enquanto espero
Abismo Maria Ignez do Carmo Olivieri
Em meio à felicidade, ela invade. Silenciosa, arrasadora ansiedade. Traz angústia, insegurança, dor e medos. É sombria, dominante e fria. Preenche espaços, enfraquece a alma. Invade o corpo, domina dia a dia. Traz o futuro com morada no presente, que já ferido pelo passado, chora. As noites tornam-se mais noites, sem estrelas, sem lua, sem descanso. Dias sombrios, tristes noites de abandono. O corpo treme, a alma chora e o coração dispara até que venha um amanhecer transformado em luz, trazendo promessas divinas de liberdade. A esperança renasce, a fé nos fortalece e essa força, como laços, vai levando ao infinito, o pânico, o medo, a ansiedade.
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