÃO CONTINUAM A PREOCUPAR A DGS? MJG - Sim, diria continua a preocupar-nos, bem como a todas as autoridades de saúde a nível internacional. Temos mais de metade da população com excesso de peso (incluindo a obesidade) e mais de 20% com obesidade. O desafio de combater a obesidade é enorme, em particular se considerarmos que nenhum país no mundo tem sido eficaz no combate à obesidade. A prevalência do excesso de peso continua a aumentar em todos os países. H - QUAIS OS PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS PELOS PORTUGUESES EM TERMOS ALIMENTARES? MJG - Os portugueses apresentam um consumo elevado de sal, ingerindo cerca do dobro do limite diário máximo recomendado. Cerca de ¼ da população portuguesa apresenta um consumo de açúcar superior ao limite máximo diário recomendado. E por outro lado, os portugueses apresentam um baixo consumo de alimentos que podem ser considerados como “protetores”, como

os hortícolas, a fruta, os cereais integrais e as leguminosas. Mais de metade da população portuguesa não atinge a recomendação diária para o consumo de fruta e hortícolas. H - OS HÁBITOS ALIMENTARES INADEQUADOS SÃO UM DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO QUE MAIS TEM CONTRIBUÍDO PARA A PERDA DE ANOS DE VIDA SAUDÁVEL. O QUE FAZER PARA INVERTER ESTA SITUAÇÃO? MJG - Este é um problema complexo e que exige a implementação de um conjunto alargado de medidas. Muitas delas são medidas difíceis de aplicar, que representam impactos significativos para o sistema alimentar como um todo e para a economia. Mas penso que Portugal está a fazer progressos nesta área, tendo conseguido recentemente implementar uma grande parte das “best-buys” da Organização Mundial da Saúde para a melhoria dos hábitos alimentares e prevenção das doenças crónicas. Do conjunto destas medidas destaco, por exemplo, a regulação da publicidade alimentar dirigida a crianças, a implementação de impostos sobre alguns alimentos pouco saudáveis e a modificação dos cabazes de alimentos distribuídos às pessoas mais carenciadas. São áreas onde temos estado fortemente envolvidos no PNPAS e onde valeu a pena investir. H - QUAIS OS PLANOS PARA OS PRÓXIMOS TEMPOS? MJG - Iremos seguramente dar continuidade à nossa estratégia para alterar a oferta alimentar, quer seja através de medidas para substituir o que está disponível para consumo alimentar em determinados espaços públicos, quer seja através de medidas que incentivem a reformulação dos produtos alimentares. Ao mesmo tempo, devemos englobar nesta estratégia a necessidade de reduzir as escolhas alimentares de má qualidade. Falo da publicidade e outras estratégias de marketing, por exemplo, através da implementação de restrições às muitas promoções e outras estratégias de incentivo ao consumo. H - QUAIS AS GRANDES BATALHAS PARA O FUTURO? MJG - Continuar a nossa estratégia de comunicação de qualidade para profissionais de saúde, jornalistas e cidadãos através do nosso site nutrimento.pt e lutar contra o crescimento das fake news, que na área da alimentação e nutrição causam muitos estragos na saúde pública. Manter o interesse dos atores políticos sobre a necessidade de se manter uma estratégia alimentar em Portugal e continuar a colaborar ativamente com outras áreas tanto em Portugal como na União Europeia para a definição de uma política alimentar comum na Europa.

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SER MAIS HOLON

PAULO NETO FREIRE Farmacêutico e proprietário Farmácia Rio de Mouro

A FAST HEALTH CARE, TAL COMO A FAST FOOD, CANSA E FAZ MAL À SAÚDE! «Os utentes regressam à farmácia. Ao local onde cada um é conhecido e, onde mais do que a venda de um produto, é apresentada uma solução saúde. A Farmácia Rio de Mouro celebra este ano o seu 61.º aniversário. Apesar da covid-19, fizemos festa. Era imperativo celebrar porque conseguimos regressar às nossas próprias raízes: O cuidado farmacêutico personalizado. Numa passagem de ano, Bill Gates dizia: “Os anos 80 foram os anos da qualidade; os 90 do downsizing, redução de custos; o novo milénio, será o tempo da rapidez e da instantaneidade”. De acordo com Bill Gates, o que os consumidores agora querem é rapidez, instantaneidade, tudo na hora, online, já! Na saúde, também notamos estas transformações. Em detrimento da qualidade, parece que ninguém pode ou sabe esperar. No entanto, na farmácia não podemos ter stocks exagerados e, muitas vezes, temos o dever deontológico de fazer perguntas e dar conselhos. Estamos num novo começo. Esta pandemia mexeu com a sociedade e com cada um de nós. É uma boa altura para fazermos perguntas. Quero o rápido e padronizável ou prefiro o personalizado?

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Por vezes, os nossos clientes ficam entusiasmados com outros locais onde lhes dão de forma imediata o que solicitam e sem perguntas. Locais onde são tratados como números, de forma rápida e, ilusoriamente, com melhores preços. Engolem produto. E o inevitável acontece. Os utentes regressam à farmácia. Ao local onde cada um é conhecido e onde mais do que a venda de um produto é apresentada uma solução saúde. Não são massa anónima, não são da estatística, não engolem produto. Não e não! As farmácias são para os utentes do meu bairro e da minha terra. Para os que, olhos nos olhos, eu vejo o que sofrem e sinto o que precisam. Sejamos realistas. E o realismo é cheio de otimismo. Nas nossas farmácias já temos qualidade, conhecemos os nossos utentes e somos baratos para o serviço que prestamos. Temos futuro! Temos muitas oportunidades! Mais cedo ou mais tarde, um dia todas as farmácias serão assim. E as que não forem, na realidade, não serão farmácias.



NOME: GRACINDA SILVA IDADE: 81 ANOS LOCALIDADE: LEIRIA OBJETIVO: RESPEITAR OS HORÁRIOS E GARANTIR A TOMA CORRETA DA MEDICAÇÃO

> NA PRIMEIRA PESSOA

«SENTIMO-NOS MAIS SEGURAS E DESCANSADAS.»

Gracinda Silva, de 81 anos, vive em Leiria e é acompanhada, há vários anos, pela equipa da Farmácia Senhor dos Milagres. Os vários problemas de saúde que foram surgindo ao longo dos anos explicam a razão de ser polimedicada, com um esquema terapêutico complexo. Numa das suas visitas à farmácia, Gracinda confidenciou à farmacêutica Sónia Silva que se sentia muito confusa e que nem sempre sabia as horas a que devia tomar cada um dos seus medicamentos. Para a equipa foi um sinal de alerta. De imediato, a Dra. Sónia sugeriu à utente, bem como à sua filha Teresa, a marcação de uma Consulta Farmacêutica. O objetivo era claro: Rever e reconciliar toda a medicação, de forma a garantir a adesão à terapêutica e evitar a duplicação de medicamentos. A necessidade de a utente aderir corretamente à terapêutica, levou a equipa a sugerir a integração no Serviço de Preparação Individualizada da Medicação (PIM). Neste serviço, a medicação é preparada individualmente, num blister descartável e semanal, dividida pelos vários dias da semana e pelos horários das diferentes tomas. Uma mais valia que veio ajudar Gracinda a sentir-se mais segura na altura de tomar a medicação, já que o risco de se

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baralhar com os medicamentos deixou de existir. A adaptação de Gracinda à nova forma de organizar a sua medicação foi muito rápida, também graças ao apoio da filha Teresa. “Apenas tenho de me dirigir à farmácia para levantar a medicação da minha mãe, já preparada. Passei a estar mais descansada, porque sei que foi um profissional de saúde a fazê-lo”. Outro ganho é que com a mediação bem separada e identificada, Gracinda passou a fazer as tomas na hora certa. A farmacêutica Sónia Silva não tem dúvidas sobre as maisvalias deste apoio da intervenção farmacêutica à comunidade: “Conseguimos promover a segurança, a efetividade e a adesão à terapêutica, assim como esclarecer dúvidas ou até mesmo alterar medicação, por indicação médica.” Um caso de sucesso que reforça a importância da intervenção diária do farmacêutico, neste caso, através da sensibilização dos familiares e cuidadores para as vantagens de um serviço de gestão diária da medicação, que potencia a eficácia terapêutica, por via da toma da dosagem certa, na hora certa. Hoje, Gracinda e Teresa sentem-se seguras e recomendam este serviço a todos os familiares de pessoas idosas.



> FARMÁCIA ATUA

FARMÁCIA OEIRAS FIGUEIRINHA NO FACEBOOK

Os colaboradores que participaram tiveram ainda oportunidade de fazer a avaliação da pressão arterial e a medicação da glicémia. Um balanço positivo que levou mais saúde junto da comunidade, e permitiu alertar para as mais valias de um estilo de vida saudável.

