enquanto espero
Comum cidadão Glaucio Santos
Repentinamente o mundo inteiro parou. Do Oriente ao Ocidente a vida humana mudou. De seres sociáveis, o tempo todo ativos, Tornamo-nos cativos por um patógeno desconhecido. Inicialmente parecia impensado Ver em pleno verão nosso povo isolado. Renunciando toda a sua afetuosidade, Limitando-se a confrontar diariamente a saudade. A sociedade brasileira tão afeita a festas Passou a observar o mundo externo pelas frestas Das portas e janelas na esperança de atender A visita de alguém que lhe pudesse esclarecer. Nesse momento tão penoso e cheio de incertezas Quando deteríamos essa força da natureza? Os pais e mães viram agravar sua situação, Visto que ensinar os filhos não era sua aptidão. Mas por amor a educação deram seu melhor ao lecionar E aprenderam na prática sobre educação domiciliar. Contudo, perguntas povoam a mente do comum cidadão “Se isso se prolongar muito, como vou ganhar o pão?”, “O estado de fato me protege a luz da ciência Ou simplesmente apostou em medidas de imprudência?”. Respostas a esse respeito talvez nunca virão, Pois, ao sabor dos ventos se vive a vida de comum cidadão.
Glaucio é profissional de TI e reside em Boston, EUA, com sua esposa e filha.
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