SPOTLIGHT N° 131
MAGAZINE
Back to face-to-face classes (photo credit: St. Francis College) | Volta às aulas presenciais (crédito da foto: St. Francis College)
2ND SEMESTER 2021 | 2° SEMESTRE 2021
SPOTLIGHT MAGAZINE | REVISTA SPOTLIGHT EDITION | EDIÇÃO N° 131
TABLE OF CONTENTS | SUMÁRIO
A publication directed to members of the British Society São Paulo and supporters of the Fundação Britânica de Beneficência & other British organisations from São Paulo
From the Editorial Council De o Conselho Editorial
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Retrospective: Second Semester of 2021 Retrospectiva Segundo Semestre 2021
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Our team Nosso time
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Fundação Britânica de Beneficência (FBB)
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What we do O que fazemos
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Uma revista dedicada aos membros da British Society São Paulo e aos apoiadores da Fundação Britânica de Beneficência & de outras organizações britânicas em São Paulo
Editorial Council | Conselho Editorial BRITISH SOCIETY SÃO PAULO ST. FRANCIS COLLEGE Kieran McManus Christina Karam Debora R Pivotto ST. PAUL’S SCHOOL ANGLICAN CATHEDRAL Heather Godwin da Silva Bishop Roger Bird Verena Ferreira CARAJÁS SCOUTS GROUP Grace Downey CULTURA INGLESA Marcos Noll Barboza ROYAL BRITISH LEGION Paul McMahon
SÃO PAULO ATHLETIC CLUB (SPAC) Eric Nice SÃO PAULO YACHT CLUB (SPYC) Michael Downey
Graphic Design | Design Gráfico Salt&Unicorns Printing | Impressão 700 copies | 700 cópias Translation & Proofreading | Tradução e Revisão Anne Speyer Jackie Wyant Debora R Pivotto British Society São Paulo Fundação Britânica de Beneficência Rua Ferreira de Araujo, 741, 1° andar 05428-002 – Pinheiros – São Paulo/SP +55 11 3813-7080 contact@britishsociety.org.br contato@fundacaobritanica.org.br
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Don’t stop creating Não deixe de criar
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British Society São Paulo (BSSP)
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The return of face-to-face classes and the new normal A volta às aulas presenciais e o novo normal
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A new teaching: face-to-face and online Um novo ensino: presencial e online
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Olympic Pride Orgulho olímpico
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Plans for an exciting & more diverse future Planos para um futuro empolgante e mais diverso
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Royal British Legion A Real Legião Britânica
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My Journey: from Scouting to the world Minha jornada: do escotismo para o mundo
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History of the Anglican Institute A História do Instituto Anglicano
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I’d like to make you a special invitation Quero fazer um convite especial a você
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São Paulo Yacht Club São Paulo Yacht Club
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Operation Brazilian Bellows: Brazil’s Contribution to the RAF 37 Operação Brazilian Bellows: As Contribuições Brasileiras para a RAF Chicken Ballotine Rocambole de frango
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Obituaries Obituários
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Thank you to our partners Agradecimento aos parceiros
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EDITORIAL
From the Editorial Council
De o Conselho Editorial
After months of lockdown and social isolation, activities have begun to return to full or partial operation around the world. Here in Brazil, the progress of vaccination has considerably reduced the number of infected people and, mainly, the number of fatal victims of Covid-19—which has also allowed the gradual return to schools, restaurants and cultural, leisure and entertainment institutions.
Depois de meses de lockdown e isolamento social, as atividades começaram a voltar a funcionar totalmente ou parcialmente em todo o mundo nos últimos meses. Aqui no Brasil, o avanço da vacinação diminuiu consideravelmente o número de infectados e, principalmente, o número das vítimas fatais da Covid-19 — o que permitiu também o retorno gradual de escolas, restaurantes e de instituições de cultura, lazer e entretenimento.
This reopening, however, is far from being a return to what it was before. In the so-called “new normal”, security measures must continue to be followed. In schools, students must wear masks and keep a certain distance between their colleagues. In restaurants, there must be greater separation between tables. Some companies returned to in person work while others preferred to continue with the home office mode. Masks are still compulsory in streets, shops and public spaces. And, in this manner, we have been adapting and understanding this new way of existing that has been emerging and that after the pandemic has offered us a truce.
Essa retomada, porém, está longe de ser uma volta ao que era antes. No chamado “novo normal”, as medidas de segurança precisam continuar sendo seguidas. Nas escolas, alunos devem ficar de máscaras e manter um certo distanciamento entre os colegas. Nos restaurantes, é preciso haver maior separação entre as mesas. Algumas empresas voltaram a funcionar presencialmente enquanto outras preferiram continuar no modo home office. Máscaras continuam sendo obrigatória das ruas, comércio e em espaços públicos. E assim, vamos nos adaptando e entendendo o que é essa nova forma de existir que vem surgindo depois que a pandemia deu uma trégua.
In this edition of Spotlight, you will see several articles that talk about this gradual reopening and the changes and learning experience that comes with it. It is very exciting for us at the British Society São Paulo, and for the whole British community, to see students returning to face-to-face classes at St. Paul’s, St. Francis and Cultura Inglesa schools. And also to see people recommencing their sporting and leisure activities at the SPAC and São Paulo Yacht Club. Even travel to the UK has become easier and cheaper recently, after Brazil was removed from the UK’s black list of Covid-19 countries.
Nesta edição da Spotlight, você vai ver vários artigos que falam dessa retomada gradual e das mudanças e aprendizados que vem junto com ela. É muito animador para nós, da British Society São Paulo, e para toda a comunidade britânica ver os alunos voltando às aulas presenciais nos colégios St. Paul, St. Francis e nas escolas da Cultura Inglesa. E também poder ver as pessoas retomando suas atividades esportivas e de lazer nos clubes Spac e São Paulo Yacht Club. Até mesmo as viagens para o Reino Unido ficaram mais fáceis e mais baratas recentemente, depois que o Brasil foi retirado da lista vermelha do Reino Unido de países da Covid-19.
At the Fundação Britânica de Beneficencia, the activities of the Conviviality Centre for the Elderly continue online since, after all, our participants are very vulnerable to the effects of Covid-19. Although we know that this pandemic is still far from over, it is great to be able to start seeing significant improvements in everyone’s lives again.
Na Fundação Britânica de Beneficente, as atividades do Centro de Convivência para Idosos seguem de forma online, afinal, nosso público é muito vulnerável aos efeitos da Covid-19. Porém, tanto a equipe quanto os beneficiários já estão muito mais adaptados a essa forma de trabalhar. Apesar de sabermos que essa pandemia ainda está longe do fim, é muito bom poder começar a ver melhorias significativas na vida de todos e todas.
We hope you enjoy reading this new edition and, above all, that the stories and interviews portrayed here inspire you to believe that new and better times are ahead.
Esperamos que você goste da leitura desta nova edição e, principalmente, que as histórias e entrevistas aqui retratadas te inspirem a acreditar que novos e melhores tempos estão por vir.
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
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UNDER THE SPOTLIGHT
Retrospective: Second Semester of 2021
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uring this second year of the pandemic, the staff of the Fundação Britânica de Beneficência worked hard to maintain the quality of services provided to our elderly without neglecting the precautions that the period required. In this second semester, the medical appointments, exams and treatments of the Care Programme continued normally, as well as the support given to long term care institutions of the Extended Programme, the shelter of the Protection Programme and the provision of assistance with basic needs for the elderly of the Support Programme. The activities of the Conviviality Centre for the Elderly, our programme that was most affected by the pandemic, contin-
ued to take place online. Now, however, both staff and beneficiaries have already become quite adapted to the demands of technology and learning within the virtual world. And a proof of this was the making of the mini-documentary Ser e Estar em Mim, produced by the elderly during the theatre workshops that showed their routine in times of social isolation. The images and audios were recorded by them, using their mobile phones and small cameras, with the guidance of the teacher and the social worker. The result of this was very good and is available on the Fundação Britânica de Beneficência’s YouTube channel.
Another highlight of the CCE programming this semester was the Traffic Light Project, during which health professionals gave lectures on fall prevention as well as practiced strengthening exercises and offered teaching material to the participants. The project classes were a great success! And in October, we launched a second edition of workshops open to the 60+ public that was not enrolled in the CCE. Our vaccination campaign this semester was also very successful: 100% of the elderly participating in our programmes have been vaccinated against Covid-19! And some of them have already started to receive their third dose as an immunisation booster. We made a mural with
Retrospectiva Segundo Semestre 2021
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este segundo ano de pandemia, a equipe da Fundação Britânica de Beneficência trabalhou muito para manter a qualidade dos serviços prestados aos nossos idosos sem deixar de lado os cuidados que o período exige. Neste segundo semestre, os acompanhamentos em consultas médicas, exames e tratamentos do Programa Cuidar seguiram normalmente, bem como o apoio a instituições de longa permanência do Programa Multiplicar, o acolhimento do Programa Acolher e a concessão de assistência de necessidades básicas para idosos do Programa Amparar. As atividades do Centro de Convivência para Idosos, nosso programa mais afetado pela pandemia, seguiram acontecendo de
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forma online. Porém, agora, tanto a equipe quanto os beneficiários já estão muito mais adaptados às demandas da tecnologia e ao aprendizado do mundo virtual. E uma prova disso foi a realização do minidocumentário Ser e Estar em Mim, produzido pelos idosos durante as oficinas de teatro e que mostra a rotina deles em tempos de isolamento social. As imagens e os áudios foram gravadas por eles, que usaram seus celulares e pequenas câmeras, com orientação da professora e da assistente social. O resultado do trabalho ficou muito bom e está disponível no canal da Fundação Britânica de Beneficência no Youtube.
Outro destaque da programação do CCI neste semestre foi o Projeto Semáforo, em que profissionais da saúde deram palestras sobre prevenção de quedas, exercícios de fortalecimento e material didático para os participantes. As aulas do projeto foram um grande sucesso! E no mês de outubro, lançamos uma segunda edição de oficinas abertas ao público 60+ que não estava matriculado no CCI. Nossa campanha de vacinação neste semestre também foi muito bem sucedida: 100% dos idosos participantes dos nossos programas estão vacinados contra a Covid19! E alguns deles já começaram a receber a terceira dose de reforço da imunização. Fizemos um mural com a foto de todos os vacinados e vacinadas para celebrar esse
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
SOB OS HOLOFOTES
the photo of all those vaccinated to celebrate this achievement, and we presented everyone with a copy of this record! Besides 6 weekly virtual workshops, we had two online events in the last months: the Festa Junina (a traditional Party held in June) and the launching of the documentary. And a third event, for Christmas, is scheduled for December. Despite the commitment of the team and the extensive participation of our beneficiaries, we are all anxious to resume face-to-face activities. As the pandemic situation still requires caution, we are studying a safe way to gradually resume CCE face-to-face activities in the first half of next year. We look forward to bringing you good news on this topic in our next issue! ◼ feito, e presenteamos todos com esse registro. Além de 6 oficinas virtuais semanais, tivemos dois eventos online nos últimos meses: a festa junina e o lançamento do documentário. E um terceiro evento, de Natal, está programado para dezembro. Apesar do empenho da equipe e da ampla participação de nossos beneficiários, estamos todos ansiosos para retomar as atividades presenciais. Como a situação da pandemia ainda exige cautela, estamos estudando uma forma segura de poder retomar gradualmente as atividades presenciais do CCI no primeiro semestre do próximo ano. Estamos torcendo para trazer boas novidades sobre esse tema em nossa próxima edição! ◼
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NEWS FROM THE FRONT
Our team Nosso time Administrative Council 2021 | Conselho Administrativo 2021 David Bunce
TRUSTEE
TRUSTEE
Douglas Frederick Ferguson Munro
TRUSTEE
TRUSTEE
Anthony Francis Bruce Jezzi
TRUSTEE
TRUSTEE
Derek Talbot Barnes
TRUSTEE
TRUSTEE
Kieran McManus
BOARD PRESIDENT
DIRETOR PRESIDENTE
Rachel Louise Govier
BOARD VICE PRESIDENT
DIRETORA VICE-PRESIDENTE
Nicholas Dennis McCarthy
BOARD TREASURER
DIRETOR TESOUREIRO
Charlotte Victoria Cowell Jancsó
BOARD SECRETARY
DIRETOR SECRETÁRIO
Eric Charles Nice Jr.
BOARD MEMBER
DIRETOR
Thomas Manning Sheppard Berkes
BOARD MEMBER
DIRETOR
Edward Weaver
BOARD MEMBER
DIRETOR
Stuart Duncan
PRESIDENT
PRESIDENTE
Melissa Schleich
ADVISOR
CONSELHEIRO
Susan Hawkins
ADVISOR
CONSELHEIRO
Ana Rodrigues
SOCIAL ADVISOR
ORIENTADORA SOCIAL
Beatriz Dantas
ADMINISTRATIVE ASSISTANT AUXILIAR ADMINISTRATIVA
Isabela Bertho
SOCIAL PROJECTS COORDINATOR
COORDENADORA DE PROJETOS SOCIAIS
Marina Matheus
SOCIAL EDUCATOR
EDUCADORA SOCIAL
Debora R Pivotto
COMMUNICATION COORDINATOR
COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO
Sandra Pavani
FINANCIAL SUPERVISOR
SUPERVISORA FINANCEIRA
Audit Council | Conselho Fiscal
Staff | Equipe
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British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
NOTÍCIAS DO FRONT
Fundação Britânica de Beneficência (FBB) fundacaobritanica.org.br | contato@fundacaobritanica.org.br
About us
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he Fundação Britânica de Beneficência (FBB) is designated, under Brazilian Law, as a Public Interest Civil Society Organisation, an OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) and has been in existence in the State of São Paulo since 1947. The FBB’s care activities are based on its acute awareness that the ageing process involves biological, psychological, economic, social and cultural transformations. Its approach is based on actions aimed at preserving the dignity and ensuring the wellbeing of individuals over the age of sixty, many of whom have found that their independence and protection links have eroded over the years and that their need for care has substantially grown. The work of the Foundation, divided into several Programs carefully developed by our staff, have had a significant impact and made a huge difference in the lives of innumerable elderly people in need of various degrees of assistance throughout their lives. This is how we reciprocate the kindness of those who have done so much for us. The FBB was established and is maintained by the British Community in São Paulo, the largest city in Brazil. Its chief ally and sustaining entity is the British Society São Paulo. The British Society is a social organisation whose objective is to promote and preserve the British cultural heritage in the State of São Paulo. It regularly mobilises the community to hold charitable events in support of the assistance provided by the Fundação Britânica de Beneficência.
