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Danos de terminação: como minimizar?
renting (ou aluguer operacional de longa duração de viatura) teve início nos anos 90, sendo hoje um produto maduro, cujas regras estão bem definidas e figuram nos contratos de cada viatura. Ainda assim, este produto tem sofrido algumas alterações ao longo dos anos, especialmente nas condições para a terminação de um contrato, que culmina na entrega da viatura. Os danos que as viaturas apresentam no final do contrato são alvo de uma inspeção por parte das empresas de renting e podem envolver custos bastantes elevados para as empresas. Aqui ficam “seis mandamentos”, para minimizar estes custos: 1. Negociação de valor de franquia nos danos Ao negociar o contrato, é necessário ler muito bem o manual de danos apresentado. Deverá existir um valor de franquia até ao qual não exista qualquer pagamento. Caso os danos sejam superiores ao valor acordado, a empresa apenas deverá pagar a diferença. Devem controlar-se os custos apresentados, nomeadamente de peças, pintura e mão-de-obra, em virtude dos descontos obtidos pelas empresas de renting. 2. Responsabilização do condutor Aconselhamos a inclusão, na Política de Utilização das Viaturas, da responsabilização dos condutores pelos danos apresentados nos automóveis. Os condutores devem assumir uma percentagem dos dados registados no carro, ou um valor fixo, se existirem danos acima do valor da franquia já negociado com a empresa de renting.
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Os manuais de danos devem ser divulgados aos condutores das viaturas, assim como os pontos mais importantes a ter em conta em cada veículo. 3. Preparação da viatura para entrega Antes de entregar a viatura à empresa de renting, será necessário lavar e limpar o seu interior e exterior, para além de verificar que toda a documentação se encontra presente: DUA (Documento Único Automóvel), pasta de renting, certificado de IPO (quando aplicável) e também as duas chaves do veículo. Se forem detetados danos nos vidros, devem ser reparados (geralmente, a quebra isolada de vidros está coberta pelo seguro). Mais ainda, convém verificar se houve algum sinistro participado, cujos danos não tenham sido reparados. Verifique os pneus e veja se é necessário trocá-los, de acordo com o contrato. 4. Condutor presente na entrega da viatura A data de entrega da viatura deve ser planeada de forma a cumprir todos os pontos estipulados anteriormente. O condutor ou a entidade que efetua a devolução deve estar presente na inspeção da viatura, para que não existam dúvidas no relatório apresentado. A data da devolução da viatura deve coincidir com o recebimento da viatura nova, de forma a evitar o pagamento duplicado de rendas. 5. Verificação da fatura de danos apresentada Após a entrega da viatura, a empresa vai receber o relatório da peritagem efetuada, com as falhas e os danos encontrados, assim como o orçamento para a sua reparação.
Recomendamos que sejam verificados todos os itens da “fatura”, em conjunto com o condutor, de forma a aferir se estão corretos os itens evidenciados. Deve transferir-se para o condutor os custos, de acordo com a Política de Frota em vigor na empresa. 6. Inclusão dos custos de terminação no TCO da viatura Os custos de terminação devem fazer parte do cálculo do TCO (Total Cost of Ownership) de cada contrato, tal como outros itens: renda, combustível ou energia, portagens e impostos (Tributação Autónoma e IVA).
Os danos que as viaturas apresentam no final do contrato são parte do cálculo do TCO e podem envolver custos bastantes elevados para as empresas