FARMÁCIA CAMPO GRANDE COM LIVE SOBRE PIOLHOS

A Farmácia Oeiras Figueirinha continua a apostar forte na presença no facebook. De forma simples, direta e muito útil, os lives começam a ser uma referência da farmácia que consegue, assim, estar ainda mais perto da comunidade. No último live KIT Primeiro Socorros, o enfermeiro Tiago Carvalho explicou, e mostrou, quais os produtos que deve ter sempre em casa, onde é que estes deverão estar armazenados, e deu especial destaque às situações de doenças crónicas. Durante 20 minutos, os seguidores aprenderam pequenos truques que podem fazer a diferente, perante uma emergência. O live também constituiu uma oportunidade para os seguidores ficarem a conhecer a gama completa de Produtos Holon disponível em exclusivo nas suas Farmácias Holon. Se não teve oportunidade de ver, passe na página de facebook da farmácia e veja, ou reveja, o vídeo. FARMÁCIA SENHOR DOS MILAGRES PROMOVE AÇÃO DE SAÚDE Mesmo em tempo de contingência, a Farmácia Senhor Dos Milagres garantiu todas as medidas de segurança e desafiou os mais de 600 colaboradores de uma empresa de Leiria para uma Avaliação de Saúde. A ação decorreu em setembro e, durante dois dias, foram realizadas ações de rastreio com o apoio das equipas do Serviço de Dermofarmácia, Pé Diabético, Podologia e Nutrição.

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A Farmácia Campo Grande não deixou cair o tema que afeta muitas crianças, e adultos, nesta altura do ano. Durante 30 minutos, o enfermeiro Tiago Carvalho esclareceu dúvidas e apresentou soluções práticas de como evitar, tratar ou evitar a reincidência do seu aparecimento. A sessão do live “Piolhos, Oh não!” usou a plataforma do Instagram para chegar a muitos dos seus seguidores. Fique atento às redes sociais da Farmácia Campo Grande para conhecer novas sessões, com temas úteis ao seu dia a dia.



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Rir é tão importante e essencial à vida que até já se celebra o Dia Internacional do Riso, a 18 de janeiro, começa por referir Sabrina Tacconi, risoterapeuta há mais de duas décadas. «Atualmente, estamos imersos em muita informação. Funcionamos muito com o raciocínio e com a lógica, ou seja, o hemisfério esquerdo do cérebro. Quando rimos, ativamos o hemisfério direito do cérebro, que se relaciona com a nossa parte mais criativa, mais instintiva, intuitiva e relaxada. Dessa forma conseguimos criar na pessoa uma espécie de libertação emocional. A pessoa acaba por encontrar novamente o equilíbrio, entre outros benefícios para a saúde», esclarece. Porém, a terapeuta do riso frisa que, para que o riso seja realmente saudável, deverá ser «“connosco próprios e com os outros” e não “de nós próprios ou dos outros”. Quando rimos dos outros magoamo-nos a nós e ao outro ser humano. Quando rimos com os outros seres humanos criamos pontes de amizade e de cumplicidade». SOMAM-SE BENEFÍCIOS Rir é, então, uma ferramenta para, naturalmente, reduzir o stress, ajudar a superar alguns obstáculos da vida e, em suma, viver melhor. Sabrina Tacconi explica que a risoterapia é uma técnica que poderá ser usada para dar resposta à simples necessidade de equilíbrio ou compensação em determinadas fases da vida, ou como complemento ao tratamento de doenças como a depressão. «Os exercícios realizados numa sessão de risoterapia têm por objetivo o relaxamento muscular e a libertação de serotonina, um antidepressivo natural, porque a sua ação regula o humor, o sono, o apetite, a frequência cardíaca, a temperatura do corpo, a sensibilidade e as funções intelectuais», elucida a terapeuta do > 20

riso. Outro benefício é a libertação de endorfina, hormona associada à sensação de bem-estar. «Altos níveis de endorfina são sinónimo de melhor memória, maior resistência física, fortalecimento do sistema imunitário, bloqueio de lesões dos vasos sanguíneos, efeito paliativo contra a dor e maior satisfação sexual», salienta Sabrina Tacconi, acrescentando: «Rir fortalece o sistema imunológico e cardiovascular, limpa o sistema respiratório, é um método anti-stress e dá energia às pessoas, relaxando-as profundamente.» YOGA DO RISO Criado em 1995 na Índia, pelo médico de família Madan Kataria e a esposa Madhuri Kataria, o Yoga do Riso «é a combinação de riso incondicional, através de exercícios de riso com as respirações profundas (pranayamas). No Yoga do Riso rimos sem qualquer recurso a anedotas», explica Filipa Pereira, recentemente nomeada Embaixadora do Yoga do Riso em Portugal. Partindo do riso induzido, o objetivo é chegar ao riso natural, pelo que os especialistas na área recomendam que se comece por “forçar” o riso e se pratique o riso constante, durante 10 a 15 minutos por dia. «À medida que crescemos, vamos esquecendo a importância de rir no dia a dia e quais os benefícios que este traz para nós e para quem nos rodeia. Muitos de nós sempre ouviram ‘muito riso, pouco siso’ e sempre que nos riamos na escola, rapidamente, questionavam: ‘Por que te estás a rir?’. Crescemos com o ‘estigma’ de que rir era uma coisa menos boa porque, de certa forma, associávamos a algum tipo de gozo ou sátira», comenta Filipa Pereira, que refere os vários estudos que comprovam o efeito intenso que o riso tem no corpo e na mente.


DOUTORES PALHAÇOS Embora a Operação Nariz Vermelho (ONV) «não pratique “risoterapia pura e dura”», os responsáveis salientam que a missão «é precisamente levar alegria, risos e sorrisos às crianças hospitalizadas, através da visita de palhaços profissionais». Carlota Mascarenhas, Diretora de Comunicação e Angariação de Fundos da ONV, refere que os 25 Doutores Palhaços têm formação específica no meio hospitalar e trabalham em estreita colaboração com os profissionais de saúde, realizando visitas semanais em 17 hospitais, em Lisboa, Cascais, Sintra, Amadora, Almada, Barreiro, Porto, Coimbra e Braga, alegrando, anualmente, mais de 47 mil crianças hospitalizadas. Este ano, «pela primeira vez, a ONV viu-se confrontada com a necessidade de adaptar a sua missão às condicionantes da pandemia da covid-19». Os Doutores Palhaços interromperam as visitas presenciais e foi lançada a TV ONV, «com 2 vídeos diários dirigidos a todas as crianças hospitalizadas», disponíveis no canal YouTube da organização, bem como nas redes sociais. «Esta solução permite que, facilmente, as crianças em todos os hospitais possam assistir duas vezes por dia aos vídeos dos Doutores Palhaços», frisa Carlota Mascarenhas, que explica que as visitas aos serviços pediátricos são feitas por dois Doutores Palhaços. «Estas interações incluem momentos de comédia, música, dança, representação, improviso e colaboração com as próprias crianças, cujas reações são sempre o leme que conduz estes momentos. O importante é sempre colocar o ‘poder’ nas mãos da criança; ela é que é o centro de tudo e tem de se sentir confortável com o que está a acontecer à sua volta».

DESCOBRIR O SORRISO DAS CRIANÇAS Aqui, o objetivo é sempre fazer rir a criança ou adolescente com quem o Doutor Palhaço está a interagir. «Distraí-la da realidade em que se encontra, hospitalizada, longe de casa e da família, longe de tudo o que lhe é habitual e confortável», refere a responsável da ONV, frisando: «Trata-se, assim, de um momento de humanização dos cuidados pediátricos, no qual o Doutor Palhaço ajuda a resgatar não só o lado saudável da criança ou adolescente e a sua vontade (e direito) de brincar, mas também resgata a ‘criança’ que vive em cada um dos adultos que a acompanham neste processo».

Atualmente, são várias as áreas terapêuticas que recomendam o riso como um complemento para a melhoria do bem estar físico, pessoal e emocional, havendo atualmente médicos de várias áreas, «desde psicólogos a especialistas da área da Saúde Mental, passando por recomendação após diagnóstico de doença oncológica ou até quando se pretende engravidar», explica Sabrina Tacconi, que recomenda que, «mesmo em época de covid-19, devemos continuar a rir e a sorrir atrás da máscara». DOSE DIÁRIA DE POUCO SISO Quanto mais nos rirmos ao longo do dia, melhor! Recomendado para qualquer pessoa há, no entanto, situações em que a prática é contraindicada, pois envolve algum esforço físico e um aumento da pressão intra-abdominal. Sendo o riso «como a nossa impressão digital, é único e pessoal, cada pessoa tem a sua forma peculiar de rir e não existe riso melhor ou pior», Filipa Pereira refere que este se cultiva de variadíssimas formas. Podemos começar por «rir, todos os dias, logo de manhã, porque ainda não se foi influenciado por fatores externos. Pode rir, deitado na cama, em frente ao espelho ou no duche, enquanto se toma banho. O importante é praticar todos os dias 10 a 15 minutos de riso contínuo, até porque quanto mais rirmos connosco e de nós próprios mais felizes nos sentimos», frisa Sabrina Tacconi. E você, já tomou a sua dose diária de riso?