Sobre nós
A
Fundação Britânica de Beneficência (FBB) é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que atua desde 1947 no Estado de São Paulo.
Ciente de que o envelhecimento é um processo inerente à vida e de que se trata de uma realidade que envolve mudanças biológicas, psicológicas, econômicas, sociais e culturais, a Fundação Britânica de Beneficência atua na promoção da dignidade e do bem-estar da parcela da população com 60 anos de idade ou mais que, por algum motivo, teve sua autonomia e seus vínculos de proteção e de cuidado comprometidos pelo tempo. O trabalho da Fundação, que se divide em alguns Programas cuidadosamente desenvolvidos por nossa equipe, tem gerado alto impacto e feito a diferença na vida de inúmeros idosos que precisaram, precisam e ainda precisarão de assistência ao longo de suas vidas. Dessa forma, podemos retribuir àqueles que já fizeram tanto por nós. A FBB foi criada e mantida pela comunidade britânica e tem, por esse motivo, a British Society São Paulo como sua principal aliada e mantenedora. A British Society é uma organização social que tem como objetivo promover e preservar a herança cultural britânica no estado de São Paulo, e costuma mobilizar sua comunidade e realizar eventos beneficentes em prol do trabalho assistencial praticado pela Fundação Britânica de Beneficência.
Missão Mission The mission of the Fundação Britânica de Beneficência is to preserve the dignity and promote the welfare of elderly individuals in a vulnerable situation, whose autonomy and links of protection and care have become undermined, in recognition of those who, in the past, did so much for us. ◼
A missão da Fundação Britânica de Beneficência é preservar a dignidade e promover o bem-estar de idosos em situação de vulnerabilidade, cuja autonomia e vínculos de proteção e de cuidado foram comprometidos pelo tempo, retribuindo, dessa forma, àqueles que fizeram tanto por nós. ◼
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What we do
Indicators from January to July/2021
Care Programme
This Programme organises and provides escorts for the elderly to their medical appointments. A staff of professionals assists them in their urban commute as well as in the minor difficulties involved in seeing doctors and undergoing clinical tests. This applies to the treatment of both chronic and sporadic illnesses as well as for preventive treatments.
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medical carer-escorts carried out acompanhamentos médicos realizados
Extended Programme
This Programme supports public long-term residential institutions for the elderly. By applying its knowledge, accumulated over several decades of experience, the FBB directs financial, material and human resources to suitable entities that work with sheltering the elderly who are in a serious situation of vulnerability. Institutions: Casa Madre Teodora dos Idosos e Lar Bênção
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institutions supported organizações beneficiárias
Conviviality Centre for the Elderly
Space that offers several free activities that contribute to the process of healthy ageing, the development of autonomy and sociability, the strengthening of family ties and community living and in preventing social risk situations for people over 60 years of age.
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people enrolled in the activities idosos matriculados nas atividades
Protection Programme
Under this Programme the FBB shelters the elderly in institutions of Long Term Residency for the Elderly (ILPI), and provides for their welfare. This involves full care and the supply of basic needs, be these medical, social or financial.
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Programme participants over age 60 participantes do Programa com mais de 60
Support Programme
This Programme provides aid to the elderly to help them with their basic needs, such as housing, food, healthcare, and medication. This benefit requires a socioeconomic assessment as well as an appraisal of the respective family ties.
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Programme participants over age 60 participantes do Programa com mais de 60
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total beneficiaries (60+ years old) of our projects total de beneficiários (60+ anos) dos nossos projetos
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contacts with our beneficiaries (phone, WhatsApp, home visits, etc.) contatos com nossos beneficiários (por telefone, WhatsApp, visitas domiciliares etc.)
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O que fazemos
Indicadores de janeiro a julho/2021 Programa Cuidar
Acompanhamento de idosos a consultas médicas e exames clínicos, tanto para fins preventivos quanto para tratamento de doenças correntes. Envolve a mobilização de uma equipe de profissionais capacitados que auxiliam os idosos nos deslocamentos urbanos e pequenos trâmites inerentes às consultas médicas e exames clínicos.
Programa Multiplicar
Apoio a instituições públicas de longa permanência para idosos (ILPI). Através do Programa Multiplicar, a Fundação Britânica de Beneficência direciona recursos financeiros, materiais e humanos para entidades idôneas que atuam no amparo a idosos em situação grave de vulnerabilidade. Instituições: Casa Madre Teodora dos Idosos e Lar Bênção
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weekly online activities during the pandemic atividades online durante a pandemia
Centro de Convivência para Idosos
Espaço que oferece diversas atividades gratuitas que contribuem no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social para as pessoas acima de 60 anos.
Programa Acolher
Acolhimento e cuidado de idosos em Instituição de Longa Permanência particular conveniada. Programa em que a FBB proporciona assistência integral ao idoso – suprindo todas as suas necessidades básicas, médicas, sociais e financeiras.
Programa Amparar
Concessão de assistência ao idoso a fim de suprir suas necessidades básicas, como habitação, alimentação, saúde e medicamentos. O benefício é concedido pela FBB mediante avaliação socioeconômica e de vínculos familiares.
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project by one of our volunteers, who records videos in English/ Portuguese telling inspiring stories and which are shared via Whatsapp with FBB participants projeto de um dos nossos voluntários, que grava vídeos em inglês/ português contando histórias inspiradoras e que são compartilhados via Whatsapp com os participantes da FBB
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British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
prevention guides covering pandemic, domestic accidents and other health problems were created and distributed guias de prevenção que abarcaram a pandemia, acidentes domésticos e outros problemas de saúde foram criados e distribuídos
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WORD OF ADVICE
Don’t stop creating
By Robin Taffin | Jazzz | www.jazzz.in | robin@jazzz.in
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ast week a passed client reached out to me, he told me his productivity had decreased and was procrastinating instead of getting work done. He told me he was doing nothing all day long, so I got curious and asked him how he was spending his time. The answer didn’t really surprise me. He was listening to 3 podcasts in the morning, followed by reading some news blogs and watching news on the TV. After that he would watch some episodes of whatever show he was following at the time on Netflix plus going down the odd Social Media rabbit hole. Basically what he was doing all day long was consume information. The worst of it all is that he felt unsatisfied and guilty from doing that all day long. I pointed out to him that he was only consuming information and not creating anything. You see, when we are consuming information we’re just taking things from the outside and not looking for answers from within, we start doubting our capacity and forget who we truly are.
Não deixe de criar Por Robin Taffin
N
a semana passada, um antigo cliente me procurou e disse que sua produtividade havia diminuído e que estava procrastinando em vez de trabalhar. Ele me disse que não estava fazendo nada o dia inteiro. Então fiquei curioso e perguntei como ele estava passando seu tempo. A resposta não me surpreendeu muito. Ele estava ouvindo 3 podcasts pela manhã, seguido pela leitura de alguns blogs de notícias e assistindo as notícias na TV. Depois disso, ele assistia a alguns episódios de qualquer programa na Netflix que estivesse acompanhando na época, além de descer eventualmente pela toca de coelho das mídias sociais. Basicamente, o que ele fazia durante todo o dia era consumir informação. O pior de tudo é que ele se sentia insatisfeito e culpado por fazer isso o dia todo. Eu lhe disse que o problema era que ele estava apenas consumindo informações e não estava criando nada. E quando estamos consumindo informações, estamos apenas tirando coisas de fora e não procurando respostas de dentro. Começamos a duvidar de nossa capacidade e esquecemos quem realmente somos.
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British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
UM CONSELHO AMIGÁVEL
The opposite happens when we’re creating. We go deep into ourselves and follow our inspiration, we’re not too worried about the outcome but flow with whatever comes up in the moment. Once he had a deeper insight into this simple dynamic, he reduced his consumption of content and started creating some of his own. How about you, are you spending all your time consuming content or do you venture in creation as well? ◼
O oposto acontece quando estamos criando. Entramos em contato profundo com nós mesmos e seguimos nossa inspiração, sem se preocupar muito com o resultado, mas fluímos com o que quer que surja no momento. Uma vez que ele passou a ter uma visão mais profunda desta simples dinâmica, ele reduziu seu consumo de informação e começou a criar alguns de seus próprios conteúdos. E você? Está gastando todo o seu tempo consumindo conteúdo e informação ou também se aventura em criar? ◼
Photo by Árpád Czapp on Unsplash | Foto por Árpád Czapp no Unsplash
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
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A COMMUNITY THAT CARES
British Society São Paulo (BSSP) britishsociety.org.br | contact@britishsociety.org.br
About us & the British Community in São Paulo
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he British Society São Paulo (formerly known as British & Commonwealth Community Council – B&CCC) is an institution whose mission is to serve the British community, integrating its organisations and affording dignity to those who reside in the State of São Paulo. We understand dignity as social, medical, and financial support. Our objective is to serve as reference to as many as possible of the organisations connected to the British community in the State of São Paulo, strengthening them both individually and as a group. In this manner, we contribute to intensifying the sense of identity and belonging of our members. The British Community has been present in São Paulo for over 100 years and was responsible for the creation of a wide range of different organisations: non-profits, sports clubs, international schools, scout groups and churches, for example. In the following pages we’ll bring some articles that show a little of what these entities have been doing for our city. ◼
Sobre nós & a Comunidade Britânica em São Paulo
A
British Society São Paulo (antigo British and Commonwealth Community Council – BCCC) é uma instituição sem fins lucrativos que tem por missão servir a comunidade Britânica, integrando suas organizações e proporcionando dignidade aos seus residentes no estado de São Paulo. Por dignidade, entendemos o suporte social, médico e financeiro. Objetivamos ser referência ao maior número de organizações ligadas à comunidade Britânica no estado de São Paulo, fortalecendo-as individualmente e como grupo. Acreditamos que desta forma contribuímos para intensificar o senso de identidade e pertencimento de nossos membros. A Comunidade Britânica está presente em São Paulo há mais de 100 anos e foi responsável pela criação de várias organizações diferentes: ONGs, clubes esportivos, escolas internacionais, grupos de escoteiros e igrejas, por exemplo. Nas próximas páginas nós traremos alguns artigos que mostram um pouco do que essas entidades têm feito por nossa cidade. ◼
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British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
The return of face-to-face classes and the new normal By Debora R Pivotto | Fundação Britânica de Beneficência
A
fter being closed for long months, schools began welcoming students back to face-to-face classes earlier this year. The pandemic is far from over, but the advance of vaccination and the considerable reduction in the number of infections and deaths have finally made possible a relatively safe return that is being carried out with some adaptations and health safety measures. Students, teachers, staff and parents celebrate the return for different reasons: for being able to learn live, with a teacher, and no longer have to spend the day at the computer in online classes; for being able to return to a work routine without having to look after the children
at home, and above all, for the chance to meet friends and loved ones again and to retrieve a certain feeling of normality. These months, during which we all needed to stay at home, were very challenging, and full of uncertainty and anguish, but it was also a period of great reflection and learning. To find out how the students are returning and the transformations caused by the pandemic in school practice, we talked to the headmasters of two of the main schools of the British community in São Paulo: Mr. Titus Edge, from St. Paul’s School; and Mrs Shirley Hazell, from St. Francis College.
Necessary Adaptations To safely welcome the students back, schools needed to adapt. At St. Paul’s, procedures include wearing masks, measuring temperature, hand hygiene stations, ventilated classrooms and maintaining social distance. “We have also reinforced within our community isolation procedures and guidelines after symptom presentation so that parents, students and staff know what to do if they experience symptoms or test positive for Covid,” says Mr Edge. The St. Francis team also created some pathways for students to move around the (continued on page 14)
A volta às aulas presenciais e o novo normal Por Debora R Pivotto | Fundação Britânica de Beneficência
D
epois de longos meses fechadas, as escolas começaram a receber os alunos de volta para as aulas presenciais no início deste ano. A pandemia está longe de ter terminado, mas o avanço da vacinação e a redução considerável no número de infecções e mortes tornaram possível, finalmente, um retorno relativamente seguro feito com algumas adaptações e medidas de segurança sanitária. Alunos, professores, funcionários e pais comemoram o retorno por diferentes motivos: por poder aprender ao vivo com o professor e não precisar mais passar o dia no computador em aulas online; por poder voltar a uma rotina de trabalho sem ter que cuidar dos filhos em casa, e principal-
mente, pela chance de voltar a reencontrar amigos e pessoas queridas, além de ter um certo senso de normalidade de volta. Esses meses em que todos precisamos ficar em casa foram muito desafiadores, cheio de incertezas e angústias, mas também foi um período de grandes reflexões e aprendizados. Para saber como está sendo esse retorno dos alunos e as transformações causadas pela pandemia na prática escolar, conversamos com os diretores de dois dos principais colégios da comunidade britânica em São Paulo: Mr Titus Edge, da St. Paul‘s School; e Mrs. Shirley Hazell, do St. Francis College.
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
Adaptações necessárias Para receber os alunos de volta com segurança, as escolas precisaram se adaptar. No St. Paul’s, os procedimentos incluem uso de máscaras, medição de temperatura, estações para a higienização das mãos, salas de aula ventiladas e manutenção do distanciamento social. “Nós também reforçamos, dentro da nossa comunidade, os procedimentos de isolamento e as diretrizes após apresentação de sintomas, para que os pais, alunos e funcionários saibam o que fazer caso apresentem sintomas ou testem positivo para Covid”, diz Mr Edge. A equipe do St. Francis também criou alguns caminhos para os alunos circularem (continua na página 14)
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A COMMUNITY THAT CARES
New Normal
tools has opened up new perspectives for school learning.
school and set up bubbles that separate students into smaller groups. On the playground and in the bathrooms, there are indications of which spaces can be used and which cannot. The number of students per class has also decreased: instead of 22, 23, there is now a maximum of 17; and the number of teachers has increased.
“The way they handled online meetings and how they worked as a group in a virtual way was amazing,” assesses Mrs. Hazell. “And that’s a learning we’re not going to lose, we will increase the use of laptops and tablets in classrooms. That revolution has really arrived.” The headmaster recalled that, if for some students, online learning was very tiring, for others, this form of study brought superior performance to what they had been having in school face-to-face. “Some students, who had their parents very close at home, watching everything, were more focused and this generated great results. It was a good surprise.
Continued from page 13
Technology is here to stay If on the one hand, learning and teaching all school content online was tiring for students and teachers, the use of technology has brought about good surprises for school practice. The ease with which children and young people have learned to use new programmes and have adapted to online meeting and content production
At St. Paul’s, the teachers also had to reinvent their whole way of working and adapt
the material, which also brought good results. I was very impressed with the way it was done and some of these changes will certainly remain even after the pandemic. The technological skills honed by the teachers during the lockdown will not be forgotten,” says Mr Edge.
