O etanol, a bioeletricidade e a mitigação das mudanças climáticas - OpAA22

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o que esperar para o

futuro?

Opiniões

What to expect for the future?

Estamos assistindo, nesses últimos tempos, a uma verdadeira avalanche de informações sobre aquecimento global, emissão de gases do efeito estufa, contaminação de mananciais, produção de alimentos como grande agente poluidor, uso indiscriminado do solo, conflito entre produção de alimentos e energia, código florestal brasileiro, entre tantos outros assuntos. Isso tem deixado o cidadão comum, que tenta se orientar por meio da leitura de artigos e textos, no mínimo, muito confuso. Ouvimos, há muito tempo, que os malefícios ocasionados pela queima de combustíveis fósseis são reais. Aliás, todo tipo de queima é bastante prejudicial. Nas queimadas realizadas pelo setor produtivo da agricultura, é visível a mudança de postura, e os dados demonstram que os índices vêm diminuindo. Voltando à questão do combustível fóssil, por se tratar de material finito e com potencial poluidor bastante alto, a única certeza que temos é a da necessidade de diminuição de seu uso e da produção de energias alternativas renováveis, com poder poluidor muito menor. Preocupa-me tremendamente o fato de que a descoberta do pré-sal volte todas as atenções simplesmente para os aspectos de como será a exploração e o quanto isso será importante para o país. Ora, sua exploração e consequente utilização farão com que os danos relativos à poluição e aquecimento sejam esquecidos. A ideia passa a ser somente a questão econômica? E a sustentabilidade? O Brasil, e isso deve ser motivo de orgulho para nós, é o país com a matriz energética mais limpa do mundo, com grandes conquistas nas áreas de hidroeletricidade, biocombustíveis e bioeletricidade. Acredito que só não tenhamos avançado ainda mais, devido à falta de políticas públicas, que deveriam beneficiar as fontes de energias alternativas, principalmente as advindas de biomassa. Felizmente, começamos a assistir, nos últimos dias, à receptividade de segmentos do poder público, para a elaboração de um marco regulatório, visando, principalmente, à sustentabilidade, dentro da revisão de nossa matriz energética.

We have recently been watching a true avalanche of information about global warming, greenhouse gas emissions, the contamination of fountains, the production of food viewed as a major polluting agent, the indiscriminate use of land, the conflict between the production of food and energy, the Brazilian Forest Code, among so many other issues. This has confused the ordinary citizen, who seeks guidance by reading articles and texts. For a long time we have heard that the maleficences resulting from the burning of fossil fuel are real. In fact, all types of burning are quite harmful. In the incinerations carried out by the productive sector of agriculture, the change in attitude is visible and the data shows that burn rates are decreasing. Concerning the fossil fuel issue, since it is finite material with high polluting potential, the only certainty we have is the need to reduce its use and to produce renewable alternatives, with lesser polluting power. I am much concerned that the pre-salt oil reservoirs discovery will simply attract all attention to aspects of how the exploration will take place and to just how important it will be for the country. Well, their exploration and consequent utilization will result in that the relative damage of pollution and warming will be forgotten. Will the issue become solely an economic one? What about sustainability? Brazil, and this must be reason of pride for us, is a country that has the world’s cleanest energy matrix, having accomplished great feats in the areas of hydroelectricity, biofuel and bioelectricity. I believe we only did not advance more due to the lack of public policies, which should benefit alternative energy sources, mainly those based on biomass. Fortunately, we have begun to see, in recent days, the receptiveness of certain areas in the Public Administration to the idea of elaborating a regulatory mark, aimed mainly at sustainability, in the context of the revision of our energy matrix.

" ... problema causado por convivermos com preços de etanol muito baixos, por um longo período... beneficiando os intermediários (leiam-se distribuidoras e postos), que sempre operaram com margens positivas, sem repassar tudo que seria possível ao consumidor " Ismael Perina Junior Presidente da Orplana President of Orplana (a Brazilian Sugarcane Planters Organization)

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