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Serviรงo de Enfermagem Holon


DIANA PEREIRA Farmacêutica

> HOLON CUIDA

SÍNDROME DE BURNOUT

A DOENÇA QUE NASCE COM O TRABALHO O Burnout é um problema real que chega silencioso, sem pré-avisos ou sintomas claros. Os efeitos podem ser devastadores. Aprenda a identificar os sinais e a tratá-los o quanto antes. A Organização Mundial de Saúde classifica-o como “Fenómeno ocupacional, resultado de stress crónico no local de trabalho, que não foi gerido com sucesso”. Pouco fácil de identificar, o burnout é um estado de esgotamento físico e mental devido exclusivamente à atividade profissional, não aplicável em experiências noutras áreas da vida. Os sinais de alarme passam por 3 dimen-

sões de evolução: 1. Exaustão emocional e esgotamento de energia; 2. Aumento do distanciamento social do trabalho ou sentimento de negativismo relacionado com o próprio trabalho; 3. Redução da eficiência profissional. O excesso de carga de trabalho, exigências ou falta de apoio de

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chefias e colegas, má gestão organizacional e assédio psicológico ou sexual são fatores de risco para o desenvolvimento de burnout. Ninguém está livre. Poderá surgir em qualquer idade e tipo de atividade profissional, embora se verifique frequentemente em profissões sujeitas a pressão ou em contato direto com pessoas a quem prestem serviços. Destacam-se os profissionais de saúde, professores, serviços sociais, advogados e polícias, dada a exigência profissional e o maior envolvimento emocional. BURNOUT E DEPRESSÃO Muitas vezes, o burnout é confundido com depressão. Na presença de burnout, no contexto de exaustão profissional, as melhoras surgem, na maioria dos casos, ao afastar a pessoa da situação. Por outro lado, se estivermos perante uma situação de depressão, a pessoa continua depressiva, mesmo após a saída da situação laboral causadora de exaustão. Não é fácil, mas na verdade existem pequenas estratégias que poderão ajudar a evitar uma situação de burnout. A saber: • Sempre que possível, faça por melhorar as circunstâncias e condições que originam o problema, como uma revisão das suas condições laborais e das relações profissionais; • Pondere um retiro temporário ou uma reorganização do seu trabalho; • Invista nos seus interesses pessoais e no contacto com a família e amigos; • Pratique exercício físico (30 minutos diários) ou atividades relaxantes como ioga e meditação; • Consulte um médico, sobretudo quando existe depressão associada; • A psicoterapia poderá ajudá-lo a compreender as razões que

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levaram ao problema e a evitá-lo; Procure ajuda! Os profissionais das Farmácias Holon estão sempre disponíveis.

É PRECISO FICAR ATENTO! Identifique os sintomas da Síndrome de Burnout: Emocionais: Tristeza, apatia, irritabilidade, frustração, revolta, tédio, perda de controlo emocional, ansiedade e despersonalização; Cognitivos: Défice de atenção, concentração e memória, falta de criatividade, diminuição da autoconfiança profissional; Físicos: Sensação de falta de ar, coração acelerado, fadiga, tensão muscular, hipertensão arterial, problemas gastrointestinais, enxaquecas, insónias, alterações do apetite, fragilização da resposta imunitária; Alterações Comportamentais: Isolamento e dificuldades de interação social, aumento da agressividade e aumento ou abuso do consumo de substâncias como tabaco, álcool, drogas ou medicação; Atitudes Negativas: Trabalhar com desmotivação, falta de realização, pouco entusiasmo, empenho e eficácia profissionais.


Eficaz até o despertador tocar*1

Sem receita médica

DORMIDINA® (Succinato de Doxilamina) é um medicamento não sujeito a receita médica indicado na dificuldade temporária em adormecer. Está contraindicado na gravidez e lactação. Não deve administrar-se em algumas situações como asma, bronquite crónica, glaucoma e hipertrofia prostática. Se produzir sonolência diurna deve reduzir-se a dose. Não conduza quando tomar este medicamento. Não administrar mais do que 7 dias seguidos nem a menores de 18 anos, salvo critério médico. Leia cuidadosamente o folheto informativo. Em caso de dúvida, persistência ou aparecimento de outros sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Não comparticipado. Licença de ESTEVE. Para mais informações deverá contactar o titular da AIM: BIAL - Portela & C.ª S.A., À Av. da Siderurgia Nacional - 4745-457 S. Mamede do Coronado - Portugal • NIPC 500220913. DDVSAM180528 * Referente a uma noite de 8h de sono 1. Resumo das Características do Medicamento Dormidina 25 e 12,5, revisto pela última vez em 07/2013.

DR/JUL20/PT/011


> BEBÉ & MAMÃ HOLON

DOENÇAS INFANTIS: O QUE (DES)VALORIZAR? Todos os pais já passaram pela situação em que, perante um filho com febre, mal-estar ou indisposição, ponderaram ir ao serviço de urgências. É essencial aprender a distinguir os sinais de alarme e a perceber o que exige cuidados de saúde imediatos. Febre, infeções virais, na sua maioria de foro respiratório, diarreia e/ou vómitos, dor abdominal ou dor de cabeça são algumas das queixas mais frequentes entre as crianças, mas que nem sempre são sinal de doença grave e sinónimo de ida às urgências. Hugo de Castro Faria, médico pediatra no Centro da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Descobertas, aponta os riscos e as precauções a ter, salientando que muitas das queixas que levam os pais à urgência não se traduzem em doença. O médico pediatra menciona as vulgares constipações, com obstrução nasal e tosse ligeira, como um dos motivos mais frequentes e que devem ser tratadas com uma simples lavagem nasal, uma aspiração do nariz, sem necessidade de acompanhamento médico. «Só devem ir à urgência se a tosse é persistente, se houver dificuldade respiratória, falta de ar ou o prolongar dos sintomas durante vários dias», frisa o médico.

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SABER RECONHECER OS SINAIS A febre surge também no top das preocupações dos pais, mas, como salienta a Direção-Geral da Saúde, «esta é um sintoma e não uma doença». Normalmente provocada por doenças virais e autolimitadas, é igualmente comum, em muitos casos, «a ida à urgência após o primeiro pico de febre, o que é desnecessário. Perante um quadro de febre, os pais devem tratar com os antipiréticos adequados e vigiar. Habitualmente, só se a febre não cede ou a criança fica prostrada, após a toma do medicamento é que poderá haver necessidade de uma visita ao médico», elucida Hugo de Castro Faria. Também, as gastroenterites, acompanhadas de febre e/ou vómitos, são comuns na infância. Na maioria dos casos são causadas por doenças virais e a maior preocupação é vigiar o estado de



BORBULHAS, MANCHAS E ÚLCERAS: COMO LIDAR As doenças exantemáticas são muito comuns na infância e caracterizam-se pelo aparecimento de erupções cutâneas, como manchas rosadas, pápulas, úlceras, entre outras, em zonas específicas do corpo, por vezes acompanhadas de febre. Sarampo, rubéola, varicela ou escarlatina são nomes que, imediatamente, suscitam pânico. O importante é saber distingui-las, pois as “borbulhas” não são todas iguais. «Máculas, são uma lesão lisa. Pápulas, já é uma lesão ligeiramente elevada. E, no caso da varicela, surgem vesículas», esclarece Graça Gonçalves. Estas quatro doenças não têm também a mesma origem. «Três delas são infeções provocadas por vírus e uma delas é provocada por bactéria, no caso da escarlatina, que pode ocorrer várias vezes ao longo da vida», remata a médica pediatra. Só uma avaliação clínica poderá definir qual a doença e o tratamento mais adequado.

hidratação da criança, «como a frequência com que esta urina, se chora sem lágrimas ou se apresenta a boca seca», alerta. E reforça que «ninguém conhece melhor os filhos do que os pais. Pelo que, se a criança ficar prostrada e irritada, com vómitos intensos ou diarreia aguda, nesse caso, há que recorrer ao aconselhamento médico». EVITAR OS MEDOS Muitos pais já vivenciaram, igualmente, situações em que, perante um quadro emocional de maior angústia, como o regresso à escola, os filhos se queixam de dor de barriga. Neste caso, há que perceber qual a repercussão que esta dor abdominal tem: «Se é incapacitante, se a criança fica quieta, enrolada sobre a barriga ou com dor constante, os pais devem procurar ajuda dos profissionais de saúde», menciona o médico pediatra. Outra queixa comum, é a dor de cabeça. «Importa estar alerta quando a dor é incapacitante, se surge durante a noite e a criança

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acorda, tem queixas mal acorda, quando a dor de cabeça surge acompanhada de vómitos ou quando surge em idade precoce», refere o médico. Também nestes casos, há que «tratar o sintoma - com o medicamento adequado à situação -, olhar para a criança e perceber de que forma aquela situação é ou não incapacitante, se a criança continua ativa e a brincar. Os pais conhecem bem os seus filhos e, mais do que olhar para o sintoma, importa olhar para a criança e perceber o seu estado», frisa Hugo de Castro Faria.

LINHA SAÚDE 24: SEMPRE DISPONÍVEL Viver em tempos de pandemia traz também novos desafios para os pais: Levar ou não a criança ao hospital. O pediatra Hugo de Castro Faria não tem dúvidas de que, mais do que nunca, «é importante, minimizar os riscos e manter a criança resguardada», evitando idas desnecessárias à urgência. Disponível 24 horas por dia, a linha SNS 24 – 808 24 24 24 – está pronta para esclarecer dúvidas e fazer o encaminhamento para uma unidade de saúde, caso seja necessário. No outro lado da linha está uma equipa de profissionais capacitados para ajudar os pais a fazer uma primeira avaliação do problema. Por não se tratar de uma consulta médica, não substitui os cuidados de saúde de um profissional de saúde, mas poderá ajudar a acalmar algumas dúvidas e ansiedades. E evitar que a criança vá para uma urgência, expondo-a a riscos desnecessários.