Importance of face-to-face contact Although schools have adapted well to online learning and have even made good discoveries, the school community is unanimous in saying how important faceto-face contact is for learning. For Mr Edge, students learn best when there is a good rapport, a common purpose and a degree of trust between them and teachers. “It is impossible to replicate that personal connection in a virtual classroom. Moreover, students often learn from each other by interacting, playing and so-
Novo normal
Continuação da página 13 pela escola e algumas bolhas que separam os alunos em grupos menores. No playground e nos banheiros, há indicações de quais espaços podem ser usados e quais não podem. O número de alunos por sala também diminuiu: em vez de 22, 23, agora são no máximo 17; já o número de professores aumentou.
A tecnologia veio para ficar Se por um lado, aprender e ensinar todo conteúdo escolar de forma online foi cansativo para alunos e professores, o uso da tecnologia trouxe boas surpresas para a prática escolar. A facilidade com que crianças e jovens aprenderam a usar novos programas e se adaptaram às ferramentas de reuniões e Hygiene at St. Francis College | Higiene no St. Francis College
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British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
cialising between classes. No technology can compensate for that,” says Mr Edge. He also reminds us that the lockdown extension has come at a high price for many young people: spending hours in front of a screen, having limited moments for physical activity and being cut off from a natural interaction environment cannot be healthy, especially for a generation that is already affected by social media culture and low levels of physical fitness. “Technology brings many positive consequences and, in the right hands, works miracles in certain classes, but nothing will replace an innovative, charismatic teacher with a lot to teach, who makes the classroom a fun and fascinating place for students,” adds Mr Edge.
(continued on page 16) produção de conteúdo online abriu novas perspectivas para a aprendizagem. “A forma como lidaram com os encontros online e como trabalharam em grupo de forma virtual foi incrível”, avalia Mrs Hazell. “E isso é um aprendizado que não vamos perder, aumentaremos o uso de laptop e tablets nas sala de aula. Essa revolução realmente chegou”. A diretora lembrou que, se para alguns alunos, o ensino online foi muito cansativo, para outros, essa forma de estudo trouxe um desempenho superior ao que vinham tendo na escola de forma presencial. “Alguns alunos, que tiveram os pais muito perto em casa, atentos a tudo, ficaram mais concentrados e isso gerou ótimos resultados. Foi uma boa surpresa”. Na St. Paul’s, os professores tiveram que reinventar toda sua forma de trabalhar e
Lunch at St. Paul’s School | Almoço na Escola St. Paul’s
adaptar o material, o que também trouxe bons resultados. “Fiquei muito impressionado com a maneira como isso foi feito e algumas dessas mudanças certamente permanecerão mesmo depois da pandemia. As habilidades tecnológicas aperfeiçoadas pelos professores durante o lockdown não serão esquecidas”, diz Mr Edge.
A importância do contato presencial Apesar de as escolas terem se adaptado bem ao ensino online e até terem feito boas descobertas, a comunidade escolar é unânime em dizer o quanto o contato presencial é importante para a aprendizagem. Para Mr Edge, alunos aprendem melhor quando há um bom entrosamento, um propósito em comum e um grau de confiança entre eles e os professores. “É impossível replicar essa conexão pessoal em uma sala de aula virtual. Ademais, os alunos frequen-
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temente aprendem uns com os outros, interagindo, brincando e socializando entre as aulas. Tecnologia nenhuma pode compensar isso”, diz Mr Edge. Ele lembra também que a extensão do lockdown teve um preço alto para muitos jovens: passar horas na frente de uma tela, tendo momentos limitados para a prática de atividades físicas e ficando isolados de um ambiente de interação natural não pode ser saudável, sobretudo para uma geração que já é acometida pela cultura das redes sociais e pelos níveis baixos de aptidão física. “A tecnologia traz muitas consequências positivas e, nas mãos certas, opera milagres em certas aulas, mas nada substitui um professor inovador, carismático e com muito a ensinar, que faz de (continua na página 16)
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A COMMUNITY THAT CARES
New Normal Continued from page 15
Mrs Shirley Hazell said that not only the students, but the entire staff and teaching team were looking forward to having the students back at school. “We are all very happy. Because teaching online is like doing meetings online, it’s very demanding. Everyone couldn’t wait to get back. If you have a child at home, it’s hard to teach online. So the teachers are very happy to have contact with the students and to be able to look at each one of them, individually.
The lessons of the pandemic Although it has been a time of many challenges, the headmasters also point to positive aspects brought about by the pandemic. Apart from the technology issue already mentioned, Mrs. Hazell com-
Novo normal
Continuação da página 15 sua sala de aula um lugar divertido e fascinante para os alunos.”, completa Mr Edge. Mrs Shirley Hazell contou que, não somente os alunos, mas toda a equipe de professores e funcionários estavam ansiosos para ter os alunos de volta na escola. “Estamos todos muito felizes. Porque dar aulas online é como fazer reuniões online, demanda muito. Todo mundo não via a hora de voltar. Se você tem criança em casa, é difícil dar aulas online. Então, os professores estão muito felizes de poder ter contato com os alunos e poder olhar para eles individualmente”.
As lições da pandemia Apesar de ter sido um período de muitos desafios, os diretores apontam também aspec-
ments that she feels the students are more mature and resilient. “They have come back friendlier and their sense of resilience has grown a lot. I feel that the desire to be in a group and united has become much stronger. They are the same kids, but they are different, they have grown in many ways. And for many of them, having their parents more present at home has worked really well,” says Mrs Hazell. Mr Edge recalled that during the lockdown the whole team learned a lot about individual responsibility, collective effort and the importance of keeping our spirits up even when facing the unknown. “I believe we will come out of this period stronger and that this will prove to be a positive legacy from this very difficult time,” he says. We hope so. ◼ tos positivos trazidos pela pandemia. Além da questão da tecnologia já mencionada, Mrs Hazell comenta que sente os alunos mais maduros e resilientes. “Eles voltaram mais amigáveis e o senso de resiliência deles cresceu muito. Sinto que a vontade de estar em grupo e unido ficou muito mais forte. São as mesmas crianças, mas estão diferentes, cresceram em muitos aspectos. E para muitos deles, o fato de ter os pais mais presentes em casa funcionou muito bem”, diz Mrs Hazell. Mr Edge lembrou que, durante o lockdown, toda a equipe aprendeu muito sobre responsabilidade individual, esforço coletivo e a importância de manter o ânimo mesmo quando enfrentamos o desconhecido. “Acredito que sairemos mais fortes desse período e que isso se provará um legado positivo desse momento tão difícil”, diz o diretor. Esperamos que sim. ◼
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Mrs. Shirley Hazell, headmaster of St. Francis College | Sra. Shirley Hazell, diretora do St. Francis College
Mr. Titus Edge, headmaster of St. Paul’s School | Sr. Titus Edge, diretor do St. Paul’s School
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A new teaching: face-to-face and online
By Katia Borba and Marcelo Dalpino | Cultura Inglesa | www.culturainglesa.com.br
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fter approximately 19 months without being able to deliver faceto-face classes in São Paulo, Cultura Inglesa began to welcome its students in physical classrooms in June 2021. A lot had been transformed and prepared over all these months! In March 2020, all Cultura Inglesa SP units were closed due to the pandemic scenario and, with that, all in-person activities, classes and student services were suspended. A huge transformation process was then begun. Classes started to be remote, with live classes with the teacher and new tools and learning possibilities that were developed and introduced to remote teaching.
Within this scenario, Cultura Inglesa started its journey of creation and an authorial platform of Cultura Inglesa was born: Learning Experience Platform (LXP), an exclusive platform with a series of multimodal resources (videos, games, podcasts, and quizzes) to be explored asynchronously by children, teenagers and adults. We can confirm the maxim that affirms that the pandemic accelerated the construction of an ambience that favours innovation and the extended use of technology in the service of education. While the classes took place in the remote format, with its blended characteristic: asynchronous moments via LXP and synchronous meetings with our teachers, another level of transformation was also
taking place in our units. Several units were renovated to be able to accommodate students in larger spaces, respecting the necessary physical distance. A partnership with the Sírio Libanês consulting firm was signed and we developed a strict safety protocol for our employees and students, which involves everything from standardised communication to the availability of PFF2 masks for our teachers. We were then ready to welcome the students back to our units in June this year. But, the classes will no longer be the same. Cultura Inglesa enters the Phygital era -
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Um novo ensino: presencial e online Por Katia Borba e Marcelo Dalpino | Cultura Inglesa
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epois de aproximadamente 19 meses sem conseguir entregar aulas presenciais em São Paulo, a Cultura Inglesa voltou a acolher seus alunos em salas de aula físicas em junho de 2021. Muita transformação e preparação aconteceram ao longo de todos esses meses! Em março de 2020, todas as unidades da Cultura Inglesa SP foram fechadas devido ao cenário de pandemia, e com isso, um enorme processo de transformação foi iniciado. As aulas passaram a ser remotas, ao vivo com o professor, com novas ferramentas e novas possibilidades de aprendizagens que foram desenvolvidas.
Neste cenário, a Cultura Inglesa iniciou sua jornada de criação e nasceu assim a Learning Experience Plataform (LXP), uma plataforma exclusiva para os nossos alunos, com uma série de recursos multimodais (vídeos, games, podcasts, quizzes) a serem explorados de forma assíncrona por crianças, adolescentes e adultos. Sim, a forma ‘blend’, assíncrono e síncrono, passou a ser uma realidade no processo de ensino-aprendizagem! Confirmamos a máxima que diz que a pandemia acelerou a construção de um ambiente que favorece a inovação e o uso ampliado de tecnologia à serviço da educação. Enquanto as aulas aconteciam no formato remoto, com momentos assíncronos via LXP, outro nível de transformação começava
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também em nossas unidades. Várias delas foram reformadas para poder acomodar os alunos em espaços maiores, respeitando o distanciamento físico necessário. Com uma parceria e consultoria do Sírio Libanês, desenvolvemos um rígido protocolo de segurança para nossos colaboradores e alunos, que envolve desde a comunicação padronizada até a disponibilização de máscaras PFF2 para os nossos professores. Estávamos prontos para acolher os alunos novamente em nossas unidades em junho deste ano, mas, as aulas já não seriam mais as mesmas. A Cultura Inglesa entra na era Phygital – com os elementos presenciais e digitais atuando de forma integrada. Nossos (continua na página 18)
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A new teaching Continued from page 17
with face-to-face and digital elements acting in an integrated way. It is certain that our face-to-face will never be the same again and will never be 100% face-to-face. The advance in digital technologies and the changes in behaviour leveraged by the pandemic drive us to build a hybrid future. Our face-toface courses have a schedule of live classes with the teacher and also have a schedule of asynchronous content available on our LXP platform. It is important to note that we are not talking about extra activities, but of digital content intertwined with the content of the face-toface classes. Photo by Max Fischer on Pexels | Foto de Max Fischer no Pexels
Um novo ensino Continuação da página 17
cursos presenciais contam com uma carga horária de aulas ao vivo com o professor e também têm uma carga horária de conteúdo disponibilizado em nossa plataforma LXP. É importante notar que não estamos falando de atividades extra, mas sim de conteúdo digital entrelaçado com o conteúdo das aulas presenciais.
Photo by Lucas Law on Unsplash | Foto de Lucas Law no Unsplash
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Além disso, cabe lembrar que não levamos o nome de CULTURA inglesa por acaso. Ofertamos mais de 40 atividades no âmbito da cultura expandida, envolvendo artes, ciências e comportamentos culturais. E, durante a pandemia, toda nossa vasta oferta cultural passou também a ser oferecida nesse mix entre assíncrono e síncrono, com mais de 20 atividades culturais na LXP e mais de 20 ati-
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UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
In addition, it is worth remembering that we do not carry the name CULTURA Inglesa by mere coincidence of fate. We offer over 40 activities for our students within the expanded culture framework, involving arts, sciences and cultural behaviours: over 20 cultural activities at LXP, and over 20 live cultural activities like our Pop Choir, Drama Activities and Science Workshops. After all, learning a language is about experiencing and understanding new cultures. Now it must be said: important thing is to have our students back. A school only has life if it has students. It is the students who fill the environment with energy and reinforce our purpose of being facilitators of exchange and learning! “Emotion” is the word that defines the reopening of the units and the return to on-site classes. vidades culturais ao vivo, como nosso Pop Choir, Drama Activities e Workshops sobre Ciências. Afinal, aprender uma língua é vivenciar e compreender novas culturas. Mas é preciso dizer: o mais importante é ter nossos alunos de volta. Uma escola só tem vida se tem alunos. São eles que preenchem os ambientes de energia e reforçam nosso propósito de ser facilitadores de trocas e aprendizados! Emoção é a palavra que define a reabertura das unidades e o retorno às aulas presenciais.
And the future? We look forward to continue welcoming our students in our units, definitely, in complete safety and with the best possible learning experience. But, this does not mean that we have abandoned the format of remote classes. Students now have the option and choose if they want to attend a faceto-face course or if they prefer the remote format with live classes with the teacher over the internet. This expansion and digital development favours the student who has more options to decide how and when to learn. We are very happy to have the units reopened, students back in attendance and a series of innovations and advances to share with them. We are always ready to receive our students with safety, warmth and quality teaching. ◼ lhem se querem participar de um curso presencial ou se preferem o formato remoto com aulas ao vivo com o professor pela internet. Essa ampliação e desenvolvimento digital favorece o aluno, que tem mais opções para decidir como e quando aprender. Estamos muito felizes em ter as unidades reabertas, os alunos de volta ao presencial e uma série de inovações e avanços para compartilhar com eles. Estamos sempre prontos para receber nossos alunos com segurança, acolhimento e qualidade de ensino. ◼
E o futuro? Torcemos muito por poder continuar acolhendo nossos alunos em nossas unidades, de forma definitiva, com toda segurança e com a melhor experiência de aprendizagem possível. Mas, isso não significa que abandonamos o formato de aulas remotas. Os alunos agora têm opção e esco-
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Olympic Pride
By Verena Ferreira | St. Paul’s School | www.stpauls.br
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ur student Stephanie Balduccini participated in the Tokyo Olympics being the youngest competitor for Brazil in swimming for 41 years and swam for the Brazilian national teams. In the 4×100 free girls relay, she performed the best time and was asked to stay in Tokyo to compete in another relay that took part, this being the 4×100 medley mixed. We got the opportunity to talk to Stephanie and ask her some questions.
