o uso da impressão 3D para o auxílio do projeto arquitetônico Leonardo Figueiredo Gois Andrade A impressão 3D - também conhecida como prototipagem rápida - foi citada no Financial Times e por outras fontes como sendo potencialmente maior que a Internet ou como sendo a Terceira revolução industrial. Ainda que alguns acreditem que isso seja verdade, muitos outros insistem que isso é parte do hype extraordinário que existe em torno desta área tecnológica, ainda muito recente. O que realmente é essa impressão 3D que alguns reivindicam, colocará um fim na fabricação tradicional como a conhecemos, revolucionará o design e imporá implicações geopolíticas, econômicas, sociais, demográficas, ambientais e de segurança às nossas vidas cotidianas? O ensaio procurou dar uma visão geral sobre a tecnologia, tendo como objetivo fornecer ao público da arquitetura um conhecimento confiável sobre a impressão 3D, em termos do que ela é (tecnologias, processos e materiais), seu histórico de desenvolvimento, áreas de aplicação e benefícios. Além de introduzir o que ela significa para o público especializado de Arquitetura e Construção para hoje, e no futuro próximo, em termos de ganhos de aplicações, suas vantagens e desvantagens, é uma breve introdução de por onde começar. O termo impressão 3D abrange uma série de processos e tecnologias que oferecem um espectro completo de recursos para a produção de peças e
produtos em diferentes materiais. Essencialmente, o que todos os processos e tecnologias têm em comum é a maneira pela qual a produção é realizada, através de camada por camada em um processo aditivo o que contrasta de qualquer outra técnica de fabricação tradicional já existente, baseadas sobretudo nas técnicas tradicionais envolvendo métodos subtrativos ou processos de moldagem/ fundição. Neste sentido a Impressão 3D trouxe duas inovações fundamentais: a manipulação de objetos em seu formato digital e a fabricação de novas formas por adição de material. O uso de impressão 3D para construção e arquitetura hoje, é uma área em rápido desenvolvimento. A manufatura aditiva é usada não apenas nos estágios de projeto de construção, mas também para trazer estruturas em escala real para a realidade. A indústria da arquitetura é altamente competitiva, o que leva os escritórios de arquitetura a buscar desempenho e inovação, o que resulta no uso da alta tecnologia para aprimorar a prática. Hoje, os arquitetos usam a impressão 3D principalmente como uma ferramenta para modelos conceituais e modelos de demonstração para motivar clientes e investidores potenciais. Visto que se trata de boa ferramenta para comunicar ideias - dando profundidade, dimensão e textura a um projeto, este uso é porem ainda uma parcela dos reais
potenciais da tecnologia para a área da arquitetura e construção em geral. Podemos dizer assim que a grande parte do potencial para a área ainda está para acontecer. A tecnologia da impressão 3D já é uma realidade e demonstra pelo rol de áreas com que se compatibiliza que veio para ficar. Juntando-se assim com as outras promissoras tecnologias deste início de século, como a Internet, a Realidade Virtual, Robótica, Inteligência Artificial e etc. Dada a profundidade irreversível das mudanças que já acontecem e que vão se intensificar na próxima década, Cabe aos profissionais da arquitetura se incorporarem ao debate e se apropriarem do conhecimento da(s) tecnologia(s) e de suas possibilidades, para que possam previamente se adaptar as mudanças, se reciclar e tirar o máximo de proveito delas, em posição de vanguarda, antes que a mesma se especialize, e se torne restrita. Apropriar-se destas novas tecnologias, só tem a acrescentar ao profissional da arquitetura, tornando-o mais versátil e adaptado as demandas que existem hoje, ou que ainda estão por surgir. Orientador: Neander Furtado Silva Banca: Cynthia Nojimoto, Raquel Naves Blumenschein
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