RUTE TOITO Podologista

> PODOLOGIA HOLON

SALTO ALTO: ATENÇÃO AOS SEUS PÉS! Festas e saltos altos são duas palavras que fazem parte do vocabulário das mulheres. O risco está na utilização diária deste calçado, que poderá ser prejudicial para a saúde da sua coluna. Os saltos altos são um acessório indispensável para muitas mulheres. Mas o seu uso excessivo poderá trazer consequências para a sua saúde, e não só nos pés. De acordo com a American Podiatric Medical Association, 71% das mulheres que usam saltos altos, sentem dores nos pés. O problema é que as dores também se podem estender para a coluna, anca, joelhos e tornozelos. Normalmente, a nossa coluna tem uma curvatura suave. Com o uso contínuo de saltos altos, a curvatura intensifica-se, alterando o nosso alinhamento postural normal. Para manter o equilíbrio, a > 30

nossa coluna e anca sofrem desalinhamentos e o peso do corpo é deslocado para os joelhos e para os pés. Este comportamento, repetido durante muito tempo, provoca doenças no pé, como joanetes, inflamação da planta do pé, calos, calosidades e até mesmo bolhas. Lembre-se que tudo o que um salto alto e fino tem de elegante, tem também de perigoso! Por isso, agora em tempos de festa, escolha sapatos que se adaptem aos seus pés, com salto largo ou com uma plataforma ampla, até 4cm, que promova maior estabilidade.



TIAGO CARVALHO Enfermeiro

> PÉ DIABÉTICO HOLON

DIABETES: MITOS E VERDADES São muitas as dúvidas e as ideias preconcebidas que existem sobre a Diabetes. Para saber controlá-la ou prevenir o seu aparecimento há que estar informado e adotar os hábitos certos. Todos os anos a incidência da Diabetes aumenta. Dados de 2019 revelam que Portugal regista entre 60 mil a 70 mil novos casos anuais de Diabetes, a maioria do tipo II. Para além dos números, ajudamos a esclarecer algumas dúvidas: A DIABETES É UMA DOENÇA CONTAGIOSA? Não! A Diabetes surge quando o pâncreas não produz insulina ou quando a produz em quantidade insuficiente para o normal funcionamento do organismo. Outra situação é quando a insulina produzida não atua adequadamente (resistência à insulina). AS PESSOAS COM DIABETES NÃO PODEM COMER AÇÚCAR? Falso! As pessoas que vivem com a doença podem comer açúcar

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e alimentos que contêm este ingrediente, de forma regrada. Por exemplo, quando ocorre uma diminuição dos níveis de açúcar no sangue, para valores inferiores a 70mg/dl (hipoglicémia), é necessário consumir açúcar (2 pacotes ou 2 colheres de sopa de açúcar). Os doces ficam reservados para dias festivos, de preferência após a refeição e tendo em atenção as quantidades. É POSSÍVEL PREVENIR AS COMPLICAÇÕES DA DIABETES? Sim! O pé diabético é uma das complicações mais comuns, se a Diabetes não estiver controlada. O acompanhamento regular por profissionais de saúde e a adoção de estilos de vida saudáveis ajudam a reduzir o risco do seu e de outras situações. Encontre o acompanhamento de que precisa no Serviço de Pé Diabético Holon!


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ValdispertNoite Total é um suplemento alimentar. Os suplementos alimentares não são substitutos de um regime alimentar variado nem de um estilo de vida saudável. Não exceder a toma diária indicada.


> PREVENÇÃO SAÚDE

DEIXAR DE FUMAR: UMA CONQUISTA PARA A SAÚDE Todos os anos, o tabagismo mata mais de sete milhões de pessoas. Deixar de fumar não é tarefa fácil, mas é possível! Basta uma boa dose de força de vontade e a ajuda indicada. Em Portugal, o tabaco mata mais de 32 pessoas por dia e é a primeira causa de morte em ambos os sexos, motivo pelo qual as diversas entidades de saúde têm empenhado esforços na luta contra o tabagismo. Conforme refere o pneumologista Jaime Pina, «o hábito de fumar é a principal causa de cancro do pulmão, estando presente em cerca de 85% dos casos». Assim, «o hábito de fumar é, atualmente, a principal causa de doença e de morte evitáveis», pelo que urge abandonar este vício. Quando o indivíduo deixa de fumar, «os benefícios são sentidos quase imediatamente. Quanto maior o tempo de abstinência, maiores as melhorias no quadro de saúde geral da pessoa», assegura Ana Sofia Ramos, do Serviço de Cessação Tabágica Holon, que começa por descrever as melhorias logo ao nível do paladar, do olfato, da saúde oral e até da pele.

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BENEFÍCIOS IMEDIATOS «Logo nas primeiras horas da cessação tabágica, a pressão arterial e o ritmo da frequência cardíaca estabilizam», refere a farmacêutica, acrescentando que «os níveis de monóxido de carbono no sangue diminuem e há um aumento da concentração de oxigénio na corrente sanguínea, assim como uma melhor oxigenação das células e uma melhoria da capacidade pulmonar». É, ainda, possível sentir-se uma diminuição da tosse, bem como «o aumento da resistência física, acompanhado de uma diminuição, gradual, do risco de acidente vascular cerebral, problemas cardíacos e hepáticos e de cancro de boca, pulmão, laringe e faringe, sem esquecer que, a cada ano sem fumar, os riscos de doenças crónicas graves diminui», continua a enumerar Ana Sofia Ramos.


A farmacêutica Holon enumera ainda outra razão que leva muitos a procurar a consulta de cessação tabágica: A poupança financeira.

Dado este passo, o fumador poderá recorrer a uma consulta de cessação tabágica, na qual, uma equipa multidisciplinar, faz uma avaliação ampla sobre os motivos e fatores que levam ao ato de fumar, de modo a delinear uma estratégia individualizada, com a indicação de intervenção terapêutica adequada para cada caso específico.

DICAS PARA DEIXAR DE FUMAR • Faça uma lista dos motivos que justificam a decisão de deixar de fumar; • Identifique as situações em que habitualmente fuma e como poderá lidar com elas; • Marque uma data para deixar de fumar: O dia ‘D’. Até lá, procure atrasar o primeiro cigarro da manhã, elimine cigarros ao longo do dia, evite fumar o cigarro até ao fim e mude de marca de tabaco para uma que lhe agrade menos; • Anuncie que vai deixar de fumar: Comprometa-se com a decisão e envolva os outros na sua decisão; • Retire os objetos relacionados com o consumo de tabaco de perto de si e evite estar junto de pessoas que fumem; • Quando sentir uma forte vontade de fumar, respire profundamente, controle a respiração e aprenda a relaxar; • Aumente o nível de atividade física e faça uma alimentação saudável; • Guarde, diariamente e num local visível, o dinheiro que ia gastar em tabaco. Gaste-o em algo que lhe dê prazer.

CONSULTA DE CESSAÇÃO TABÁGICA São vários os centros de saúde, clínicas e farmácias que dispõem de consultas de cessação tabágica, um importante aliado para o fumador abandonar o hábito do tabaco. Contudo, como reforça a farmacêutica Ana Sofia Ramos, «é essencial que o fumador tenha a vontade e o desejo de deixar de fumar. Depois, há estímulos que ajudam, como a recomendação de amigos e familiares, o conselho do farmacêutico ou do médico, mas tem de partir do próprio essa decisão».

CIGARROS ELETRÓNICOS: PERIGOS REAIS

A Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) alerta para as ideias erradas que têm vindo a ser veiculadas sobre os cigarros eletrónicos ou do tabaco aquecido: «Independentemente das respetivas concentrações, os fumadores continuam a introduzir no seu aparelho respiratório substâncias muito lesivas para o organismo. Algumas delas foram encontradas em concentrações mais baixas do que aquelas que estão identificadas no tabaco convencional, outras, em concentrações mais elevadas», refere o especialista. Nos estudos já desenvolvidos, a ciência não foi capaz de definir um limite de segurança, que, muito provavelmente, não existirá: «São substâncias que, pela elevada capacidade inflamatória e cancerígena, fazem sempre mal à saúde, independentemente da sua concentração», frisa Jaime Pina. O vice-presidente da FPP mostra-se ainda preocupado com o marketing em torno destas alternativas ao cigarro convencional. «Ao promover uma mudança na imagem de fumar - não se fuma, vapeia-se através de um sofisticado e apelativo aparelho eletrónico - a indústria está, obviamente, a “piscar o olho” aos jovens, ou seja, está a angariar novos clientes e a torná-los dependentes - a nicotina é uma rápida e potente indutora de dependência. O tabaco aquecido, ao conter nicotina, induz e perpetua a dependência tabágica», elucidou o médico pneumologista.

