Revista H#46 Farmácias Holon

Page 50

> ENTREVISTA ESPECIAL

ANTÓNIO RAMINHOS O HUMOR AJUDA A RELATIVIZAR E é entre risos que António Raminhos procura, a cada espetáculo a solo, fazer pensar e alertar para a importância da saúde mental. Diagnosticado com um transtorno obsessivo-compulsivo, o humorista confessa que motiva-o «estar na luta», «porque a vida tem uma coisa espetacular: Um dia estamos mal, mas o dia a seguir é o recomeço». H - COMO SURGIU A VONTADE DE FAZER DO HUMOR UMA PROFISSÃO? AR - Como se diz: A necessidade aguça o engenho. Eu era jornalista e o jornal onde eu trabalhava fechou. Nessa altura, porque tinha muito tempo livre, comecei a ler e a ver muitas coisas sobre comédia. Fiz um blogue e comecei então a escrever pequenos textos, depois comecei a tentar adaptá-los para stand up, até que surge um dia a oportunidade de tentar e ir fazer (stand up comedy). O mais engraçado é que foi numa Sexta-feira Santa. Ainda tive hipótese de voltar ao jornalismo,

> 50

mas depois pensei: “Se é para continuar a ganhar uma treta, então mais vale continuar por aqui”. E foi o que fiz até aos dias de hoje e já lá vão 12 ou 13 anos. H - PREOCUPA-SE MAIS EM FAZER RIR OS OUTROS OU EM RIR-SE COM AS SUAS PIADAS? AR - Obviamente o meu objetivo é fazer rir os outros, embora os meus espetáculos passem não só por fazer rir, mas também fazer pensar. Procuro que os espetáculos sejam algo mais do que um chorrilho de piadas, quando é o meu espetáculo a solo.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.