How do you balance school and swimming? If you can find free time, what do you like to do with it? Balancing school and swimming is a lot harder than it seems. I have to swim before and after school and at the end of the week I am absolutely exhausted. It gets really hard when there is an assessment week, as I need to swim and study. I end up studying late at night, and having to wake up early in the morning to swim. When I have free time, I like to spend it with my friends or family, watching movies or going out.
You’re the youngest competitor for Brazil in swimming for ₄₁ years! How was it to engage with the team where the other competitors are much older than you? It was really fun. I have to admit sometimes I missed people my age, but overall it was very fun and I learnt a lot from them!
What are your goals for the future? What other things you hope to achieve, in swimming and also in your academic life? I want to improve my times and my titles in swimming. I want to try and go to another Olympic games. As for academics, I want to do well in my IBs and get into a good university.
What is the best memory of your time in Tokyo? Probably getting there and seeing the amazing foods there were. ◼
Photo by Marcelo Uva on Unsplash. | Foto de Marcelo Uva no Unsp
What skills from your St. Paul’s experience have helped you in your athletic journey so far? I have learnt to deal with pressure a bit more, and not to procrastinate. I’ve also improved my time management completely.
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plash.
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Orgulho olímpico
Por Verena Ferreira | St Paul’s School
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ossa aluna Stephanie Balduccini participou das Olimpíadas de Tóquio. Foi a mais jovem competidora do Brasil em natação há 41 anos e nadou para as seleções nacionais brasileiras. Na prova de revezamento 4×100 metros livres, feminino, ela realizou o melhor tempo e foi convidada a ficar em Tóquio para competir em outro revezamento, o medley 4×100 metros misto. Na entrevista abaixo, ela conta como foi essa experiência.
Como você equilibra a escola e a natação? Se você consegue encontrar tempo livre, o que você gosta de fazer com ele? Equilibrar a escola e a natação é muito mais difícil do que parece. Tenho que nadar antes e depois das aulas e no final da semana estou absolutamente exausta. Fica muito difícil quando temos uma semana de avaliação, pois preciso nadar e estudar. Acabo estudando tarde da noite, e tenho que acordar cedo pela manhã para nadar. Quando tenho tempo livre, gosto de passá-
lo com meus amigos ou família, assistindo filmes ou saindo.
Que habilidades de sua experiência no St. Paul’s a ajudaram em sua jornada atlética até agora? Aprendi a lidar um pouco mais com a pressão, e não procrastinar. Também melhorei completamente minha gestão de tempo.
Você é a mais jovem concorrente do Brasil na natação há ₄₁ anos! Como foi se envolver com a equipe onde os outros competidores são muito mais velhos que você? Foi realmente divertido. Tenho que admitir que às vezes sentia falta de pessoas da minha idade, mas no geral foi muito divertido e aprendi muito com elas!
Quais são seus objetivos para o futuro? Que outras coisas você espera alcançar, na natação e também em sua vida acadêmica? Eu quero melhorar meus tempos e meus títulos na natação. Quero tentar ir a outros jogos olímpicos. Quanto aos acadêmicos, quero me sair bem nas minhas IBs e entrar em uma boa universidade.
Qual é a melhor lembrança do seu tempo em Tóquio? Acho que chegar e ver as comidas incríveis que têm por lá. ◼
Photo by Alex Cohn on Wikimedia Commons | Foto de Alex Cohn no Wikimedia Commons
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Plans for an exciting & more diverse future Content provided by St. Paul’s School | www.stpauls.br
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s we approach our centenary, St. Paul’s can reflect on its achievements over the last 95 years and look ahead to our future. We have come a long way since the first 88 pupils were enrolled in 1926 and can justifiably claim to be a beacon of excellence in Latin America, blending the best of British education with a distinctive Brazilian flare and combining a strong tradition with a thoroughly modern outlook. The newly unveiled 5-year strategic plan builds on this legacy and sets out an ambitious and exciting future for the school’s centenary and beyond. At its heart lie six key values that will define the school’s develop-
ment: Aspiration, Adventure, Resilience, Responsibility, Inclusion and Kindness. These underpin the school’s future as an all-ability, high achieving and caring school that fulfils the potential of each pupil within the classroom and beyond. Work has already begun exploring ways to expand the curricular experience for pupils and to develop the teaching and pastoral provision. The school is also expanding its scholarship programme to open St. Paul’s to a greater diversity of talent, and ensuring that the school is no longer just available to those lucky enough to afford the fees.
It is with immense pleasure that we therefore announce the creation of the St. Paul’s Endowment, an innovative initiative to raise funds and help us achieve our centennial target of having 10% of our Senior School pupils enrolled as full scholars. It means that, in the coming five years, our plan is to have 50 scholars in the Ensino Fundamental II and Médio stages. Aligned with best practices of some of the leading universities around the world, our endowment will serve as a link across generations of Pauleans translating past successes into future opportunities. We hope all our former pupils
Planos para um futuro empolgante e mais diverso Artigo fornecido por St. Paul’s School
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onforme nos aproximamos do nosso centenário, nós, da St. Paul’s, refletimos sobre nossas conquistas ao longo dos últimos 95 anos e nos preparamos para o futuro. Avançamos muito desde que os primeiros 88 alunos se matricularam em 1926 e podemos dizer com orgulho que somos um pólo de excelência na América Latina, misturando o melhor da educação britânica e brasileira e combinando forte tradição com modernas perspectivas. O recente anunciado plano estratégico de 5 anos constrói a partir desse legado e estabelece um futuro ambicioso e empolgante para o centenário do colégio e para
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além dele. O centro desse plano se apoia em seis valores-chave que definirão o desenvolvimento da escola: Anseio, Aventura, Resiliência, Responsabilidade, Inclusão e Bondade. Esses valores fundamentam o futuro do colégio como uma instituição inclusa, diversa e de excelência, que cumpre o potencial de cada aluno dentro e fora da sala de aula. O trabalho já começou, a medida que exploramos maneiras de expandir a experiência curricular dos alunos e desenvolvemos nossos princípios de ensino e de apoio ao aluno. A escola também vem expandindo seu programa de bolsas de estudos, de forma a abrir a St. Paul’s para uma diversidade maior de talentos.
É com grande prazer que assim anunciamos a criação do St. Paul’s Endowment, uma iniciativa inovadora de angariar fundos e nos ajudar a atingir nossa meta rumo ao centenário de ter 10% dos alunos da Senior School matriculados por meio do nosso programa de bolsas. Isso significa que, nos próximos cinco anos, nosso plano é de ter pelo menos 50 bolsistas nos Ensino Fundamental II e Médio. Alinhado com as práticas de algumas das melhores universidades do mundo, nosso endowment servirá como uma conexão entre gerações, traduzindo sucessos passados em oportunidades futuras. Nós esperamos que nossos ex-alunos, ao redor do mundo, nos ajudem nesse empreendimento.
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around the world can support us in this endeavour. Over the last few years, through careful financial management, our school has managed to grow the development fund and delivered returns well above inflation. By understanding that “development” means more than bricks and new buildings, our Board of Governors decided to donate to the St. Paul’s Endowment R$ 15 million as a seed capital. This amount and any future aid will come from the development fund’s excess return. To make the endowment fully sustainable and enable it to fulfil its long(continued on page 24) Nos últimos anos, com o apoio de uma cuidadosa gestão financeira, o colégio foi capaz de aumentar nosso fundo de desenvolvimento e entregar retornos acima da inflação. Entendemos que desenvolvimento significa muito mais do que novos prédios e infraestrutura, portanto, nosso Board of Governors decidiu doar para o St. Paul’s Endowment R$15 milhões como capital inicial. Essa quantia e outras ajudas futuras virão do retorno do fundo. Para tornar o endowment sustentável e permitir que cumpra seu papel a longo prazo, precisaremos angariar um total de R$200 milhões nos próximos anos. Além do capital inicial de R$15 milhões reservados pela FABEC para o fundo, para atingirmos nossa meta precisaremos de uma ajuda significativa de nossa comunidade. Como primeiro passo, e de forma a
encorajar a iniciativa, para cada R$1 doado pela comunidade para o endowment, a FABEC irá transferir mais R$1, igualando cada doação até um total de R$10 milhões. Nós acreditamos que o caráter da St. Paul’s e sua excelência de longa data devem não apenas ser mantidos mas também compartilhados de forma mais abrangente, e acreditamos que o endowment ajudará nessa perspectiva. É dentro desse contexto de compartilhamento que
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estamos preparados para abrir nossas portas a talentos novos dentro da nossa comunidade e em outros grupos, de forma a atrair, ajudar e celebrar alunos que não poderiam estudar na St. Paul’s de outra forma. Esse talento irá enriquecer nossa escola, inspirar nossos alunos e transformar vidas. Ainda que seja um projeto ambicioso, acreditamos ser uma importante oportunidade para abrir a escola a mais jovens (continua na página 24)
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Plans for the future Continued from page 23
term role, we will need to raise a total of R$200 million in the next years. In addition to the initial seed capital of R$15 million reserved by FABEC for the fund, to reach our target we will need significant help from the community. As a first step, and to encourage such an initiative, for every R$1 donated by our community to the endowment, FABEC will transfer another R$1 to match every donation up to a total level of R$10 million. We strongly believe that the St. Paul’s ethos and its long-established excellence should not only be maintained and developed but should also be shared more widely, and the endowment will
support this belief. It is within this context of sharing that we are keen to open our gates to talents from within our immediate community and from further afield, to attract, develop and celebrate pupils that would otherwise not be able to attend St. Paul’s. This talent will enrich our school, will inspire our pupils, and will transform lives. Though ambitious in scale, the opportunity is there to open the schools doors to more young people with flare and talent, regardless of their background. We all know the difference that a first-class education can make and here is a chance to light a spark that will change lives forever.
endowment will also provide for the Bursary Fund, offering temporary hardship assistance to help parents working to overcome financial hardship, and with money reserved for other candidates entitled to a partial fee assistance depending on the results of means testing. If you want to learn more about the scholarship programme or our endowment fund, we encourage you to follow our school’s news on social media and website. The British Community is warmly invited to help us by recommending talented individuals to be scholars at St. Paul’s, by making a donation to the endowment, or by spreading the word around the community. ◼
Besides supporting the current St. Paul’s Foundation Scholarship Programme, the
Planos para o futuro Continuação da página 23
talentosos, independente de sua origem. Entendemos a diferença que uma boa educação pode trazer e aqui há uma chance de dar início a uma inciativa que mudará vidas para sempre. Além de apoiar o atual Programa de Bolsas da Fundação St. Paul’s, o endowment também irá financiar um fundo de auxílio, que oferece assistência temporária para pais passando por dificuldades financeiras e como reserva para outros candidatos que podem receber bolsas parciais, dependendo das suas condições.
redes sociais ou site. A Comunidade Britânica está convidada a nos ajudar, recomendando individuais talentosos para participarem do nosso programa de bolsas, fazendo uma doação ao nosso endowment ou compartilhando a respeito dele com outras pessoas. ◼
Se desejar saber mais sobre o programa de bolsas ou nosso endowment, acompanhe as notícias do colégio pelas nossas
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Royal British Legion
By Paul McMahon, President, Royal British Legion - São Paulo Branch | rblsaopaulo@hotmail.com | britishlegion.org.uk
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s a committee we have not been able to have our traditional faceto-face meetings and we have continued using an online format to carry on our committee work to ensure that our assisted members continue to be cared for in these difficult times.
missed by everyone and we hope to be able to restart these events very soon.
Remembrance Day Service
Please remember that anyone can join us as a member. We welcome everyone whether you have a connection to the Armed Forces or not.
It is still uncertain in which form the annual service will take place this year in São Paulo. Last year as you are probably aware we had a virtual service that was transmitted on the day that the service at the cathedral should have taken place. We will keep you informed about the format for the service as soon as we can.
RBL Churrasco/RBL Golf/Events
Royal Air Force Ensign “RAF Flag”
Due to the ongoing COVID19 situation we have not been able to hold our normal events. We realise these social events are greatly appreciated/enjoyed and
We had a call for a very urgent need for an “RAF flag” for the family of an ex WW2 RAF pilot. It is not something that we have here with the branch. I contacted
the British Embassy in Brasilia and it was confirmed that they had one. The issue was that we then needed this RAF Ensign to be in São Paulo within 12 hours. Within an hour a solution was found and the RAF Ensign was flown from Brasilia to Congonhas airport by a Brazilian Air Force (Força Aérea Brasileira, FAB) flight that been scheduled for first thing the next morning! For those of you who do not know, the RAF Ensign (“RAF Flag”) is a “flag” that has a field of air force blue with the United Kingdom’s flag in the canton and the Royal Air Force’s roundel in the middle of (continued on page 26)
A Real Legião Britânica
Por Paul McMahon, Presidente, Real Legião Britânica - Filial de São Paulo
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omo nosso comitê não pôde ter nossas tradicionais reuniões presenciais, continuamos usando um formato online para realizar o trabalho e garantir apoio aos nossos membros assistidos. Lembre-se de que qualquer pessoa pode se juntar a nós como membro. Damos as boas-vindas a todos, quer tenham ou não uma conexão com as Forças Armadas.
Serviço do Dia da Memória
RBL Churrasco/RBL Golfe/Eventos
Tivemos uma chamada para uma necessidade muito urgente de uma “bandeira da RAF” para a família de um ex-piloto da Segunda Guerra Mundial. Não é algo que temos aqui na filial. Então, entrei em contato com a Embaixada Britânica em Brasí(continua na página 26)
Devido à situação atual da COVID19, não pudemos realizar nossos eventos normais. Percebemos que estes eventos sociais são muito curtidos/apreciados e todos sentem falta. Por isso, esperamos poder reiniciálos muito em breve.
É incerta ainda a forma como o serviço anual acontecerá neste ano em São Paulo. No ano passado, tivemos um serviço virtual que foi transmitido no dia em que o serviço na catedral deveria ter acontecido. Manteremos vocês informados sobre o formato do evento o mais rápido possível.
Bandeira da Royal Air Force “Bandeira da RAF”
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Welfare officer Bonnie Ford picking up the RAF Ensign from the FAB crew at Congonhas airport. | Oficial de bem-estar social, Bonnie Ford, recebendo o estandarte da RAF da tripulação da FAB no aeroporto de Congonhas.
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Continued from page 25 the flag. The RAF Ensign was introduced in 1921 after some opposition from senior members of the Royal Navy. The RAF Ensign is flown from the flagstaff of every Royal Air Force station during daylight hours. Ordinarily, it is hoisted and hauled down by the station’s duty NCO and saluted by the station’s orderly officer. The Ensign may also be hoisted or hauled down during a parade. As the professional head of the RAF, the Chief of the Air Staff may fly the RAF Ensign. Air Attachés and the Heads of RAF Missions may also fly the RAF Ensign. It is also flown daily from the Ministry of Defence building in Whitehall, London.