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Cláudia Pereira Nutricionista Patrícia Gabriel Nutricionista

> NUTRIÇÃO HOLON

ALIMENTE O SEU SISTEMA IMUNITÁRIO As frutas e legumes, alimentos ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, são essenciais para a manutenção e reforço do nosso sistema imunitário. Este inverno, aposte nestes seus aliados no combate a gripes e constipações. Quando o organismo está em baixo de forma, pela presença de uma infeção viral, fúngica ou bacteriana, o sistema imunitário é o nosso aliado na defesa e combate contra estes microrganismos indesejados. Existem diversos fatores externos que podem influenciar de uma forma negativa o nosso sistema imunitário: A poluição, o elevado nível de stress, o envelhecimento, horas de sono insuficientes e possíveis défices nutricionais. Com a chegada do inverno, estamos mais > 40

expostos a agentes infeciosos sendo por isso, fundamental incluir na nossa alimentação, nutrientes essenciais que ajudem a reforçar as nossas defesas naturais. Ou seja, incluir na nossa rotina diária uma alimentação saudável, completa, variada e equilibrada baseada nos princípios da Roda dos Alimentos Mediterrânica. Com o envelhecimento, o nosso sistema imunitário torna-se menos eficaz no combate a infeções, razão pela qual os idosos são um



grupo de risco para as gripes e constipações, comuns no inverno. O envelhecimento também influencia negativamente a ingestão alimentar, por via da perda de capacidade de ingestão e mastigação de alimentos. Esteja atento e, caso seja necessário, opte por reforçar o aporte nutricional com suplementos alimentares adequados. Conte sempre com o aconselhamento do Serviço de Nutrição Holon. GESTOS SIMPLES E EFICAZES! O que ingerimos diariamente é determinante para reforçar o nosso sistema imunitário. Por isso, opte por fazer uma alimentação diária saudável, consumindo alimentos ricos em vitaminas (A, B6, B9, C, D e E) e minerais (zinco, selénio e ferro), para assegurar o normal funcionamento do seu organismo. A prática regular de atividade física também contribuir para reforçar as nossas defesas, uma vez que fortalece a resposta antioxidante do organismo, melhora a tolerância às vacinas e atrasa o “envelhecimento” do sistema imunitário. Pequenas estratégias que podem fazer a diferença e que ajudam a reforçar a nosso bem-estar geral.

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REFORÇO DIÁRIO DO SISTEMA IMUNITÁRIO

Existem regras imprescindíveis para a proteção e reforço do sistema imunitário que podemos adotar no nosso dia a dia: • Dormir um sono reparador de 8 horas diárias; • Manter um bom estado de hidratação (beber pelo menos 1,5L de água por dia); • Deixar de fumar; • Praticar exercício físico; • Minimizar o stress; • Evitar consumir bebidas alcoólicas e alimentos ricos em açúcares simples (cereais de pequeno-almoço açucarados, bolos, bolachas, chocolates, gomas, rebuçados, sumos de pacote e refrigerantes), gorduras saturadas e trans (carne processada, manteiga, queijos gordos, natas, fast food e refeições pré-cozinhadas), e sal (sopas instantâneas, alimentos préfritos, batatas fritas de pacote, enlatados, fumados, enchidos, salgados e caldos concentrados). Além da adoção de um estilo de vida saudável, as boas práticas de higiene pessoal como a lavagem das mãos, a proteção da boca na tosse ou espirros e o uso de lenços de papel de utilização única, são imprescindíveis para protegermos o sistema imunitário.


NUTRIENTES ESSENCIAIS: OS ALIADOS DO DIA A DIA Variar, variar, variar! O que comemos influência muito a nossa resistência física, o nosso bem-estar e até interfere com os nossos estados de humor. Conheça os nutrientes, e respetivos alimentos, que deverá incluir no seu regime alimentar. Nutriente

Fontes Alimentares

Vitamina D

Excelente antioxidante que contribui para a prevenção do stress oxidativo e de danos celulares.

Vitamina B9 (Ácido Fólico)

Espinafres, brócolos, leguminosas (principalmente feijão e grão), gérmen de trigo, amendoim e vísceras

É essencial na síntese do DNA e na formação de glóbulos vermelhos e brancos.

Ferro

Carnes vermelhas magras, vísceras (fígado), gema de ovo, pescado/crustáceos (atum, amêijoa, ostra e berbigão), leguminosas e hortícolas de folha verde escura (espinafres, agrião, brócolos, nabiças, couves)

Intervém na defesa do organismo contra as infeções.

Zinco

Carne, marisco (ostras, caranguejo, lagosta), lacticínios, frutos oleaginosos (amêndoas e cajus), leguminosas e cereais integrais.

Reparação dos tecidos e para a cicatrização de feridas.

Selénio

Frutos oleaginosos, principalmente na castanha-doPará e nas avelãs, sementes, bivalves e cogumelos.

Desempenha um papel fundamental na proteção do DNA e é essencial para uma resposta imune adequada.

Função

Desempenha um papel importante para o bom Alimentos de origem funcionamento da visão, animal: óleo de fígado reforça o sistema imunide bacalhau, gema tário, ajuda na de ovo e fígado. Vitamina A cicatrização de feridas, Alimentos de origem no combate a infeções vegetal: Cenoura, (principalmente resabóbora, batata-doce piratórias) e também e espinafres. intervém no tratamento de doenças cutâneas. Banana, carne de Vitamina B6 Papel importante na aves, fígado e legu(piridoxina) formação de anticorpos. minosas Antioxidante que previne a oxidação das células do sistema imunitário, permitindo ao organismo Citrinos (kiwi, laranja, estar mais protegido Vitamina limão, tangerinas, quando exposto a agenC (Ácido clementinas), tes agressores. Ascórbico) o pimento vermelho, O nosso organismo não os brócolos e o agrião. consegue sintetizar nem armazenar esta vitamina, razão pela qual deverá manter uma ingestão diária adequada. A exposição solar é a maior fonte desta vitamina. Diariamente, exponha pelo menos a face, os antebraços e as mãos ao sol 15-20 minutos. Principalmente no inverno, é importante reforçar a ingestão de alimentos como: óleo de fígado de bacalhau, peixes gordos (sardinha, salmão, atum, cavala), gema de ovo e produtos lácteos.

Vitamina E (Tocoferol)

Azeite, frutos oleaginosos, principalmente amêndoas e avelãs, óleo de fígado de bacalhau e sementes de girassol.

Contribui para a prevenção de doenças ósseas, reduz o risco de algumas doenças autoimunes (artrite reumatoide e lúpus) e atua também na prevenção de doenças crónicas não transmissíveis como o cancro, a Diabetes e as doenças cardiovasculares.

Os probióticos são definidos como “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro”. São os grandes responsáveis por restabelecer a flora intestinal, fortalecer o sistema imunitário, inibir o crescimento de bactérias patogénicas e reduzir o número de infeções. Incluímos como exemplos: Iogurte, kefir, chucrute, kimchee, kombucha, picles e miso. O ómega 3 tem uma ação anti-inflamatória e protetora das células do organismo, regulando e fortalecendo o sistema imunitário. As fontes alimentares de ómega 3 são os óleos vegetais e óleos de peixe, peixes gordos (sardinha, cavala, sarda, atum, arenque, salmão), sementes de chia, sementes de linhaça e nozes.

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> RECEITA SAUDÁVEL

Cláudia Pereira Nutricionista Patrícia Gabriel Nutricionista

INGREDIENTES (4 PESSOAS) • 2 chávenas (500 ml) de leite magro ou bebida vegetal sem adição de açúcar • 2 colheres de chá de curcuma em pó • 1 rodela (2 cm) de gengibre ralado ou 1 colher de chá de gengibre em pó • 1 pau de canela • 1 pitada de pimenta preta moída • 1 colher de sobremesa de mel

Informação Nutricional por 250ml: Calorias (kcal) 143 | Lípidos (g) 1,1g | Hidratos de Carbono (g) 22,2 | Proteína (g) 8,25

Golden Milk (Leite dourado) Modo de preparação: Aqueça num tacho todos os ingredientes (exceto o mel) e vá mexendo. Quando começar a levantar fervura, desligue o lume. Adicione o mel, mexa e coe o líquido para uma chávena. Delicie-se com esta bebida quente, reconfortante e deliciosa, ideal para estes dias de inverno.

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Curcuma - Propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias A curcuma é uma raiz que pertence à família das zingiberáceas, assim como o gengibre. A sua cor alaranjada deve-se à presença de compostos fenólicos, designados curcuminoides. A curcumina é o seu principal curcuminoide, responsável pelas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias da curcuma, com efeitos benéficos para o nosso sistema imunitário. A curcuma deve ser combinada com a pimenta preta, que possui um componente denominado piperina e que potencia as propriedades da curcumina. Pode ser adicionada, fresca ou em pó, em diversos alimentos e receitas culinárias.



