> BEBÉ & MAMÃ HOLON
DOENÇAS INFANTIS: O QUE (DES)VALORIZAR? Todos os pais já passaram pela situação em que, perante um filho com febre, mal-estar ou indisposição, ponderaram ir ao serviço de urgências. É essencial aprender a distinguir os sinais de alarme e a perceber o que exige cuidados de saúde imediatos. Febre, infeções virais, na sua maioria de foro respiratório, diarreia e/ou vómitos, dor abdominal ou dor de cabeça são algumas das queixas mais frequentes entre as crianças, mas que nem sempre são sinal de doença grave e sinónimo de ida às urgências. Hugo de Castro Faria, médico pediatra no Centro da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Descobertas, aponta os riscos e as precauções a ter, salientando que muitas das queixas que levam os pais à urgência não se traduzem em doença. O médico pediatra menciona as vulgares constipações, com obstrução nasal e tosse ligeira, como um dos motivos mais frequentes e que devem ser tratadas com uma simples lavagem nasal, uma aspiração do nariz, sem necessidade de acompanhamento médico. «Só devem ir à urgência se a tosse é persistente, se houver dificuldade respiratória, falta de ar ou o prolongar dos sintomas durante vários dias», frisa o médico.
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SABER RECONHECER OS SINAIS A febre surge também no top das preocupações dos pais, mas, como salienta a Direção-Geral da Saúde, «esta é um sintoma e não uma doença». Normalmente provocada por doenças virais e autolimitadas, é igualmente comum, em muitos casos, «a ida à urgência após o primeiro pico de febre, o que é desnecessário. Perante um quadro de febre, os pais devem tratar com os antipiréticos adequados e vigiar. Habitualmente, só se a febre não cede ou a criança fica prostrada, após a toma do medicamento é que poderá haver necessidade de uma visita ao médico», elucida Hugo de Castro Faria. Também, as gastroenterites, acompanhadas de febre e/ou vómitos, são comuns na infância. Na maioria dos casos são causadas por doenças virais e a maior preocupação é vigiar o estado de