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Continuação da página 25 lia e confirmaram que eles tinham uma. A questão era que precisávamos que ela estivesse em São Paulo dentro de 12 horas. A bandeira da RAF, então, foi trazida de Brasília para o aeroporto de Congonhas por um vôo da Força Aérea Brasileira (FAB) programado para a primeira hora da manhã seguinte! Para aqueles que não sabem, a bandeira da RAF (“RAF Flag”) tem um campo azul da força aérea com a bandeira do Reino Unido no cantão e o medalhão da Royal Air Force no meio da bandeira. Ela foi introduzida em 1921 após alguma oposição de membros sênior da Marinha Real. The Cenotaph on Whitehall in London. Photo by Andrew Shiva on Wikipedia. | Foto de Andrew Shiva no Wikipedia.
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Robert Gordon Beer In May the British community in São Paulo lost one of its prominent members – Bob Beer, as he was known to all. Bob devoted much of his time and energy to the São Paulo branch of the Royal British Legion where he was a member of the committee for over 20 years, becoming president for the three years 2008-10. The Legion’s main objective is to provide assistance as needed to former members of the British armed forces and their dependents, but it has also become a central focal point for the British community through the organization of its twice-yearly fund-raising “churrascos” and, of course, the annual Remembrance Service at the cathedral in November.
For most of his time on the committee, if anything requiring hard work was needed, it was usually Bob who did it, and it is no small part due to his tireless attention to detail that these events have generally gone off flawlessly. In recogni-
tion of all his hard work, Bob was awarded an RBL UK Gold Badge in 2004 as well as a local Branch Certificate of Appreciation on the occasion of his retirement in 2020. ◼
Robert “Bob” Beer (left) | Robert “Bob” Beer (esquerda)
A bandeira é hasteada no mastro de cada estação da Royal Air Force durante o dia. Normalmente, é içada e desiçada pelo NCO (suboficial) de serviço da estação e saudado pelo oficial de serviço da estação, e também pode ser içada ou desiçada durante um desfile. Como chefe profissional da RAF, o Chefe do EstadoMaior Aéreo pode desfraldar o estandarte da RAF. Os Adidos Aéreos e os Chefes das Missões da RAF também podem hastear o estandarte. Também é hasteado diariamente no prédio do Ministério da Defesa em Whitehall, Londres.
Robert Gordon Beer Em maio, a comunidade britânica em São Paulo perdeu um de seus membros proeminentes — Bob Beer, como era conhecido de todos. Bob dedicou muito de seu tempo e energia à filial de São Paulo da Real Legião Britânica, onde foi membro por mais de 20 anos, tornando-se presidente durante três anos 2008-2010. O principal objetivo da Legião é prestar assistência, conforme a necessidade, aos ex-membros das forças armadas britânicas e seus dependentes, mas também se tornou um ponto central para a comunidade britânica com a organização de seus “churrascos” bienais para arrecadação de fundos e, naturalmente, do Serviço Anual de Memória na catedral em novembro.
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Durante a maior parte de seu tempo no comitê, quando algo que exigia muito trabalho era necessário, geralmente foi Bob quem o realizava e, devido a sua incansável atenção aos detalhes, os eventos geralmente se realizavam sem falhas. Em reconhecimento a todo seu trabalho árduo, Bob recebeu um Distintivo de Ouro da RBL UK em 2004, assim como um Certificado de Apreciação da filial local por ocasião de sua aposentadoria em 2020. ◼
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A COMMUNITY THAT CARES
My Journey: from Scouting to the world By Esmée Jamira de Meijer | www.carajas.org | contato@carajas.org
I
never imagined that a movement could change a person’s life. But thanks to Carajás I managed to become a better person and every day I look for my best version. It may sound cliché, but embark on this journey with me. . . It all started 7 years ago, when a friend of my mother invited me to participate in a Scoutas meeting. At the time I was spoilt and liked my comforts, I didn’t believe that Scouting would add so much to my life. However, arriving at the meeting I was soon welcomed, loved and for the first time in my life, straight away I felt like I belonged there. For the few hours I was there, I already felt that it was an environment where I would face many learnings (in fact I wasn’t wrong) and gradually it became my family and a huge part of my routine. I consider these last years in the Scoutas the most intense of my entire life, as I was able to learn a lot, pass on everything I know, in addition to sharing important moments with my loved ones. I also look at my journey in a cyclical way, where I could appreciate, discover and live different situations. The life of a Girl Scout is full of stages and challenges that teach you, and prepare you, for your personal development. Along my journey I also got to know people better, creating bonds of friendship and discovering myself as well. I recognised that making friends was one of the most important things for me, and that in the Scoutas is made easier by being surroun-
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ded by people with similar beliefs. And as a result of this characteristic of mine, I won the “Most Popular” award for four consecutive years and received other awards as well. However, one thing I am very proud of was having managed to reach the highest level of development, the Eagle Scout (Escoteiro da Pátria) badge. It’s hard to explain to an outsider that in Scouting there’s no age or maturity to make friends. You end up creating a special bond both with the youngest girl who is 11 years old and with a leader who is 40 years old. When we all have the same purpose and are connected by the idea of creating a better world, little things like age become meaningless. During those years there were many activities, camps and remarkable trips. Each one with a different purpose, but I cannot fail to mention the World Jamboree, the best event a young person can participate in, which happens every four years and each time in a different country, bringing together scouts from all over the world.
perienced. I had the pleasure of following the growth and development of unique girls who became very special to me. I can’t put into words how much they helped me become the person I am today, and how much they prepared me for this new phase of my life. All the years I spent at Carajás contributed to building the person I am today and, looking back, I am proud of how far I have come (and this is only the beginning), and that it wouldn’t be possible without the Scoutas. I just have to thank all the people who were part of my journey and especially the Carajás. Thanks! ◼
Early years in Scoutas.| Primeiros anos nos escoteiros
Besides getting to know cultures and people from different places, I built great relationships with people in my group. It was at that moment that I acknowledged that Scouting was much stronger and more important to me than I ever imagined. We can say that after the Jamboree I began a new and very important phase of my cycle. Being a patrol leader was, without a doubt, the best time in Scoutas I ever ex-
With the patrol at the World Jamboree.| Com a patrulha do Jamboree Mundial
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UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
Minha jornada: do escotismo para o mundo Por Esmée Jamira de Meijer, Grupo Escoteiro Carajás
E
u nunca imaginei que um movimento seria capaz de mudar a vida de uma pessoa. Mas, graças ao Carajás, consegui me tornar uma pessoa melhor e todos os dias procuro a minha melhor versão. Pode parecer clichê, mas embarque nessa jornada comigo... Tudo começou há 7 anos, quando uma amiga da minha mãe me convidou a participar de uma reunião das Scoutas. Na época, eu era uma menina muito mimada, fresca e patricinha. Eu não acreditava que o escotismo fosse me acrescentar em nada. No entanto, chegando na reunião, eu logo fui acolhida, amada e, pela primeira vez na vida, senti que pertencia àquele lugar. Pelas poucas horas que estive lá, eu já senti que
Receiving the Escoteiro da Pátria | Recebendo o Escoteiro da Pátria
Patrol Leader friends | Amigos do líder da patrulha
era um ambiente onde eu passaria por vários aprendizados (de fato eu não estava errada) e aos poucos foi se tornando minha família e fazendo parte da minha rotina. Eu considero esses últimos anos nas Scoutas os mais intensos de toda minha vida, pois pude aprender muito, repassar tudo o que eu sei, além de compartilhar momentos importantes com pessoas queridas. Também encaro minha jornada de uma forma cíclica, onde pude apreciar, descobrir e viver situações diferentes. A vida de uma escoteira é repleta de etapas e desafios que te ensinam e te preparam para o seu desenvolvimento pessoal. Ao longo da minha jornada fui também conhecendo melhor as pessoas, criando vínculos de amizades e me descobrindo também. Reconheci que fazer amizades era uma das coisas mais importantes para mim, e isso nas Scoutas é facilitado pelo fato de estar rodeada por pessoas com ideais parecidos. E como consequência desta minha característica conquistei o prêmio de “Most Popular” por quatro anos consecutivos, e recebi outras premiações também. Porém, uma coisa que orgulho bastante foi ter conseguido alcançar o nível mais alto de desenvolvimento, o Escoteiro da Pátria. É difícil tentar explicar para alguém de fora que no escotismo não existe idade e nem maturidade para fazer amizades. Você acaba criando um vínculo especial tanto com a menina mais nova com seus 11 anos, quanto com uma chefia de 40 anos. Quando todos temos o mesmo propósito e estamos vinculados com a ideia de criar
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um mundo melhor, as coisas pequenas, como idade, tornam-se insignificantes. Nesses anos tiveram muitas atividades, acampamentos e viagens marcantes. Cada um com um propósito diferente, mas não posso deixar de mencionar a melhor atividade que um jovem pode participar: o Jamboree mundial, evento que acontece a cada quatro anos e cada vez em um país diferente, reunindo escoteiros do mundo inteiro. Além de conhecer culturas e pessoas de lugares diferentes, construí grandes relacionamentos com pessoas do meu grupo. E foi nesse momento que reconheci que Scouting era muito mais forte e importante para mim do que eu mesma imaginava. Podemos dizer que, depois do Jamboree, eu entrei na minha nova e mais importante fase do meu ciclo. Ser monitora de patrulha foi, sem dúvida, a melhor época de Scoutas que vivi. Tive o prazer de acompanhar o crescimento e desenvolvimento de meninas únicas e que se tornaram muito especiais para mim. Não consigo colocar em palavras o quanto elas me ajudaram a me tornar a pessoa que sou hoje, e o quanto elas me prepararam para essa minha nova fase da vida. Todos os anos que passei no Carajás contribuíram na construção da pessoa que sou hoje e, olhando para trás, só tenho orgulho do quão longe eu cheguei (e tudo está só começando), e isso não seria possível sem as Scoutas. Eu só tenho a agradecer a todas as pessoas que fizeram parte da minha jornada e principalmente ao Carajás. Obrigada! ◼
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A COMMUNITY THAT CARES
History of the Anglican Institute
Content provided by the Anglican Institute | www.catedral-anglicana.org.br
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he Anglican Institute was instituted on 23rd November 1997, under the coordination of Reverend Aldo Quintão and is considered to be the social arm of the community of St. Paul’s Anglican Cathedral which has the mission to attend any person in a situation of necessity primarily through community work in their social projects. The first project was the creation of the Centre for Infant Education Lina Rodrigues in July 1999. This project attended the families of the Paraisópolis communities, or more precisely the inhabitants of the “Grotão” and surroundings. Paraisópolis features amongst the largest slums in São Paulo in both area and number of inhabitants and certainly is found at the top of the list of human poverty and the precarious conditions of their homes, basic sanitation, education and relaxation. The families attended by the crèche have an extremely low buying power as well as the common factor of being numerous
(having many children) sustained by a single woman (the mother). The level of education is low while the level of unemployment is high.
300m2 was added in October 2011 bringing the total area constructed to 3,700m2 and offering a capacity to attend 478 children.
In January 2001, the second project of the Centre for Infant Education was implanted which also received the name of Lina Rodrigues – unit II. This was situated in the community of Parque Belém in Vila Brasilândia, a region known for the privation of the population and the high indices of violence. In 2009, the Centre for Infant Education Julian Thomas in Jaguaré was added to the number of crèches supervised by the Anglican Institute. At present both of these crèches no longer are directly administered by the Anglican Institute, but receive help should they request it.
In commemoration of the 20th anniversary of the project, two more crèches were inaugurated on the same site in March 2010, the Centre for Infant Education Ana Paula Quintão and the Centre for Infant Education Cristina Nardinelli with the result that the Anglican Institute began to attend 1.000 children aged 0 to 5 years, becoming the biggest crèche in São Paulo with 7.400 m2.
In July 2010, the Centre for Infant Education Renata Eugênia Rodrigues was inaugurated in Morumbi/Paraisópolis with 3,400m2 of construction. Another wing of
The children and teachers receive a free course of English offered by the Cultura Inglesa. Five thousand meals are offered daily which results in a monthly consumption of one ton of beans and rice, 800 kilos of meat, 434 kilos of powdered milk, 600 kilos of vegetables and 16 thousand bread rolls. In 2015, the Anglican Institute decided to expand its activities into the interior of the State of São Paulo. The first crèche was opened in the city of Botucatu where the Cathedral has a sister church. Owing to the excellent service offered by the Anglican Institute, the number of crèches in Botucatu and surrounding towns has expanded to seven where nearly one thousand children are attended. ◼
Paraisópolis Building, São Paulo, SP | Unidade Paraisópolis, São Paulo, SP
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UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
A História do Instituto Anglicano Artigo fornecido por Instituto Anglicana
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Instituto Anglicano foi instituído em 23 de novembro de 1997, sob a coordenação do Reverendo Aldo Quintão e é considerado o braço social da comunidade da Catedral Anglicana de São Paulo, que tem como missão atender qualquer pessoa em situação de carência, visando prioritariamente um trabalho comunitário por meio de seus projetos sociais. O primeiro projeto implantado foi o Centro de Educação Infantil Lina Rodrigues, em julho de 1999, que atendia famílias da comunidade de Paraisópolis, uma das maiores e mais populosas favelas de São Paulo, local onde há muita pobreza e condições precárias de moradia, saneamento básico, educação e lazer. As famílias atendidas pela creche são de baixo poder aquisitivo, bem numerosas (composta de muitos filhos) e sustentadas pela mulher (mãe). Entre os beneficiados, o nível de escolaridade é baixo e o índice de desemprego é alto.