> VIVA MAIS

HÓQUEI NO GELO

O DESPORTO QUE PROMOVE O ESPÍRITO DE EQUIPA Patinar em alta rotação é um bom antídoto contra o sedentarismo. Os benefícios fazem-se sentir com o reforço da agilidade, do equilíbrio e da força das pernas. Não há idade, nem limitações. Basta aceitar o desafio! A história de hóquei no gelo em Portugal começou com alguns emigrantes que viviam no estrangeiro e que trouxeram para o nosso país a sua paixão por este desporto, conta-nos James Aldred, um canadiano de 56 anos, ex-atleta profissional, selecionador da Seleção Portuguesa de Hóquei no Gelo há três anos e treinador profissional dos Luso Lynx, a primeira e única equipa portuguesa desta modalidade. James Aldred não tem dúvidas sobre os impactos positivos que

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este desporto tem na saúde dos seus praticantes. «O hóquei no gelo é um desporto fantástico. Aumenta a autoestima, o espírito de equipa e a camaradagem dentro e fora do ringue, assim como a capacidade e resistência cardiovascular. A alternância entre patinar e descansar (conhecido como treinamento intervalado no mundo do fitness) melhora a eficiência do sistema cardiovascular, permitindo que leve oxigénio para os músculos mais rapidamente», sublinha.


RÁPIDO, DIVERTIDO E PROTEGIDO Para praticar hóquei no gelo é necessário equipamento específico: Patins para o gelo, um disco, um stick e, essencial, proteções, com todos os atletas a usar luvas, capacete com proteção de rosto, proteção de pescoço, tórax, cotovelos, ancas e joelheiras/caneleiras. Num mundo cada vez mais sedentário e em que a obesidade infantil é já uma realidade, o patinar em “alta rotação” poderá ser um excelente antídoto contra esta tendência da sociedade atual, pois patinar «é um exercício comprovado para qualquer pessoa, em qualquer idade, ajudando a aumentar a agilidade, o equilíbrio e a força das pernas». Por outro lado, o ritmo vertiginoso de um jogo de hóquei «ajuda a promover a forma física, melhorando a resistência do jogador. O hóquei no gelo tem muita vida e também ensina os jogadores a trabalharem juntos e apoiarem-se nos seus companheiros da equipa». O desporto, diz o técnico, tem demonstrado ser uma forma eficaz para os jovens aprenderem a relacionar-se e a trabalhar juntos por um objetivo comum. HÓQUEI, MAS SEM GELO O hóquei no gelo é um desporto olímpico, jogado num ringue de gelo natural entre duas equipas de seis jogadores. Jogado em mais de 70 países, por enquanto, Portugal e Grécia são os únicos países europeus sem pistas de gelo oficiais. De acordo com o selecionador da Seleção Portuguesa de Hóquei no Gelo, James Aldred, em Portugal não há competição, o que levou os Luso Lynx a inscreverem-se na Liga da Andaluzia, em Espanha, onde já obtiveram importantes vitórias e alcançaram a liderança na tabela classificativa. Devido há falta de campos de treino, o trajeto deste desporto em Portugal não tem sido fácil. «Havia grupos que se juntavam e, de vez em quando, jogavam durante o inverno na pista de gelo em Viseu (antes de o Palácio de Gelo ser remodelado). Mesmo sem gelo, a modalidade tem seguidores por todo o país. Para além dos grandes clubes, atualmente, alguns mais pequenos - Hóquei Clube

Vasco da Gama (Sines), o Hóquei Clube de Braga ou o Clube Atlético de Campo de Ourique -, dinamizam a modalidade do hóquei em patins que mantêm-na cheia de vitalidade, com praticantes juvenis que executam o desporto com muita dedicação e prazer pelo jogo.

COMO SE PRATICA O objetivo deste desporto é fazer com que o disco entre na baliza do adversário. É um jogo de contacto físico intenso em que a estratégia, a velocidade, a flexibilidade, a decisão rápida e o trabalho de equipa são fundamentais. A pista padrão de hóquei no gelo possui 61x26 metros na NHL e 60x30 metros no resto do mundo (Pista Olímpica). Entre as várias regras, uma das mais importantes é que equipa que ataca só pode ultrapassar a linha azul da equipa atacada depois de passar o disco, caso contrário é fora de jogo. Habitualmente, jogam-se 3 tempos de 20 minutos cada. O hóquei no gelo é um dos poucos desportos que permite a troca de jogadores ilimitadamente. Nos intervalos, e principalmente antes e após uma partida, veículos especiais, informalmente chamados de “Zambonis”, alisam e limpam a superfície do gelo. As punições variam entre dois minutos fora do jogo, a expulsão definitiva do jogo e a suspensão por “x” jogos ou tempo. Os jogadores penalizados ficam num banco ao lado da pista de gelo, o “banco de penálti”, até cumprirem a punição.

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Joana Godinho Ferreira Farmacêutica

> DERMOFARMÁCIA HOLON

PELE: O ESPELHO DO STRESS A ansiedade e as pressões diárias também se manifestam através de sinais exteriores. Na pele, o envelhecimento precoce e o agravamento de doenças cutâneas já existentes deixam as suas marcas. O stress é um fenómeno natural que surge como resposta a uma situação de pressão do nosso dia a dia. As primeiras manifestações surgem pela transpiração, principalmente no rosto e nas mãos, e muitas pessoas ficam coradas. Associada a esta vermelhidão na face, poderão também aparecer algumas manchas na zona do pescoço e/ou no peito. As doenças cutâneas já existentes também se agravam perante situações de ansiedade: • Acne: O aumento da oleosidade da pele e a exacerbação compulsiva do ato de coçar, contribuem para agravar a acne, doença mais comum em adolescentes e jovens adultos; • Psoríase: Esta é uma doença crónica, autoimune, na qual poderão surgir manchas avermelhadas com descamação branco -prateada; • Dermatite seborreica: O aumento da oleosidade da pele favorece a atividade do fungo associado a esta inflamação crónica. Os sinais manifestam-se por prurido e descamação amarelada, maioritariamente no rosto e no couro cabeludo; • Rosácea: A dilatação dos vasos sanguíneos leva ao aumento da vermelhidão na zona central do rosto. Em casos mais graves de rosácea poderão surgir borbulhas típicas na zona central da face. Aconselhe-se no Serviço de Dermofarmácia Holon. COMO É QUE O STRESS ENVELHECE A NOSSA PELE? • Papos e olheiras: Os vasos sanguíneos na zona abaixo dos olhos tornam-se mais frágeis e quebram, escurecendo a pele

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(olheiras), levando à acumulação de líquido (papos); • Rugas: O stress e a diminuição da qualidade do sono aumentam a contração dos músculos faciais levando ao aparecimento precoce de rugas de expressão. Em paralelo, diminui a produção de elementos responsáveis pela manutenção e renovação da pele, como o colagénio; • Pele baça: O aumento da perda de água e a diminuição da renovação celular tornam a pele mais baça.

MELHORE A SAÚDE DA SUA PELE! • Escolha produtos de higiene suaves; • Opte por produtos hidratantes e antioxidantes que fortalecem a pele, auxiliam nos processos de renovação celular e combatem os danos oxidativos; • Não se esqueça do protetor solar! Durante todo o ano, diariamente, utilize protetor solar com um fator de proteção de 30 ou 50+.



> ENTREVISTA ESPECIAL

ANTÓNIO RAMINHOS O HUMOR AJUDA A RELATIVIZAR E é entre risos que António Raminhos procura, a cada espetáculo a solo, fazer pensar e alertar para a importância da saúde mental. Diagnosticado com um transtorno obsessivo-compulsivo, o humorista confessa que motiva-o «estar na luta», «porque a vida tem uma coisa espetacular: Um dia estamos mal, mas o dia a seguir é o recomeço». H - COMO SURGIU A VONTADE DE FAZER DO HUMOR UMA PROFISSÃO? AR - Como se diz: A necessidade aguça o engenho. Eu era jornalista e o jornal onde eu trabalhava fechou. Nessa altura, porque tinha muito tempo livre, comecei a ler e a ver muitas coisas sobre comédia. Fiz um blogue e comecei então a escrever pequenos textos, depois comecei a tentar adaptá-los para stand up, até que surge um dia a oportunidade de tentar e ir fazer (stand up comedy). O mais engraçado é que foi numa Sexta-feira Santa. Ainda tive hipótese de voltar ao jornalismo,

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mas depois pensei: “Se é para continuar a ganhar uma treta, então mais vale continuar por aqui”. E foi o que fiz até aos dias de hoje e já lá vão 12 ou 13 anos. H - PREOCUPA-SE MAIS EM FAZER RIR OS OUTROS OU EM RIR-SE COM AS SUAS PIADAS? AR - Obviamente o meu objetivo é fazer rir os outros, embora os meus espetáculos passem não só por fazer rir, mas também fazer pensar. Procuro que os espetáculos sejam algo mais do que um chorrilho de piadas, quando é o meu espetáculo a solo.


