O fim iminente da hegemonia Netflix? Thais Porsch
D
e uns anos para cá, o modelo de negócios da rede de streaming Netflix tem sido produzir o máximo de conteúdo possível, sem levar em conta tanto a qualidade. Das dezenas de séries lançadas, apenas uma ou duas vão para frente.
de novas séries no catálogo, mas não dar continuidade a quase nenhuma. Salvo raras exceções, como Orange is the New Black, com 7 temporadas, ou House of Cards, com 6, as séries da Netflix- quando passam de uma temporada- não duram mais do que duas ou três.
O problema surgirá- e já está causando cabelos brancos nos executivos da Netflix - quando ela deixará ser hegemônica no mundo do streaming, com a crescente ascensão de outros serviços como Hulu (ainda fora do Brasil), Amazon Prime, e a chegada tão esperada do streaming da Disney.
Ou seja, se a Netflix apenas se preocupar com números, vai continuar a perdê-los. Para se criar uma rede engajada é preciso ouvir seus consumidores. Não importa o tamanho do catálogo se não é possível fidelizar quem o assiste. E com novas concorrências a caminho, a demanda é por cada vez mais qualidade.
Em 2019, a Netflix perdeu 130 mil assinantes, pela primeira vez em oito anos. Uma das razões é o fato da Netflix ter aumentado o valor da mensalidade, elevando de 13% a 18% o preço da assinatura neste ano, nos Estados Unidos. No Brasil, o preço inicial já está em R$21,90. Outra razão, e talvez a maior dessa leva de cancelamentos de assinatura, é que a provedora de mídia vem perdendo a confiança de seus fiéis fãs ao colocar uma quantidade gigantesca
68 revistacdm | coluna
O fato é que as pernas da Netflix já começaram a tremer, e se continuar a priorizar somente a quantidade , seus assinantes não vão pensar duas vezes ao migrarem para o maravilhoso mundo de Disney +.
Mashable