Em julho de 2010 foi inaugurado o Centro de Educação Infantil Renata Eugênia Rodrigues no Morumbi/Paraisópolis, com 3400m2 de construção, e em outubro de 2011, foi inaugurada uma nova ala com 300m2, totalizando 3.700m2 de área construída, com atendimento para 478 crianças. Em comemoração aos 20 anos do projeto social, inauguramos em março de 2019 mais duas creches no mesmo terreno: o Centro de Educação Infantil Ana Paula Quintão e o Centro de Educação Infantil Cristina Nardinelli. Dessa forma, o Instituto Anglicano passou a atender 1.000 crianças com idade de 0 a 5 anos, tornando-se assim o maior prédio de creche de São Paulo, com 7.400m2.
los de leite em pó, 600 quilos de verduras e legumes e 16 mil pães. Em 2015, o Instituto Anglicano decidiu expandir suas atividades no interior do Estado de São Paulo. A primeira creche foi instalada na cidade de Botucatu, onde a Catedral tinha uma igreja irmã. Graças ao excelente serviço oferecido pelo Instituto Anglicano, o número de creches em Botucatu e cidades vizinhas aumentou para sete e atualmente quase mil crianças são atendidas também no interior do estado. ◼
Nossos alunos e educadores recebem curso de inglês gratuito da Cultura Inglesa. Oferecemos cinco mil refeições diárias, com consumo mensal de uma tonelada de arroz e feijão, 800 quilos de carne, 434 qui-
Em janeiro de 2001, foi implantado o segundo projeto de Centro de Educação Infantil do Instituto, que também recebeu o nome de Lina Rodrigues – unidade II. Situado na comunidade do Parque Belém, na Vila Brasilândia, é uma região conhecida pela carência da população e pelos altos índices de violência. E no ano de 2009, o Centro de Educação Infantil Julian Thomas no Jaguaré somou-se ao quadro das creches do Instituto Anglicano. Atualmente, ambas as creches não fazem mais parte da nossa administração, mas são beneficiadas assistencialmente quando solicitado.
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A COMMUNITY THAT CARES
I’d like to make you a special invitation By Eric Nice | São Paulo Atheltic Club | www.spac.org.br
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s we gradually return to a more normalised social life, with safe openings of areas in clubs, I invite members of the British community, descendants or simply lovers of traditions and cultural history to visit this true open-air museum that we have in the noble center of São Paulo in a club format. At SPAC (São Paulo Athletic Club), in the heart of the Higienópolis neighbourhood, Charles Miller brought football to the country. We have a noble space at the club for the trophies that our team, led by him, won - the first three-time football championship in São Paulo, at the beginning of the 20th century. Also from that time are our snooker tables, which, dare I say, are the prettiest and best in the country. Imported from England, they remain in use since the day they landed, more than a century ago. Our Pub, on weekends, goes back to traditional British pubs with live music and varied entertainment. In our country club headquarter, we have rugby teams, which are always responsible for a large part of the bases of the Brazilian teams in the sport. Usually, the disputes are on Saturdays, at the headquarters in the Santo Amaro neighbourhood, on the banks of the Guarapiranga dam. Speaking of dams, we partnered with another British club, SPYC (São Paulo Yacht Club). It is the oldest sailing association in São Paulo (1917) and with the partnership, SPAC members can
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use SPYC’s facilities and vice versa, in addition to having access to the dam. Returning to the Higienopolis headquarters, a delicious space we have is the bowls green field, a traditional British sport and which holds the uninterrupted stage of what is considered one of the oldest interstate disputes in Brazil - SPAC against its brother from Rio, the Paissandu Club, located in Leblon. In fact, we have more brothers around the world, the SAC (Santos Athletic Club), Rio Cricket Athletic Club (Niterói), Belgrano Athletic Club, Buenos Aires Lawn Tennis Club (Buenos Aires) and the British Club Bangkok (Thailand), with which we maintain a partnership of permission for the attendance of members between the associations. At the central headquarters, I invite you to discover this “oasis”, located between Rua Augusta and Rua da Consolação to understand why I used this word. I have rarely seen a guest arrive at SPAC for the first time and not be surprised: “I had no idea that almost in the center of São Paulo there was such an oasis”. With nine tennis courts, two swimming pools, a multi-sport court, squash courts, a three-story gym, bars, restaurants in addition to everything I said, I would say that it is our private paradise where I invite you to discover. ◼
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
Quero fazer um convite especial a você Por Eric Nice | Clube Atletico São Paulo
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o momento em que gradativamente retornamos a um convívio social mais normalizado, com aberturas com segurança de espaços nos clubes, faço o convite para que membros da comunidade britânica, descendentes ou simplesmente amante das tradições e história da cultura conheçam esse verdadeiro museu a céu aberto que possuímos no centro nobre de São Paulo em formato de clube. No SPAC (São Paulo Athletic Club), no miolo de Higienópolis, Charles Miller iniciou a chegada do futebol ao país. Temos um espaço nobre no clube para os troféus que nosso time, comandado por ele, venceu o primeiro tricampeonato paulista de futebol, no início do século 20. Temos ainda bustos e fotografias da época desses heróis britânicos, que são os verdadeiros pais do futebol brasileiro. Também são dessa época nossas mesas de snooker, que ouso dizer, são as melhores e as mais bonitas do país. Importadas da Inglaterra, permanecem em uso desde o dia em que desembarcaram, há mais de século. Nosso Pub, nos finais de semana, remonta aos tradicionais pubs britânicos com música ao vivo e oferta de diversão variada. Já na sede de campo, treinam nossos times de rugby, que sempre são responsáveis por grande parte das bases das seleções brasileiras do esporte. Comumente, as disputas são aos sábados, na sede no bairro de Santo Amaro, às margens da represa de Guarapiranga. Por falar em represa, fizemos parceria com um outro
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
clube britânico, o SPYC (São Paulo Yacht Club), agremiação de vela mais antiga de São Paulo (de 1917). Com a parceria, associados do SPAC podem utilizar as dependências do SPYC e vice-versa, além de terem acesso à represa. Na sede central, um espaço delicioso que possuímos é o do campo de bowls, esporte tradicional britânico e que é palco ininterrupto daquela que é considerada uma das disputas interestaduais mais antigas do Brasil - do SPAC contra o seu irmão carioca, o Clube Paissandu, que fica no Leblon. Aliás, temos mais irmãos espalhados pelo mundo, o SAC (Santos Athletic Club), Rio Cricket Athletic Club (Niterói), Belgrano Athletic Club, Buenos Aires Lawn Tennis Club (Buenos Aires) e o British Club Bangkok (Tailândia), com os quais mantemos parceria de permissão de frequência de associados entre as agremiações. Ainda na sede central do SPAC, convido-os a descobrirem este oásis, localizado entre as ruas Augusta e da Consolação para entenderem o uso do termo. Poucas vezes vi um convidado chegar ao SPAC pela primeira vez e não dizer “não fazia ideia de que quase no centro de São Paulo existia um lugar desse”. Com nove quadras de tênis, duas piscinas, quadra poliesportiva, quadras de squash, academia de três andares, bares, restaurantes e, além de tudo o que falei, diria que é nosso paraíso particular, onde convido todos e todas a conhecer. ◼
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A COMMUNITY THAT CARES
São Paulo Yacht Club
By Michael Downey and Cristina Rheims | São Paulo Yacht Club (SPYC) | www.spyc.com.br | +55 (11) 5523-8366
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he São Paulo Yacht Club (SPYC), also known as the “English Sailing Club”, is a small oasis in the middle of the city of São Paulo. It’s a place for the whole family to enjoy. It has a complete infrastructure, with a beautiful main building, a restaurant, an English PUB, playground, swimming pool, sports court and the most beautiful sunset views in São Paulo! It is also an excellent option for events such as weddings and company parties. In addition to the social and sporting aspects of the club, the members (and their guests) value the location and space of the club, which is ensconced in a 12,000 m2 property surrounded by the waters of the Guarapiranga reservoir. With quick
and easy access (less than 20km from the city center), it is a place of exuberant nature and local fauna, typical of reservoir areas.
SPYC Sailaway Sailing School In the wake of the 2021 Olympic gold medals, many people came to Guarapiranga in search of a closer relationship with the sport. As a sailing club, located on the banks of the reservoir, SPYC has its own sailing school (SPYC Sailaway Escola de Vela | www.spyc.com.br/escola-devela), with theoretical/practical courses aimed at people of all ages. It also organises clinics, workshops and training lanes to improve regatta techniques. In addition, the club has all the infrastructure for
sailing with a variety of boats, windsurf and stand-up paddle boards for rent. SPYC members regularly take part in the regattas organised by Fevesp (Federação de Vela do estado de São Paulo) and also in our Internal Championship. With 13 regattas throughout the year, it is one of the most fun and competitive championships on the Represa. The final awards are presented during the Season’s Closing Dinner. The cups and trophies honour of traditional SPYC families and are displayed in the club’s PUB.
São Paulo Yacht Club
Por Michael Downey e Cristina Rheims | São Paulo Yacht Club (SPYC)
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São Paulo Yacht Club (SPYC), também conhecido como “Clube de Vela Inglês”, é um pequeno oásis no meio da cidade de São Paulo. É um lugar para toda a família desfrutar. Possui uma infraestrutura completa, com um belo edifício principal, um restaurante, um PUB Inglês, playground, piscina, quadra de esportes e as mais belas vistas do pôr-do-sol em São Paulo! Também é uma excelente opção para eventos, como casamentos e festas de empresas. Além dos aspectos sociais e esportivos do clube, os sócios (e seus convidados) valorizam a localização e o espaço do clube, que está localizado em uma propriedade de 12.000 m2 cercada pelas águas do reserva-
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tório Guarapiranga. Com acesso fácil e rápido (menos de 20km do centro da cidade) é um local de natureza exuberante e frequentado pela fauna local, típica de mananciais.
de largada regatas. Além disso, o clube conta com toda a infraestrutura para a prática de vela com uma diversidade de barcos, pranchas de windsurf e stand-up paddle para aluguel.
SPYC Sailaway Escola de Vela
Velejadores do SPYC participam regularmente das regatas organizadas pela Fevesp (Federação de Vela do estado de São Paulo) e também do nosso campeonato interno, que é composto de 13 regatas ao longo do ano e é um dos mais competitivos e divertidos da Represa. A premiação final é feita durante o Jantar de Encerramento da temporada. As taças são em homenagem a tradicionais famílias do SPYC e ficam expostas no PUB do clube.
No embalo do ouro olímpico de 2021, muitas pessoas vieram a Guarapiranga em busca de uma maior aproximação com o esporte. Como um clube de vela, localizado às margens da represa, o SPYC conta com sua própria escola de vela (SPYC Sailaway Escola de Vela | www.spyc.com.br/escola-devela), com cursos teórico/práticos voltados a jovens e adultos de todas as idades. Também organiza clínicas, workshops e raias de treino para aperfeiçoar técnicas
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UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
Regata de Abertura Traditionally, SPYC hosts the “Regata de Abertura” of the São Paulo Sailing Season. It is a long-distance regatta, starting and finishing in front of SPYC, passing in front of all the other clubs and lanes of the Guarapiranga. The first one was held in 1956, at the suggestion of Mr. Cirill Milbourne to the then Commodore of SPYC, Bill Treacher, who implemented the race. The idea was to celebrate the return of nautical activities, suspended between September and February due to low water levels. Since then, the event has grown and today has the presence of more than 150 boats and around 300 sailors of all classes. (continued on page 36)
Regata de Abertura Tradicionalmente, o SPYC sedia todos os anos a Regata de Abertura da Temporada de Vela Paulista. É uma regata de longo percurso, com largada e chegada em frente ao SPYC, passando por todos os demais clubes e raias da represa. A primeira delas foi realizada em 1956, por sugestão do Sr. Cirill Milbourne ao então Comodoro do SPYC, Bill Treacher, que implementou a regata. A ideia era celebrar a cheia da represa e o retorno das atividades náuticas, suspensas entre setembro e fevereiro devido aos baixos níveis de água. Desde então, o evento cresceu e hoje em (continua na página 36)
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A COMMUNITY THAT CARES
SPYC
Continued from page 35 The “Regata de Abertura” is today a great celebration of the sailing community in São Paulo. But, in addition, it also has an important social character. Registration is made in the form of non-perishable food donations, which are passed on to needy communities in the region, and which amount to over a ton. In 2021, we were at the height of the covid-19 pandemic, but the regatta was held, albeit in a different way. Registration, donations and awards were all online. Even so, the event was a huge success, with the participation of almost 140 boats and more than 250 sailors.
In 2022 SPYC will again host the “Regata de Abertura”, usually scheduled for the 1st or 2nd weekend of February. And this year promises to be special. If all goes well, the event will be a great celebration of the sport and a return to post-vaccination normality. We hope to receive a record number of sailors and throw a big party to mark the end of this difficult time that we have lived in the last two years. To make this event the most memorable of all, we are looking for sponsors and partner companies. Any help is welcome, whether with financial support, medals, drinks, t-shirts, awards. If you are interested, or know someone who would like to be part of this celebration event, please contact us.
SPYC
cesso, com a participação de quase 140 barcos e mais de 250 velejadores.
dia conta com a presença de mais de 150 barcos e cerca de 300 velejadores de todas as classes.
Em 2022, o SPYC sediará novamente a Regata de Abertura, sempre programada para 1° ou 2° final de semana de fevereiro. E este ano promete ser especial. Se tudo der certo, o evento será uma grande comemoração do esporte e o retorno à normalidade pós-vacinação. Esperamos receber um número recorde de velejadores e promover uma grande festa para marcar o fim dessa época difícil que vivemos nestes últimos dois anos. Para tornar esse evento o mais memorável de todos, estamos em busca de patrocinadores e empresas parceiras. Qualquer ajuda é bem-vinda, seja com apoio financeiro, medalhas, bebidas, camisetas, prêmios. Se você tem interesse, ou conhece alguém que queira fazer parte dessa festa, entre em contato conosco.