Quando são apresentações de 15/20 minutos, aí é só para a descontração. O mais engraçado é que quando me rio, quando estou a escrever uma piada, e acho que é muito boa, geralmente não é grande coisa. H - ENVOLVE ALGUMAS VEZES A FAMÍLIA NOS SEUS PROJETOS PROFISSIONAIS. É DIFÍCIL SEPARAR AS DUAS COISAS? AR - Não é difícil separar as duas coisas, mas acho que faz sentido. A maior parte dos comediantes fala sobre a sua vida. Eu falo sobre aquilo que é a minha vida. Os meus pensamentos são sobre aquilo que me acontece, portanto, faz sentido incluir as ideias que me ocorrem quando estou com as minhas filhas, as discussões que já tive com a minha mulher. Tudo aquilo que me passa pela cabeça. H - O HUMOR PODE SER TERAPÊUTICO? AR - Claro! Por isso é que existe uma coisa que se chama Yoga do Riso, que eu achei que era uma grande parvoíce, mas depois experimentei e realmente o riso acaba por ser contagioso. Aliás, é por isso que em situações de crise, de grandes tragédias, geralmente surgem logo piadas, às vezes até muito agressivas, porque é uma maneira muito humana de descontrair, de relativizar, de tirar carga negativa ao acontecimento. E isso acontece no meu próprio dia a dia. H - PODE FALAR-NOS UM POUCO SOBRE OS SEUS ATUAIS PROJETOS? AR - Eu tenho, neste momento, três projetos. O espetáculo “O sentido das coisas… e isso”, de stand up, o meu solo, que parou e que agora está a voltar aos poucos. É um espetáculo em que falo, sobretudo, da ansiedade, como é que eu lido com as questões da ansiedade e como é que, de certo modo, a tento ultrapassar. Se, no fim do espetáculo, alguém se tiver identificado com aquilo e consiga perceber “Não sou o único a passar ou a pensar nisto”, para mim já é uma vitória. Depois, tenho o “Ajuntamento” com o Nilton, o Guilherme Duarte e o Hugo Sousa. É, basicamente, uma espécie de clube de comédia. Vamos andar por algumas cidades a experimentar texto e cada um vai atuar 20/25 minutos. Aí sim, como eu dizia há pouco, é a ramboia! E gravei o piloto da série “Parte de mim”. Uma série pensada por mim, escrita por mim e pelo Luís Filipe Borges. Esta é uma série de humor negro, mas com coração. Acho que as pessoas vão gostar muito. H - HOUVE ALGUM PROJETO QUE O TENHA MARCADO DE FORMA ESPECIAL? AR - Eu acho que todos os projetos marcam. Parece cliché,

mas é verdade. Todos os projetos marcam na altura que surgem e na altura que são feitos. Tenho memórias boas de tudo aquilo que eu fiz. H - PREOCUPA-SE COM A SUA SAÚDE? QUE HÁBITOS SAUDÁVEIS GOSTA DE CULTIVAR? AR - Para além de falar das questões da ansiedade, tento explicar às pessoas a importância da saúde mental e de procurarmos ajuda. Queremos amar, queremos ser felizes, mas depois, muitas vezes, comportamo-nos como máquinas, como se não pudéssemos ser afetados por nada. E não há necessidade de sofrermos sozinhos. Mesmo o pensamento mais idiota que possamos ter, já alguém o teve, já alguém passou por isso. E é muito bom podermos falar com alguém e perceber que isso é normal. Se eu estiver num buraco e me deixar estar, de luz apagada, sem me mexer, e não fizer por sair dali… É normal que continue lá. Por isso procuro, mesmo quando estou mais ansioso ou mais deprimido, fazer desporto, procuro fazer uma caminhada quase todos os dias, procuro meditar quase todos os dias (nem que seja 10/15 minutos) e tento ter uma alimentação equilibrada. H - QUE “RELAÇÃO” TEM COM A FARMÁCIA E COM OS FARMACÊUTICOS? AR - O farmacêutico é quase um conselheiro para situações mais pontuais e mais imediatas. É engraçado porque eu sempre gostei de farmácias. Não sei se é pela parafernália dos medicamentos e as gavetinhas. Gosto do cheiro das farmácias! H - CONHECE AS FARMÁCIAS HOLON? AR - Claro que conheço as Farmácias Holon! E inserem-se muito neste registo de farmácia moderna e mais abrangente. E é engraçado porque são farmácias modernas, mas mantêm um pouco do atendimento de antigamente, uma coisa muito pessoal.

ANTÓNIO RAMINHOS Nome: António José Baião Caramba Fernandes Raminhos Idade: 40 Onde nasceu: Lisboa, Maternidade Alfredo da Costa Filme: Os filmes do Jerry Lewis, pelas memórias Livro: 1984 Música: Ouço tudo... Viagem: Maldivas Comida preferida: Gosto de experimentar tudo... que não tenha carne. Não como carne.

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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

JOSÉ MANUEL BOAVIDA Presidente APDP

APDP

DIABETES: “UMA PANDEMIA INVISÍVEL” Portugal é um dos países europeus com a situação mais preocupante no que diz respeito à Diabetes. O presidente da APDP pede mais consciência de todos para inverter a tendência. A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) nasceu em 1926, fruto da vontade do médico Ernesto Roma em combater as desigualdades sociais daquela época. Inconformado com as dificuldades que a população mais pobre enfrentava para aceder ao novo medicamente, a insulina, Ernesto Roma decidiu combater

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o problema, passando a tratar a população diabética sem recursos. José Manuel Boavida, atual presidente a APDP, explica que a associação nasceu para dar insulina aos pobres, passando depois a ensinar as pessoas a cuidar de si: «Levar à prática o que dizia num cartaz da época: “Fazer com que as pessoas com Diabetes vivessem


e trabalhassem como se não fossem doentes”». Com o aumento da esperança de vida dos diabéticos, a APDP tem-se dedicado a tratar das suas consequências. Atualmente, explica José Manuel Boavida, a APDP é «uma grande organização, que trabalha na defesa da causa da luta contra a Diabetes em todo o país, procurando unir todos os parceiros que possam colaborar: Serviços de saúde, autarquias, IPSS, associações locais de pessoas com Diabetes». MAIS PRÓXIMO DE QUEM PRECISA Em paralelo, tem vindo a desenvolver programas de capacitação na gestão quotidiana das pessoas com a patologia, formação de profissionais de saúde, intervenções em bairros, com o apoio das autarquias, em campanhas de sensibilização e rastreios para diminuir as complicações associadas ao nível dos olhos, pés e rins. A sede conta atualmente com uma clínica multidisciplinar «com um modelo único no mundo, com o objetivo de criar cuidados integrados, envolvendo as pessoas com Diabetes com as especialidades que melhor podem colaborar nos seus cuidados: Endocrinologia/ diabetologia, cardiologia, oftalmologia, pé diabético, nefrologia. Mais de 50 mil pessoas passam pelos múltiplos serviços da APDP, todos os anos», assegura. O responsável assume ainda que a APDP tem sido determinante na definição das atuais políticas de saúde: Comparticipação da insulina, dos antidiabéticos, das tiras e sensores para o autocontrolo, passando pela criação de consultas de Diabetes, de educação, de pé diabético e de rastreios da retinopatia nos centros de saúde, dos Programas de Diabetes na DGS, entre outras.

DOENÇA SOCIAL, responsabilidade coletiva O acompanhamento e controlo da doença na vida das pessoas com Diabetes é uma tarefa constante. «As pessoas precisam de saber avaliar o que comem, o exercício que praticam, o valor das suas glicemias, cuidar dos seus pés, controlar a pressão arterial, ir a consultas regulares, fazer exames aos olhos, rins, coração. Não basta tomar comprimidos ou injeções. É um mundo de cuidados permanentes, que a sociedade tem obrigação de reconhecer», elucida o presidente da APDP. Mas talvez por ser uma doença silenciosa, seja desvalorizada. «A Diabetes diminui a esperança e a qualidade de vida, tem custos pessoais e sociais enormes», afirma José Manuel Boavida, adiantando que «a baixa escolaridade, a pobreza, o desemprego, a solidão, o stress, a depressão, a poluição, o tabaco, de acesso a alimentos frescos e da época, de uma vida positiva e estimulantes, entre outros, estão entre os seus fatores de risco. A Diabetes não é uma doença só individual, é uma doença da sociedade moderna, uma doença social». «A sociedade na sua globalidade deve repensar-se para ser mais amiga das pessoas, criando um mundo mais saudável e feliz. Aí sim, estaremos a dar a devida atenção à Diabetes e às pessoas que dela sofrem», conclui.

400 MIL CASOS POR DIAGNOSTICAR Apesar dos esforços da APDP, o retrato da patologia em Portugal continua a ficar muito aquém do desejável. Existirão em Portugal cerca de um milhão e 300 mil pessoas com Diabetes, havendo mais de 400 mil casos por diagnosticar, de acordo com os números do Observatório da Diabetes. «Antes da pandemia eram diagnosticadas, em média diária, 200 pessoas e internadas 500 nos hospitais. É a principal causa de cegueira, amputações não traumáticas e de diálise, e é a 4ª causa de morte em Portugal (sem contar o impacto que tem em muitas outras doenças, como o cancro ou as pneumonias, por exemplo, piorando o seu prognóstico). Poder-se-á dizer que é uma pandemia invisível, que não se tem conseguido travar, em consequência do envelhecimento da população, de uma alimentação hipercalórica e de uma vida sedentária».

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> MONTRA EM DESTAQUE Bisolnatural 2 em1 Com e Sem Açucar Bisolnatural® 2 em 1 e Bisolnatural® 2 em 1 Sem Açúcar são dispositivos médicos para a tosse (tosse seca e tosse produtiva). Bisolnatural® 2 em 1 é indicado para adultos e crianças + 1 ano de idade. Bisolnatural® 2 em 1 Sem Açúcar é indicado para adultos e crianças + 2 anos de idade, contém glicerol (pode causar dor de cabeça ou desconforto digestivo leve) e em caso de supervisão médica, gravidez ou amamentação deverá ser consultado o médico antes da sua toma. Não utilizar em caso de hipersensibilidade ou alergia individual a um ou mais componentes. Ler cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. (1.0) SETEMBRO 20 | MAT-PT-2000711 (1.0) Macifen

orais, anticoagulantes ou agentes antiplaquetários (ex: ácido acetilsalicílico); idosos. Evitar toma com outros AINEs. Medicamento Não Sujeito a Receita Médica. Leia atentamente o folheto Informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas contacte o seu médico ou farmacêutico. (1.0) SETEMBRO 20 | MAT-PT-2000711 (1.0) BRINCHODUAL ALÍVIO RÁPIDO O novo Bronchodual Alívio Rápido, com sabor a laranja, é composto por extrato de raíz de alteia e mel, para um alívio rápido e eficaz de qualquer tipo de tosse associada à constipação, tendo uma posologia de 15 ml até 4 vezes ao dia. Bronchodual Alívio Rápido é um dispositivo médico para alívio da tosse associada à constipação. Não utilizar em crianças com menos de 12 anos. Não utilizar se estiver grávida a amamentar ou se for alérgico a qualquer um dos componentes. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Ler cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização. Mag’Noite

Dor e Inflamação na garganta | Efeito calmante em 2 minutos. Macifen (flurbiprofeno) para o alívio sintomático a curto prazo da dor de garganta em adultos e crianças >12 anos. Posologia e Modo de administração: Chupar/dissolver lentamente 1 pastilha na boca a cada 3-6 horas, conforme necessário (máx. de 5 pastilhas/24h). Utilizar no máx. 3 dias. Contraindicações: Hipersensibilidade à substância ativa ou outro excipiente, ao ácido acetilsalicílico ou outros medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs); úlcera/hemorragia péptica ativa e ulceração intestinal; antecedentes de: hemorragia ou perfuração gastrointestinal, colite grave, perturbações hemorrágicas ou hematopoiéticas relacionadas com terapêuticas anteriores com AINEs; último trimestre gravidez; insuficiência cardíaca, renal ou hepática, grave. Precaução: doentes com antecedentes de asma brônquica, doença alérgica, doenças gastrointestinais, função renal comprometida, insuficiência cardíaca, antecedentes de hipertensão, disfunção hepática; doentes a tomar diuréticos, corticosteróides

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Mag’Noite é um suplemento alimentar de elevada qualidade, indicado para os distúrbios do sono. Apresenta uma fórmula única com 3 ingredientes ativos: O magnésio na quantidade certa para relaxar antes de dormir, a melissa que facilita a indução e melhora a qualidade do sono, e polifenóis que promovem um sono reparador e reparam e protegem as células cerebrais danificadas. Pode ser tomado a partir dos 12 anos de idade, 2 cápsulas à noite, antes de deitar. É natural querer dormir bem e despertar melhor! Suplemento alimentar a utilizar em combinação com uma alimentação variada. Pela sua saúde, pratique uma atividade física regular.




> MONTRA EM DESTAQUE BARRAL BABYPROTECT PELE ATÓPICA

A reutilização poderá resultar em infeção oftálmica e/ou danos para o paciente. Seguir atentamente as indicações do médico. Em caso de infeção não utilizar a mesma compressa para os dois olhos para evitar contaminação cruzada. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.

HIDROCIL® FILAC

Gama desenvolvida para o cuidado, proteção e alívio imediato dos sintomas da pele atópica em recém-nascidos, bebés e crianças. Modo de utilização: Creme de banho 500ml: Massajar sobre a pele previamente molhada do corpo e/ou couro cabeludo do bebé. Creme hidratante 400ml: Aplicar diariamente na pele, massajando suavemente. Composição: Biolin; Dragocalm; Glicerina (creme hidratante & creme de banho) + Sk-Influx; Ácido 18 β Glicirrético (creme hidratante). VISEX – BEBÉ E ADULTO

Dispositivo médico. Hidrocil® filac é uma solução oftálmica de conforto. Recomenda-se a aplicação de 2 gotas sempre que necessário. Pode ser utilizado em todas as idades. Adequado a utilizadores de todos os tipos de lentes de contacto. Não deve utilizar o frasco se o selo de proteção da tampa estiver danificado ou ausente antes da sua primeira utilização. Despreze sempre a primeira gota antes de cada aplicação. Para evitar a contaminação não permita que a ponta do contagotas toque no olho ou em qualquer outra superfície. Volte a colocar a tampa e feche bem o frasco após cada utilização. Após a primeira abertura do frasco utilize no prazo de 28 dias. Hidrocil filac deve ser conservado entre 2ºC e 25ºC. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Se juntamente com Hidrocil filac estiverem a ser utilizados outros agentes oftálmicos de uso tópico, recomenda-se (salvo indicação médica em contrário) a utilização de Hidrocil filac sempre como o último produto a ser aplicado, após um intervalo de aproximadamente 15 minutos; deste modo, o tempo de residência ocular e efeito humidificante não são, assim, encurtados. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.

Visex® Bebé e Adulto - 20 compressas esterilizadas. Dispositivo médico indicado na remoção de crostas, remelas ou secreções das pálpebras e das pestanas. Uso externo. Não utilizar caso a embalagem não esteja intacta. As compressas são de uso único. > 57


> SAÚDE ANIMAL

ANTÓNIO MIEIRO Médico Veterinário

DESPARASITAÇÃO INTERNA PROTEJA O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO A desparasitação interna e o controlo dos parasitas internos estão à distância de 1 comprimido, a cada três meses! As vantagens são inúmeras para o seu amigo, bem como para si e a sua família. Os parasitas internos – endoparasitas – são seres que vivem no interior do hospedeiro, alimentando-se do mesmo. No caso dos animais, os mais frequentes alojam-se no intestino, nos pulmões e, também, no coração. Alguns destes, como acontece nos parasitas externos, podem ser transmitidos a humanos, causando graves doenças (zoonoses). Dependendo do parasita, são vários os sintomas que provocados pelos mesmos: Prostração, falta de apetite, fraqueza, diarreia, vómito, distensão do abdómen, tosse, intolerância ao exercício, anemia e emagrecimento são alguns dos sintomas mais comuns. No caso dos parasitas intestinais, poderão surgir fragmentos destes nas fezes. Por todos estes motivos, é de extrema importância que os nossos animais sejam desparasitados internamente. Assim, não só devemos desparasitá-los quando temos suspeitas que se encontra parasitado (através de um dos sintomas descri-

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tos), como devemos, acima de tudo, apostar na prevenção, fazendo uma desparasitação regular. Os cachorros e gatinhos devem começar a ser desparasitados com 15 dias. De seguida, devem ser desparasitados semanalmente/quinzenalmente até ao desmame (geralmente aos 2-3 meses), seguindo a desparasitação mensal até aos 6 meses. Posteriormente, já em adultos, estes devem ser desparasitados de 3 em 3 meses. No caso dos gatos, limpe a caixa da areia regularmente. Aquando da desparasitação, se se notar que o animal estava parasitado (por exemplo através da presença de segmentos dos parasitas nas fezes), repita o tratamento após 15 dias, de maneira a controlar o ciclo de desenvolvimento do parasita. Não se esqueça: Todos estes males podem ser evitados, se apostar na prevenção. A desparasitação interna e o controlo destes parasitas estão à distância de 1 comprimido, a cada três meses!




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www.oscillococcinum.pt

www.boiron.pt

NOME DO MEDICAMENTO: OSCILLOCOCCINUM, glóbulos. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA: para um recipiente unidose de 1g de glóbulos: Anas barbariae, hepatis et cordis extractum 200k 0,01 ml. Contém sacarose, lactose. FORMA FARMACÊUTICA: glóbulos. INFORMAÇÕES CLÍNICAS: INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Medicamento homeopático tradicionalmente utilizado no alívio de estados gripais e dos sintomas decorrentes tais como febre, dores de cabeça, arrepios, dores musculares e afins. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO: Via sublingual. Adultos e crianças. A dosagem deve ser ajustada de acordo com a fase da doença: Prevenção: uma dose semanal durante o período de exposição à gripe. Estado gripal no início: uma dose de imediato. Repetir duas a três vezes com seis horas de intervalo. Estado gripal declarado: uma dose de manhã e à noite durante 1-3 dias. Na persistência dos sintomas para além dos três dias, deverá consultar o seu médico. Coloque a totalidade do conteúdo do recipiente debaixo da língua e deixe dissolver. Crianças até 6 anos: dissolver os glóbulos num pouco de água, para evitar o risco de engasgamento. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes. O OSCILLOCOCCINUM é um medicamento não sujeito a receita médica >e2 não comparticipado. Consulte o folheto informativo e embalagem deste medicamento, antes de o utilizar. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado. AIM – Registo nº 5112834 (6 unidades), Registo nº 5495205 (30 unidades)


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