Continuação da página 35
A regata de abertura é hoje uma grande confraternização da comunidade velejadora paulista. Mas, além disso, tem também um cunho social importante. A inscrição é feita na forma de doações de alimentos não perecíveis, que são repassados para comunidades carentes da região, e que chegam ao montante de mais de uma tonelada. Em 2021, estávamos no auge da pandemia de covid-19, mas a regata foi realizada, embora de forma diferente. Inscrição, doações e premiação foram feitas de forma virtual. Mesmo assim, o evento foi um enorme su-
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Come Join The SPYC Family! We have a special promotion for members of the British Society of São Paulo. For more information, contact us. ◼
MORE INFORMATION General spyc@spyc.com.br Sailing School sailaway@spyc.com.br Events eventos@spyc.com.br Members membership@spyc.com.br
Venha fazer parte da família SPYC! Temos uma promoção especial para membros da Sociedade Britânica de São Paulo. Para maiores informações, entre em contato com o clube. ◼
MAIORES INFORMAÇÕES Geral spyc@spyc.com.br Escola de Vela sailaway@spyc.com.br Eventos eventos@spyc.com.br Membros adesao@spyc.com.br
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UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
Operation Brazilian Bellows: Brazil’s Contribution to the RAF By Debora R. Pivotto | Fundação Britânica de Beneficência
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aulo Eugênio Pinotti de Almeida has been passionate about History and Aviation ever since he was a child. With the spirit of a researcher, in the 70s, he read, in a book about World War II, the information that Brazilians and AngloBrazilians had donated money for the purchase of aircraft for the British Royal Air Force (RAF) and was fascinated by the discovery. He spent the following decades searching for more information on the subject in dozens of books, newspaper archives, and study groups as well as in museums such as the Imperial War Museum in London. All these years of research resulted in the book “Operation Brazilian Bellows - The
Brazilian Contribution to the Royal Air Force (RAF)”, launched this year, which narrates the efforts of Brazilians and Britons who lived in Brazil to support Britain during the two great World Wars, especially the Second. The book tells the exciting story of people who left Brazil to enlist in the British army and thousands of others who mobilised voluntarily to raise money to help buy planes. The commitment of the community had impressive results: 25 planes were donated to the Royal Air Force and another one went to the Brazilian Air Force. And the mobilisation was only possible thanks to the efforts of the Fellowship of the Bellows, an organization created by the British
(continued on page 39)
Operação Brazilian Bellows: As Contribuições Brasileiras para a RAF Por Debora R Pivotto | Fundação Britânica de Beneficente
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aulo Eugênio Pinotti de Almeida é apaixonado por História e Aviação desde criança. Com alma de pesquisador, na década de 70, ele leu num livro sobre a Segunda Guerra Mundial a informação de que brasileiros e anglo-brasileiros haviam doado dinheiro para a compra de aviões para a Força Aérea Real (RAF) britânica e ficou fascinado com a descoberta. Passou as décadas seguintes buscando mais informações sobre o assunto em dezenas de livros, arquivos de jornais, grupos de estudo e em museus como o Imperial War Museum em Londres. Todos esses anos de pesquisa resultaram no livro “Operação Brazilian Bellows – As Contribuições Brasileiras para a Força
Aérea Real (RAF)”, lançado neste ano, que narra os esforços de brasileiros e britânicos que moravam no Brasil para apoiar a Grã-Bretanha durante as duas grandes Guerras Mundiais, especialmente a Segunda.
ternidade do Fole, uma organização criada pela comunidade britânica da Argentina e que se espalhou por toda a América Latina com o objetivo de arrecadar fundos para ajudar a Grã-Bretanha no combate ao nazismo.
O livro conta a emocionante história de pessoas que deixaram o Brasil para se alistar no exército inglês e outras milhares que se mobilizaram de forma voluntária na arrecadação de dinheiro para ajudar na compra de aviões. O empenho da comunidade teve resultados impressionantes: 25 aviões foram doados à Força Aérea Real e um outro foi para a Força Aérea Brasileira. E a mobilização só foi possível graças ao empenho da Fra-
Nesta entrevista exclusiva, o autor conta mais detalhes sobre sua pesquisa e sobre a importante e pouco conhecida participação da comunidade britânica no Brasil para ajudar os ingleses durante os desafiadores anos da Segunda Guerra Mundial.
British Society São Paulo | Fundação Britanica de Beneficência | Spotlight N° 131
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A COMMUNITY THAT CARES
Hawker Typhoon JP784 with Squadron Leader symbol on engine hood and exhausts. Photo from the Imperial War Museum | Hawker Typhoon JP784 com símbolo de líder de Esquadrão sobre o capô do motor e escapamentos. Foto de Imperial War Museum
Brazilian Bellows Continuação da página 37
Como surgiu o interesse em pesquisar esse tema? O meu interesse começou ainda na década de 70, quando li “Spitfire Caçador Implacável”, livro da série “História Ilustrada da Segunda Guerra Mundial” que falava sobre a Fraternidade do Fole e a doação de aviões para Força Aérea Britânica. Vi que alguns aviões haviam sido usados em um ataque contra o general Erwin Von Rommel, um personagem famoso da Segunda Guerra Mundial. A partir daí, comecei a pesquisar e fui encontrando documentos e juntando as informações. No total, foram doados 26 aviões, sendo 16 Spitfires, 9 Typhoons e 1 bombardeio para a Força Aérea Brasileira possibilitada por valores muito significativos de dinheiro arrecadado por todo país. Para
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se ter uma ideia, cada avião custava em média 5 mil libras esterlinas, então, estamos falando de cerca de 40 milhões de reais que foram arrecadados no boca a boca ou por telefone. Toda essa doação era coordenada por essa organização chamada Fraternidade do Fole.
Isso mostra um grande engajamento por parte de brasileiros e britânicos que moravam aqui no Brasil, certo? Sim, muito grande. Praticamente todas as capitais e algumas cidades do interior do Brasil, como Pelotas (RS) e outras no Paraná participaram da campanha. A partir de 1940, alguns anglo brasileiros foram pra Inglaterra pra se alistar. E quem ficou, quis colaborar. Havia muita propaganda do governo britânico para que a população fizesse a sua parte, teve doação de panelas de alumínio na Inglaterra pra construção
de avião e, por aqui, esse movimento chegou também. A população civil da Inglaterra e britânicos ao redor do mundo foram arrecadar dinheiro para ajudar a Grã-Bretanha a combater o nazismo. A Fraternidade do Fole foi muito forte aqui na América Latina, especialmente na Argentina. No Brasil, a organização começa a crescer principalmente a partir de 1942, quando o país entra oficialmente na guerra, ao lado dos Aliados. Ao final de 1943, houve um grande volume de doações do Brasil para a Força Aérea Britânica.
Esse empenho voluntário era uma forma de apoiar a pátria durante os graves conflitos que aconteciam na Europa naquele momento, né? (continua na página 40)
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UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
Brazilian Bellows
How did your interest in researching this subject come about?
Bellows and the donation of planes to the British Air Force. I saw that some planes had been used in an attack against General Erwin Von Rommel, a famous character of World War II. From then on, I started researching and found documents and put the information together. A total of 26 planes were donated, being 16 Spitfires, 9 Typhoons and 1 bombing for the Brazilian Air Force made possible by very significant amounts of money raised. To give you an idea, each plane cost an average of 5 thousand pounds, so we’re talking about 40 million reais that were collected through word of mouth or by telephone. This entire donation was coordinated by this organisation called Fraternidade do Fole.
My interest began in the 70s, when I read “Spitfire Caçador Implacável”, a book from the series “Illustrated History of World War II” that talked about the Fellowship of the
This shows a great commitment on the part of Brazilians and British people who lived here in Brazil, right?
Continued from page 37
community in Argentina and which has spread throughout Latin America with the objective of raising funds to help Great Britain in the fight against Nazism. In this exclusive interview, the author tells us more details about his research and about the important and little known participation of the British community in Brazil to help the British during the challenging years of World War II.
Yes, very much so. Practically all capitals and some cities in the interior of Brazil, like Pelotas (RS) and others in Paraná took part in the campaign. From 1940 onwards, some Anglo Brazilians went to England to enlist. And those who stayed wanted to collaborate. There was a lot of propaganda from the British government for the population to do their part, there was the donation of aluminium pans in England for the construction of an aeroplane and, over here, this movement also arrived. The civilian population of England and British people all over the world set out to raise money to help Great Britain fight Nazism. The Bellows Fraternity was very strong here in Latin America, especially in Argentina. In Brazil, the organisation started to grow mainly from 1942, (continued on page 40)
Spitfire MK Vb plane, dubbed “O Bandeirante”, serial number EP166, with the Squadron Leader PR Wickham DSO DFC BAR of the RAF 111 Squadron, at Kenley Air Force Base, England, in September 1942. Note the black bar on the RAF side of the plane, unofficial symbol of the Squadron. Photo from the Imperial War Museum. | Avião Spitfire MK Vb, batizado de “O Bandeirante”, número de série EP166, com o Squadron Leader P. R. Wickham DSO D. F. C. BAR do Esquadrão 111 da RAF, na base aérea de Kenley na Inglaterra, em setembro de 1942. Notar a barra preta na lateral do avião, símbolo não oficial do Esquadrão. Foto de Imperial War Museum.
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A COMMUNITY THAT CARES
Brazilian Bellows Continued from page 39
when the country officially entered the war, on the side of the Allies. By the end of 1943, there was a large amount of donations from Brazil for the British Air Force.
This voluntary commitment was a way of supporting the motherland during the serious conflicts taking place in Europe at that time, right?
People subscribing to the Fraternity of Bellows. Photo from the Imperial War Museum. | Pessoas inscrevendo-se na Fraternidade do Fole. Foto de Imperial War Museum.
Brazilian Bellows Continuação da página 38
Sim. No Brasil pouco se fala sobre a Segunda Guerra, parece que era algo muito distante. Mas aqui tinham muitos ingleses, franceses, poloneses, e as pessoas viviam angustiadas. Muitos saíram do Brasil e foram pra Europa combater e morreram em combate, inclusive. Eles não precisavam necessariamente ir, mas atenderam a um chamado de sua pátria e foram.
Como foi fazer a pesquisa sobre o tema aqui no Brasil? O que você encontrou de informação relevante? Consegui muita coisa nos arquivos dos jornais da época, sobre britânicos que participaram da guerra e sobre os anúncios da Fraternidade do Fole. A partir de 2006, a Biblioteca Nacional digitalizou um
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acervo muito grande de jornais e a Folha de São Paulo também começou a disponibilizar seu arquivo a partir da década de 40. Então, isso ajudou muito. Depois eu entrevistei duas senhoras aqui em São Paulo: Mrs Gladys E. Sinclair e Mrs Gillian Pepper. E com elas, tive impressões pessoais de quem participou de fato das arrecadações de dinheiro e de todo o movimento das doações que aconteceram no Brasil. No Colégio St. Paul’s, a Carmen Sapsezian me ajudou com informações sobre a arrecadação de fundos para a compra de passagens para que ex-alunos fossem para Inglaterra se alistar nas Forças Armadas Britânicas. E o Robert Beer, da Royal British Legion, me passou muitas informações, inclusive uma lista com mais de 300 britânicos que tinham saído do Brasil para combater na guerra. Outra pessoa que me ajudou foi o Ian Thomas
Yes. In Brazil little was said about World War II, it seemed that it was something very distant. But here there were many English, French, Poles, and people lived in anguish. Many left Brazil and went to Europe to fight and even died in combat. They didn’t necessarily have to go, but they answered a call from their homeland and went.
Comber, que foi diretor do Museu da Tam e fez uma reportagem na revista Asas sobre a Fraternidade do Fole. Encontrei bastante coisa por aqui.
No livro, você destaca a participação das mulheres nesse movimento. De que forma elas contribuíram? Foram elas que fizeram uma primeira iniciativa de apoio. Em 1940, a Sra Minnie Smaggasgale, que era enfermeira chefe do Hospital dos Estrangeiros no Rio de Janeiro, já juntava dinheiro pra enviar para fora. E ela fez uma pousada para marinheiros estrangeiros que vinham pro Brasil durante a guerra, era uma pessoa importante na comunidade e fez um grande esforço pra arrecadar dinheiro. Além disso, mulheres como a Miss Gylian e outras, que tinham por volta de 18 e 20 anos na época, eram quem realmente trabalha-
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UMA COMUNIDADE QUE CUIDA
What was it like doing research on the subject here in Brazil? What relevant information did you find? I found a lot in the newspaper archives of the time, about British people who participated in the war and about the advertisements of the Fellowship of the Bellows. Starting in 2006, the National Library digitalised a very large collection of newspapers and the Folha de São Paulo also began to make available its archives from the 1940s. So, this helped a lot. Then I interviewed two ladies here in São Paulo: Mrs. Gladys E. Sinclair and Mrs. Gillian Pepper. And, with them, I obtained personal impressions of those who actually participated in raising the money and the whole movement of donations that happened in Brazil. At St. Paul’s School, Carmen Sapsezian helped me with information about fundraising to buy tickets for former students to go to vam na arrecadação de dinheiro. A direção da Fraternidade do Fole era formada por diretores de empresas, de bancos, e não ficavam no dia a dia correndo atrás das doações e adesões nas campanhas. Eram as mulheres e os rapazes mais jovens que faziam esse importante papel! Eles que saíam a campo, iam nas fábricas, nas empresas e nas casas pra falar com as pessoas e arrecadar as doações. E teve também as jovens que foram pra Grã-Bretanha participar da Força Aérea Auxiliar e serviram transportando aviões da fábrica para as unidades de combate. Tem mulher que tinha mais horas de voo do que muitos pilotos homens de combate, porque elas transportavam os aviões. Tem uma lista grande de mulheres que foram do Brasil pra Inglaterra durante a guerra e no (continua na página 42)
England to join the British Armed Forces. And Robert Beer, from the Royal British Legion, gave me a lot of information, including a list of more than 300 British people who had left Brazil to fight in the war. Another person who helped me was Ian Thomas Comber, who was director of the Tam Museum and did an article in the magazine Wings about the Bellows Fraternity. I found quite a lot here.
In the book, you highlight the participation of women in this movement. In what way did they contribute? It was they who had took the first initiative of giving support. In 1940, Mrs. Minnie Smaggasgale, who was the head nurse of the Foreigners’ Hospital in Rio de Janeiro, was already collecting money to send abroad. She built a hostel for foreign sailors who came to Brazil during the war, was
an important person in the community and made a great effort to raise money. Also, women like Miss Gylian and others, who were around 18 and 20 years old at the time, were the ones who really worked at raising money. The management of the Fellowship of the Bellow was made up of company directors, bank directors, and they didn’t spend their days running after donations and campaign memberships. It was the women and the younger boys who played this important role! They who went out to the factories, companies and houses to talk to people and collect donations. And there were also young women who went to Great Britain to participate in the Auxiliary Air Force and served in transporting planes from the factory to the combat units. There are women who had more flight hours than many male pilots, because they transpor(continued on page 42)
In front of the Brazil No. V plane, the Wing Commander Cosme Lockwood Gomm DSO DFC, and the WAAF LACW Joan Margaret Clark and LACW Lillian Helene Louise Hodgkiss. Photo from the Imperial War Museum. | A frente do avião Brazil No. V, o Wing Commander Cosme Lockwood Gomm DSO DFC, e as WAAF LACW Joan Margaret Clark e LACW Lillian Helene Louise Hodgkiss. Foto de Imperial War Museum.
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A COMMUNITY THAT CARES
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ted the planes. There is a long list of women who went from Brazil to England during the war and in the book I have the photo of two of them: Joan Margaret Clark and Lillian Helene Louise Hodgkiss.
Was there a moment in history or a character that caught your attention the most during your research? It’s exciting to find information you’re looking for during research, to know what happened to each plane and the people. The Wing Commander Richard A Wellington’s speech in January 1944 in São Paulo is very moving. He went to war at the age of 23 and, when he returned, he came to Brazil to give lectures on the war, at the request of the British Ministry of Foreign Affairs. He
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livro eu trago a foto de duas: Joan Margaret Clark e Lillian Helene Louise Hodgkiss.
Teve algum momento da história ou personagem que te chamou mais atenção durante a sua pesquisa? É emocionante encontrar informações que você está procurando durante uma pesquisa, saber o que aconteceu com cada avião e com as pessoas. O discurso do Wing Commander Richard Anthony Wellington em janeiro de 1944 feito aqui em São Paulo é muito impactante. Ele foi pra guerra com 23 anos e, quando voltou, veio ao Brasil fazer palestras sobre a guerra, a pedido do ministério das relações exteriores britânico guerra, ministério das relações exteriores britânico. Ele queria contar para os brasileiros o que estava acon-
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wanted to tell Brazilians what was happening in Europe. It is a very beautiful and moving speech, in which he said of the hope of surviving the fighting and seeing his friends and the city where he spent his youth. Miss Gylian told that an Anglo-Brazilian friend who fought in Italy and wore the emblem of the Brazilian Expeditionary Force FEB on his British uniform. These are details and information that are very interesting.
Do you have plans to launch a second edition? Certainly, especially if I get more stories or more details and material about the Fellowship of the Bellows here in Brazil, mainly photographs of people and events. The pandemic hindered a little the distribution of the books, but soon military aviation events will be held again and we will continue with the work of dissemination. ◼
Paulo Eugênio Pinotti de Almeida, author | Paulo Eugênio Pinotti de Almeida, autor
tecendo na Europa. É um discurso muito bonito e emocionante, em que ele falou da esperança em sobreviver aos combates e rever os amigos e a cidade onde passou a juventude. Miss Gylian contou que um amigo anglo brasileiro que combateu na Itália e usou o emblema da Força Expedicionária Brasileira FEB em seu uniforme britânico. São detalhes e informações que são muito interessantes.
Você tem planos de lançar uma segunda edição? Com certeza, principalmente, se eu conseguir mais histórias ou mais detalhes e materiais sobre a Fraternidade do Fole aqui no Brasil, principalmente fotografias das pessoas e eventos realizados. A pandemia prejudicou um pouco a distribuição dos livros, mas em breve voltaremos a ter eventos de aviação militar e vamos continuar com o trabalho de divulgação. ◼
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RECEITAS BRITÂNICAS TRADICIONAIS
Chicken Ballotine
Content provided by Fresh ’N Frozen | freshnfrozen.com.br | @freshnfrozenbr
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he great thing about chicken ballotine is that you can stuff it with anything you like; leeks, olives, pistachio, almonds, mushrooms, chorizo, truffle, cheese, spinach, just to name a few options. Simple to prepare, easy to cook AND it looks absolutely great on the plate! So, this is our recipe giving you what you need to make your very own chicken ballotine.
Chicken Breast stuffed with Leeks and Brazil Nuts served with a Jabuticaba Sauce Serves 4
⬥ 4 chicken breasts ⬥ 12 – 16 slices of good quality bacon or Parma ham ⬥ 1 leek, chopped ⬥ 1 shallot or small red onion, chopped ⬥ 1/2 cup chopped Brazil Nuts ⬥ 1 garlic clove, chopped ⬥ 1/4 cup chopped fresh tarragon (if you can find it; this herb goes really well with chicken)
Method 1. Using a frying pan with a glug of Olive oil, sweat down the leeks, onion and garlic, with a sprinkle of salt and pepper (S+P) until soft – about 5 minutes. Add the Brazil nuts, give it all a good stir and then take off the heat. A great option for some
extra flavour is to brown the nuts beforehand in a separate frying pan, just a minute or so and without any oil or butter, on a low / medium heat, just until they start browning. 2. Slice all the chicken breasts lengthways, without cutting all the way through (as if you were creating a book). 3. On a clean surface, spread out a good sized piece of cling film (roughly A4 size). Place the bacon/ham in the centre, with the slices overlapping so it covers an area larger than the chicken. Place the breast on top, season with S+P then spread a thin layer of the leek mixture/filling over the middle part of the chicken breast (roughly (continued on page 44)
Rocambole de frango Receita fornecida por Fresh ‘N Frozen
O
que há de bom no rocambole de frango é que você pode recheá-lo com o que quiser: alho-poró, azeitonas, pistache, amêndoas, cogumelos, chouriço, trufa, queijo, espinafre, entre outras opções. Simples de preparar, fácil de cozinhar e também fica absolutamente ótimo no prato! Portanto, esta é nossa receita com tudo o que você precisa para fazer seu próprio rocambole de frango.
Recheado de peito de frango com alho-poró e castanha-do-pará servidos com molho de jabuticaba Para 4 pessoas
Ingredientes ⬥ 4 Peitos de frango ⬥ 12 - 16 fatias de bacon ou presunto de Parma de boa qualidade ⬥ 1 alho-poró picado ⬥ 1 chalota ou cebola vermelha pequena picada ⬥ 1/2 xícara de castanhas-do-pará ⬥ 1 dente de alho picado ⬥ 1/4 copo de estragão fresco picado (opcional - esta erva vai muito bem com frango)
Preparo 1. Utilizando uma frigideira com uma pitada de azeite de oliva, cozinhe no vapor o alhoporó, a cebola e o alho, com um pouco de sal e pimenta até ficar macio - cerca de 5
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minutos. Adicione as castanhas-do-pará, mexa tudo e depois retire do fogo. Uma ótima opção para dar um sabor extra é dourar as castanhas com antecedência em uma frigideira separada, apenas um minuto ou mais e sem óleo ou manteiga, em fogo baixo/médio, apenas até começarem a dourar. 2. Fatie todos os peitos de frango no comprimento, sem cortar até o fim (como se você estivesse criando um livro). 3. Em uma superfície limpa, espalhe um pedaço de bom tamanho de filme de PVC para uso com alimentos (aproximadamente tamanho A4). Coloque o bacon/presunto no centro, com as fatias sobrepostas, de modo que cubra uma área maior do que a (continua na página 44)
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TRADITIONAL BRITISH RECIPES
Chicken Ballotine Continued from page 43
a big tbsp). Roll the chicken carefully into a sausage shape before wrapping in cling film tightly, securing the two ends. Repeat this process with the other breasts.
To Cook 1. Bring a pan of water to a simmer and poach the ballotines for about 20 minutes. Ensure the water maintains a light simmer rather than hard boiling. If you’re serving with risotto, this is when to start cooking that but also a good time to start preparing the sauce. 2. After 20 minutes or so, unwrap the chicken and brown off the ballotines in a frying pan with some olive oil or butter, just for a couple of minutes until all sides have a lovely golden colour.
Rocambole de frango Continuação da página 43
do frango. Coloque o peito em cima, tempere com sal e pimenta e depois espalhe uma fina camada do recheio da mistura de alho-poró sobre a parte central do peito de frango (aproximadamente uma colher de sopa grande). Enrole o frango cuidadosamente em forma de salsicha antes de envolvê-lo no filme de PVC, prendendo firmemente as duas extremidades. Repita este processo com os outros peitos.
Para Cozinhar
We’re serving this with a mushroom risotto but other delicious options include creamy mash potato, your choice of rice or another type of risotto. Add a crisp green salad or fresh vegetables and you’re all set! | Estamos servindo isso com um risoto de cogumelos, mas outras opções deliciosas incluem purê de batata cremosa, arroz à sua escolha ou outro tipo de risoto. Adicione uma salada verde crocante ou vegetais frescos e está tudo pronto!
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1. Leve à fervura branda uma panela de água e escalfe os rocamboles por cerca de 20 minutos. Certifique-se de que a água mantenha uma fervura leve em vez de uma fervura forte. Se você estiver servindo com risoto, este é o momento de começar a co-
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RECEITAS BRITÂNICAS TRADICIONAIS
350ml vegetable stock* or water 25g butter 2 tbsp of plain flour 1 small onion 1 tbsp of jam (blackcurrant, jabuticaba, mulberry or similar) ⬥ Good splash of red wine
4. Add a heaped spoon of jam and give it a good stir. 5. Simmer until you reach the desired consistency (the longer it cooks the thicker it will get). For a super smooth texture pass through a sieve. Return the sauce back to the pan, bring it to a boil then turn off the heat before finally adding in the butter.
Method
To Serve
1. Finely chop the onion and add to the same pan you browned the ballotine with some olive oil on a medium heat. Leave for 3 minutes stirring now and then, scraping the bottom of the pan. 2. Pour in a good splash of red wine and leave for about 2-3 minutes. 3. Add 2 tbsp of plain flour to the onion, stir well and cook for a further minute Then add the stock slowly, continually stirring well to lose any possible lumps.
Cut off the very ends of the ballotine using a sharp knife before then cutting in half at an angle. Plate and serve with the sauce alongside the risotto, a fresh salad, mash, rice or whatever you choose. And that’s it - Enjoy and Bon Appetit! ◼
zinhá-lo, mas também um bom momento para começar a preparar o molho. 2. Após cerca de 20 minutos, desembrulhe o frango e doure em uma frigideira com um pouco de azeite ou manteiga, apenas por alguns minutos, até que todos os lados tenham uma bela cor dourada.
va em fogo médio. Deixe por 3 minutos mexendo de vez em quando, raspando o fundo da frigideira. 2. Despeje um bom respingo de vinho tinto e deixe por cerca de 2-3 minutos. 3. Adicione à cebola 2 colheres de sopa de farinha, mexa bem e cozinhe por mais um minuto. Em seguida, adicione o caldo lentamente, mexendo sempre bem para dissolver quaisquer grumos. 4. Acrescente uma colher de geléia bem cheia e misture muito bem. 5. Ferva em fogo brando até atingir a consistência desejada (quanto mais tempo cozinhar, mais grosso ficará). Para uma textura super suave, passe por uma peneira. Devolva o molho de volta à panela, leve-o ao fogo e depois desligue o fogo antes de finalmente adicionar a manteiga.
The Sauce ⬥ ⬥ ⬥ ⬥ ⬥
Molho Ingredientes 350 ml de caldo de legumes* ou água 25g de manteiga 2 colheres de sopa de farinha de trigo 1 cebola pequena 1 colher de sopa de geléia (groselha preta, jabuticaba, amora ou similar) ⬥ Um boa borifada de vinho tinto ⬥ ⬥ ⬥ ⬥ ⬥
Preparo 1. Pique bem fininha a cebola e a acrescente à mesma panela em que você dourou o rocambole com um pouco de azeite de oli-
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Chef Aline learnt her trade at Le Cordon Bleu in the UK before spending 5 years working in various Michelin starred restaurants in London. Returning to Brazil, Aline is the head chef behind the Moema based frozen meal provider, Fresh ’N Frozen. Delivering across São Paulo, popular dishes include Lamb Meatballs served with a Mint Pesto and Caramelised Onion and Salmon Fishcakes with a Sweet Chilli Sauce and delicious broccoli, courgette and quinoa salad.
Para Servir Cortar as extremidades do rocambole com uma faca afiada antes de cortar pela metade em um ângulo. Coloque no prato e sirva com o molho ao lado do risoto, uma salada fresca, purê, arroz ou o que você escolher. Desfrute e “Bon Appetit”! ◼ A chef Aline aprendeu seu ofício no Le Cordon Bleu no Reino Unido antes de passar 5 anos trabalhando em vários restaurantes estrelados pela Michelin em Londres. De volta ao Brasil, Aline é a chef por trás do delivery de refeições congeladas Fresh ‘N Frozen. Eles entregam em toda São Paulo pratos deliciosos como almôndegas de carne de cordeiro servidas com um pesto de hortelã e cebola caramelizada, bolos de peixe de salmão com molho de pimentão doce, além de deliciosos brócolis, abobrinha e salada de quinoa.
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FAREWELL | ADEUS
Obituaries
Obituários
Robert Gordon Beer passed away in May this year. Bob Beer, as
Robert Gordon Beer faleceu em maio deste ano. Bob Beer, como
he was known, was one of the most prominent members of the British community in São Paulo. He devoted much of his time and energy to the São Paulo branch of the Royal British Legion, where he was a committee member for over 20 years, becoming president for three years (2008-2010).
era conhecido, foi um dos membros mais proeminentes da comunidade britânica em São Paulo. Ele dedicou muito de seu tempo e energia à filial de São Paulo da Real Legião Britânica, onde foi membro do comitê por mais de 20 anos, tornando-se presidente durante três anos (2008-2010).
Charles Dow passed away on October 12th. A much loved person
Charles Dow faleceu no dia 12 de outubro. Uma pessoa muito que-
who was active in the community for over 20 years in São Paulo. He leaves his wife Rosemary, children Nicole, Janinne and Anthony, and grandchildren.
rida e ativa na comunidade em seus mais de 20 anos em São Paulo. Deixa a esposa Rosemary, os filhos Nicole, Janinne e Anthony, e netos.
Maria Cristina Filshill passed away on September 27th. She
Maria Cristina Filshill faleceu no dia 27 de setembro. Deixou o
leaves behind her husband Donald, sons Andrew, Eric, Robert and Chris, and nine grandchildren.
marido Donald, os filhos Andrew, Eric, Robert e Chris, além de nove netos.
Dennis McCarthy passed away on October 5th. For years he at-
Dennis McCarthy faleceu no dia 5 de outubro. Durante anos ele
tended and supported Foundation events. He is survived by his wife Monica and children Victoria, Rodrigo and Nicholas McCarthy, a member of the FBB team.
esteve presente e deu grande apoio aos eventos da Fundação. Deixou a esposa Monica e os filhos Victoria, Rodrigo e Nicholas McCarthy, membro da equipe da FB.
Sandy Roberts passed away on September 17th. Born in Selkirk,
Sandy Roberts faleceu no dia 17 de setembro. Nascido em Selkirk,
Scotland, he came to Brazil in 1973. He is remembered by many members of the community as a great master and teacher of traditional Scottish dance. He leaves two children, George and Patricia, and grandchildren.
Escócia, veio para o Brasil em 1973. É lembrado por muitos membros da comunidade como um grande mestre e professor da dança tradicional escocesa. Deixou dois filhos, George e Patrícia, e netos.
Our deepest sympathies are with their families and friends. May they rest in peace.
Nossos mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos. Que eles descansem em paz.
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THANK YOU | AGRADECIMENTO
Thank you to our partners
Agradecimento aos parceiros
A huge thank you to the partners of the Fundação Britânica de Beneficência, without whom it would be impossible to produce the relevant content of the previous pages as well as have such a positive impact on the lives of the many elderly people who are part of our social projects.
Um agradecimento aos parceiros da Fundação Britânica de Beneficência, sem os quais não seria possível atingir os resultados ilustrados nas páginas anteriores e causar tamanho impacto positivo na vida de tantos idosos que fazem parte dos nossos projetos sociais.
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